Complicated escrita por Cathy


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

heeeeeey. ok eu sei que demorei MUITO, mas eu acho que acabei criando um novo mantra :
"preciso terminar o cap de complicated; preciso terminar o cap de complicated; preciso terminar o cap de complicated; preciso terminar o cap de complicated; "
é psé.
mas enfim.
espero que este cap tenha valido a pena esperar :s]
nos vemos lá em baixo Xx
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Esse cap ficou espaçoso, mas eu tentei consertar 254151 vezes e o treco ainda ficou assim, bem só para avisar que não é assim, é alguma coisa aqui no Nyah!
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CAP BETADO POR: Jéssica (Perfect Design)



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– Lucy, pensa bem no que você está fazendo.

– Eu já pensei o suficiente, Sam. Nós dois sabemos que isso não estava dando certo.

– Isso é por causa daquela noite não é?! Lucy... Eu não vou mais fazer isso, por favor, me dê outra chance.

– Sam... Essa foi a sua segunda chance.

– Então você vai mesmo...

– Terminar com você? Sim eu vou. – Ele me encarou por um breve momento e depois assentiu.


Não dava para continuar assim. Não se pode ficar com alguém que... Ok, está certo que eu não sou a melhor pessoa do mundo. Nem a melhor namorada, mas esse não é o ponto.



– E agora? – Ele perguntou, e por um breve momento eu quis responder “Eu estava só brincando”, e então tudo voltaria a ser como era antes.


– Agora? A gente precisa seguir com nossas vidas. Tchau Sammy. – Então lhe dei as costas.


***



– Alô? – Alguém respondeu do outro lado da linha e eu suspirei.



Já fazia quatro dias desde que eu terminei com Sam. E quase uma semana desde que vi Nathan.


Não que eu estivesse contando.


– Nathan?


– Sim, quem é?

– Lucy... – Quase completei com: a menina que você levou para o hospital desmaiada depois que brigou com o namorado dela, mas mordi a língua.

– Hey, Lucy! Faz tempo... Mas então, o que manda? – Ele provavelmente deve estar pensando “porque ela me ligou?”.

– Queria saber se você está livre hoje à noite...

– Estou.


Silêncio.


Mas a culpa não é minha se eu não sei chamar um cara para sair.


– Hã... Que tal irmos para o pub que abriu na Quinta Avenida? – Quebrei o silêncio que eu mesma tinha causado.


– Claro, pode ser... Que horas? – Isso estava sendo fácil. Normalmente quando eu chamava alguém para sair, o que não acontecia frequentemente, diga-se de passagem, a pessoa não me deixava terminar de falar.

– 21h, na porta do pub.

– Ok Lucy, até.

– Até. – E o outro lado da linha ficou mudo.



Essa conversa foi tosca. Tosca porque eu estava chamando um cara que eu vi apenas uma vez na minha vida para sair. Tosca porque ele aceitou... Coisas da vida.




Eram 19h, ou seja, eu tinha três horas até o “encontro”. Não era uma menina que passava horas se arrumando, mas eu precisava verificar se tinha pelo menos algo decente para usar.


Depois de vasculhar todo meu guarda roupa, finalmente achei algo “usável”.

Usava shorts pretos que tinham alguma coisa que brilhava quando a luz refletia, uma blusa branca daquelas quase transparentes abotoada a partir do segundo botão, deixando um leve decote e Sneakers com uma cor metálica. Meu cabelo estava solto e, por incrível que pareça, ele resolveu cooperar comigo hoje. Maquiagem ressaltada nos olhos, e estava pronta.



Saí de casa faltando vinte minutos para o horário marcado com Nathan. A Quinta Avenida não era muito longe daqui, mas a preguiça falava mais alto e eu resolvi pegar um táxi.



Dentro do táxi, meu único pensamento era algo como “Espero que não tenha cometido um erro”.

Também espero que ele não seja um psicopata, ou algo do gênero.


A Quinta Avenida era um lugar muito bonito. Mas também era uma bela armadilha para turistas: havia diversas lojas espalhadas ao longo da rua, cada uma mais bonita e atraente que a outra. À noite, as luzes da cidade refletiam na calçada, deixando tudo com um aspecto ainda mais irreal. As pessoas andavam pela rua rindo e realmente aparentado estarem felizes. E eu as invejei.


O taxista parou bem em frente ao pub e eu desci do táxi. Paguei no automático, pois já havia localizado Nathan. Ele vestia uma blusa social azul marinho, uma gravata cinza escuro frouxa no pescoço, jeans largos e All Atar brancos. Seu cabelo estava penteado simetricamente e mesmo assim ainda possuía aquele aspecto desgrenhado. Seus olhos verdes pareciam enxergar a alma de qualquer um que os encarasse.


– Hey! – Ok, zero para mim em interagir com pessoas.


– Oi! – Ele disse e depois me olhou “discretamente” de cima a baixo. – Você está muito bonita. – Eu sorri.

– Obrigada. Bem, vamos entrar? – Ele assentiu e assim entramos no pub.



O lugar era fantástico. Não existe bem uma divisão que representasse onde era a pista de dança, mas isso não era um problema: as luzes piscando e rodopiando num mesmo lugar eram responsáveis por delimitar esse espaço. O bar era bem abastecido e na bancada podia se ver alguns dos drinques que eram servidos, tinha de todas as cores e aspectos possíveis; eu conhecia a maioria. O segundo andar era o local mais reservado e provavelmente foi colocado para as pessoas terem um pouco de privacidade.




– Quer beber algo? – Nathan teve que perguntar perto do meu ouvido, pois a música está ensurdecedora e eu assenti.


– Então Lucy... Quantos anos você tem? – A essa altura estávamos nos segundo andar, com drinques na mão.



