– SOS! SOS! SOS! ESTAMOS PRESAS! SOS! GAROTAS BONITAS PRESAS EM UM BANHEIRO FEMININO! MANDEM AJUDA! SOS!

– MADGE UNDERSEE! PARE DE CACAREJAR POR QUE NÃO TEM NINGUEM AQUI OK? Vamos esperar os meninos tirarem a gente daqui. – Clove fala

– Ai, credo, é assim que as pessoas pedem ajuda nos filmes, nas histórias...

– MADGE A GENTE NÃO TÁ EM UMA HISTÓRIA ENTÃO FAÇA O FAVOR DE CALAR ESSA BOCA! – Johanna gritou de algum canto do banheiro.

Ok, eu morro de medo do escuro. Estou em cima da pia do banheiro, enrolada em minhas pernas, protegendo meus pés e mãos de qualquer ser maligno que possa querer tentar me possuir, ou algo do tipo.

– Faz quanto tempo que nós estamos presas aqui? Já que “a tecnologia interna do shopping” fez o favor de trancar todas as portas? – Clove disse, com desdenho.

– OLHA, MINHA MÃE APOSTOU EM UMA TECNOLOGIA MODERNA, CONTRA ASSALTOS E ATAQUES TERRORISTAS SE VOCÊ QUER SABER. – Mad gritava

– MINHA FILHA, QUEM VAI QUERER COMETER UM ATAQUE TERRORISTA EM UM SHOPPING QUE É UMA PROPRIEDADE PRIVADA, QUANDO O PENTÁGONO AINDA TÁ TODINHO LÁ DE PÉ?! – Glim se estressou.

– Amigas, aproveitem que vocês já estão no banheiro e VÃO CAGAR! – Mad disse

– Ok gente, parem de discutir, por favor. Quanto tempo estamos trancadas aqui? – Annie disse

– 3 minutos. – Mad disse olhando pro relógio do celular dela.

– TRÊS MINUTOS E EU JÁ NÃO SUPORTO MAIS FICAR PRESA AQUI, EU ACHO QUE MINHA ASMA, VAI ATACAR, ESTOU SENTINDO DOR DE CABEÇA, ACHO QUE VOU VOMITAR, ALGUÉM TEM COMPRIMIDO PRA PRESSÃO AÍ? EU ACHO QUE...

– CALA A BOCA CLOVE! – grito

– OLHA MINHA FILHA NÃO ME MANDA CALAR A BOCA NÃO, PORQUE...

– CHEEEEEEEEEGAAAAAAAAAAAAAAA! – Annie grita – Vamos tentar ligar para os meninos, e pedir pra eles ajudarem a gente.

– Ah, ótimo Annie, super esperta, como se a gente JÁ NÃO TIVESSE PENSADO NISSO! – Jo diz

– É, aqui não tem sinal no celular. – falo, checando.

– Ótimo, somos garotas bonitas, presas em um banheiro, sem celular, e o pior de tudo: ESTAMOS COMEÇANDO A SUAR! Alguém tem desodorante aí?

– PELO AMOR DE DEUS, MADGE! – gritamos todas.

POV PEETA

Estava mijando quando de repente...

– QUE PORRA É ESSA MANO?! – Marvel fala

– Parece que faltou energia – fala o loirinho antipático com a boca enorme, o Luan.

– Nossa cara, ninguém percebeu né? – falo, levantando as calças.

– O que você tem comigo? – Ele fala de algum canto do banheiro.

– EU? Nada! Até porque não fui eu que entrei de intrometido na casa, levou pessoas a um parque de diversão, e fez ALGUÉM desmaiar, né?

– OLHA, PRIMEIRAMENTE EU NÃO TENHO CULPA SE A GOSTOSA DA EVERDEEN ME ESCOLHEU PRA IR NO TREM FANTASMA!

– GOSTOSA? QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR QUE A KATNISS É GOSTOSA? VAI SE FODER CARA, ELA NEM MESMO GOSTA DE VOCÊ!

– OLHA PELO QUE EU SAIBA ELA TAMBÉM NÃO GOSTA TANTO ASSIM DE VOCÊ NÉ?

– NINGUÉM PEDIU SUA OPINIÃO, E EU NÃO ADMITO QUE VOCÊ FALE ASSIM DA KATNISS TÁ?

