Entendendo Os Sentimentos escrita por Andye


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Tá ai gente, o epílogo.

Antes de tudo, quero agradecer a cada um de vocês que leram e acompanharam a fic até aqui... E se chegou até aqui, é porque realmente gostou... OBRIGADA!



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Hermione andava de um lado para o outro dentro do seu quarto. Tentava desesperadamente caber no vestido florido que havia comprado há duas semanas para o aniversário. 

A barriga de quase oito meses estava maior que o esperado e ela sentiam-se enorme, não fosse a felicidade de ter em seu ventre a prova do amor que sentia.

Adorava sentir a barriga se movimentar e as pontadas e chutes lhe davam uma alegria sem igual. A única coisa que realmente a incomodava era vestir-se. Se dependesse dela passaria toda a gravidez com uma simples camisola, o mais soltinho que pudesse.

Sorriu com o pensamento e lembrou-se do presente ganhado há poucos dias de Rony. Uma camisola. Havia comentado o quanto estava ruim vestir-se nesses últimos meses e ele praticamente desvendou seus sonhos lhe agraciando com a peça de algodão.

Pensou seriamente em usá-la novamente. Adorava aquela camisola e sentou-se quase que vencida em sua cama ao sentir um novo movimento no ventre. Era uma sensação incrível, inexplicável.

Sorriu ao acariciar a barriga protuberante e animou-se ao pensar em Rony. Achava incrivelmente divertido quando ele observava os pezinhos remexendo dentro dela e como ficava frustrado por não conseguir sentir o mesmo que ela.

Às vezes chegava a pensar que ele seria capaz de trocar de lugar com ela por alguns momentos apenas para sentir essas sensações incompreensíveis a um mero mortal, ou diga-se, um mero homem. Não imaginava como puderam esperar tanto tempo para estarem juntos, para se amaram e compartilharem tanta alegria juntos.

Ele era, sem dúvidas, perfeito para ela e como havia se tornado um homem tão forte, firme e decidido em suas escolhas lhe deixava ainda mais apaixonada. Era o seu apoio, sua alegria, o seu ombro amigo, o seu companheiro das horas difíceis, seu colo nos momentos de angustia: era seu complemento. Era perfeito.

Os olhos brilhantes e o sorriso bobo do homem em questão eram seu ponto forte, e também seu ponto fraco.

Levantou-se novamente e foi em direção ao espelho. Virou-se de perfil e contemplou a grande barriga pontuda. Era tão pequena que ficava engraçada, parecia um bombom, fino em cima e em baixo e extremamente largo no meio. Sorriu do apelido carinhoso dado por seu marido e floreando a varinha conseguiu, finalmente, sentir-se melhor naquele modelo.

Ouviu passos apressados no corredor do quarto e em seguida uma voz fina e estridente que lhe fez rir. Imaginou que havia acontecido algo ao ouvir em seguida as gargalhadas já tão conhecidas que denunciavam mais uma travessura. Revirou os olhos tentando imaginar o que havia acontecido desta vez.

- Mamãe - a voz estridente ficou ainda mais alta agora que a menina gritava esmurrando a porta do quarto. Hermione revirou os olhos, as atitudes dos filhos eram as mesmas das do marido.

- Já vou Rosa. Um minutinho meu amor. - Hermione respondeu enquanto dava um laço desengonçado no vestido.

- Mamãe - a menina de aproximadamente sete anos era sua cópia perfeita, não fosse o cabelo extremamente liso e vermelho. Ela falava com o rosto contraído de raiva após a porta ter sido aberta.

- O que houve Rosa? - a voz da mãe saiu mais tranquila, tentando inutilmente controlar os ânimos da pequena.

- O Hugo e o Remo, mamãe - ela bufou cruzando os braços violentamente - Eles bagunçaram meu vestido de novo.

- Vamos lá ver o que aconteceu. Não precisa ficar tão nervosa meu bem - Hermione segurou na mão da menina e rumou para o quarto alaranjado. O vestido estava intacto sobre a cama.

- Eu juro mamãe - a menina tremia de raiva - Eu juro pelas barbas de Merlin que eles haviam deixado meu vestido roxo com bolas amarelas e vermelhas.

- Deve ter ficado horrível realmente - Hermione concordou sorrindo - Mas se vista agora que já estamos em cima da hora. Eu vou procurar seus irmãos.

Hermione desceu as escadas sentindo-se cada vez mais pesada. Ouvia a risada dos filhos mais velhos e sabia que eles ainda estavam aprontando. Provavelmente haviam encontrado a varinha de Rony perdida pela casa novamente.

- Muito bem vocês dois - ela disse firme e alto ainda descendo as escadas - Hugo e Remo Weasley, na minha frente agora.

Mais do que imediatamente os dois apareceram na frente da mulher que tinha os cabelos mais curtos amarrados em um rabo de cavalo e acabara de sentar no sofá não suportando mais o peso que a barriga estava lhe causando.