A única razão para este fato é que nenhum de nós está com vontade de dançar agora, e esse era o único lugar em que poderíamos conversar.



A pergunta dele não me surpreendeu.



– 19. E você?



– 20.


Uma única pergunta se passava em minha mente: Por que sempre que conversava com Nathan, a conversa ficava assim, tão...



– Então, como você está? – Eu sabia ao que ele estava se referindo, então dei um grande gole em minha bebida antes de continuar.


– Terminei com Sammy... Mas estou bem. – Ou não.

– Sinto muito.

– Não sinta. Eu disse que estava bem. – Mas menti.


Eu sabia que Sam e eu não estávamos mais dando certo. Sabia que terminar com ele havia sido o correto. Só estava tentando convencer a mim mesma disso.


Sam havia sido o primeiro a me aceitar, exatamente como sou. Com minha ironia, meu sarcasmo e todos meus defeitos. E a gente não dar mais certo me magoou.

Porém eu realmente nunca confessaria isso para alguém, então isso realmente importa?



– Desculpe... Mas você trabalha? Faz faculdade? – Percebi que Nathan tentava manter a conversa fluindo e achei melhor cooperar. Afinal, eu quem o havia chamado para vir aqui.



– Eu tentei fazer faculdade de publicidade, porém no segundo período precisei parar. Agora trabalho meio período numa cafeteria e às vezes faço slogans de alguma empresa nova. E você?

– Eu sou dono de uma firma de fotografia, é a minha paixão. Já fiz diversos cursos sobre o assunto, mas nunca consegui fazer a faculdade – Assim como eu, ele não deu motivos.

– Você mora aqui há quanto tempo?

– Há uns três, quatro anos, não sei ao certo. Vim para cá para ter uma chance melhor para minha firma. – Pelo modo orgulhoso como declarou isso, pude perceber que ele conseguiu a chance que esperava ter. – E você?


Se todas as nossas falas fossem finalizadas por um “e você?” acho que ia gritar.



– Eu moro aqui há um bom tempo na verdade, desde meus 14, 15 anos, por aí.



Ele não precisava saber muito mais sobre esta história. A minha história. Não agora pelo menos.



Não hoje.



Eu liguei para Nathan, pois precisava sair. Ficar sozinha em casa com meus pensamentos não era saudável.


Hoje eu apenas quero esquecer de todos meus problemas sem ter que usar o álcool para isso. Não, eu não espero ter algo com Nathan esta noite, mas isso me impede de querer me divertir com ele? Certamente não.

Eu quero ser feliz. Ser feliz por conta própria, sem depender de nada ou ninguém, só de mim mesma. Eu precisava disso.

Em um ponto da noite, lembrei-me do pensamento que ecoava em minha cabeça em situações como essa “Tudo acontece por um motivo”. Eu acredito nisso; Acredito que Nathan não entrou na minha vida, da forma como entrou, por acaso.

***


Ao abrir meus olhos de manhã pude perceber algo novo: não estava de ressaca.


Minha cabeça não parecia que ia explodir a qualquer momento, a luz que saía da janela não feria meus olhos, minha garganta não estava dolorida e minha boca não estava com um gosto amargo, e eu me sentia bem disposta. E lembrava-me claramente de cada detalhe da noite passada.

Não que eu me embebedasse todas as noites ao ponto de minhas memórias serem nulas, mas na maioria das vezes, as lembranças eram turvas ou incompletas.


Descobri que sair com Nathan não havia sido um erro, pelo contrário. Ele me fez sentir-me bem sendo eu mesma. Isso era uma completa novidade, já que, na maioria das vezes, eu tinha que fingir ser alguém que eu não era.


Quando estava com Sam, eu sabia que ele estava comigo porque gostava de quem eu era, mas quando estávamos na presença de seus “amigos” eu tinha que fingir ser alguém que eu não sou. Sammy nunca me pediu isso, mas inconscientemente eu sabia que devia fazê-lo pelo simples fato de que eu gostava demais de Sam, e não queria que ele fosse “chutado” de seu círculo por estar comigo. Eu não me encaixava em seu mundo, por mais que fossemos felizes juntos, ainda sim aquela não era eu. Meu mundo era um lugar completamente diferente, um lugar cheio de mágoa e tristeza, então eu usava (e abusava) do que estivesse ao meu alcance para tentar esquecer essa dor – mesmo que momentaneamente. E eu acabei percebendo que fingir ser alguém que eu não sou, alguém que não tinha essas cicatrizes, também era uma maneira eficaz.

E isso era um dos motivos para eu e Sam não estarmos dando certo. Eu o usava como válvula de escape. Usava a atuação que era necessária quando estava com ele para ser alguém que não tivesse um coração marcado.

Nathan havia conseguido me fazer conviver por uma noite com essas marcas sem me lembrar. Porque, se eu não fingia as marcas ainda estavam ali, porém Nathan, o cara que me levou para o hospital sem nem saber meu nome, fazia parecer que elas já estivessem cicatrizadas. Era algo completamente inexplicável.

Como ele havia conseguido? Será que não se importar com meu passado ontem à noite havia contado pontos? Ou talvez fosse porque ele me deu uma liberdade de ser quem eu sou que eu nunca havia experimentado?


Seja qual for a resposta, eu só espero que dure. E ainda mais, espero que, quando chegar a hora de ele saber sobre tudo, sobre mim, eu só espero que ele não desista.

 

 

 

 



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Notas finais do capítulo

hey, olha importante: preciso que vocês me digam se os caps anteriores estão muuuuito grandes e se ficaram cansativos de ler ok? que ai eu corto eles em partes que não fiquem fora de contexto >
bjooooos e
ME MANDEM REVIEWS!!
p.s. não sei quando um próximo cap sai, provavelmente terça que vem (eu acho)



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