Amor À Primeira Briga escrita por Our Kristen, ourkristen


Capítulo 3
Capítulo 2 - Duas Bibas e Uma Estilista - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

[Repostado]
Divirtam-se! Nos vemos lá embaixo



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Capítulo 2 – Duas Bibas e Uma Estilista – Parte 1

POV Bella

ROOOOONG

– Dá para parar aí? – Resmunguei.

ROOOOOONG

– Ô, coisinhaa, para aí!

ROOOOOOOOOOOOONG

– ARGH! ESTÔMAGO IDIOTA! Tá vendo, Isabella, isso que dá não comer. – Exaltei-me.

Levantei da cama com uma preguiça danada (isso, querido leitor, é o que dá ficar um mês de molho). Me dirigi ao banheiro ainda resmungando por causa do meu estômago murmurador, fiz minhas necessidades matinais e soltei alguns impropérios por ter chegado aqueles dias.

Desci para tomar café usando a porcaria da roupa que Alice tinha posto em cima da minha cama – junto de um bilhete que dizia algo sobre me “matar sufocada se usar aqueles suéteres horríveis” e “jogar no caminhão de lixo os All Stars se não usar as botas”. Yeah! Se você tem Alice como irmã, tem que ter um estilo “mais atual”.

Saí do quarto me sentindo diva das divas – fala sério, até Dilma se sentiria se estivesse com aqueles saltos incríveis – e fazendo meu máximo para não cair. Eu confesso: adoro usar saltos, mas prefiro os confortáveis All Stars.

Um grito muito familiar me fez sair do momento Beyonce. Ai, ai, ai, Emmett… Corri escada abaixo tão rápido que parecia o Ajax – o gato sinistro do pica-pau – e, Deus que me livre, sem cair – UM VIVA ÀS ESCADAS COM CORRIMÃO E DEGRAL ANTI-DERRAPANTE!

Não pense que eu fiquei surpresa ao ver que o jegue do meu irmão tinha prendido o bigulim no zíper da calça. Eu ri e muito, isso sim. Me pergunto quantos por centos do cérebro ele usa? Como sou muito piedosa, fui em direção a ele para poder ajudá-lo, afinal, eu já estava acostumada a fazer isso mesmo.

Enquanto me dirigia para meu irmão burro, passos rápidos e leves indicaram alguém vindo para a cozinha.

– O que foi isso? – Esme perguntou entrando no lugar da quase morte do brinquedo do Emmett.

– O Emmett prendeu de novo – apontei para o negócio dele. Mamãe deu uma risada aliviada e foi para a sala. Está vendo, costume.

– Como você consegue fazer isso, Emm? – Perguntei enquanto ele segurava o negocinho (bem grandão) dele e eu puxava o zíper para baixo.

– Eu não sei – respondeu com cara de dor. – Ai! Cuidado, Bella! Ele é sensível… – Fez biquinho. Olhei pra o troço dele com nojo, avaliando se teria que levá-lo ao hospital cuidar do Júnior. Não. Nada de Dr. Peackuk hoje. – Hey, tampe os olhos! – o imbecil pôs a mão que ele tinha posto no piu-piu dele em meus olhos.

– Eca, Emmett! Tira essa mão nojenta do meu rosto! – resmunguei com nojo total. – Não tem problema eu ver isso aí, eu já vi um milhão de vezes mesmo. Para ser mais exata, todas as vezes que você o prendeu. - me queixei.

ROOOOOOOONG

Olhei para aquela coisa que chamo de estômago e grunhi para ele (porque, yeah, eu grunho para meu estômago. Problema?).

– Ô, bicho irritante! – me estressei. Estômago chato, na moral.

– Rosalie não vai gostar nada disso. Olha só! – murmurou Emmett baixinho, indo para a sala de jantar enquanto colocava aquela coisa dentro das calças.

– Vem comer, Bells – chamou minha mãe.

– É pra já – corri para a sala e sentei-me à mesa, já metendo a mão em tudo que parecesse apetitoso. Que foi? Sou uma adolescente em pleno crescimento. Preciso de muita comida.

– Bom dia! – Alice nos cumprimentou ao se sentar com total cautela – culpe o idiota do Emmett.