– FALAR O QUÊ? QUE ELA É UMA GOSTOSA? LINDA? UMA PRINCESINHA? QUE PREFERE UM CARA COMO EU A UM COMO VOCÊ? ME POUPE, A GATA DA EVERDEEN TEM UM GOSTO MUITO MELHOR DO QUE VOCÊ ACHA.

– PARA DE FALAR ASSIM DA MINHA GAROTA!! – grito, e esmurro algo, que eu espero que seja a cara desse saliente.

– AI CARA, EU NÃO TENHO NADA A VER COM A BRIGUINHA DE VOCÊS, SAI PRA LÁ QUE EU QUERO SAIR DAQUI! ABRE, PORRA, ABRE! – Gloss reclamou, continuando a forçar a porta.

– Ah, então você queria acertar minha cara é? Que peninha, errou! – ele provocou

– ONDE VOCÊ TÁ SEU DESGRAÇADO, EU VOU TE DAR UM CHUTE QUE VOCÊ NUNCA MAIS VAI PODER TER FILHOS

– QUE PENA, PORQUE EU ACHO QUE MEUS FILHOS IAM SER LINDO, GRAÇAS A MÃE DELES, A KATNISS.

– JÁ CHEGA ! – Gale gritou – PRESTA ATENÇÃO DE COMO VOCÊ FALA DA KATNISS VOCÊ TÁ OUVINDO LIAM? É BOM VOCÊ RESPEITAR PORQUE EU JÁ TÔ COMEÇANDO A ME ESTRESSAR TAMBÉM.

– Quer dizer que a gostosa é bem concorrida hein? Eu achava que seu lance era a Madge né, Gale? Ah, é. Ela também prefere a mim. Nossa, eu tenho duas cachorrinhas super gostosas correndo atrás de mim, quem diria!

– COMO É QUE É? VOCÊ VAI VER SEU IDIOTA, OLHA BEM COMO VOCÊ FALA DA MADGE!

Então eu escutei um barulho de vidro se quebrando, mas eu espero que tenha sido a cabeço do idiota do Luan se partindo.

– AI PORRA VOCÊ TÁ PENSANDO O QUÊ?

Luan disse e chutou o ar, e então ele acabou me empurrando, aí eu segurei ele e comecei a dar uma surra bem merecida, porque quem ele pensa que é pra chamar a minha Katniss de “cachorra”? Eu não ligo se ela gosta desse idiota, mas eu não vou permitir que ele fale assim dele. Continuo esmurrando a cara dele, até que eu escorrego e caio, então ele sobe em cima de mim e começa a esmurrar meu rosto, e cara, dói pra caramba. Não sabia que bixas como ele tinham tanta força.

– Mexeu com um de nós, mexeu com todos, escutou? – Cato disse, e puxou ele de cima de mim e começou a espancar o idiota. Eu fui até uma pia e limpei minha cara, e pela dor que eu senti, deve ter ficado horrível, não quero nem saber.

– Será que dá pra vocês virem me ajudar aqui? – Gloss perguntou

Fui até ele e comecei a empurrar a porta. Então eu toquei nos braços dele e senti o suor escorrendo.

– Você tá bem, cara? – pergunto

– Não... A verdade é que eu tenho medo de escuro. Mas se você contar isso pra alguém, eu esmurro sua cara, tá entendendo?

Prendi um sorriso, e concordei. Marvel conseguiu achar a porta – ele andava que nem um cego – e nos ajudou também. Depois Gale e Cato vieram ajudar, e deixaram o idiota largado em algum canto do banheiro.

– UM, DOIS, TRÊS! – Cato gritou, e nós nos chutamos a porta, até que ela finalmente “abriu”.

“Abriu” porque nós conseguimos fazer um buraco no meio dela, e conseguimos sair do banheiro.

– AH, LUZ! FINALMENTE! – Gloss disse.

– Nós vamos deixar o garoto lá dentro? – Marvel pergunta

– Por mim, eu trancava a porta de novo e deixava ele mofando – falo

– Eu não ligo, por mim, ele que fique lá. – Gale fala.

– Eu concordo – Cato fala.

Agora percebo o tanto de sangue que tem nas mãos de Cato, e pelo visto, ele deve ter acabado com o garoto. Cato sempre foi assim, defende os amigos. Gosto disso nele.

– Você tá horrível, Peeta. E meu Deus! O que aconteceu aqui? Vocês não sabem mais girar o trinco da porta não? Tem que sair por aí quebrando tudo? – Finnick aparece com uma casquinha de sorvete na mão.

