Percy e Annabeth - A Vida Continua escrita por Nai Castellan Jauregui


Capítulo 22
22 - Lembranças de um passado não tão distante


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas *------*
AAAEEEE!! A FIC ESTÁ COMPLETANDO UM ANO HOJE!!! O/
Eu queria agradecer a voces por estarem me acompanhando com toda essa paciencia do mundo, e aguentando todas as minhas chatices e encheções de saco ^.^
Serio gente, obrigado de coração por voces estarem aqui acompanhando a fic junto comigo. Obrigado pelos reviews seus lindos *-------*
Desta vez serei breve, entao a musica de hoje é "Take a picture - Carly Rae Jepsen" aproveitem :3
Beijos pra todos vocês e boa leitura u3u



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–AAAAARRREEEEEE!!

–Percy! Pra direita! Vira o guidon pra direita!

Eu já tive experiências suficientes para saber o que iria me acontecer. A dor, os ralados e esfolados marcaram o tempo que eu vivia com minha mãe, sempre voltava para casa machucado. Com a maldição de Aquiles eu não iria sentir nada, mas os traumas que sofri com bicicletas me lembrariam da dor.

–Annabeth... É melhor você aparecer com uma de suas ideias brilhantes pra salvar a minha pele como você sempre faz! – fiz esse pedido silenciosamente.

Rápido Percy! Coloque a sola do seu tênis levemente no pneu traseiro e vire o guidon pra direita devagar!

Ouvi sua voz vinda de algum ponto a minha esquerda. Rezei para que desse certo. Mas afinal, era Annabeth, seus planos sempre dão certo. Fiz p que ela mandou. Senti o pneu raspando a sola do meu tênis, produzindo um cheiro estonteante de borracha queimada, e a bicicleta diminuiu sua velocidade em 1%. Já era um avanço.

–Pelos deuses Percy! Pra direita!

–Pra direita! Já entendi!

Virei o bendito guidon pra direita e fechei os olhos com força. Um solavanco mandou meu corpo pra frente, saí voando por cima da bicicleta e caí em cima de algo macio, piniquento e um pouco pontudo também, mas amorteceu minha queda.

Abri os olhos e me vi jogado em cima de uma grande pilha de folhas secas. Annabeth veio deslizando em cima de sua Caloi Azul. Acho que minha cara demonstrou que não entendi o que ela havia feito.

–Estamos no outono Percy. Agradeça por existir aquela rampa de deficientes logo ali – ela apontou com o polegar para trás da cabeça - e alguns cálculos rápidos de física ajudaram.

–Obrigado rampa de deficientes – falei

Ela estendeu a mão e me ajudou a levantar. O cão infernal de pelo castanho que nos perseguia apareceu no topo do morro e soltou um latido alto. Não foi preciso pensar duas vezes. Com minha Bike quebrada, começamos a correr desesperadamente procurando ficar os mais afastados possível dos mortais, o que foi um pouco difícil, pois estávamos em NY.

Dobramos a esquina e seguimos a curva pra esquerda pero de um muro alto de pedra de um velho prédio abandonado. Olhei para trás e vi que castanho estava mais perto.

–FIUU!!

O assovio cortou o vento. Castanho parou e olhou para as arvores a direita da curva. Uma bolinha vermelha voou por cima de minha cabeça e desceu a rua com o cão infernal latindo e correndo feliz logo atrás.

–Mas que diabos...

–Shiu! – fez Annabeth para mim, e apontou para onde a bolinha vermelha saiu.

Acho que perceberam que o observávamos, seja lá o que era. Um farfalhar nas folhas e o movimento de algo correndo desesperadamente para longe.

–Vamos! – chamou Annie.

Nossa posição era basicamente no pé de um grande morro que virava para a esquerda em 90° praticamente. A direita, algumas arvores e arbustos. À frente, bem na curva, um velho prédio de pedra abandonado, com um muro alto que terminava em arame farpado.

Fomos para a direita, para o bosque, conseguia ver uma grande tela a esquerda, provavelmente do prédio, que só não era mais alto que o muro da fachada.

–Logo ali na frente – avisou Annie

–Deixa comigo.

Respirei fundo. E se fosse um monstro nos atraindo para uma armadilha? Destampei contracorrente. E se fosse somente um mero mortal?

Ele parou de repente. Um brilho refletiu algo que chamou minha atenção, e me concentrando um pouco, consegui ver o que era. Um iô-iô. Pulei naquela direção.

–AHÁ! Agora você não me escapa garota!

–Percy! Sai de cima de mim! Você está e machucando! – gritou Paloma desesperada, se inclinando para a esquerda. Olhei para sua perna e vi três cortes diagonais na coxa esquerda.

–O que aconteceu com sua perna? – perguntei

–Nada. – respondeu ela friamente – quando você se machuca eu não fico te perguntando o que aconteceu com cada arranhão seu.

–O que aconteceu com sua perna? – perguntou Annabeth saindo do meio dos arbustos. Paloma bufou.

–Um cão infernal me atacou, mas eu consegui fugir – ela mudou o tom de voz – Não era o mesmo que o de vocês, esse era um cinza escuro...

–E por que não se defendeu? – questionei

Ela tirou o iô-iô do bolso e mostrou um nó cego no barbante.

–Quando eu o joguei não funcionou...

–Você disse que era um cão infernal cinzento? – Annabeth estava com aquela cara de quando está pensando em algo infalível – você não viu mais nada suspeito? Ou talvez alguém?

