Dilemas escrita por nana_cullen


Capítulo 30
(SEASON 2) Capítulo 7: Problemas no escuro!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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ONDE PARAMOS?:

“Eu tinha que pensar em algo, e bem rápido. Fitei Alice por um curto momento, ela roendo as unhas atrás de sua mãe. Os meninos também ficaram calados, esperando que eu falasse.

 

Não tinha mais jeito. Agora sim eu estava FERRADA, MORTA E ENTERRADA!”

 

CONTINUANDO:

 

 

(SEASON 2) Capítulo 7: Problemas no escuro!

 

 

PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU, SANTIFICADO SEJA O TEU NOME. VENHA NÓS O VOSSO REINO, SEJA FEITA A VOSSA VONTADE...

 

Em vez de pensar numa tentativa de me safar (o que era quase impossível), rezava o Pai Nosso, justamente para me dar uma luz no fim dessa porcalhada toda que acabei de fazer. Lição importante: nunca chute um Jr quando seu dono está dentro da própria casa. Alguém pode ver, né? Ai, eu sei que sou uma anta!

 

DEEEEEEUS ME DÁ UMA LUZ!

 

E em vez disso, ele tirou. Literalmente.

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’ – Não precisava enxergar para saber que o berro veio de Alice. Ouvi um barulho de algo caindo no chão e que, com certeza, era a anãzinha. – ‘É O FIIIIM!’

 

‘Alice. Saia de cima de mim. AGORA!’ – Esme esbravejou. – ‘Ninguém se mexe, tudo bem?’

 

‘AAAAAAAAAI!’ – Emmett gritou, certamente não dando ouvidos ao que Esme acabava de falar. – ‘QUEM BOTOU ESSA CADEIRA AQUI?!’

 

‘CALA A BOCA EMMETT!’ – Nós falamos, a porta abrindo-se bruscamente. Todos viraram para trás, o relâmpago só ressaltando o indivíduo parado ali na porta e erguendo algo como uma faca. Pela Morde Deus! Estou num filme de terror agora, é?

 

‘É O PÂNICO! É O PÂNICO!’ – Alice berrou novamente, caindo nos braços da mãe, que despencou no chão outra vez. Te juro, se fosse comigo eu já teria batido nela há séculos! Credo! Será que eu estou agressiva demais? – ‘MAMÃÃÃÃE! VAMOOOOS MORREER!’

 

‘Meu Deus!’ – O estranho cara entrou na casa, mexendo algo nas mãos que do nada se acendeu. Bem, era uma lanterna! GRAÇAS! UMA FACA NÃO! – ‘Essa chuva começou a cair do nada!’

 

‘É, deu pra perceber!’ – Rosalie completou, vendo Carlisle fechar a porta e tirar a capa de chuva.

 

‘Vocês estão todos bem?’ – Carlisle sacudiu os cabelos, e agora eu já sabia de onde Edward tinha a estranha mania de fazer isso toda a hora. – ‘Desculpe ter assustado todos!’

 

‘E olha que só são 14h00min da tarde!’ – Alice olhou para o seu relógio de pulso que brilhava no escuro. TÍPICO! – ‘Sério, o clima ficou maluquete por acaso?’

 

‘É de se esperar!’ – Carlisle riu um pouco, posicionando a lanterna na mesa centrada a nossa volta. – ‘Muito bem, não vamos ficar no escuro. Meninos, se espalhem pela casa atrás de qualquer coisa que ascenda, tudo bem? Lembro-me de ter algumas pilhas extras em meu quarto, então estou indo lá pegar. ’

 

‘P-Pai. ’ – Emmett se pronunciou, parecendo meio receoso. – ‘Eu vou ter que ir mesmo lá em cima? ’

 

‘E por que não iria?’

 

Agora o minuto de silêncio foi para ele. Emmett sentiu os olhares, ficando tão nervoso que não parava de se mexer. Sério, um homem grandão que nem ele, com medo do escuro?! Nem havia percebido! Ta bom, foi ironia.

 

‘É que... eu não queria deixar as meninas aqui no e-escuro  sozinhas sabe?’ – Ele coçou a cabeça, os olhos virando para todos os cantos. – ‘M-Mas já que o papis insiste né? Não fiquem medrosas, viu meninas?’

 

‘Emmett, elas já entenderam o recado. ’ – Nem me havia dado conta de que Edward já tinha levantado do chão. Ah, quer saber? Não estava nem aí pra ele mesmo! Ainda com o escuro, eu podia tirar de letra todas as feições dele gravadas em minha mente. Ah droga! Isso não vai acabar não?! – ‘Eu vou ao sótão ver se tem mais algumas lanternas. ’

 

‘Então, eu vou também!’ – Alice logo levantou, com um sorriso bem estranho no rosto. – ‘Ajudar Jasper, sabe? Ele me falou que não é lá muito bom de enxergar no escuro!’

 

‘Oh, é mesmo Jasper?’ – Esme indagou, encarando seu atual genro.

 

Ele olhou para a namorada, que agora se agarrava em seu braço. Ah! Alice danadinha! Já sabia o que ela queria dizer com isso!

 

‘É!’ – Ele concordou, desviando da expressão de Esme. – ‘Sempre me esqueço de ver uns óculos, sabe?’

 

‘Sei... ’ – Não gostei nada, nada do tom que Esme usou.

 

‘Vamos andando!’ – Carlisle suspirou, botando todos para se mexer.

 

Como só havia uma lanterna, essa ficou conosco. E já que Carlisle e seus filhos conhecem a casa com a palma da mão (pelo menos eu acho) não precisavam de luz para essas coisas. Edward foi o único não subiu a escada, sumindo pela escuridão dos corredores. Graças a Deus! Quanto mais longe de mim, melhor!

 

 

 

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EMMETT CULLEN #

 

 

Eu sou macho, muito, muito macho! MUITO MESMO RAPÁ!

 

Medo de escuro? Já passei dessa idade há muito tempo! Isso aí é coisa para frutinhas e bichas, não para um macho como eu! Cara, isso sim eu posso pensar que é ridículo!

 

Bem, mas, só pra prevenir, antes de abrir a porta do meu quarto olhei para todos os lados possíveis dos corredores. Nunca se sabe quando eu posso ser atacado por um ET ou coisa assim. NÃO QUE EU ESTEJA COM MEDO DO ESCURO! NUNCA!

 

Nossa. Esse escuro está muito escuro... daqui a pouco minhas pernas começam a bambear e... BAMBEAR?! MEU NOME NÃO É BAAMBI!

 

Respirei fundo, colocando a mão na maçaneta da porta sendo iluminada pela fraca luz do meu celular. Calma Emmett, calma...

 

‘Hei Emmett! Achou alguma coisa?’

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’

 

Virei para trás, a cara tosca de Jasper também iluminada pelo seu celular. MEU DEUS! COMO O BICHO ERA FEEIO!

 

‘QUE MERDA, JASPER! QUER ME MATAR É?!’

 

‘Ta bom, desculpa! Mas não precisa desse exagero todo sabia?’

 

Fiquei calado. Agora está na hora de pensar, Emmett! Ai, isso dói muito!

 

‘Não vai me dizer que está com medo?’ – Ele começou a rir, e eu logo cruzei os braços. – ‘Depois sou eu o frutinha! Olha pra você, quase mijando nas calças de medo! Se manca Emmett!’

 

‘E-Eu? NÃÃO!’ – Alô?! Será que não está na cara que eu NÃO TENHO MEDO? – ‘Não gosto que homem chegue por trás de mim! Só isso!’

 

‘Algum problema aí em cima? ’ – Esme perguntou, com certeza se apoiando no braço da escada. Ta aí uma coisa que eu ainda não entendo: se a escada não é viva, por que ela tem braço?

 

‘Não, não! Foi só um susto!’ - Jasper comentou, abafando o riso. – ‘Assim que encontrarmos alguma coisa descemos, está bem?’

 

‘Ta! Não demorem muito!’

 

‘Okay!’ – Meu irmão respondeu por fim, me olhando de cima a baixo.

 

‘Que foi? Ta querendo me comer, é?’ – Abri a porta do meu quarto, olhando ainda para Jasper, sem vontade nenhuma de encarar aquele escuro... – ‘Vai fazer isso é com Alice, isso sim!’

 

‘Dá pra calar a boca?!’ – Ele grunhiu, comemorando comigo mesmo por ter saído da minha situação desagradável! EU SEI QUE SOU O CARA!

 

‘Cara, essa é a tua chance!’ – Virei Jasper de costas para mim e empurrei-o para frente. – ‘Vai lá cara, AFOGA ESSE GANÇO!’

 

‘Entra logo nesse quarto e procura uma lanterna!’ – Ele me ordenou, quase tropeçando no corredor. – ‘AI!’

 

‘Camisinha no criado mudo ta?’ – Falei por fim, rindo da patetice do coitado. Depois Emmett que é besta!

 

E só agora havia me dado conta de que estava ali, no meio daquele corredor vazio e escuro... Ô! NUM COMEÇA RAPÁ! TU ÉS MAAACHO!

 

Acendi a luz do celular, tentando iluminar ao máximo o chão. AI MAMÃE! ME PROTEGE!

 

 

 

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JASPER CULLEN #

 

 

Até quando eles vão ficar me enchendo? Será que não percebem que eu nem gosto dessas brincadeiras?!

 

Suspirei, apertando no botão do celular para iluminar o caminho de volta para meu quarto, onde... ahm... Alice estava. Não é pra pensar nenhuma besteira, PELA MORDE DEUS! Como se eu fosse fazer algo com ela! Haha, que ridículo!

 

Entrei no quarto, a luz fraca de meu aparelho focando a linda garota sentada em minha cama, vasculhando a gaveta do criado mudo. Ela arqueou a sobrancelha, erguendo cartelas de camisinhas. MEU DEUS! O QUE ESSAS COISAS ESTÃO FAZENDO AÍ?!

 

Uma palavra: Emmett.

 

‘Isso definitivamente eu não esperava. ’ – Ela comentou indiferente. AAAH MERDA!

 

‘E-Eu não sei como essas coisas pararam aí, e-eu juro!’ – Tentei me defender, tendo em mente que Emmett iria ser morto por mim lenta e dolorosamente. – ‘Por favor, não pense que eu sou algum... ’

 

‘Safado? Isso nem me passou pela cabeça, amor!’ – Ela se levantou, vindo até mim. – ‘Sei que nunca seria capaz de qualquer coisa desse tipo pra me machucar!’

 

Respirei aliviado enquanto Alice passava as mãos para minha nuca, acariciando o local com os dedos. Os arrepios começaram, me deixando impaciente.

 

‘Que tal... começarmos a usá-las, hein?’ – Não tive certeza nenhuma se meus ouvidos estavam escutando direito. ELA FALOU ISSO MESMO?!

 

Queria perguntar, mas fui calado bem antes por Alice. Em meio a escuridão ela me beijava, puxando levemente minha camisa para mais perto de seu corpo. Nunca me passou um nervosismo tão grande como agora, e precisava lutar contra ele.

 

Essa era a hora. ESSA ERA A HORA!

 

 

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ROSALIE HALE #

 

 

Droga! Por que diabos eles estavam demorando tanto?

 

Eu, Bella e Esme. As únicas presenças vivas no meio daquela sala enorme e só não escura por causa da lanterna acesa no meio de nós. Era tão difícil assim a luz acender agora?

 

Bem, querendo ou não, eu tinha minhas perguntas para fazer a Bella. E ela me responderia, custe o que custar.

 

‘Quem diria hein? O maior sol lá fora e agora... ’ – Minha mãe suspirou, acompanhada por uma trovoada vinda de fora da casa. – ‘Praticamente um dilúvio!’

 

‘É. Nunca acreditei que aqui pudesse ter o clima de louco que todo mundo fala, parece que é verdade!’ – Bella mexia na lanterna, tentando encontrar um modo de deixá-la mais forte.

 

Eu sei que era errado mas... estava começando a pegar raiva da cara dela. Durante as últimas semanas Bella andava estranha, e agora, praticamente agrediu meu namorado! Não dava pra deixar de lado a raiva que ela sentia por Edward sem razão aparente, e eu não ia deixar que uma garota estragasse meu relacionamento com ele. E não ia MESMO!

 

‘Ta legal Bella, isso nós já entendemos. ’ – Fui curta e grossa, deixando-a impressionada com minha atitude. – ‘Agora fala. Por que você agrediu o MEU Edward?’

 

Ela ficou calada assim como minha mãe, tão surpresa quanto Bella. Dane-se se eu ouviria de Esme depois, o que importava era porque diabos a anta da minha amiga fez aquilo com ele.

 

‘Bom... é que... bem eu...’ – Ela começou, olhando para todos os lados possíveis. Bella então fixou sua vista em mim, falando rápido demais. – ‘RATO! U-Um rato!’

 

‘Rato?’ – Indaguei, sem entender. – ‘Como assim?’

 

‘É-É! Eu vi um rato enorme passando por aqui! Aí então pedi ajuda para Edward! Ficamos caçando ele a casa toda, e o danado parou na beira da piscina e, quando nós tentamos matá-lo, acabamos caindo nela!’

 

‘Isso explica porque vocês apareceram aqui dentro ensopados. ’ – Esme completou ainda meio confusa. – ‘Então porque você bateu nele?’

 

‘B-Bem... o rato simplesmente entrou na calça dele!’ – O MEU DEUS! QUE HISTÓRIA É ESSA?! – ‘Coitado! E o bicho não saía de jeito nenhum! Foi aí que eu tive que chutar bem no... ahm... a Esme sabe!’

 

 ‘ESSA FOI A COISA MAIS ESCRO... ’ – Pro meu azar fui impedida. Porque o palavrão iria sair!

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! MAMÃE! MAMAAAAAAAAAAÃE! ME AJUUUDA!’

 

Reconheci o grito na hora. Oh meu Deus, ninguém merece isso! Essas coisas só acontecem quando eu tenho um assunto muito sério pra resolver, só pode! Parece que , infelizmente, vou ter que deixar isso pra depois. BEEEM DEPOIS!

 

‘O que foi isso?’ – Revirei os olhos, tendo só uma pessoa na cabeça: o burro do Emmett.

 

‘Não é nada de mais, mãe. ’ – Levantei, suspirando com a mão na cintura. – ‘Eu vou lá ver, fiquem aqui. ’

 

‘Eu vou com você. ’ – Minha mãe também saiu da poltrona. – ‘Você não vai sozinha lá pra cima. ’

 

‘Ei! Ei!’ – Bella foi a última a sair. – ‘Vocês não vão me deixar aqui sozinha né?’

 

‘Alguém tem que esperar os meninos aqui. ’ – Esme foi até ela, cochichando alguma coisa em seu ouvido. Bella não gostou muito do que escutou. – ‘Vamos lá em cima, mas já voltamos, tudo bem?’

 

‘Ta bem. Eu espero. ’ – Ela disse, os olhos em minha mãe. – ‘Cuidado hein?’

 

‘Esse é o meu nome do meio!’ – Esme respondeu, toda sorridente. – ‘Não se preocupe Bella, voltaremos logo! Quando menos esperar, está bem?’

 

‘Nossa, isso me deixou tão feliz!’ – Bella falou, sendo irônica. -  ‘Subam logo!’

 

Nos despedimos e rumamos para a escada, minha mãe um pouco apressada do que o normal.

 

O que estava acontecendo aqui?

 

 

 

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BELLA SWAN #

 

 

Ai maravilha. Agora eu estou aqui, sozinha, só com meu celular como luz. Dava pra ficar pior?

 

Bem, se não aconteceu nada até agora, parece que a resposta é não. Por que essas duas tinham que pegar a lanterna, hein?

 

Já que estava totalmente isolada aqui nessa sala, finalmente chegava a hora de pensar na tremenda besteira que havia dito. Só uma pessoa que tinha merda na cabeça poderia dizer tamanha asneira! Numa casa dessas, como ia ter UM RATO AQUI?!

 

Agora a burrada já estava feita, e eu não podia fazer nada. E, o que não era novidade nenhuma, Rose não havia acreditado, estava mais que estampado na cara dela. Eu ainda estava ferrada! Mas, pelas coisas que ouvi a pouco, não sou a única por aqui.

 

Estava mais do que claro a intenção de Alice naquele momento, e agora com certeza o casalzinho já haviam colocado as coisas em “prática”, se é que me entendem! Nossa, não me sinto bem falando dessas coisas! Sério! Mas, coitada de Alice, para seu azar, a felicidade acabaria logo.

 

Esme me disse alto e claro “minha Alice está em perigo, vou tirá-la de lá antes que cometa um erro!”. Que erro, gente? Não vejo mal nenhum em... ahm... fazer aquilo com o namorado, não é?  Afinal, eles se amam e ponto! Eu apoio totalmente!

 

Bem, mas parece que Esme não era muito a favor da filha perder a virgindade.

 

Eu iria ajudá-la, porém não agora. Estava com problemas maiores, bem maiores! Afinal, não é todo o dia que você sente vontade de matar no namorado da sua melhor amiga ou, até pelo jeito que as burradas estão andando, ex-melhor amiga e ao mesmo tempo sentir um desejo estrondoso pelo safado. É uma coisa SUPER NORMAL de acontecer! Nossa, já passei isso por milhares e milhares de vezes, tantas que perdi até a conta! Não se preocupem, minha experiência me dirá o que fazer, não preciso de conselho de ninguém, sabia?

 

PELA MORDE DEUS! ALGUÉM ME AJUDAAAA! EU ESTOU PIRANDO AQUI!

 

Levantei da poltrona novamente, me espreguiçando em meio ao escuro. Assim que estalei meus braços percebi minha boca seca, eu precisava de um copo d’ água! Mas, será que eu vou? Bem, meu celular tem luz, é só seguir pelo corredor, não é?

 

Em questão de segundos o aparelho já estava na mão. Comecei a andar, a pequena luz do celular iluminando o chão por onde eu pisava. Espero que pelo menos eu esteja no caminho certo, porque se perder aqui dentro é um cúmulo!

 

Mas, pensando bem, eu não tenho direito nenhum de reclamar daqui. Me acolheram com tanta alegria, sem mesmo mal me conhecerem! Carlisle era uma ótima pessoa, Emmett muito legal e engraçado, Jasper sempre tímido e simpático e... Edward, safado e idiota. Era assim que eu o via. Era.

 

E agora, eu estava totalmente confusa em relação a ele. Uma hora o enxergava como a pior pessoa do mundo, enquanto na outra se tornava o garoto mais legal e gentil que já havia conhecido. Era completamente estranho pra mim, mas, tudo o que se passava na minha cabeça só rodava em volta de uma pessoa: Edward.

 

Só de lembrar o que aconteceu no quarto dele me causava arrepios, e dei graças a Deus por não estar perto dele naquele momento. Não sabia o que seria capaz de fazer com tão proximidade! Imagina só o que nisso iria terminar! Não. Pensando bem não precisa fantasiar!

 

Olhei para baixo, subitamente a luz de meu celular havia apagado. Ah não! ISSO NÃO!

 

 O sacudi com todas as forças, apertando tudo quanto era botão daquela coisa. Não! Não faz isso comigo! EU PRECISO DE VOCÊ! NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

 

Droga! Meu Motorola morreu! MA-RA-VI-LHA!

 

‘Dava pra ficar pior?!’ – Perguntei para mim mesma, guardando o bendito no bolso. – ‘Obrigada pessoal de cima! Vocês realmente são MUITO LEGAIS comigo!’

 

Eu sabia que não daria em nada reclamar sozinha, só alimentando a ideia de que pudesse ser doida ou coisa parecia. Decidi então parar com a ladainha, pregando-me na parede e me arrastando por ela. Assim pelo menos eu saberia na hora de dobrar, né?

 

Estava perdida, e espero que isso não seja surpresa pra ninguém. Vai, pode falar de mim! Sou uma anta mesmo por não ter carregado a merda do meu celular, pronto falei! Não estou em um dos meus dias bons, me deem uma folga!

 

Ta legal. desculpa.

 

Agora eu já estava um pouco mais segura, só passando os dedos na parede. Dobrei uma última vez, percebendo que não havia mais concreto ali. Bom, parece que cheguei! Digue lá, sou ótima! Ta, parei.

 

Mesmo assim continuei a seguir com os braços esticados, na tentativa de me manter mais equilibrada. Se enxergando os lugares eu já despencava no chão, imagina no escuro! Pensando melhor isso é outra coisa que é melhor não imaginarem.

 

Passei então as pernas mais a frente, verificando se havia algum obstáculo perto de mim. Maravilha! Não tinha nenhum! Agora eu estava livre para andar normalmente e sem ter risco de cair. Certo?

 

Não. Errado.

 

Mal dei dois passos finalmente tranquilos que, do nada, já havia pisado em algo. Para meu azar, foi uma coisa molhada. Um pano molhado pra ser mais precisa. MEU DEUS! QUEM DEIXOU ISSO AQUI?!

 

‘AAAAAAAAAAAAH!’ – E lá fui eu escorregando em cima daquele pano. Agora eu sei como os surfistas profissionais se sentem! Tinham que ter um equilíbrio anormal pra conseguir aquelas curvas super legais que davam nas ondas. É, eu não tenho jeito pra coisa!

 

Naquele exato momento eu presenciei dois pontos: um positivo e outro negativo. O primeiro era que não fiquei muito tempo em cima do pano escorregando pra lá e pra cá, e o segundo era simplesmente eu havia batido bruscamente em uma porta. Como eu sei que é uma porta? Perdi a conta de quantas vezes já dei de cara em uma, então, está respondido.

 

Pra minha surpresa ela estava aberta. Adentrei no território desconhecido, caindo de peito no chão. AAAAAAAAAAAI! COMO ISSO DOOOI! Como é que os caras do vôlei conseguem suportar uma coisa dessas?! Não dá pra acreditar, sério!

 

Completando minha queda, o pano ainda foi parar em meu rosto. Meu Deus! QUE CHEIRO ERA AQUELE?! De imediato tirei aquele fedor de perto, por fim esticando minhas pernas que bateram perfeitamente na porta, fechando-a. Bem, acho que não dá pra ficar pior, né?

 

‘AH DROGA!’ – Tomei um susto com a voz, que não era a minha. Tinha mais alguém aqui?! – ‘Por favor, não me diga que você fechou a porta!’

 

‘Edward?!’ – O reconheci, a luz fraca vinda de fora através da janela clareando o local. AAAH MELECA! – ‘O que você ta fazendo aqui?!’

 

‘Responde. ’ – Ele pressionou a parte de cima do nariz, sem me encarar. – ‘Você fechou a porta?’

 

‘Acho q-que sim. ’ – Engoli seco, temendo ele dizer o que eu estava pensando. – ‘P-Por quê?’

 

Edward virou de costas, suspirando pesadamente. Foi então que ele socou a prateleira ao seu lado, fazendo-a balançar e quase ir ao chão. Ta legal, acho que já é uma boa hora para ter medo dele agora! Encarando-me novamente ele bufou, franzindo o cenho em reprovação para a certa besteira que, nos motivos dele e pela cara, foram as piores possíveis.

 

‘A porta é elétrica. Parabéns Bella! Agora estamos presos aqui!’ – Ele respondeu, passando a mão nos cabelos.

 

Veio o silêncio e junto com ele, minha confusão. Se Carlisle não tivesse aparecido da última vez, eu provavelmente estaria me mutilando ou até mesmo querendo me suicidar! Agora, aqui estou eu, presa com ele pela segunda vez CONSECUTIVA! ISSO É QUE É SACANAGEM!

 

‘AH DROGA!’ – Exclamei, botando as mãos na cara. POR QUE ESSAS COISAS SÓ ACONTECEM COMIGO?!

 

 

 

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ROSALIE HALE #

 

 

‘Esme, o que realmente você está fazendo aqui, hein?’ – Perguntei a ela, não vendo motivo algum para ter me acompanhado até aqui. – ‘Sério, é melhor você descer!’

 

‘Ah, sinto muito filha, mas.... eu simplesmente não posso.’ – Respondeu, olhando para os dois lados do corredor. – ‘Em que direção fica o quarto do Jasper?’

 

‘Direita. Final do corredor. ’ – Apontei, caindo a ficha um pouco tarde demais. – ‘ESPERA AÍ! Você NÃO VAI LÁ!’ 

 

‘Eu não quero perder meu bebê!’ – Antes que minha mãe avança-se eu a segurei, virando-a para me encarar. Meu Deus! Isso já é covardia! – ‘O quê?’

 

‘Então era isso que você havia falado com Bella antes de subirmos? Por isso é essa pressa toda?’

 

Ela ficou calada, só confirmando meus pensamentos. Meu Deus, era um absurdo! A mesma coisa que já havia acontecido comigo! Ela precisava parar! URGENTE!

 

‘Mãe, eu não acredito que você vai fazer o que estou pensando!’ – Sei que não era uma boa ocasião, mas que se dane! Eu ri, e muito. – ‘Isso é loucura! Ela já passou da idade de continuar virgem!’

 

‘Nada disso! Ela é muito imatura para isso, não está pronta!’ – Aiai, coitada de Alice. – ‘Pensa que eu vou deixar acontecer a mesma coisa com você? