O Improvável Não É Impossível escrita por Mrs Lelê


Capítulo 12
My name is Gray, Kyle Gray


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos!!! Como passaram o ano novo?
Aqui vai mais um cap novinho em folha para vcs! ^_^
Quero avisar que não sei se vou poder postar esta semana porque eu vou viajar, mas vou ver se consigo escrever mais um para vcs agorinha mesmo.



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Will amarrou o garoto desconhecido, desta vez ele o revistou primeiro, para ter certeza que ele não portava uma faca ou qualquer coisa cortante que possa ajudar na sua fuga. Encontrou uma pequena faca, que apesar de seu tamanho era bastante afiada. Deveria ter sido com isto que ele escapou da última vez. Ele a pegou e colocou junto com o arco e a pequena aljava que o garoto carregava consigo e agora estavam na cabana de Will.

Enquanto o arqueiro mais jovem se encarregava dele, Horace e Halt montavam acampamento. Eles gostariam de interrogar o rapaz esta noite.

––Vi um arbusto que pode deter a fumaça de uma fogueira. Acenda uma pequena embaixo dele, por favor, Horace. –comentou Halt, para o alívio de todos.

– Graças a deus! Eu hoje poderia até matar por um café quente. –agradeceu o cavaleiro.

Depois de tudo preparado e em seu devido lugar. Se prepararam para falar com o rapaz.

O garoto foi acordado por pesadas mão chacoalhando-o levemente.

–onde estou? –perguntou confuso assim que acordou num sobressalto. Ainda com o olhar um pouco perdido devido à forte dor de cabeça que deveria estar sentindo no momento.

–Acho que não é você quem está em condições de fazer as perguntas. –comentou Will, indicando as cordas que o amarravam.

O rapaz lançou um olhar furioso ao trio que estava na sua frente. Provavelmente porque ele sabia que eles tinham razão.

–Qual é o seu nome? –perguntou o arqueiro mais velho, que ele reconheceu como o líder do grupo.

O garoto não estava disposto a colaborar. Simplesmente permaneceu em silêncio.

Ele percebeu que estava desarmado. Notou isso quando abaixou discretamente a mão em direção a bainha secreta onde estava sua faca. Mas parou assim que sentiu uma pressão em sua garganta. O homem mais velho havia percebido o movimento.

–Nem pense nisso. Já cuidamos de tudo. –avisou num tom de voz calmo, mas assustador, sempre mantendo o contato visual.

–O seu nome! –perguntou o arqueiro mais velho, ainda com a faca sobre sua garganta, e desta vez com um tom de voz mais alto.

–Quem são vocês?

Halt já estava perdendo a paciência com o rapaz. Decidiu contar, mesmo sabendo que não faria a menor diferença para um estrangeiro, que desconhecia o corpo de arqueiros.

–Somos arqueiros do rei. Meu nome é Halt. Ele é o Will–falou indicando seu ex-aprendiz. –Este é Horace, mais conhecido como o cavaleiro da folha de carvalho. Mas nenhum de nós está para brincadeiras. –avisou com um olhar mais fulminante ainda.

O rosto do rapaz ficou perplexo. Ele conhecia cada um dos três. Halt ficou um pouco confuso pela sua reação. Não imaginou que ele reconheceria lendas nacionais.

–Kyle Gray. –respondeu rapidamente, tinha se esquecido que tinha feito um arqueiro esperar, ou melhor dois arqueiros. Lendas vivas em pessoa estava em sua frente, e seu tom de voz demonstrava que ficou levemente assustado com a declaração das profissões de cada um.

–Quantos anos você tem Kyle?

–14, senhor. –Halt gostou de escutar a última palavra. Ele estava tomando o controle da situação.

–Você é Hiberniano. Por que está em Araluen? –perguntou novamente mesmo que já tivesse uma suspeita para a resposta.

– Pela mesma razão que muitos outros que vieram ultimamente para cá.

–E qual razão seria esta? –o arqueiro mais jovem indagou

–Pelas invasões.

