E então ele subiu no palco. No começo eu fiquei meio confusa, não estava entendendo nada. Mas depois que eu ouvi os “awwww” vindo das meninas que estavam no outro canto do palco, percebi tudo. Ele era minha surpresa. O que ele tinha em mente era minha surpresa.
A Freaking toda estava em silêncio, observando o Bernardo pegar o microfone da mão do Thomas.
- Acho que já estão todos cientes de que eu e a Clara estamos juntos. E bom, estou aproveitando essa surpresa aqui, para fazer outra. – ele se virou pra mim – Clara, vem aqui. – ele estendeu a mão e andei nervosa até ele, pegando-a. Ele me trouxe até o meio do palco e sorriu pra mim. – Eu não vou enrolar muito, então, vamos lá...
E então ele começou a falar de nós. De como nos conhecemos, da nossa primeira briga, de todas as vezes que eu o xinguei e de todas as vezes em que ele sabe que eu tive vontade de matá-lo. De todas as vezes em que os meninos tentaram apartar nossas brigas. De todas as provocações.
- Na verdade, Clara, eu queria me desculpar por ter sido um idiota. Eu sei que eu já pedi desculpa uma vez, e que você aceitou. Mas agora é diferente, eu to aqui pra colocar um ponto final em toda essa história. Pra virar a página. E começar um novo capitulo. E eu não poderia escolher ninguém melhor que você pra começar esse capitulo comigo. – ele se ajoelhou na minha frente, e meus olhos se encheram de lágrimas. – Clara, você aceita namorar comigo?
E então, ninguém mais existia em minha volta. Eu não estava num lugar lotado de pessoas bêbadas prestando atenção em mim, eu não estava em um palco de uma balada recebendo um simples pedido de namoro. Eu estava no paraíso. E ele me acompanhava.
- É claro que eu aceito. – eu sorri, puxando-o pela mão e ele me abraçou, logo depois começando um beijo. E todo mundo gritou. E então eu estava de volta na Freaking. Mas eu não queria estar ali.
- Vamos sair daqui. – eu sussurrei em seu ouvido – Vamos para outro lugar. – pude perceber ele sorrindo.
- Achei que você não iria pedir. – ele sussurrou de volta, e nós descemos do palco.
Saímos da Freaking e começamos a correr. Tirei meus sapatos e ele os carregava para mim. O ar frio da noite batia contra nós, mas isso não tinha importância nenhuma.
- Pra onde a gente vai? – perguntei, segurando mais forte em sua mão.
- Pra minha casa! Meus pais e o Breno não estão lá. Eles foram passar o final de semana em uma chácara, e bem, eu não poderia ir junto com todas essas surpresas que eu tinha preparado pra você. – ele foi parando e me olhou. – Alguma objeção? – ele sorriu.
- Tenho. - ele me encarou, agora sério – Eu vou com você, se você prometer nunca mais soltar minha mão.
- Então você não precisa se preocupar com mais nada. – ele sorriu novamente e voltamos a correr até sua casa.

      Estávamos subindo as escadas, indo direto para seu quarto. Entramos e ele fechou a porta, e logo veio até mim, começando um beijo calmo. Fui me deixando levar, e ele me dominando com cada toque que me fazia estremecer por inteira. Me ajeitei em sua cama e ele se posicionou sobre mim, continuando o beijo. Suas mãos passeavam por todo meu corpo, e me seguravam como se não quisessem que eu fugisse. E eu não fugiria, não fugiria dele nunca mais. Ele era meu, e eu era dele. E só isso importava.
Senti suas mãos geladas em contato com a minha pele enquanto ele levantava meu vestido, um arrepio correu todo meu corpo. Um arrepio delicioso, por sinal. Fiz a mesma coisa com sua blusa. Seus beijos desceram pelo meu pescoço e chegaram aos meus seios, ele tirou meu sutiã e continuou o trabalho. Não fiz questão de segurar os gemidos, já que estávamos sozinhos na casa. Logo chegaram em minha barriga, e suas mãos alcançaram a barra de minha calcinha, a puxando para baixo. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, o puxei para cima novamente, começando outro beijo. Levei minhas mãos até sua calça e comecei a desabotoá-la, rapidamente a abaixando e ele terminou de tirá-la. Fiz a mesma coisa com sua boxer e logo estávamos ambos nus. O beijo foi ficando cada vez mais urgente e eu cravei minhas unhas em suas costas ao senti-lo dentro de mim. Suas estocadas começaram devagar, mas logo a velocidade foi aumentando e nossos gemidos se misturando.
Aquilo não era simplesmente uma coisa carnal como foi da primeira vez. Naquela hora, estava envolvido muito mais que um simples momento de prazer. Eu estava colocando meu amor para fora, e eu queria que o Bernardo sentisse isso vindo de mim.
As investidas eram cada vez mais pesadas, e eu percebi que ele tinha chegado ao se máximo, me levando junto com ele.
- Clara... – ele sussurrou meu nome enquanto desmontava em cima de mim.
- Bernardo... – eu devolvi o sussuro – Eu...eu amo você.

(Mesmo que a música seja mais comprida que o capítulo, ouça ela até o final)