– A gente ficou preso no banheiro, bonitão. – Marvel disse

– E por quê o Peeta tá sangrando? O Cato e o Gale machucaram ele? POR QUE DIABOS VOCÊS FIZERAM ISSO? – Finnick foi falando.

– NÃO, NÃO, CALMA. Foi o loirinho, o Luan, ele começou a falar da Katniss e da Madge, aí a gente se estressou, e o Gale bateu nele, depois ele foi pra cima do Peeta, e eu acabei de desfigurar aquela carinha dele. – Cato falou, esfregando as mãos na camisa.

– E onde ele tá? – Finn fala

– Lá no banheiro, em algum lugar. – Gale fala.

– Eu vou buscar ele. – Finn fala.

– Deixa ele lá, ninguém liga. - falo

– OLHA, DEUS DISSE QUE NÓS TEMOS QUE TRATAR OS OUTROS COMO IRMÃOS, E EU ACHO QUE VOCÊS NÃO TRATARIAM UM IRMÃO DE VOCÊS ASSIM NÉ? – Finn fala

– É VOCÊ ANNIE? – Marvel fala.

– Muito engraçado, agora segura minha Casquinha. – Finnick fala.

– Pera, onde você conseguiu essa casquinha? – Marvel pergunta

– O shopping fechou né, aí eu vinha pra cá onde vocês, mas eu encontrei uma dessas máquinas de sorvete no caminho, eu liguei, e fiz uma Casquinha pra mim J. Agora eu vou lá resgatar o menino.

Foi só Finnick desaparecer que Marvel detonou a Casquinha dele em poucas mordidas. Depois de uns minutos, Finn volta arrastando o Luan pelos braços, pelo visto, ele estava desmaiado. Eu não falaria, mas porque estou feliz, a cara dele ficou irreconhecível!

– Ele... tá pior do que que né? – pergunto.

– Muito pior, Peeta, relaxa. – Cato fala

Finnick estava quase dando um murro em Marvel por causa da Casquinha, quando escutamos um grito.

– SOS! SOS! GAROTAS BONITAS EM APUROS! SOS! MANDEM AJUDA!

– PARA MADGE!!

– GENTE, ASA MENINAS!! – Gale fala

– ANNIE EU TÔ INDO, MEU ANJO! – Finn grita

POV KATNISS

– QUANDO QUE A PORRA DESSES IDIOTAS VÃO CHEGAR? – grito, estou desesperada porque não gosto de escuro.

– SOS! MANDEM REFORÇOS! SOS! – Mad gritava sem parar.

– Eu vou te bater se você não calar a boca! – Johanna disse.

– Eu tô passando mal, a minha pressão baixou!

– Não desmaia, Clove, por favor! – Glim gritava

– AJUDEM A GENTE CARALHO! – Eu gritava, e fui pra porta e comecei a esmurra-la.

– A GENTE VAI MORRER! – Mad gritava

– Calma Mad, não se desespera, os meninos vão chegar a qualquer momento – Annie consolava Mad, que já estava se acabando de chorar.

– SOS! SOS! GAROTAS BONITAS EM APUROS! SOS! MADEM REFORÇOS!

– PARA MADGE! – Jo gritou

Até que...

– MENINAS! VAMOS TIRAR VOCÊS DAÍ, FIQUEM CALMAS! – Gloss falou

– ANNIE, MEU ANJO, VOCÊ TÁ BEM? – Finn pergunta

– Tô sim, Finn, agora tira a gente daqui agora! – ela responde

– GENTE, A CLOVE DESMAIOU! – Glim grita

– O QUÊ?! – Cato berra do outro lado, e começa a esmurrar a porta – Me ajudem seus viados, a Clo desmaiou!

– Saiam daí de trás que a gente vai arrombar! – Gale fala

– 1, 2, 3! – Gloss fala e depois de poucas tentativas a porta abre.

– CLOVE?! VOCÊ TÁ BEM? – Cato entra no banheiro, procurando-a.

– NÃO SEU IDIOTA, ELA DESMAIOU! – Glim diz

Cato pega a menina no colo e sai do banheiro, e nós o seguimos.

– Vocês não sabem o desespero que a gente passou! Tava tudo escuro, eu comecei a suar, a Clove desmaiou, a Johanna gritava, a Katniss chorava, foi uma baderna! – Mad falava

Nós sentamos em um banquinho no corredor do shopping – as luzes do shopping estavam acesas – Então nós respiramos um pouco de ar puro, até que eu olho pro lado e...

