Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 31
Os Digimaus Vão Ao Mundo dos Humanos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297260/chapter/31

CAPÍTULO 031

— Quem é você? — perguntou o pai de Ruan. Ele olhava a mulher, mas não a reconhecia.

— Olá senhores Castillos, podem me chamar de Lilli — Lilithmon cumprimentou o homem beijando-o no rosto. Depois foi a vez da mãe de Ruan.

— Sim, agora me explique quem é você e onde está o Ruan? — a mulher ficou um pouco desconfiada.

— Ele está no banheiro, podem vir comigo. Ah eu trabalho aqui no aeroporto mesmo, ele pediu para que chamassem — Lilithmon era uma atriz.

— Desculpa, querida, não vou com você, nem te conheço — a mulher relutou.

— Vamos sim. Iremos com a moça — disse o pai com uma cara estranha, parecia hipnotizado.

— Juanes! — exclamou a mãe. — Não podemos confiar numa pessoa que não conhecemos — mesmo assim ela foi até o banheiro. Juanes, pai de Ruan, foi logo em seguida deixando a esposa furiosa. Assim que chegaram no banheiro eles tiveram uma surpresa. Ruan ali parado olhando para ambos.

— Meu filho. Como está? — disse a mulher abraçando o filho. Ruan não dizia nada, estava indiferente. — Meu filho, o que houve? Ei, Juanes, venha ver nosso fi... Juanes? Juanes! — o pai não dizia uma palavra.

— Ele está hipnotizado com meu beijo. Não há como fugir de mim agora. Pronto, já pode tirar o disfarce — o falso Ruan era um Bakemon disfarçado. A mãe ficou horrorizada.

— Meu Deus é um... fantasma! — Lilithmon foi pra cima da mulher e lhe deu golpe. A mulher, claro, desmaiou.

— Mestra, devemos ser rápidos — disse o digimon fantasma.

Assim ela abriu o portal do digimundo no banheiro mesmo e levou cativo os pais de Ruan. Como não havia ninguém, ficou fácil para a digimau.

...

No digimundo, os digimaus se reuniram para invadirem o mundo dos humanos, ou melhor, invadirem o Japão, especificamente na ilha de Odaíba. MaloMyotismon reuniu alguns digimons, sendo que uns na forma perfeita e a maioria na forma adulta. Seria uma invasão em massa.

— Muito bem, estão todos aqui? — perguntou o Shadowlord no seu laboratório, num salão enorme que possuía um imenso espelho quadrado. O espelho era um portal.

— Sim, mestre, reuni tudo o que pude — respondeu o digimon extremo.

— Ótimo, agora preparem-se para a partida — ele tirou um aparelho do bolso, igual ao de Lilithmon, e apontou para o espelho. Uma luz saiu do pequeno aparelho e foi na direção do espelho, um portal se abriu. — Vão, tragam o brasão da luz, eu mesmo quero destruí-lo.

Assim os digimons entraram no portal para o mundo humano. Diferentemente da invasão de Myotismon, esta seria mais cuidadosa. MaloMyotismon sabia perfeitamente quem era o garoto que tinha o brasão de Lúcia.

Shadowlord voltou para seu prédio e foi até o décimo andar. Era o andar das prisões. Ele se encontrou com Lilithmon nos corredores

— E aí, como vai a missão?

— Maravilhosamente bem. Quando você me dirá sobre sua experiência secreta? — disse a digimon beijando o homem.

— Termine tudo. Depois te darei dois prazeres, um na cama... e o outro por incluí-la nos meus planos — o rapaz a beijou na boca. Ele não era afetado pelo beijo dela.

Aiko foi até a extensa sacada da cobertura do prédio. Ficou observando o horizonte, o cenário do digimundo. Tirou do bolso da bermuda um aparelho muito parecido com o dos digiescolhidos e disse:

— Ai maninho se você me visse com isto, não sei se ainda gostará de mim. O que você fez com os digiescolhidos foi aterrorizante, tenho medo que você passe a me odiar por isso. 

Os digimons chegaram ao mundo humano. Um terreno baldio serviu de refúgio para eles. Ficaram prontos para a caça ao brasão.

...

Como no Japão era noite e no Brasil ainda era manhã, Márcia ficou deitada no sofá depois de dançar muito. A mulher ficou com dor de cabeça e foi logo pegar seu kit de primeiro socorros no guarda-roupas do seu quarto.

