Its Our Story escrita por Atena


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado aos leitores fãs de Percabeth. Boa leitura.



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Percy, quarto de hotel.

– Vamos? - Eu perguntei bobamente.

– Sim, vão - Hera falou, radiante.

– Eu e ela? - Perguntei.

Hera rolou os olhos.

– Sim, você e ela vão ter uma menina. (N/A: Gente, eu já escolhi o sexo porque eu estava muito ansiosa para a parte das roupas e tal, então desculpem por apressar)

– Mas... mas... como? - Perguntei.

Agora foi a vez de Apolo rolar os olhos.

– Percy, quer que eu explique como vocês fizeram esse bebê? - Ele perguntou lentamente.

– Ah... não. É só... deuses - Eu disse - Mas... mas como você sabe o sexo do bebê? - Perguntei para Hera.

– Percy, eu sou a deusa dos partos. Eu tenho que saber - Hera falou.

Deuses, eu vou ser pai?

Eu vou ser pai.

– Eu vou ser pai - Falei lentamente.

Mel me olhou como se pedisse desculpas. Fiquei encarando-a até que percebi que estava sorrindo e abraçando-a.

– Eu vou ser pai, Mel - Praticamente gritei e Mellanie riu.

– Bem, boa noite - Hera falou, mas eu não estava ouvindo. Estava mais concentrado nas coisas que eu estava sentindo.

Mas, ah meus deuses, eu só tinha dezoito anos. Quero dizer, como ia cuidá-la? Eu não iria abandonar minha filha. Nunca. Mas eu não sabia nada sobre bebês, porra. Arg, eu ia ser um pai tão desnaturado, não sabia nem fazer uma mamadeira.

Fiquei ali pensando nas coisas que eu não sabia durante algum tempo.

Foda-se, eu iria ser pai, e a alegria que eu estava sentindo compensava (N/A: Tenho a impressão de que essa palavra está errada) tudo.


 

No dia seguinte, durante o café nós contamos ao povo que Mellanie e eu teríamos um bebê.

Atena e Poseidon tiveram e mesma reação que eu: Primeiro nos olharam assustados e depois começaram a gritar que seriam avós.

Annabeth me olhou assustada. Ela parecia estar emocionada porque seus olhos estavam meio marejados, mas nos abraçou e disse que iria ser a tia mais coruja do universo.

Luke nos parabenizou, e é claro que Thalia e Nico me zoaram, dizendo que eu teria que trocar fraldas de bebê, mas até eles imploraram para ser os padrinhos.

Depois do café eu disse que tínhamos que fazer compras para o bebê, mas todo mundo disse que era cedo demais e blablablá, mas Annabeth concordou comigo, e como Mellanie queria dormir fomos somente eu e ela.

– Ok, que loja iremos? - Perguntou.

– Espere um minuto - Falei.

Fui até um cara que estava passando.

– Com licença. Sabe onde tem uma loja de bebês? - Perguntei em grego.

– Desça essa rua até a Padaria, dobre (N/A: Impressão de que essa palavra também está errada) a direita e vá até o mercado, depois dobre a direita de novo. Vai ter um grande shopping, na frente e dentro dele tem lojas de bebê.

– Obrigado - Falei e saí.

– E aí? - Annie perguntou.

– Tem um shopping e uma loja - Disse a ela enquanto caminhava.

– Em qual vamos primeiro?

– São um na frente do outro.

– Hum.

Caminhamos durante alguns minutos.

– E aí, como foi a noite? - Perguntei olhando para frente.

– Ah, bem... Depois que você saiu nós bebemos, conversamos e depois viemos embora - Ela disse se referindo a nossa família.

– Você sabe do que eu estou falando.

– Não teve noite, Percy. Eu estava preocupada com a Mel e eu também não queria. Aliás, hum... desculpe pelo jeito que falei com você ontem -Ela disse baixinho.

– Tudo bem - Falei sorrindo.

Andamos mais alguns metros.

– Como foi? - Annie perguntou - Como foi saber que seria pai? - Ela completou quando viu minha expressão confusa.

– Eu fiquei assustado, mas depois eu fiquei extasiado - Falei sorrindo.

– E você quer que seja menina ou menino? - Ela perguntou.

– Na verdade vai ser menina. Hera nos disse - Falei e ela demonstrou surpresa - Deusa dos partos, Annie.

– Atá.

Andamos mais um ou dois metros.

– Percy, esse bebê vai ter alguma chance de fazer você e Mellanie ficarem juntos? - Annie perguntou olhando para frente.

Franzi a testa.

– Acho que não. Ela não me ama, eu não a amo. Só seremos amigos - Falei.

Havíamos chegado na loja. Era uma loja grande. Com paredes azuis, rosas e verdes com vitrines mostrando lindas roupinhas minúsculas.

