Tarde Para Amar escrita por imradioactives


Capítulo 64
Capítulo 64




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Um grito. E depois um baque. Como se algo tivesse caído contra o chão. Olhei para o Thomas desesperada, saí do abraço dele e abri a porta num estrondo. Era o grito da minha mãe.
Ela me olhou assustada e com os olhos e nariz vermelhos. Ela chorava. Meu pai estava do outro lado da sala, estático. A mesa de centro estava virada com os pés para cima, e o pequeno vaso de flor que costumava ficar em cima dela, estava em cacos, com as flores espalhadas pelo chão.
- O que...o que está acontecendo aqui? – sussurrei, com os olhos cheios de lágrimas e me deparando com o Thomas atrás de mim.
- Thomas, tira ela daqui, por favor! Leva ela o mais longe possível dessa casa! – minha mãe falou e o Thomas automaticamente foi pra me agarrar pela cintura.
- NÃO ENCOSTA EM MIM THOMAS! – gritei e ele parou, sem saber a quem obedecer – Eu quero saber o que está acontecendo aqui! – falei um pouco mais baixo.
- TIRA ELA DAQUI PELO AMOR DE DEUS! – meu pai gritou e aí eu percebi que as coisas realmente eram sérias – AGORA! – o Thomas não pensou duas vezes e agarrou minha cintura por trás de mim, me tirando dali, comigo aos gritos. Ele fechou a porta e me levou até o meio da rua, me segurando até que eu parasse de me debater.
- Eu quero saber o que está acontecendo lá... – falei com a voz chorosa deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto. O Thomas me virou de frente pra ele e me abraçou, logo depois me guiando para alguma lugar bem longe do grito dos meus pais.
(...)
Eu estava sentada na cama do Thomas, eram 08h00 da manhã, com um copo d’água na mão. Ele falava com seus pais no andar de baixo, e tudo que eu conseguia fazer era chorar. Chorar e tremer. Eu precisava saber o que estava havendo na minha casa. Eu precisava saber o que estava acontecendo com meus pais. Eu não podia ficar ali sentada sem fazer nada. Quando meu cérebro começou a trabalhar a porta se abriu, mostrando um Thomas abatido e seus pais preocupados atrás deles. Sua mãe chegou mais perto de mim, ajoelhando na minha frente e pegando minha mão que não segurava o copo.
- Querida...eu e o pai do Thomas temos que sair pra trabalhar agora. – ela disse, doce - Você pode ficar aqui o tempo que precisar, entendido? Se acalma, tenho certeza que vai ficar tudo bem. O Thomas vai ficar aqui com você o tempo que você precisar. Se sinta a vontade. – ela abriu um sorriso dócil pra mim e eu assenti. Tentando abrir outro, sem sucesso. Eles saíram do quarto, me deixando a sós com o Thomas. Ele pegou o copo da minha mão e colocou na escrivaninha, logo depois se sentando ao meu lado, colocou minhas pernas por cima das dele e me abraçou forte, deixando eu botar pra fora o resto das lágrimas que eu ainda guardava.


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