A deusa perdida escrita por Nina C Sartori


Capítulo 47
Chega a cavalaria


Notas iniciais do capítulo

Volto para finalizar essa história. Peço desculpas pela demora, mas teremos um final em breve!
Aproveitem a leitura :D



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Os cuspidores de fogo alados estavam se aproximando cada vez mais. Em suas costas tinham monstros horripilantes nos atacando em uma distância que estava diminuindo cada vez mais. Apertei com força minhas mandíbulas enquanto contra-atacava os inimigos juntamente com Electra. Will fazia suas investidas com seu arco para diminuir o número dos inimigos, mas não era o suficiente. O céu estava ficando escuro e o clima esquentava com a chegada dos dragões. Senti um calafrio em minhas costas e me virei, percebendo que Tifão olhava triunfante para mim. Nesse instante, ele parou de ser comedido e atacou Ares pra valer. Ares ficava na defensiva, mas não demonstrava qualquer intimidação pelo oponente.

Atena vinha com uma parte dos seus soldados para dar apoio contra os dragões. Ela parou sua biga no terraço e se juntou a nós no ataque a distância.

— O que você queria dizer com “este é o sinal’? – perguntei a Atena enquanto lançava rajadas de ventos aos inimigos.

Ela me olhou e sorriu.

— Você verá.

Apertei a mandíbula com força e joguei minha raiva em um dragão que estava mais perto.

— Detesto não saber das coisas, ainda mais no meio da minha batalha! – falei com frustração.

Atena apenas riu e continuou com seus ataques. O calor ao redor ficava cada vez mais insuportável fazendo com que a batalha ficasse cada vez mais difícil de continuar.

— Precisamos esfriar um pouco a situação, irmãzinha. – disse Electra.

— Concordo plenamente. – respondi.

Juntamos forças novamente e convocamos uma tempestade com direito a chuva e ventania fazendo com que o ar ficasse mais agradável para nós, isso nos deu um pouco de vantagem. Os dragões estavam mais difíceis de derrotá-los por serem mais resistentes aos ataques o que nos fazia gastar muita energia para matar apenas um. Observei Will e percebi que estava tendo dificuldades nas tentativas de derrubar os dragões, então tive uma ideia louca.

— Will, venha comigo.

Ele começou a me seguir em direção a biga que Atena tinha deixado e subimos.

— Você tem certeza do que está fazendo? – ele perguntou um pouco apreensivo.

Olhei para ele e sorri maleficamente.

— Vamos matar alguns dragões de perto.

Conduzi a biga em direção a multidão de dragões, enquanto ouvia os protestos de Electra e Atena. Apenas ignorei e continuei em direção aos inimigos.

— Ouça, Will, irei continuar guiando a biga e controlando as tempestades, mas quem fará o trabalho pesado será você. Use sua aljava encantada para conseguir flechas mais resistentes.

Ele pareceu surpreso.

— Como sabe que a aljava é encantada?

— Acha mesmo que uma deusa não saberia deste presente? – rebati.

— É, você tem razão.

— Apenas faça o que eu te disse, as coisas estão um pouco complicadas de contornar aqui em cima.

Enquanto eu desviava dos ataques, Will conjurava novas flechas. Quando conseguiu, ele iniciou suas investidas nos dragões. Desta vez os ataques foram mais úteis, podendo assim, no alvo certo, derrubar um dragão com três flechas. Estávamos conseguindo confundir um pouco as bestas aladas com nossa presença no ar, o que garantia uma vantagem para nós dois, além dos outros que atacavam de longe. Tentei fazer com que nos seguissem e continuassem longe do palácio. Se eles chegassem perto seria muito difícil contornarmos a situação.

De repente ouvi um rugido terrível e o ar ao meu redor ficou gelado. Quando percebi, Tifão estava próximo de mim e Will, em cima de um gigante dragão. Ele tentou nos derrubar com um ataque rápido, mas consegui defender e evitar que caíssemos.

— Que droga, Ares! Precisamos voltar. Will, tome as rédeas da biga enquanto enfrento esse idiota.

Tifão riu.