Sorri e entrei. Um cara de cabelos castanhos e olhos pretos veio nos atender.

– O que precisam? - Ele disse olhando Annabeth.

Eu não gostei dele.

– Artigos para banho, brinquedos, roupinhas, enfim... tudo para menina.

– Quantos meses? - Ele perguntou sorrindo.

– Duas semanas, somente.

– Vai ser um lindo bebê o de vocês - Ele disse, ainda olhando Annabeth.

– Na verdade, eu sou o pai e ela é a tia - Eu disse.

Annabeth olhava o que tinha a seu redor, provavelmente não tinha percebido o mentecapto que a olhava. Rolei os olhos.

– Ah meus deuses, Percy. Olhe isso - Ela disse me puxando.

A segui e olhei o que ela queria mostrar. Era um all star xadrez vermelho, mas não era isso o fofo, e sim o tamanho. Era do tamanho do meu dedo médio.

Eu provavelmente estava sorrindo feito uma garotinha, mas peguei o sapato na hora.

– Eu quero esse - Falei ao cara, que segundo o seu crachá se chamava Thomas.

Annabeth que deve ter saído, porque quando ela voltou estava com uma grande cesta vermelha. Pegou o sapato da minha mão e colocou na cestinha.

– Mellanie vai amar esse sapatinho - Ela falou com os olhos brilhando. O que me fez pensar que ela seria uma ótima mãe.

– Annie, você tem vontade de ser mãe? - Perguntei.

Ela pareceu pensar.

– Acho que ainda não - Ela falou alguns segundos depois - Ainda é muito cedo. Foi muita irresponsabilidade da parte de vocês, na verdade. Mas se veio, que venha. Vou ser a tia mais coruja que existe.

– Não diga isso à sua mãe, ela vai pensar que está zoando com a cara dela - Eu falei e ela riu - Agora, vamos procurar banheiras, e sabonetes, e toalhas, e shampoo, e... - Não pude continuar porque Annie havia posto seu dedo sobre meus lábios.

– Ok, papai. Entendi - Ela falou me fazendo sorrir.

Fomos até a sessão de banho com Thomas nos seguindo (eu já estava ficando enjoado desse cara).

– Será que o bebê vai ter o seu cheiro de maresia? - Annie perguntou.

Desde quando ela repara no meu cheiro?

– Não sei. Será que ele vai ser loiro ou moreno? Olhos azuis ou verdes? Ah deuses, estou tão ansioso.

Annabeth me olhou sorrindo, seus olhos brilhavam. 

– Eu tenho até dó do bebê, vai ter que aturar você pelo resto da vida - Ela disse e eu ri.

Eu estava preocupado que a gravidez de Mellanie fosse nos afastar, mas somente nos aproximou ainda mais. Sorri com isso.

Eu estava escolhendo algum sabonete e Annie estava procurando toalhas.

Tinha de todos os cheiros ali: Morango, Uva, Limão, Neutro, Mel, Frutas tropicais, Cereja... Deuses, eram muitos. Eu estava prestes a pegar todos quando Annie apareceu dizendo que tinha que ser um Neutro de Glicerina porque a pele dos bebês eram muito delicadas. Rolei os olhos e peguei uns quarenta, colocando-os logo em seguida na nossa cesta.

Annie colocou umas toalhas brancas na cesta também. Elas pareciam ser grossas e macias. Sorri. Annie seria realmente uma mãe ótima.

– Agora o shampoo - Annie falou.

– Cheirinho de limão? - Perguntei a ela com os olhos pidões.

– Nem pensar, pode machucá-lo - Ela disse tentando não rir.

– Arg. Que maldade - Falei e ela riu.

Pegamos mais um monte de shampoos.

– Agora eu vou parecer uma garotinha, mas eu estou doido para comprar as roupinhas.

Ela riu.

– Tudo bem, vamos procurar roupinhas.

Assim que entramos na sessão de roupas, Annie enlouqueceu.

– Ah deuses, olhe esse vestidinho, ou esse mini-roupão, ou essa blusinha. Ah, veja esse outro vestido.... - Ela ia dizendo. Por onde ela passava ela pegava umas trinta peças.

Rolei os olhos e ri.

– Calma Annie. E eu gostei daquela saia - Disse apontando para uma mini saia preta cheia de babados. Parecia ser de cós alto.

Inventaram até isso?

Ela pegou as roupas e as colocou na cesta, que agora estava transbordando.

– Como vamos carregar tudo isso? - Ela perguntou me olhando.

– Nós viemos de carro, lembra? - Falei.

Não viemos de carro merda nenhuma, mas eu podia estralar os dedos e fazer um aparecer, então...

– Aé, lembrei - Ela disse rolando os olhos.

E a nossa manhã passou assim. Ficamos até a uma hora da tarde fazendo compras, mas não somente naquela loja, mas em várias outras também. O carro que peguei estava com o porta-malas e o bagageiro lotados.

