Família Jackson escrita por A Demigod 1D


Capítulo 38
Lá e de volta outra vez


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Sentiram minha falta? Tentei não demorar.

Como eu disse a fic tá acabando e aqui já se passaram cerca de cinco a seis anos. Ficou grande, mas é necessário. Veremos-nos poucas vezes agora, reta final.
Capítulo inteirinho pelo Jake Grace.

Um super beijo e obrigada pela recomendação IIlp History !

Gente, pra não ficar muito confuso pra vocês vou explicar umas coisas aqui: Lembram do Bryan e da Hope, certo? Então, a Silena apenas beijou o Bryan mas eles não tiveram nada concreto. Depois de uns dias ela deixou de falar com ele e foi cada um pra um lado. Porque ela percebeu que gostava do Jake. A Hope continuou esperançosa, porém não foi correspondida. Afinal, rolou um beijo (que não foi mostrado na fic, me matem por isso!) entre Jake e Silena, e ele resolveu que prefere a pequena Jackson.
E depois disso, o Jake ficou se enrolando e não pediu a Si em namoro ou admitiu pra ela os seus sentimentos. Ela por sua vez se revoltou e resolveu que eles seriam só amigos por tempo indeterminado. Agora, anos se passaram e eles ainda não estão juntos, porque são dois teimosos.
Depois daquelas férias na mansão, Charles e Anna Sophia se acertaram.
Em relação aos casais vocês entenderam tudo? Agora, é só curtir o capítulo!



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POV JAKE

–Jake você vai se atrasar! – minha mãe gritou de algum lugar no andar de baixo.

–To indo mãe! – respondi.

Fechei os botões da minha camisa social e corri escada abaixo. Meu pai já estava no carro, pronto para sair e minha mãe estava na porta da frente, me esperando.

–Até que enfim! Você demora mais que minhas irmãs pra se arrumar! – ela disse fazendo menção a ser filha de Afrodite.

–Não é par tanto né! – eu disse entrando no carro.

–A moça já está pronta? – meu perguntou emburrado.

–To pai. Brilhando mais que a Zeuza. – eu disse, uma brincadeira que eu adorava sobre meu avô. Não sei se era propicio falar esse tipo de coisa do deus chefe e todo cheio de poderes do Olimpo, mas ele era da família. Talvez não quisesse me eletrocutar.

Papai me fuzilou pelo retrovisor.

–O que houve Jason? – mamãe perguntou.

–Seu filho perdeu o respeito com os deuses. – ele resmungou.

–Jake. – mamãe me censurou.

–Qual é mãe! Já tenho dezoito anos! Acho que posso ter a liberdade de falar o que quiser. – eu retruquei. Meu celular tocou. Era Charles Jackson, meu amigo que eu não via há anos.

–Hey cara! E aí? – eu disse. – Susse, estamos saindo de casa, em umas duas horas estamos lá. Tranquilo. Podexa cara, até mais!. – eu desliguei.

–Quem era? – minha mãe perguntou.

–Charlie. Ele ligou pra saber que horas vamos chegar ao Acampamento, disse que os Jackson estão saindo de casa agora, porém como eles ainda moram em Manhattan, vão chegar lá bem mais rápido que nós.

–Oh, certo. Eu me esqueci de ligar pra Annabeth e combinar de irmos juntos. – mamãe falou.

–Pra que combinar Piper? Vamos todos pro mesmo lugar, no fim estaremos todos juntos. Ficar combinando horários é desnecessário. – finalizou papai.

Horários combinados ou não, logo chegamos às fronteiras mágicas do Acampamento Meio Sangue. Lar de muitos semideuses antigos e novos. Bem, o motivo por estarmos indo até lá, era uma festa de comemoração de alguma coisa. Eu nunca entendi direito, mas de alguns em alguns anos, eles juntavam os dois acampamentos, grego e romano, e faziam uma festa. Provavelmente para comemorar o trabalho em equipe de todos e por nunca terem se matado.

Comemorações a parte, a questão era que fazia uns cinco anos que eu não pisava lá e estava realmente com saudades. Na última festa que acontecera no Acampamento Júpiter, eu não pudera ir. Mas a festa em si não importava muito, o que eu queria mesmo era rever todo mundo. Desde que nos mudamos de NY, eu não pudera visitar meus amigos. Eu tinha contato apenas com alguns pela internet, o que era o caso do Charlie.

Amigos que estariam ali, somente Charles e Ezequiel, que foram realmente próximos de mim alguns anos atrás e eram os que eu sentia falta. A namorada de Charlie, Anna Sophia com certeza também estaria lá e é claro, Silena.

Silena Jackson.

Ah, esse nome.

Foi meu primeiro amor.