— Há quanto tempo esperei por este momento, Alexis.

— Will, apenas conduza para o palácio e não olhe para trás. – ordenei.

Era hora de usar minha forma divina. Assim que estava transformada, me lancei no ar para iniciar minha batalha. O gigante não se intimidou e deu duro de si. Era mais fácil batalhar nesta forma, me sentia mais forte e fluida. Investi diversas vezes contra Tifão, mas ele demonstrava a mesma habilidade em se defender. De repente Ares apareceu para auxiliar na batalha, assim dando um duplo trabalho para o gigante.

— Dois deuses de uma vez só? Assim não terei trabalho para matá-los depois. – disse Tifão triunfantemente.

Não quis responder, afinal estava mais preocupada em manter o ritmo da batalha para atingi-lo. Em certo momento senti um formigamento percorrer o meu corpo e ouvi uma voz em minha mente.

Será que ainda posso entrar na batalha?

Era Zeus. Se eu não estivesse batalhando com Tifão, teria jogado um redemoinho nele.

Você prometeu que estaria batalhando ao meu lado. Onde se meteu?

Resolvendo um assunto importante que contarei os detalhes depois de nossa vitória. Posso?

Precisamos de toda ajuda possível.

Com prazer, minha senhora.

O ar começou a ficar mais denso e as nuvens cada vez mais escuras e pesadas. Um barulho de trovão começou a avisar que os raios estão a caminho. Todos os inimigos ficaram tensos e Tifão não tinha uma expressão feliz no rosto.

— Zeus, seu maldito! – rosnou o gigante.

Os raios começaram a cair, atingindo vários monstros e torrando cada um deles automaticamente. Todos os aliados comemoraram o feito, mas ainda era cedo para levantarmos a bandeira da vitória. De repente um grande raio atingiu Tifão, fazendo o gigante quase cair de seu dragão. Esse ataque o deixou desnorteado. Olhei para o meu lado e vi Zeus. Senti um misto de alívio e raiva com sua presença, mas preferi demonstrar a raiva em minha expressão após voltar a minha forma habitual e ficar apoiada na nuvem que o mantinha no ar. Zeus encarava ao redor bastante sério.

— As coisas não estão tão boas aqui.

— Claramente. Por isso a minha irritação.

O exército que vinha com Zeus já estava fazendo seus estragos no inimigo. Ele me encarou furioso.

— Eu estou aqui, não estou? Não deixei de cumprir minha palavra. Agora volte para o terraço, eu mesmo irei batalhar com Tifão.

Fiquei com mais raiva ainda.

— Mesmo sendo o senhor dos Céus, aqui continua sendo meu campo de batalha e quem dá as ordens sou eu!

Zeus me olhou friamente e apertou sua mandíbula.

— Apenas sugiro que volte para o terraço, tem alguém que está te esperando.

Isso me deixou intrigada, então olhei para o terraço. Por causa dos meus sentimentos raivosos por Zeus, não tinha percebido que as rédeas de Pégaso estava pulsando em minha cintura. O grande cavalo alado me esperava no terraço. Fui imediatamente ao seu encontro, sem acreditar. Quanto mais chegava perto de Pégaso, mais a energia ao meu redor se chocava com a dele dando alguns estalos.

— Pégaso? – falei assim que cheguei no terraço.

Os outros continuavam atacando onde estavam no terraço, mas já tinham visto Pégaso. O grande cavalo estava me olhando já tinha bastante tempo, mas não tinha verbalizado nada desde que chegou, apenas continuava me observando. A energia entre nós continuava mais densa e eletrizante, isso dificultava um pouco a minha aproximação. Então desamarrei as rédeas e as segurei em minha mãos, o que amenizou um pouco o atrito e facilitou a minha aproximação. Quando estava tão próxima de Pégaso, encostei a minha cabeça na sua e uma luz grandiosa explodiu de nós dois. Coloquei as rédeas em sua cabeça e pescoço, assim trazendo o nosso elo de volta.

            Olá, minha senhora.

            Olá, grande amigo.

            Pronta para o show?

            Claro. Com você ao meu lado sempre será mais divertido.


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