Olhei para ele, tentei manter o olhar fixo em seu rosto, mas a minha estupida vergonha não deixava. Tentei sorrir, mais me senti uma idiota. Até que por algum impulso sobrenatural me fez dizer, meio seco e vergonhoso:

- Oi, tudo bem? – Sorri tímida, meu rosto corou por vergonha, olhei para o gramado do campus, eu me senti uma adolescente e seu primeiro amor. Ouvi um riso tímido escapar por entre seus lábios, logo em seguida senti sias mãos tocarem meu tosto e o levantou com calma, ele fez com que eu o encarasse, me hipnotizei, seus olhos eram como imãs para mim. Seus olhos fizeram meu coração desacelerar instantaneamente, foi como um calmante pra mim, eu me tranquilizei. Ele sorria de forma doce e encantadora, eu me senti segura e bem ao seu lado, aos poucos começamos a conversar, eram coisas aleatórias: desde o clima até musicas tontas e modinhas. A cada palavra dita eu me sentia mais a vontade para falar e até mesmo rir, uma coisa que eu não fazia muito desde que cheguei lá, porem, como tanto um quanto o outro tinham aula e tínhamos que ir. Ele se despediu e um sorriso brotou em meus lábios, foi naquele instante que percebi uma coisa, meu coração me dizia com firmeza, seriamos bons amigos... Por enquanto.

Algumas semanas se passaram, eu e Corey ficávamos cada vez mais próximos, tão próximos, tão confidentes, éramos necessários um ao outro. A cada dia que se passava, me sentia mais dependente da presença dele, de um único sorriso que ele desse a qualquer momento do dia, nunca havia me sentindo assim por alguém que mal havia conhecido, mas já não me importava mais, pois de qualquer maneira me sentia feliz ao lado dele.

Após dias de convivência, dias de alegrias e risadas ao lado de Corey, não sei se era coisa da minha cabeça, mas percebi um olhar diferente no rosto dele, talvez um olhar apaixonado por mim, talvez um olhar de alguém que ama não sei, mas por enquanto decidi deixar pra lá, pois poderia ser apenas coisa da minha cabeça, a final, por que ele se apaixonaria por mim, uma garota tão estranha quanto.

Passaram- se dois meses e a cada dia que se passava, nossos olhares se encontravam sempre, e sem querer acabei perguntando algo que deveria esperar mais alguns dias, ou sei lá, quando eu estivesse pronta pra ouvir a resposta que provavelmente seria negativa – nunca fui muito confiante em mim mesma – enfim, acabei perguntando:

- Corey, andei percebendo que a algum tempo trocamos olhares, não sei se é coisa da minha cabeça, mais você... – Comecei a tropeçar nas palavras como se eu não soubesse mais falar, ou se por algum motivo ele fosse começar a me chamar de idiota. Ao mesmo tempo que comecei a gaguejar, senti as mãos dele em meu rosto, fazendo uma leve caricia que já fazia tempos que não sentia, comecei a encara-lo tentando colocar um leve sorriso no rosto, mesmo que tímido, consegui fazer isso, não faltou muito para que ele aproximasse seu rosto do meu e com delicadeza sussurrasse em meu ouvido:

- Samantha, te amo.
Quando ouvi essas poucas palavras, sorri e ao mesmo tempo coloquei as mãos no rosto dele e por um instante perdi toda a vergonha que havia em mim e o beijei. Fiz isso com tanta vontade, com tanto amor a ele. Senti que o beijo foi quente, até meio úmido, senti que os braços dele me envolviam como as minhas musicas preferidas, ele havia se tornado o meu preferido, e não deixava nada tirar isso da minha cabeça mais, me concentrei tanto no momento que parecia que estava no céu, me senti perfeita agora que ele estava em minha vida, e não deixaria ninguém me tirar á felicidade que sentia com ele. Eu meio desengonçada me joguei de corpo e alma no beijo, como se só existissem somente eu e ele no universo.