— Analgésico... analgésico... cadê... — ela ficou procurando o remédio até encontrar um analgésico em gotas. O frasco estava quase seco. — Preciso comprar mais coisas para o kit, não tem quase nada.

— Dona Márcia eu...

— NÃO!! — interrompeu. — Não me chame de Dona, me chame de Márcia. Eu tenho por acaso cinquenta anos?

— Não — respondeu a empregada.

— Então me trate como Márcia. Porra de Dona é o caramba. Já to de TPM aqui, com dor de cabeça, e vem a empregada me chamar de Dona. Isso é o fim...

— Do mundo? — a empregada tentou completar.

— Não, do teu emprego se não sair da minha frente. Puxa vida, por que eu fui dançar daquele jeito. Detestei a ideia de não ter mais remédio, mas só de mal eu ficarei com a cabeça latejando. Mais tarde eu vou na porcaria da farmácia — a loira deitou-se em sua cama e ficou ali com muitas dores.

— Ei, dona empregada, onde está a senhora Márcia? — perguntou Lucemon após, adivinhem, terminar de ler um livro de quatrocentas páginas.

— Galeguinho, é melhor não perturbar a onça. Senão vai sobrar pra você — respondeu a empregada.

" O que é onça?" — pensou o loiro.

O digimon foi até o quarto da mulher e a viu deitada na cama, de lado, de costas para ele. O menino foi em sua direção, sentou-se ao lado dela e começou a massagear a cabeça dela. Márcia virou-se e viu o anjo fazendo aquele ato de carinho, queria ser ríspida, mas não conseguia.

— É você, Lucemon. Eu... não to muito em condições para conversar — ela tentava ser mais gentil possível.

— Eu sei o que está sentindo. Coloque sua cabeça aqui — a mulher pôs sua cabeça sobre as pernas do garoto que estavam esticadas na cama. Ele continuava a massagear os cabelos dela.

— Nossa, eu nunca senti uma sensação tão boa, relaxante — daí teve uma surpresa — Ei minha dor de cabeça passou! Co..como isso aconteceu?

— Eu disse que sabia o que a senhora sentia, por isso fiz esses carinhos, para amenizar seu sofrimento — respondeu.

— Obrigada, obrigada mesmo — ela ficou sentada, daí recebeu um abraço de Lucemon bem apertado.

— Mamãe, posso te chamar de mãe a partir de agora? Agora que não tenho mais ninguém para chamar.

— Pode sim, e serei para sempre. Agora me deixe só, vá. Vê se não leia mais livros né? — riram por um momento e o loiro saiu a deixando só no quarto para descansar.

Paulo, Lúcia e Impmon brincavam na piscina do prédio. Toda vida que o Impmon ia, os outros moradores se assustavam, mas atualmente acostumaram-se com a figura excêntrica de um bichinho roxo com um lenço vermelho no pescoço, com uma cauda, um rosto amarelo na barriga e que falava. Lucemon, por sua vez, não gostava de se misturar muito com os outros humanos, típico dele.

...

Jin recebia o apoio de Daisuke ao tentar explicar à mãe sobre a existência dos digimons. A senhora Fukuda custou muito a acreditar, mas não teve outra opção depois que viu Mushroomon pela primeira vez. A mãe do digiescolhido ficou chocada logo no começo, porém reconheceu a existência dos seres digitais.

— Ainda bem que reconheceu, mamãe. Estou muito feliz, aliás nós estamos felizes — disse Jin incluindo seu digimon.

— É verdade mãe, Jin e eu somos parceiro há algum tempo. Pode confiar em mim — confirmou o digimon.

— Eh... me chamou de mãe. O cogumelo gigante me chamou de mãe.

— Senhora Fukuda, eu garanto que... — Daisuke foi interrompido pelo sinal do seu digivice. O sinal era no digimundo, com certeza algo acontecera.

— O que foi, Daisuke? Problemas? — perguntou Jin.

— Algo aconteceu no digimundo. Precisamos ir. Senhora Fukuda libera o Jin para irmos ao digimundo? — perguntou o ruivo.

— Mas vocês passaram tanto tempo...

— Mamãe — o rapaz segurou nas mãos da mãe. — Eu sou um guardião do digimundo, um protetor. Se algo acontecer lá eu preciso ir. Entendeu?

A mãe relutou novamente, mas logo assentiu. Não havia jeito de impedir o filho a ir embora. Pelo menos ela estocou vários alimentos dentro da bolsa do garoto, além de itens para higiene pessoal. Daí eles foram para o digimundo pelo computador de Jin.