Olhou os dois de forma analítica. Sabia os filhos que tinha, e se não fossem a cópia de Rony, poderia dizer que eram os próprios Fred e Jorge em pessoa. Os meninos eram idênticos, e só mesmo Hermione e Rony os conseguia distinguir. 

Olhos grandes e azuis com cílios e sobrancelhas tão claras que mal dava para ver. Os cabelos eram de um vermelho intenso a e pele tão branca que parecia papel. As sardas espalhadas por todos os lugares que os olhos conseguissem alcançar. Contavam nove anos e eram a peraltice da casa.

- Quem vai falar primeiro? - Hermione começou cruzando os braços sobre a barriga.

- Por que pergunta se a senhora sempre é a primeira a falar mamãe? - Remo começou.

- Porque alguém precisa dar o primeiro passo - ela respondeu séria - Agora me digam de quem é a varinha que estão usando para enfeitiçar o vestido de sua irmã?

- Varinha? Que varinha mamãe? - Hugo perguntou tão inocentemente que Hermione revirou os olhos. Se não conhecesse os filhos que tem, deixaria isso por menos.

- Sim Hugo - ela continuou de forma paciente - Eu quero a varinha na minha mão - ela estendeu a mão.

- Mas mamãe - Remo continuou - Estou falando para a senhora...

- Não temos uma varinha aqui conosco - Hugo completou. Até isso herdaram dos gêmeos mais velhos. Hermione os fitou.

- Mamãe - Rose apareceu no alto da escada gritando desesperada. O vestido que deveria ser azul estava agora verde com faixas alaranjadas e vermelhas, numa mistura bizarra que fez até Hermione sorrir.

A menina desceu as escadas batendo os pés com tanta força que Hermione pensou em reforçar a estrutura da casa. Parou de frente com a mãe, ainda vermelha de fúria e com os braços cruzados, girando sobre os calcanhares e fitando os irmãos.

- Quando eu achar a varinha do papai dando mole, vocês vão se ver comigo. - ela apontava os dois.

- Ninguém vai se ver com ninguém Rosa - uma voz grave e forte se fez ouvir da entrada da cozinha. Hermione suspirou.

O ruivo mais velho trazia um lindo menino de cabelos avermelhados e olhos castanhos nos braços. Arthur, que vestia uma calça azul e um casaco dos Chudley Cannons - o único que torcia pelo mesmo time que o pai - tinha agora quatro anos e era o homenageado do dia. A festa era em comemoração ao seu aniversário.

Ele sentou-se ao lado da esposa colocando o menino no chão. O menino foi em direção aos seus brinquedos, e olhou para a menina com a mais sincera vontade de sorrir, mas não o poderia, não na frente da pequena que era sua cúmplice nos momentos de diversão.

- Acho que vocês poderiam maneirar um pouco com a mãe de vocês eim? - Rony falou beijando a testa de Hermione que se recostou em seu peito.

- Mas papai - Hugo começou - Que culpa nós temos se a Rosa gosta de cores berrantes em suas roupas?

- Além do mais, o senhor mesmo ouviu que ela tem nos ameaçado constantemente... - Remo completou piscando os olhos falsamente amedrontados.

- Não podemos ficar a mercê esperando o ataque - Hugo falou e Rony virou os olhos.

- Todos sabemos que a Rosa é capaz de fazer os mais variados feitiços quando encontra uma varinha vulnerável...

- Acaso não se lembra de quando ela conseguiu pendurar o Remo de ponta cabeça?

- Ou de quando fez aquela planta trouxa crescer como se fosse erva daninha?

- Não fui eu - Rosa gritou interrompendo os dois. 

- O senhor mesmo diz que ela é esperta como a mamãe... - Hugo continuou como se não houvesse intromissão.

- Então, se não estou enganado...

- Precisamos nos proteger - terminaram em uníssono.

- Vamos fazer o seguinte - o pai começou ditando regras aos presentes - Vocês dois vão tomar banho, se vestir e não vão aprontar mais nada por  hoje. Sabem muito bem que não podem fazer magia. A senhorita vai desfazer esse bico e parar de ameaçar os seus irmãos...

- Mas papai...

- Isso mesmo Rosa - Hermione completou - Não os ameace. Não gostamos disso e você sabe.

- E como me defendo deles então mamãe? Tenho que aguentar tudo calada e sem fazer nada?

- Não. Não vai fazer nada e não vai ficar calada. Tudo vai ficar bem agora - Rony continuou - Vamos nos apressar que a vovó Molly e a vovó Ivana estão desesperadas com o atraso do aniversariante. Agora subam e se vistam adequadamente, sem mais magias por hoje - os três iam saindo quando ouviram novamente a voz do pai - A varinha Hugo.

