Cap. 5 – Marcus Dounahill

- como assim? – Maria ecoou o pensamento de todos naquela sala. – vai desistir de escolher?

- exato. Eu sei que não vou me apaixonar por ninguém... – ou por mais ninguém, pensei. – então pra que mais tardar meu destino? Ande, papai. Diga-me quem tens em mente?

Papai me olhava em um misto de dor, orgulho, preocupação, amor e mais preocupação. Demorou alguns longos segundos para responder.

- é... Marcus Dounahill. Ele me parece um ótimo homem. É de boa família. Mas isso é sua decisão. – papai me olhou esperançoso, provavelmente esperando-me recuar. Mas eu estava determinada a ir até o fim.

- vamos marcar um encontro com ele, papai. Quero conhecê-lo melhor. – disse convicta.

- tudo bem, então. – papai suspirou.

Passei dois dias dentro de casa, esperando noticias e sem animo para sair. Maria havia me dito que Katherine estava aflita com meu desaparecimento, mas ficou tranqüila quando teve noticias minhas. Logo, chegara a hora de conhecer meu futuro marido. A palavra se revirava em meu estomago como uma náusea. Mas eu estava decidida. Então fui, acompanhada de minha ama, conhecê-lo.

- ali está ele. – Maria me mostrou Marcus.

Ele era um homem de uns 20 anos, forte, típico atlético, olhos castanhos, cabelos pretos e um moreno bronzeado. Lindo. Mas não era meu tipo. Não me fazia sentir desejo. Ele não era nem de longe comparável àquele homem forte de olhos verdes e cabelos acobreados. Aquele sim era tudo, absolutamente tudo, o que eu sonhava. Balancei a cabeça freneticamente, afastando a imagem de Edward de minha mente. Eu tinha que ter foco.

- preste atenção nele, minha querida. Ele parece ser uma boa pessoa. – Maria disse e nos deu uma distancia confortável.

- olá, Milady... – Marcus se aproximou e beijou minha mão. Corei graciosamente com tamanha educação. – é muito bom conhecer você, querida. Minha memória não faz jus a sua beleza... – sorri boba com os elogios. – eu sou Marcus Dounahill.

- muito obrigada pelos elogios, Marcus. Meu nome é Isabella Salvatore. Já havia me visto antes? – perguntei. Não pedi que me chamasse por meu apelido. Aquilo me parecia tão intimo. Tão Edward.

Por que tudo o que penso, no final, tem que terminar com o nome dele?, Perguntei-me.

- claro que sim! Todos nesta cidade sabem quem são a família Salvatore. Mas poucos têm o privilegio de conhecê-los de verdade. Mas todos já os viram pelo menos uma vez, e tem um enorme respeito e admiração por vocês. – ele sorriu e eu retribuí o sorriso. – já vi você por aí várias vezes. Beauty Europe se transformou em meu restaurante favorito desde que te vi lá, pela primeira vez. – sorri largo. Confesso que fiquei encantada por ele. Era tão galanteador!

- nossa, estou lisonjeada! – sorri.

- que tal darmos uma volta? – ele propôs. Estendeu-me o braço e eu o aceitei. Aquele ato me lembrava... Não! Já chega de pensar nele. Agora eu tinha Marcus para pensar.

Mas expulsar Edward de meus pensamentos foi como materializá-lo para a realidade. Pois lá estava ele, olhando-nos incrédulo, do outro lado da rua. Parecia hipnotizado de algum sentimento que não pude decifrar em seus olhos, talvez um misto de muitos.

- Isabella querida, está prestando atenção? – Marcus parou nossa caminhada para me chamar de volta ao planeta terra.

- ah, perdoe-me Marcus. – sorri envergonhada e senti-me corar. – sabe, às vezes eu viajo assim... Do nada... – nós rimos. – eu tenho esses devaneios, mas são normais. – dei de ombros. – vamos continuar nosso passeio?

- mas é claro que sim! – ele sorriu e nós continuamos a andar.

Dei uma ultima olhada para onde Edward estava. Ele estava indo embora, virou para olhar-nos e, quando nossos olhares se encontraram, eu desviei os olhos e voltei a prestar atenção em Marcus.