– PEETA MELLARK! O QUE HOUVE COM SEU ROSTO? – pergunto, espantada.

– Eu... Quer dizer, eu tava...

– AI. MEU. DEUS. QUEM FEZ ISSO NO LIAM? – pergunto

TIPO ASSIM, o pobrezinho tá completamente desfigurado, desmaiado e jogado no chão como se fosse tapete.

– LIAM! LIAM!! – bati no rosto dele pra ver se acordava, mas nada.

– QUEM FEZ ISSO NO ROSO DELE? – pergunto, irritada

– Foi eu. – Peeta disse

– EU VOU TE CASTRAR, SEU IDIOTA, VOCÊ...

– Foi eu também. – Gale diz

– E eu – Cato fala.

– TÁ LEGAL... VOCÊS SÃO IDIOTAS, RETARDADOS? POR QUE DIABOS VOCÊS FIZERAM ISSO COM O COITADO DO LIAM?

– Kat, ele tava falando de você. – Peeta disse.

– NÃO ME CHAME ASSIM, QUEM VOCÊ PENSA QUE É SEU IDIOTA, VOCÊ VAI VER, EU VOU...

– ELE TAVA FALANDO DE VOCÊ, KATNISS! VOCÊ NÃO ENTENDE NÉ? EU NÃO SUPORTO ESSE GAROTO FALANDO DE VOCÊ, PODE ME BATER, SEI LÁ, MAIS FIQUE SABENDO VOCÊ QUE EU NÃO VOU DEIXAR UM GAROTINHO MISERÁVEL DESSE FALANDO DE COMO VOCÊ É... GOS... LEGAL, E EU NÃO FAZER NADA, TÁ ESCUTANDO?

– OLHA, MELLARK, EU NÃO TÔ NEM AÍ SE ELE TAVA FALANDO BEM OU MAL DE MIM, MAS VOCÊ SABE QU EU NÃO SUPORTO QUALQUER TIPO DE AGRESSIVIDADE! E OLHA O ESTADO DO GAROTO! POR QUE VOCÊS FIZERAM ISSO COM ELE?!

– Ele tava falando que você e a Madge, estavam perseguindo ele como duas cachorras, e disse que você era gostosa. – Gale falou, calmamente.

– E precisava disso? – perguntei, apontando pro pobre coitado.

– KATNISS, ELE TE CHAMA DE CACHORRA E TÁ TUDO BEM?

– NÃO, MAS NÃO PRECISAVA DISSO, EU PODIA MUITO BEM CONVERSAR COM ELE!

– Tá, tá certo, mas fique sabendo que eu não permitiria que ele falasse de você igual à um pedaço de carne, ouviu Katniss? E FIQUE SABENDO VOCÊ, QUE EU NÃO VOU DEIXAR QUE NENHUM GAROTO FALE DA MANEIRA QUE ELE FALOU, DE VOCÊ TÁ?

– Me poupe, Mellark, pra mim já é o bastante.

Então eu saí correndo pelo shopping e me enfiei debaixo de uma caixa de papelão no final do corredor bem distante deles, eu não queria ouvir a voz desses cretinos, e muito menos, a voz do Peeta. Ele se acha o herói, me defendendo daquele jeito, por favor, não precisava daquilo. Então eu começo a chorar. Nem pregunte o porquê, eu sou uma pessoa sensível.

– Posso falar com você?

A última pessoa que eu queria encontrar nesse momento apareceu, e não foi o demônio, foi quase, o Mellark, claro.

– Que é?

– Por que você tá chorando?

– É porque... Ah, esqueci que MINHA VIDA NÃO É DA SUA CONTA, AGORA VAI EMBORA

– Descupla Everdeen, mas eu não vou embora ok? Eu é que deveria estar com raiva e você que está chorando. – ele se senta ao meu lado.

– Então chora, eu não tô impedindo.

– Eu não vou chorar não, porque eu não ligo se você não liga pra mim, porque eu não vou dar corda pro que aquele loirinho diz, e eu estou muito feliz só por estar aqui, nessa caixa de papelão, com a garota que eu amo.

Fica um silêncio até que eu pergunto:

– Essa garota de quem você fala...

– A garota que eu amo

– Sim, essa... Sou eu é?