– Bom dia – respondemos em coro.

Um minuto de silêncio se passou, todos estavam com a boca cheia. Se alguém falasse de boca cheia, tenho certeza que papai ficaria muito bravo – ele abomina maus hábitos. E por falar em Charlie…

– Mãe, quando o pai volta de viagem? – perguntei.

Charlie era empresário e tinha viajado a uma semana a negócios. Eu já havia me esquecido disso – ele viajava com muita frequência.

– Ele volta na sexta, as coisas estão complicadas por lá – respondeu com uma careta quase imperceptível e sem me olhar.

– Hum… – respondi simplesmente.

Eu achei a reação de Esme estranha, mas preferi não falar nada.

Ficamos mais um tempo em silêncio, o único barulho que preenchia o ar era o batuque dos garfos nos pratos, o suco descendo goela abaixo, a faca roçando os ovos e o bacon enquanto os cortávamos… Ele já estava me incomodando, então resolvi cortá-lo. O silêncio, quero dizer.

– Alice, me conta: o que aconteceu na escola durante o tempo em que estive doente? E quem era aquele cara que me ajudou ontem, o Edward Cullen? – Perguntei, tentando parecer indiferente, olhando para meu café da manhã.

Esme cuspiu o suco que estava em sua boca em Emmett, Alice deixou o garfo cair e Emmett começou a tossir, todo molhado de suco, por estar engasgado com uma panqueca.

– Sério que você perguntou isso? – incrédula, Alice balançou a cabeça.

– Droga! Poxa, Bella, não podia perguntar esse tipo de coisa quando não estivéssemos comendo? – Reclamou Emmett enquanto levantava em direção a cozinha, provavelmente para se limpar.

– Por que tanta surpresa? – Indaguei confusa e um pouco irritada. Eu era tão antissocial mesmo?

– Porque você nunca quer saber de nada que acontece em lugar algum, oras. Ainda mais o que acontece na escola. Por que agora você quer saber? – Perguntou Alice, as sobrancelhas tão arqueadas que quase tocavam seu coro cabeludo e um brilho nos olhos que eu conhecia muito bem: desconfiança.

O que eu podia dizer a ela? Ah, Alice, é só por causa de um cara supergato que conheci na escola. Não sei porque, mas ele não sai de minha mente e quero muito saber coisas sobre ele. Na verdade, acho que quero bem mais do que conhecer ele. Só por isso… Se eu falo uma coisa dessas, eles vão achar que estou apaixonada por ele ou algo do tipo, mas não estou. É só sua impressionante beleza, e graciosidade, e sua voz, e seu sorriso, e seu cabelo cobre desgrenhado e perfeito, e sua gentileza ao me ajudar com o diretor e toda aquela coisa com a Jessica, e a corrente elétrica que percorreu meu corpo quando o toquei, e… OH, MEU DEUS! Não! Eu, definitivamente, não estou apaixonada, é só tudo isso que eu falei/pensei que me faz o achar muito fascinante. Nada demais.

Balancei minha cabeça tentando esquecer todo esse negócio de Edward e ele ser totalmente lindo e fascinante e tudo o mais.

– É só curiosidade – dei de ombros.

– Curiosidade, sei… – Me deu o olhar “Tem caroço nesse angu”. Alice um suspiro e respondeu: – Vamos começar do começo então.

“A pouco mais de um mês, Edward, Carlisle, seu pai, Renée, sua mãe, Jasper e Rosalie…”

– O rolo de Emmett? – Interrompi.

– Ei, não é rolo! Estamos quase namorando! – Se intrometeu Emmett. Aliais, ele não tinha ido se limpar?

– Calem a boca e me deixem terminar! – Empombou Alice. – Vão se calar? – Assentimos. – Ótimo! – Fez uma pausa. – Continuando: toda a sua família – repetindo: Carlisle, Edward, Renée, Rosalie e Jasper – se mudou para cá. Edward virou o mais novo e melhor capitão do time de futebol da FHS; Carlisle o melhor médico que a cidade já teve em anos; Renée a melhor professora de jardim de infância; Rosalie tem a melhor loja de roupa de Forks e Jasper… Bem, dele eu não sei. Para falar a verdade, ninguém sabe.

