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Em um lugar deserto onde o único som que se escutava era o das ondas do mar batendo fortemente nas rochas enormes que havia no local, um homem estava sentado em uma das menores rochas, ele, na verdade, não sabia o que estava fazendo ali, mas tinha certeza de que algo muito importante o aguardava naquele local.

Damon nunca fora o demônio que possa se chamar de bonzinho, pois disso ele não tinha nada. Ele era realmente mal, teve seus séculos de gloria, devastando por onde passasse. Todos o temiam, mas como tudo na vida, um dia ele enjoou daquilo. Cansara de ser temido, cansara de ser tratado como tal, vivendo naquela mesma monotonia que permanecia. Ele fora convocado e meio que obrigado a ir, mesmo que podia muito bem rejeitar (mesmo sendo praticamente forçado), mas em seu intimo queria ir, para ver no que ia dar. Tinha que se aventurar um pouco.

Um forte vento tomou conta do lugar e uma mulher apareceu, e a passos rápidos e curtos ela se aproximava do rapaz. Ele sentiu que alguém estava se aproximando, mas decidiu ficar parado e esperar que a pessoa chegasse até ele. A cada segundo que se passava a mulher se aproximava, e dentro de pouco tempo ela ficou tão perto que ele conseguia ouvir sua respiração.

A única coisa que ela queria era falar logo a informação que tinha que falar e sair dali. Odiava aquela raça imunda de demônios.

– Tenho um recado para você. – ela disse e ficou olhando para ele, esperando que ele falasse algo. Mas ele não disse nada, então prosseguiu. – Você foi o escolhido.

– Existem tantos anjos e demônios, e justamente eu sou o escolhido?- ele disse com um pouco de sarcasmo, mas profundamente irritado por ter sido ele.

– Se eu pudesse escolher você nunca teria sido o escolhido, mas infelizmente essa decisão não é minha. – a mulher respondeu totalmente irritada.

Quando ele ia começar a revidar o que ela disse, o ar foi totalmente tomado por uma onda de calor insuportável e ao longe se via uma figura se aproximando dos dois, em pouco tempo outra mulher apareceu ao lado dos dois com um sorrisinho irônico.

– Olá parceiro – no instante que os dois se olharam ambos perceberam a raiva mortal que sentiam um pelo outro.