– Tá vendo outra garota aqui? – ele fala

– Bem, na verdade eu...

– Ah foda-se.

Rimos pra descontrair.

– Olha, desculpa. Eu sei que eu envergonhei você e tudo, mas foi porque você sempre me ignorou, me tratou mal, mentiu pra mim e eu já tava de saco cheio. Então eu fiz uma armação pra que você sentisse ciúmes e percebesse que eu existo.

– Peraí, você armou isso tudo só pra que eu te notasse?

– Na verdade, não. Não pra me notar, foi mais como uma vingança sabe?

– Nossa, Kat, eu realmente tenho que pedir desculpas, eu não sabia que eu te fazia mal às vezes.

– Sempre

– É, sempre, eu não sabia que eu estava fazendo todas essas coisas que você disse, então, você pode, por favor, me perdoar?

– CLARO!

– OBA!

– QUE NÃO!

– AFF, por que?

– Mentira, tô brincando, eu te perdoo sim, porque você é muito simpático e me defendeu do Liam mesmo sendo uma farsa.

– Como uma farsa?

– Ele também fez parte do plano. Eu liguei pra ele e combinei tudo. Falei com a Mad também. E com o resto do povo. Na verdade, todo mundo tava sabendo da “vingança de Katniss Everdeen” menos você.

– Mas... o Gale e o Cato bateram no Luan.

– Foi armado. O Liam concordou com isso para “o meu bem” porque ele gosta de mim mesmo, mas ele sabe que eu prefiro você, e ele fez isso como uma chance de eu ficar com ele, mas eu disse que era por livre vontade dele, e mesmo assim ele aceitou, porque ele disse que “faria qualquer coisa por mim”, então eu...

– Cala a boca, Kat, você fala muito.

– Ah, valeu.

– Então... A gente tá de boa?

– Aham.

– Ótimo, vamos voltar eu preciso me desculpar do Luan por ter batido nele.

– O nome dele é Liam.

– Tanto faz.

E nós voltamos de mãos dadas pra perto do povo, e todos eles estavam comendo casquinhas.

– Então... Cadê minha casquinha? – pergunto

– OMG! VOCÊ E O MELLARK TÃO NAMORANDO? EU SABIA QUE DEPOIS DESSA TUDO IA SE RESOLVER! – Mad grita

– Não, que é isso, eu e ele nós não estamos, é... não estamos, quer dizer, namorando, a gente... sabe?

– Não precisa se atrapalhar mulher. – Peeta fala, piscando.

– Então... porque nós não aproveitamos o momento de estarmos sozinho no shopping? – Cato fala

– O que nós vamos fazer primeiro? – Finn pergunta

– Que tal irmos no parque? – Gloss diz

– Ótima ideia. – Johanna diz

– Eu sempre tenho boas ideias, Jojo. – Gloss diz com malícia

– PARA com isso já Gloss seu atirado – Marvel fala

– Vamos pro parque galera – Finn diz e nós fomos

***

Depois do parque, nós fomos a lojas de roupas, e de chocolate, e nós conseguimos entrar nas lojas porque a Mad sabe a senha de abrir as portas, a coisa é chique, esqueça chaves. Essa noite eu comi dois Sundays de chocolate, um milk-shake e três casquinhas, estou entupida de sorvete. O que é um horror, pois sorvete engorda. Mas entre ser magra e comer sorvete, eu fico com o sorvete.

***

Já era oito da manhã quando eu acordei – nós dormimos em cadeiras na praça de alimentação – e vi alguns funcionários entrando. O segurança noturno – que nós não vimos ele durante a noite toda – nos expulsou e disse que ia dar queixa na polícia, mas a Mad explicou que ela era a filha da dona do shopping e disse que nós estávamos fazendo uma pesquisa escolar sobre “qual a experiência de se passar uma noite inteira no shopping e seus benefícios e malefícios para a saúde humana na atual sociedade capitalista em que vivemos”. O guarda ficou confuso pois estamos de férias e a Mad acrescentou dizendo que “é um trabalho para as férias” e então ele não deu queixa na polícia e já estamos em casa neste momento e eu vou dormir porque eu estou exausta. Vou ao banheiro antes só para esvaziar a barriga de um jeito bulêmico e quando estou abaixada no vazo com a escova na garganta, Peeta surge do nada e fala:

– KATNISS EVERDEEN, VOCÊ É BULÊMICA?

Oops!