–Invasões? –agora foi a vez de Horace perguntar

–Sim. Essas pessoas invadiam as cidades, roubavam e saqueavam tudo. As vezes queimavam casas. –disse com um olhar de desprezo– Isso é o que ouvimos falar. Não presenciamos nenhuma. Assim que meus pais souberam que cada vez havia mais ataques como estes em cidades cada vez mais perto da nossa, fugimos para cá. Mas nos deparamos com o mesmo tipo de problema. –disse triste ao se lembrar de seus pais, que agora estavam mortos. –Ao parecer esse pessoal decidiu tentar a sorte aqui em Araluen também. E infelizmente acredito que tiveram sorte.

–Tenho um pressentimento que esta sorte vai durar pouco– declarou Halt enquanto de dirigia a fogueira para colocar água para ferver. Will foi buscar o saquinho com os grão de café,

–Eu sinto muito pelos seus pais– tentou ajudar Horace.

–Eu também sinto muito. –falou tristemente Kyle.

–Se te faz sentir melhor, eu e Will também somos órfãos desde pequenos.

–Em que cidade você morava? –perguntou Halt sem tirar os olhos do bule que enchia com água.

–na capital.

–o que o rei Sean fez ao respeito? –ele estava curioso para saber como seu sobrinho tinha reagido a uma situação como esta.

–Ele fez o que podia. Mandou patrulhas para a procura deles. Ele é bem melhor que o Rei Ferris.

–É, eu também acho.

–Bem então amanhã vamos em busca deles? –disse Will tentando mudar rapidamente o assunto. Halt ainda sofria pela morte de seu gêmeo.

–Sim, e você Kyle, amanhã poderá seguir a estrada para a aldeia mais próxima.

–O que? Não! –reclamou o rapaz–eu vou com vocês! –falou decidido

–Kyle, isto está fora de questão!

–Por quê?! Eu posso ajudar vocês!

–Nós não podemos ficar protegendo você se alguma coisa acontecer.

–Eu não preciso da sua proteção. Eu sei usar o arco. –isso Halt não podia negar, ele matou 3 homens com suas flechas. Apesar de sua pontaria não poder ser comparada a de um arqueiro ele disparava bem, se considerar que ele não teve treinamento.

–Mesmo assim, você não tem um cavalo.

–Não seja por isso– falou com um sorriso se formando no rosto e levou o dedo indicador de cada mão a boca e soltou três altos e agudos assobios.

Todos ficaram esperando confusos.

Um cavalo surgiu por detrás das árvores, a procura de seu dono. Este se dirigiu a Kyle.

–Quem é ele? –perguntou Horace.

– É ela. Esta é Canela. –disse Kyle enquanto fazia carinho em sua égua. 

Canela era linda, como o próprio nome já diz, é marrom claro, quase um bege. Sua crina e rabo eram um pouco mais claros. Ela também tinha uma faixa branca que ia desde um pouco abaixo das orelhas até o focinho. Era um pouco mais alta que Puxão.

–Sinto muito, mas você não pode nos acompanhar.

–Por favor!–suplicou o rapaz.

–Halt, eu acho que nós poderíamos levá-lo conosco. –comentou o arqueiro mais jovem. E um sorriso apareceu no rosto do garoto.

–O que?

–Ele não tem para onde ir, sabe manejar o arco e tem um cavalo, ele pode ser de grande ajuda! –os olhos de Kyle brilhavam.

–Está bem! –disse Halt com um suspiro de derrota. –mas ele está sob sua responsabilidade!

Will e Kyle trocaram olhares cúmplices e sorriram.

Após o acampamento montado, fogueira acessa e garoto interrogado, era hora de passar para o próximo e mais importante passo, o café.

–mel? No café?

–é! Se você for ficar com a gente há certas coisas que você tem que aprender. –disse Horace enquanto colocava um pouco de mel no café de Kyle.

O garoto deu de ombros. Bebeu um pouco e sorriu.

–É delicioso!



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Notas finais do capítulo

Reviews são bem-vindos!!
Cedê vocês Henrique Black e Dríada Dias??? Não me abandonem please!!