O Improvável Não É Impossível escrita por Mrs Lelê


Capítulo 10
O que fazer? Eis a questão!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!!! E aí? Aqui vai mais um capítulo para vcs, meus queridos!
Espero que gostem!



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Will, irritado, procura sinais de fuga ou rastros deixados pelos moradores da pequena cidade, que agora vazia, tornava o lugar levemente tenebroso aos olhos dos amigos. O barulho do vento era a única coisa que escutavam, além das próprias vozes, que procuravam deixar em um tom de volume baixo, e é claro as fortes pulsações de seus corações batendo. Nunca nenhum dos dois tinha visto uma cidade totalmente vazia, ou mesmo se tivessem, ela estaria totalmente caindo aos pedaços, por conta de alguma guerra e com pessoas feridas em todos os cantos. Mas nesta era diferente. Não havia nada disto. Nenhum dos dois saberia definir ao certo o que os assustava. Talvez o fato de que parecia que as pessoas haviam desaparecido misteriosamente.

“Bem, talvez não tão misteriosamente assim.”, pensou o arqueiro ao achar mais e mais vestígios.

Mas a animação inicial desaparece levemente.

–Horace, cada família tomou uma direção diferente. –disse Will sem tirar os olhos e a atenção do solo onde estavam as pistas.

–isso é um problema.

–Talvez seja mais difícil do que se fossem todos juntos, mas não é um problema. –disse Will caminhando em direção ao amigo. – tudo o que temos que fazer é seguir uma família. Podemos escolher uma que não nos desvie muito de nosso trajeto.

–bem, então o que estamos esperando? –disse o cavaleiro, sedento por mais aventura.

–Você montar nesse monstro que chama de cavalo.

Horace ficou um pouco ofendido. Afinal, Kicker era seu amigo.

–Vamos Horace. Não temos o dia inteiro. – disse uma voz vinda de atrás deles, interrompendo os pensamentos do cavaleiro.

Os dois amigos se viraram para olhar quem tinha sido o dono da frase. Will reconheceu rapidamente a resposta azeda.

–Halt! –gritaram os dois em uníssono. Enquanto corriam para abraçar, o velho mentor e amigo.

–Que eu saiba esse é o meu nome! –disse Halt, ocultando um sorriso por reencontrar os amigos.

Abelard e Puxão trocam relinchos de cumprimento. Já Kicker não tinha tanta intimidade com o pequeno cavalo, mas moveu levemente a cabeça e a crina.

–Vamos, não temos tempo para toda esta cerimônia! Temos pessoas para resgatar. –disse Halt se separando dos braços dos amigos que o agarravam. E caminhando em direção a Abelard.

–Resgatar? Do que você está falando? –perguntou o jovem arqueiro

–Das pessoas que moram, bem, moravam nesta vila. –respondeu Halt como se isso fosse a coisa mais obvia do mundo.

–O que têm elas? –perguntou ainda confuso o cavaleiro.

–Você acha que elas fugiram por diversão? –disse Halt já perdendo a paciência.

–Você está nos dizendo que não foi só nesta cidade que as pessoas desapareceram? –perguntou novamente Horace.

–Elas não desapareceram, elas fugiram. –corrigiu Will - feitiçaria não existe

–Ta como seja, mas porque elas desapareceram?­–perguntou novamente o cavaleiro

–Elas fugiram Horace, F-U-G-I-R-A-M! –responderam, bem, na verdade, gritaram os dois arqueiros ao mesmo tempo.

–Por que elas FUGIRAM?! –perguntou no mesmo tom que os arqueiros e dando ênfase na palavra FUGIRAM.

–é isso que vamos descobrir se você parasse de fazer perguntas e montasse em Kicker. –falou Halt sem paciência. Por um momento ele desejou não ter encontrado os dois, mas afastou este pensamento rapidamente, afinal, os dois eram muito úteis, apesar de fazer perguntas ridículas e encher-lhe a paciência. Eles eram seus amigos e por mais que isso acontecesse sempre seriam seus amigos!

Assim que Horace montou. Eles se apressaram em seguir as pistas e procurar a família. Decidiram seguir uma que era composta por dois pares de pegadas grandes e fundas. Um par de fundas e um pouco menores, e finalmente o último par de pegadas pequenas e rasas. Dois homens, uma mulher e uma criança.

As pegadas indicavam que haviam passado por ali, ou seja, fugiram, a cerca de mais ou menos quatro dias. Mas estavam a pé, portanto alcançá-los não seria muito difícil.

Ainda dispunham de algumas horas de luz, portanto partiram imediatamente.

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Cavalgaram por horas, seguindo facilmente as pistas. A família até tentou tampar algumas das pegadas mais destacadas, mas não contavam que podiam ser seguidos por especialistas. O sol se punha, deixando o céu alaranjado.

–Acho melhor parar e continuar amanhã cedo. –disse Will olhando para o céu.

 – Vamos, acho que acabo de encontrar um local bom para acampar–disse Halt impelindo Abelard para frente com um movimento quase imperceptível, assim que viu um local onde as árvores se afastavam um pouco, oferecendo um local bom para as barracas e a proteção das árvores. O local não era muito longe da trilha.

Depois de montar as barracas, ainda na luz do dia, que por experiência própria eles sabiam que era bem mais fácil.

Foram comer alguma coisa.

–nada de fogueira hoje, Horace. –disse Halt quando viu que o cavaleiro estava pegando as pedras de fogo. –outras pessoas podem estar seguindo eles também.

–isso significa sem café quente. –disse Horace tristemente.

–infelizmente sim - afirmou Will, parecendo decepcionado com a idéia de não fazer uma fogueira. –carne fria mais uma vez. –disse enquanto pegava o pão e a carne para fazer um sanduíche.

Como de costume, depois da refeição eles se sentaram envolta de onde estaria a fogueira para conversar.

–por que demoraram tanto? Deveriam ter chegado ontem.

Horace e Will trocaram olhares.

–Bem, tivemos alguns contratempos. –começou Will

–por exemplo?

–Bem, fomos atacados por assaltantes.

–Entendo. Esta região anda com muitos deles.

–Sim, mas é claro que o fato de Horace estar noivo também nos atrasou. –delatou o arqueiro mais jovem.

–O que?! –perguntou surpreso Halt– você pediu Cassandra em casamento?

–S-sim.

–Até que enfim! Achei que este dia nunca chegaria! –disse Halt feliz– parabéns Horace. –disse abraçando-o! Para Halt, Will era como filho. Mas Horace, a medida que conviviam mais e mais, passou a ser uma espécie de sobrinho muito querido e próximo. Halt estava orgulhoso de seu sobrinho. Permitiu-se dar um sorriso, um que não costumava dar, mesmo dos poucos que dava.

–Will, espero que agora você seja o próximo a tomar coragem! Não deixe Alyss esperando muito tempo!

–Bem, eu... –disse o arqueiro mais jovem, enquanto ruborizava profundamente. O que provou risadas de todos.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
Mas agora mudando de tema, vcs estão prontos para receber seus presentes?
Feliz natal meus queridos!