Estávamos eu e Annie em uma sorveteria escolhendo os nomes enquanto eu tomava um milkshake e Annie tomava um sorvete enorme. ''Eu estou com fome'', ela havia dito.

– Que tal Silena? - Perguntei - Como homenagem.

– É um nome lindo, e é realmente legal da sua parte. Mas Silena significa mais para você do que para Mellanie. E vocês dois são os pais.

– É verdade.

– Podíamos por Palas, como minha mãe.

– Acho que não, é um nome muito ''adulto'' para a minha filha.

Ficamos alguns segundos pensando.

– Já sei. Diana, como a forma romana de Ártemis - Annie falou, ou melhor, gritou.

Eu queria o nome de uma deusa que jurou virgindade e nada de contato com homens para a minha filha?

Sim. Eu queria.

Ninguém iria tocar na minha filha, ninguém.

– É perfeito - Falei sorrindo - E seria mais perfeito ainda se ela se tornasse uma Caçadora.

Annie riu e jogou o resto do seu sorvete no lixo ao mesmo tempo que eu jogava o meu copo.

– Minha boca está suja? - Ela perguntou e eu olhei seus lábios.

Eu amava aqueles lábios. Eram rosados e levemente cheios. Fiquei encarando-os durante alguns segundos.

Pigarreei.

– Não. Vamos? - Falei com a voz rouca. Não podia fazer nenhuma besteira.

– Hum.. claro - Ela disse e me seguiu.

Entramos no carro e enquanto ela ligava o GPS para voltarmos para o hotel eu ligava o carro.

O caminho foi estranho. A tensão que pairava ali era palpável. Quando chegamos alguns caras que trabalhavam no hotel vieram ajudar a carregar as coisas. Havíamos comprado carrinhos, cadeirinha de carro para quando ela crescesse e bebê-conforto. Sem falar nas milhares de roupas, calçados, acessórios, os utensílios para banho, mamadeiras, fraldas, milhares de brinquedos, bolsas e mais um monte de coisas.

Deixaram tudo no meu quarto e Annie entrou para me ajudar a arrumar.

Dobramos as roupas e colocamos em malas. Colocamos as coisas de banho dentro de necessaires e arrumamos dentro de uma das banheiras. Colocamos os brinquedos e ursos dentro de uma mala que eu enfeiticei para não ter fundo (N/A: Tipo aquela bolsa da Hermione, em As Relíquias da Morte). Enfim, guardamos tudo. Duas horas depois estávamos jogados lado a lado no tapete do quarto, tentando descansar.

– Deuses, estou morto - Falei olhando-a.

Ela riu.

– Eu também.

Ficamos assim, nos olhando durante alguns minutos.

– Vamos ter que por um berço no chalé - Disse baixinho enquanto olhava seus lábios

– Uhum - Ela murmurou olhando os meus.

– E temos que comprar edredons. E travesseiros.

– E colchões macios - Ela disse olhando agora meus olhos.

Umedeci os lábios e inconscientemente seus olhos foram para meus lábios, de novo.

Não era certo beijá-la. Não mesmo. Mas porque eu estava me aproximando dela? Porque seus olhos estavam agora colados aos meus e tudo o que eu via neles era desejo e... amor?

Não me segurei e acabei com o espaço entre nós, pressionado meus lábios contra os seus.

O beijo começou lento, até que eu pedi a passagem e ela deu. Minhas mãos desceram para a sua cintura apertando-a e puxando-a contra mim enquanto ela acariciava os cabelos da minha nuca. Nossas línguas travavam uma batalha sensual e romântica ao mesmo tempo.

A puxei para cima de mim deixando-a sentada no meu colo enquanto eu sentava também, mas nunca nos separando. Meus braços apertavam sua cintura possessivamente enquanto ela entrelaçava seus dedos no meu cabelo.

Quando o ar faltou - o que demorou, já que o beijo foi meio lento - nos separamos. Colei nossas testas sorrindo. Era melhor do que eu imaginava. Quando abri os olhos e me deparei com aquelas orbes cinzas me fitando eu percebi a merda que tinha feito.

Arregalei os olhos. Estava prestes a pedir desculpas quando Annabeth levantou e saiu correndo dali, mas eu tive um vislumbre de um sorriso.

Sorri. Ela era perfeita, e eu a amava.

Me joguei no chão de novo e fiquei ali pensando até que uma ideia me ocorreu. Era tão estupidamente óbvia que me chutei mentalmente por nunca ter pensado nisso.

Eu a amava, então eu iria lutar por ela.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro de português me avisem. Espero não ter decepcionado vocês. Quero reviews, e se puderem me indicar fics Poseitena eu agradeceria. Menos as da MaeveDeep, porque já li todas. Beijos.



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