- O garoto sorriu maroto para o pai e lhe entregou a varinha que nem mesmo Hermione conseguiu descobrir onde estava. Com um floreio o vestido de Rosa voltou ao seu natural e a menina pareceu bem menos aborrecida.

- A conversa não acabou para vocês dois - Rony falou quando os dois sorriam animados seguindo para as escadas.

- O que seria de mim sem você? - Hermione beijou os lábios dele.

- Eca mãe - Remo falou.

- Respeite nossa inocência - Hugo completou e subiram as escadas indignados com o que presenciaram.

- Esses dois... Não sei mais o que fazer - Rony sorria.

- Como podem ser tão parecidos com seus irmãos? - ela o olhou encantada.

- Não faço ideia - ele respondeu compartilhando o mesmo sentimento - Mas é algo que provavelmente está no sangue Weasley. Essa marotice é de todos nós cabelos vermelhos.

- Sim. Os Weasley são marotamente encantadores.

- E como está meu bombom depois de toda essa confusão?

- Estou bem. Tive problemas com o vestido. Não consegui fechar, mas fiz um feitiço de extensão e coube perfeitamente, mesmo que eu esteja parecendo um balão.

- O mais belo balão de todo o universo - ele a beijou novamente - E como estão minhas princesas? - ele perguntou enquanto acariciava a barriga da mulher.

- Estão mais animadas que sempre hoje, muito mais do que o normal. Agora a pouco parecia que queriam estourar minha pobre barriga. Deu pra ver o pezinho novamente.

- Ah... Não acredito que eu não vi.

- É... Não viu dessa vez. Mas elas estão muito sapecas.

- Megan e Amber, minhas princesas, é bom pararmos por aqui não é? Acho que a família Weasley não suporta mais um par de cópias Fred e Jorge - ele sorriu.

- É mesmo. Tem razão - ela sorriu.

- Papai - o pequeno Arthur falou animado chamando a atenção dos dois - Olha papai.

- O que é isso?

- Uma vassoura meu amor - Hermione completou quando o filho acabou de rasgar o papel de presente.

- Eu ganhei uma vassoura papai. Olha mamãe. Uma vassoura

O menino corria animado com a vassoura nova na mão. Circundou toda a sala gritando aos quatro cantos da casa que havia ganhado uma vassoura. Subiu imediatamente na pequena e levantou voo - alguns 10 ou 20 cm e não parou de sorrir.

Rony adiantou-se ao papel jogado no chão onde havia um bilhete grudado. Olhou a esposa com um sorriso animado no rosto enquanto desdobrava o papel. Estendeu-o em frente aos olhos e começou a leitura.

Para meu afilhado mais que querido, o presente que faz a cabeça dos Weasley.

Não demorem, estamos morrendo de fome.

Gina

- Papai... Mamãe...

- Oi meu amor - Rony respondeu.

- Posso ir lá fora voar na minha vassoura nova? - o garoto pedia aflito olhando suplicante à mãe.

- Hum... - Hermione olhou o pequeno que ficou tenso - Pode sim, mas só um pouco - ela sorriu e o menino sorriu de volta.

Sorriram os dois olhando o pequeno correndo para o quintal com a vassoura na mão. Fitaram-se e aproveitaram o momento a sós para namorarem um pouco. O beijo dos dois era completo e os unia a cada novo toque.

- Acho que está na hora de pararmos...

- Pararmos com o que Rony?

- De aumentar essa família... - ele sorriu sentindo os lábios dela.

- Já são seis não é? - ela sorriu animada entre os beijos recebidos.

- É sim...

- Sempre quis uma família grande...

- Eu sei...

- E você também...

- Eu sei disso também...

- Então...

- Então o que? - ele a beijou carinhosamente.

- Quem sabe mais dois... Ou três...

- Hermione?

- Adoro ter filhos com você Rony. Eles são sua cópia e eu amo isso. Eu também adoro estar grávida e amo a família que temos.

- Hum... Esse bombom é mesmo louquinho...

- Você não quer?

- Quantos você quiser...


Beijaram-se novamente, mas o beijo foi logo interrompido por uma Rosa gritante de rosto avermelhado que descia as escadas com um vestido inteiramente amarelo com roxo. Ouviram a gargalhada de Arthur no quintal da casa e a risada dos gêmeos fez com que eles se olhassem e sorrissem também...


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Notas finais do capítulo

Ownt... O que dizer deste casa? Apenas que eu os amo e morro de inveja da Hermione por ter um ruivo tão perfeito só para ela.

Mais uma vez, queridos leitores, obrigada por terem acompanhado.
Obrigada pelos comentários, dicas e sugestões.
As críticas sempre serão muito bem vindas e eu agradeço a todas.

Então, encerro Entendendo os Sentimentos por aqui, e vejam as outras que estou postando aqui no meu perfil...

Até a próxima!



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