–Não... Eu não sei... Só lembro que a boca e os dentes estavam vermelhos quando ele se aproximou de mim e...

–Sangue! Era sangue! – Annabeth deu um pulo, que quase me fez tropeçar de susto – Percy! Nico!

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– > Paloma’s < -

–Ok. Ali é a cozinha. Ali tem dois quartos, mas só dá pra usar um deles, o banheiro é no fim do corredor. Na ultima vez o vaso tava entupido e o chuveiro só tem água fria. Deixe-me ver... É, acho que é só isso. Bem vindos.

Depois de passarmos pelo velho buraco da tela e subirmos pela escada de incêndio (pois o prédio estava abandonada, e a porta da frente estava fechada) entramos pela janela da cozinha do 301.

Pois bem. O apartamento não mudou muito desde a ultima vez que estive aqui com Victória. O apertamento, como costumávamos chamar. Alem da Vic e de seu irmão, que moravam no terceiro e ultimo andar, lembro que só existiam outros dois moradores. O velho Diovann e sua calopsita irritante no 204 do segundo andar, e neste mesmo andar, no fim do corredor, no 210, um cara que vivia bêbado, cujo nome ninguém sabe, e quando perguntávamos ele ficava fazendo sons de um urso com indigestão, algo como “aãããhnn, dãaan aah ahann dãã” e frequentemente alguns arrotos e coisas que pareciam ser rugidos, não sei. Entao o apelidamos de “boca-de-lobo” pelo horrível bafo.

Acho que fiquei um longo tempo parada no mesmo lugar, divagando sobre o meu passado, que o barulho da descarga do banheiro me fez dar um pulo de susto.

–Eu avisei que a privada estava entupida!

–Mas como vamos fazer nossas... Uh... Necessidades nesse banheiro? – questionou Percy.

–Tem um balde perto da pia – os dois me encararam incrédulos – Que foi? Depois despejamos tudo no laguinho do prédio.

–Devo imaginar como é esse tal “laguinho”

–Não é bem um lago Annabeth, é uma espécie de esgoto sabe. O nome “laguinho” é como chamamos pela quantia de... De... Vocês entenderam.

–Paloma, não tem balde nenhum aqui – falou Percy vindo do corredor.

–Deve estar no quartinho de tralhas – lembrei – Vou lá pegar.

A primeira porta do corredor, a mais velha, suja, com dobradiças enferrujadas e toda roída de cupins, o bom e velho quartinho de bagunças. Puxei a cordinha e a luz fraca se ascendeu no teto.

E novamente fiquei parada, na porta, olhando para as prateleiras, cheias de inúmeras tralhas e porcarias entulhadas até o teto. Me lembrava de cada coisa de lá, de cada objeto. Victoria e eu acumulamos varias coisas nesse quarto com o passar do tempo.

–Annabeth! Pede pra Paloma trazer o balde que eu to meio apertado!

Acabou o momento de divagar. O balde estava do lado da porta. Inclusive, eu lembro de termos conseguido aquele balde na primeira noite de Victoria aqui. Foram litros e mais litros de água, subindo e descendo as escadas para tentar desentupir a maldita privada.

Dei o balde pro Percy e me escorei na soleira da janela da cozinha. Percebi que o tempo me passou muito rápido. Eu olhava por essa janela quase todos os dias nas quatro estações do ano, e se me mostrassem uma foto da vista para o bosque antigamente, eu reconheceria na hora. Mas agora... Agora as arvores estão desaparecendo, vi pessoas na avenida ao longe que não costumava ver por causa das arvores. Essa vista era linda, era calmo por que o bosque ao lado do prédio deixava as pessoas meio apreensivas em relação com o que havia ali, mas agora praticamente virou um parque aberto a visitações.

–Esse apartamento está precisando de uma reforma urgente... – Percy começou a falar, mas Annabeth deu uma cotovelada nas costelas dele.

–Tudo bem Annabeth – suspirei – foi o luar mais seguro que Vic achou. Uma vez ela me disse que tinha um condomínio bem legal, que era uma das opções de escolha, mas o advogado disse que era pra escolher esse aqui. Meio estranha essa historia... Victoria sempre contou pra todo mundo que perguntava que ela vivia nesse prédio por que era o que eles podiam pagar, mas ela não gostava de revelar que dependia do dinheiro de outras pessoas para viver...

Parei de falar imediatamente. Vic não ficaria feliz em saber que contei isso pra alguém. Mesmo que Percy e Annabeth pareciam não terem ouvido essa ultima parte, pois os dois se entreolharam e Annabeth me perguntou com uma cara estranha:

–Advogado? Um advogado estava ajudando Victoria?

Os dois se entreolharam novamente. Era como se eles estivessem tendo uma longa discussão por telepatia entre eles.

–Poderiam me dizer o que está acontecendo? – pedi indignada. Eu sentia que eles estavam deixando de me contar algo.

–Não se preocupa Paloma – Percy falou calmamente – Só nos lembramos de algo parecido que aconteceu com dois amigos nossos uns anos atrás.


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Notas finais do capítulo

Esta fic já está se encaminhando para o fim pessoal. Digamos que já passou da metade da historia, e estou pensando se eu continuo essa historia, mas em outra fic (tipo uma trilogia sabe) ou se eu termino por aqui. Aceito sugestoes.
Bom fim de semana, tenham uma boa noite (aqui agora é 21:10 entao é boa noite u.u) garotas sonhem com titio algodao e garotos com a tia dite (ou com suas filhas no caso).
Até a proxima *------*



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