– Piolhos são nojentos – resmungou Emmett, cheio de nojo. Não parecia se lembrar mais da Rosalie.

Alice o ignorou e continuou:

– Jessica tratou logo de pegar o Edward para ela – já que ele é considerado o cara mais gato de toda a Forks e é o capitão do time de futebol. Agora eles são “Os Reis” de Forks, – fez aspas no ar, revirando os olhos.

– Eles fazem nossa cabeça de motel. Eca! – Todos olhamos para Emmett ao mesmo tempo e com a mesma cara de “Você é demente?”. – O que foi? – Perguntou envergonhado.

– Nada. Continue, Alice – pedi.

– Deixa eu ver… - ela murmurou enquanto punha um pedaço de panqueca pingando meu na boca e olhava para o teto pensativamente. – Bem… - começou hesitante e engolindo a panqueca ruidosamente. – Sabe o Mike e o Tyler? – Perguntou.

– É lógico, né, Smurfete, meus melhores amigos, dã. Faz séculos que não falo com eles… Eles entraram em contato com você? Porque pra mim nem mensagem por e-mail eles mandam. – queixei-me com remorso.

Os traíras a quem nos referíamos haviam viajado à três anos e disseram que só voltariam quando “se encontrassem”. No começo eu não entendi bem o porque desse “se encontrar”, mas com o tempo eu acabei percebendo que os dois não tinham certeza da sexualidade e precisavam esclarecer o que sentiam. Bobocas, podiam ter feito isso aqui mesmo, em Forks e do meu lado.

– Bem, segundo eles, Mike e Tyler morreram, agora eles são Keen e Tryla. – Eba, até mudança de nome rolou e Bella não sabia! Uhu!

– Uau! Que mundiça de nomes são esses?

– O nome deles serviu de base. Sabe, pra formar Keen é só tirar o “mi” e acrescentar um “e” e um “n”; e pra Tryla você acrescenta um “a”, tira o “e” e arruma as letras. – Ah, ta… Finjo que entendi, ta, Alice?, pensei, mas resolvi deixar isso pra lá e fazer outra pergunta:

– Eles são travestis?

– Não, apenas gays, bem porpurinados, mas nada de seios, cabelo e corte das joias.

– Tão bonitos, tão másculos – murmurei enquanto uma lembrança tremulava para minha mente.

– É a vida… – ouvi Alice responder ao longe, a lembrança ocupando meu cérebro.

Flash Back On

Sentados em nossa mesa preferida, acertávamos os últimos detalhes para meu aniversário de 14, que aconteceria em dois dias. Toda a escola estava convidada e não faltaria perê-quê-tê e auê para animá-la. Uma festa de arromba, segundo eles.

– Minha Lady, temos que comprar sua roupa pra você ficar ainda mais diva. – Tyll escandalizou no seu jeito desmunhecado.

Já havia me acostumado com a esquisitice tanto do Moreno Delícia (MD) quanto do Loiro Gostoso (LG). Era mais que normal eles me iludirem com os “Minha Lady”, “Diva Divina”, “Lady Bella”, “Majestade”, “Diva Escândalo” e muitos outros. Eram tão divertidos! Eles me faziam sentir como o centro do universo – para eles, valia a pena viver apenas para fazer com que minha estrela brilhasse mais… Uma figura esses dois.

– Diva, temos uma coisa pra te contar… – Kinho hesitou. Sua expressão sempre tão alegre era de angústia e tristeza, como se ele estivesse prestes a dizer algo nada agradável.

– Pode falar, LG – incentivei, sem deixar sua expressão me abalar.

– Nós du… dois vamos viajar. – Apontou para ele e Tyler.

– Ah… – O sorriso que eu tinha no rosto desde que chegaram para organizar minha festa se desfez, sendo substituído por lágrimas contidas nos olhos e a boca virada para baixo. – Tudo bem. Quando vocês voltam?

– Não sabemos ainda, amore, mas vamos voltar apenas quando nos sentirmos seguros, quando pudermos sair… Depois que nos acharmos.

– Como assim? – a dúvida devia estar estampada em meu rosto, mas eles fingiram ignorar. Eu podia ver em seus olhos a tristeza dessa notícia.

– Você ainda vai entender, Alteza. – Tyll tinha a mesma expressão que Kinho: tristeza e angústia.

– Vocês estão me… deixando? – Comecei a chorar fortemente. Como assim eles estavam indo embora?

– O que é isso, hein, guerreira? Que tristeza é essa? Nós não morremos, Deus nos livre de irmos sem nos libertarmos! Vamos voltar, e manteremos contato sempre! – Mike quase gritou. Tyler, ao seu lado, acenou, confirmando.

Olhei para olhos de ambos e vi a tristezas que eu sentia transbordando dalí. Não aguentei e chorei mais ainda… Um choro da saudade que já sentia. Eu os amava muito, e não sabia o que ia fazer para evitar pensar naquele sentimento que me causaria tanta dor. Como evitaria lembrar de todos nossos momentos juntos? De seus rostos? Seus jeitos estranhos e engraçadíssimos?

Senti meus amigos me abraçando com amor. Suas lágrimas deixando-me molhada e instantaneamente parei de chorar. Não queria tornar aquilo mais difícil.

– Eu amo vocês. – Sussurrei quando finalmente encontrei minha voz ainda manchada por meu choro.

– Também amamos você, Divina Majestade. – Tyler se pronunciou pelos dois.

Suas palavras foram tão doces que me senti relaxada e amada.

Flash Back Off

Balancei a cabeça esquecendo a triste lembrança e perguntei:

– E o que mais tem de estranho na escola, Smurfete?

– Não me chame assim, Samara! – Respondeu irritada. Ela me chamou de A Menina do Poço?

– Me chama de Samara mais uma vez e você vai ter uma visitinha à noite, azulzinha.– Provoquei. A cara que ela fez como resposta foi hilária.

– Ok, Sa… Bella – sorriu amarelo. – Hum… Essa você não vai gostar nadinha… Sabe a Madeline? – acenei. – Então… Agoraelaéliderdetorcida. – Falou tudo depressa de mais.

Arqueei minhas sobrancelhas.

– Como é que é?

– A. Madeline. Agora. É. Líder. De. Torcida. – Falou de vagar, como se estivesse falando com uma criança.

– Não acredito! – Exclamei, atônita.

– Não acabei ainda: sabe aquele dia que tive de cortar o cabelo? Foi porque ela colou chiclete nele. Ela também coloca o pé enorme dela na nossa frente sempre que pode, e faz algumas besteiras para que possa botar culpa em mim e nas meninas.

– Acho que a Magalinha está precisando de uma liçãozinha. – Cantarolei. Não é que rimou?

– Eu sabia que ia dizer isso! Mana–Samara, você é a melhor! - ela me abraçou.

Olhei para ela ameaçadoramente, não me importando que eu não conseguia nunca parecer ameaçadora.

– É melhor se trancar bem hoje à noite, minibis.– Ameacei.

– Mamãe! – Implorou assustada.

– Bella, não assuste a bisinha! – Mamãe implicou.

– Hey, estão conspirando contra mim? – Alice exclamou, a mão no peito e uma expressão ofendida. Fingida.

– Imagina! Estamos apenas constatando um fato! – Dei de ombros.

– Já chega de brincadeira, Bella. Vão escovar os dentes e ir para a escola – ordenou Esme.

Todos foram para seus devidos quartos pegar a mochila e escovar os dentes – cada um tem uma suíte em seu quarto (Obrigada à seja lá quem fez essa casa!). Novamente, fomos no carro de Emmett. Alice e eu ainda não temos carteira – eu poderia ter mas tenho medo de bater o carro, sou um ímã para acidente, já Alice é mais nova que eu (ela foi adiantada um ano na escola) ainda estava aprendendo a dirigir.

Alice ficou tagarelando o tempo todo sobre uma festa que iria ter no sábado, e, como eu estava muito interessada, ficava assentindo e sorrindo – coisa que faço normalmente devido a minha falta de entusiasmo em bater um papo com as pessoas (principalmente da minha idade).

Quando descemos do carro, no estacionamento da escola, fiquei estática.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sei que não ficou muito bom, mas até que ta legalzinho, né? Comenteeem
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