No Digimundo, Gennai os esperava. O local em que eles voltaram foi o mesmo em que partiram, a pequena cidade dos Gazimons.

— GENNAI!! — disseram em uníssono.

— Olá, digiescolhidos... onde estão os demais? — perguntou o homem.

— Eles estão no mundo real. Gennai, o que houve? — perguntou Jin.

— Algo horrível, digiescolhidos. Alguns digimons conseguiram invadir o mundo dos humanos com um propósito que revelarei quando todos estiverem juntos — disse o homem.

— O QUÊ? DIGIMONS INVADIRAM O MUNDO DOS HUMANOS? — perguntou Motomiya quase gritando.

— Parceiro, precisamos chamar os outros digiescolhidos — disse Veemon.

 

Rosemary recebeu o sinal no seu digivice. Ainda era tarde no País de Gales e a menina não sabia o que acontecera com seus pais. A mansão estava muito estranha. Palmon incentivou em voltar ao digimundo. A menina, apesar de estar muito intrigada, aceitou ir. Abriu o portal para o digimundo e foi levada pelo portal no tablet de Jin.

Ruan chegou do treino de futebol ainda suado e com a roupa do time. Foi logo tomar seu banho até que recebeu a chamada do seu digivice. O rapaz logo se aprontou e se preparou para ir com seu Hagurumon ao digimundo. O espanhol foi, porém nem se passou na cabeça que seus pais iriam voltar nesse dia. Muito menos que já foram raptados.

Mia e Betamon acordaram com o som do digivice. A menina acordou bastante atordoada com aquele som tamanho quatro da madrugada. Realmente era muito difícil conciliar o fuso-horário dos países. No Havaí ainda começava o dia enquanto no Japão terminava. Ela se levantou, escovou os dentes, penteou-se, tomou um copo de suco e se arrumou para ir o quanto antes ao mundo dos digimons, e foi.

No Brasil, Paulo e sua família almoçavam quando os digivices de ambos, dele e da Lúcia, alarmaram. Mesmo assim, o rapaz não preferiu ir de imediato, já que quis aproveitar o momento família.

— Meu filho, deve ser algo importante — disse a mãe.

— Daqui a pouco eu vou, aliás, nós vamos. A Lúcia também é digiescolhida — disse o menino.

— Não sei se deixo Lúcia ir... — Márcia relutou.

— Mamãe deixa. O Lucemon é o meu parceiro. Ele me protegerá — falou a menina.

— Sim dona Már... quer dizer mãe. Eu protejo a Lúcia — disse o digimon.

— Tudo bem. Agora me prometam que cuidarão da minha caçula — apesar de deixar e ceder, Márcia ficou triste

— Não se preocupe, mãe, além do Lucemon, tem eu e o Impmon. Todos nós protegeremos a nossa irmãzinha — Paulo começou a consolar a mãe.

— Tudo bem. Podem ir então.

Assim os dois digiescolhidos foram ao digimundo com seus digimons deixando apenas Márcia e a empregada. Esta não entendia nada sobre o digmundo ficava completamente no vácuo.

"Povo estranho e maluco, só vivem falando em digimundo, digi pra cá, digi pra lá, digi vai, digi vem, aff" — pensou a empregada.

Os digiescolhidos voltaram ao digimundo pelo portal no tablet de Jin. Estranharam um pouco pelo fato do horário, mas logo se acostumariam. Daisuke era o único veterano do grupo, Kari e T.K não puderam.

— Olá, digiescolhidos — iniciou Gennai...

...

Em Odaíba os digimaus bolavam planos para a caça o brasão da luz.

— Ainda é noite, quando for dia iniciaremos a caça ao digiescolhido que pegou o Brasão da luz da digiescolhida lendária. Amanhã iniciaremos o grande dia — disse MaloMyotismon aos digimaus ainda não identificados.

...

HAVAÍ, HONOLULU

Emma acordou com um barulho vindo de sua casa. Ela se levantou muito sonolenta e ligou a luz do seu quarto. Bocejou, calçou o chinelo e saiu do cômodo. Ela foi para a cozinha, abriu a geladeira, retirou uma garrafa d'água e pôs a bebida num copo de vidro. Ainda tomando a água foi para a sala que ainda estava escura devido o horário. Acendeu a luz e se surpreendeu com algo...

— VOCÊ?! — Emma soltou o copo ainda com água. O objeto quebrou derramando o líquido no chão.

— Olá, Emma — disse Lilithmon sentada no sofá da sala.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!