E como eu senti falta dela. Quando me mudei, realmente senti falta dela mais do que tudo. Porém logo me conformei, afinal éramos apenas amigos. Ela deixava isso bem claro, que apesar de termos nos beijado, jamais seríamos algo a mais que isso. Então, digamos que foi bem fácil viver sem a companhia dela. Tive outras namoradas, que não duraram muito, mas tive. Coisas de poucos meses. Eu achava que tinha esquecido ela, mas estava redondamente enganado. Apenas com a possibilidade de rever aqueles olhos verdes eufóricos com uma coisa nova ou com a possibilidade de se destacar em alguma coisa acadêmica, meu coração já deu um passo em falso.

Suspirei. Eu não estava me reconhecendo. Jake Grace não era assim. Todo sentimental por causa de uma garota. A única que eu realmente gostei fora ela, mas era coisa de criança, dos meus doze, treze anos. Agora eu já não ligava pra essas coisas, queria mesmo aproveitar minha vida, ainda mais agora que eu havia sido aceito na faculdade para cursar Direito. Curtição era o meu único plano.

–Filho? Vamos? – mamãe acenava do topo da Colina. Eu tinha esquecido de me encaminhar até a entrada.

A festa estava realmente cheia. Pelo menos para os padrões do Acampamento Meio Sangue. Digo, normalmente apenas os campistas participavam do evento, ou aqueles, como nós, que ainda eram muito ligados a isso. Dessa vez não. Parecia que todos os campistas dos últimos dez anos estavam presentes, e trouxeram acompanhantes.

–Vamos até o Anfiteatro encontrar o pessoal mais velho. Você vem junto ou vai procurar o Charles?- meu pai perguntou.

–Vou com vocês, dar um olá pro povo e depois procuro ele. – eu decidi.

Logo, estávamos em uma espécie de rodinha de gente velha. Alguns eu reconhecia, como Clarisse e Chris, os irmãos Stoll, Reyna e Léo. Até que encontrei os cumprimentos dos que eu mais gostava:

–Jake! Como você está bonito! – Annabeth disse me fazendo corar.

–Que isso Annie. – eu murmurei enquanto abraçava Percy.

–E aí, como estão as coisas? – o semideus mais conhecido do Acampamento me perguntou.

–Está indo bem. Charlie está por aqui? – eu perguntei;

–Sim, ele disse que iria até a Casa Grande, ver algo com o som, não sei direito. Acabou de passar por aqui, se você for rápido ainda pega ele lá.

Eu agradeci a informação e fiz o que ele disse.

No caminho pude observar várias garotas bonitas, e troquei alguns olhares e sorrisos. Eu tinha adquirido esse costume, tinha que me garantir pelo menos com uma dessas no final dessa festa mitológica.

Entrei na Casa Grande e logo avistei Charlie, estava conversando com outro garoto que eu não conhecia.

–Eu sei, mas de um jeito. Essas músicas tem que melhorar, por favor! – Charlie dizia.

–Charles, será que a sua irmã não topa fazer um showzinho pra gente? Isso eu posso conseguir, uma apresentação ao vivo os filhos de Apolo apoiam com certeza. – o garoto respondeu.

–Boa ideia. Avisa-a, e prepare tudo. –Charles disse e o menino saiu.

–Diz que mande em alguma coisa então? – eu perguntei e ele se virou;

–Jake! Cara, quanto tempo! – ele disse e me abraçou.

–Pois é amigo. Muito tempo. – eu me afastei dele para olha-lo melhor. Charles estava alguns centímetros mais alto que eu, com seus olhos cinza brilhantes. O cabelo permanecia no mesmo corte de sempre, loiro.

–Acabou de chegar? – ele me perguntou.

–Sim, seu pai me disse que você estava por aqui. Qual é o problema com as músicas?

–Bem, o problema é que Quíron tem um gosto musical meio velho. E como os filhos de Apolo não encontraram nenhuma atração ao vivo, estão cuidando para a playlist do centauro correr.

–Os filhos de Apolo sem apresentação artística? Isso é meio que impossível.

–Eu sei. Também achei. Mas a questão é que hoje estamos desfalcados. Ficaram apenas os novatos de Apolo. Eles mal sabem tocar alguns instrumentos. Os melhores saíram, foram a uma espécie de concurso, não entendi. Sei que alguns campistas irão vê-los amanha depois da festa.

–Entendo. E como vão salvar isso?

–A única pessoa que topa qualquer parada e que tem algum talento, infelizmente é a chata da minha irmã. Cara, por incrível que pareça, Silena tem uma voz linda e se apresenta muito bem. Em alguns fins de semanas, tem uma lanchonete que a chama pra tocar, com direito a cachê e tudo o mais. – ele disse.

A menção a Silena fez meu coração bater mais rapidamente.

–Topa qualquer parada? – eu indaguei.

–Cara, ela é cada vez mais parceira, nunca me deixa na mão. Mas vamos lá, até o palco. Acho que logo tudo estará acertado. Enquanto isso vai me falando o que está achando da festa.

Fomos conversando até que chegamos a uma pequena multidão que parecia ansiosa por algo que logo aconteceria. E eles estavam na razão, foi surpreendente vê-la assim, depois de tanto tempo. Tão segura de si, cheia de atitude. Ela realmente havia crescido.

Silena cantava lindamente. Tinha muita presença de palco e estava linda. Usava os cabelos soltos e estava com um vestido curto, azul. Logo todos começaram a se agitar ao ritmo da música a qual eu não conhecia, mas que era bem animada e a letra era legal.

–Pela sua cara, você também já virou fã! – uma voz feminina disse.

–O que? – eu perguntei olhando para Charlie e a seu lado estava uma garota de cabelos claros, sorridente.

–Que bom revê-lo Jake. E pelo jeito que você está babando pela apresentação da minha cunhadinha linda, já virou fã dela igual a todo mundo! –ela disse se explicando.

–Oi Anna Sophia! Também é muito bom rever você. – eu disse sorrindo. – E eu não estou babando, estou meio surpreso na verdade, não sabia que ela cantava. – eu disse o que realmente não era mentira.

–Entendo – ela disse piscando.

Eu não sabia como reagir, então fiquei apenas curtindo a apresentação por mais algum tempo. Olhei me volta e percebi que não conhecia ninguém, até que um rosto bem conhecido tomou o lugar de Silena no palco.

–Hey galera! Desculpem acabar com a diversão de vocês, mas a nossa amiga Silena precisa de uns minutos de descanso, não acham? Mas não se preocupem, vão comer alguma coisa por aí, assim que ela esteja pronta eu aviso vocês! – disse Ezequiel.

Logo Zeke se juntou a nós:

–Hey Jake, bom te ver cara! – ele me cumprimentou.-Anna, a Si quer você lá atrás do palco, no nosso camarim improvisado! – ele disse para a garota.

–Estou indo, vejo vocês depois! – nós assentimos.

–Então caras, os monitores estão organizando um coquetel especial em agradecimento a Silena por ela ter salvado nossa festa. Chalé de Poseidon, assim que o show termine. – Ezequiel disse empolgado.

–Liberado pra geral? – Charlie perguntou.

–Não, apenas os amigos mais chegados. Tipo nós três e a nossa galerinha aqui o Acampamento mesmo. O Chalé três não é tão grande assim! – ele disse rindo.

Era estranho, mas me senti um pouco mal por não fazer ideia de quem era a “nossa galerinha aqui do Acampamento”. Foi como me lembrar de que eu já não fazia parte daquilo. E realmente, pelo que eu sabia, eles vinham com muito mais frequência aqui do que quando éramos pequenos. E os últimos cinco anos, ainda são um mistério pra mim.

Silena voltou ao palco e terminou sua apresentação. Um pouco relutante eu segui Charles e Ezequiel até o Chalé do coquetel.

Quando entramos, eles logo cumprimentaram todos e eu vi que eram bem amigos. Havia cerca de vinte pessoas lá, fora nós. Coloquei-me em um canto perto da janela, enquanto observava o ambiente, as pessoas pareciam não ter me notado.

Mas ela me notou.

Entrou junto com a namorada do irmão, rindo e com aqueles cabelos escuros balançando.

Quando a notaram, todos aplaudiram.

–Maninha, tenho que admitir. Você arrasa! – Charles disse a abraçando.

–E você ainda tinha dúvidas disso? – ela perguntou levantando a sobrancelha.

Todos gritaram cumprimentos e ela sorriu agradecendo. Ezequiel ligou o som, e cada um ficou em um canto conversando. Foi quando ela olhou pra mim.

Seus olhos verdes demonstraram surpresa primeiro. Ficamos estáticos nos olhando. E então, quando eu estava a ponto de sair correndo, ela sorriu e veio em minha direção.

–Jake! – ela exclamou e me abraçou.

Num primeiro momento eu não sabia como reagir, e então retribuí o abraço.

–Oi. – eu murmurei.

–Quanto tempo, não? – ela perguntou. – Temos tanto pra conversar! – ela disse e meu coração falou uma batida.

–Pois é, temos sim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram de como nossas crianças cresceram? Quem lembra da benção de Apolo que a Silena tem? No próximo capítulo, mais uma conversa desses dois.
Bem, em clima de despedida, aviso vocês de que a fic terá apenas mais dois capítulos.
Pode ser a tristeza de alguns, e alegria de outros, mas será assim.
Então, você que nunca comentou, ou que sumiu dos comentários nos últimos meses, está aqui sua chance de me dizer pelo menos um adeuszinho nos próximos capítulos.
Minhas férias acabaram, e agora o tempo está mais difícil para escrever. Portanto, os capítulos serão programados, e assim que eu consiga tempo escreverei tudo o que falta. Serão postados com três ou cinco de diferença.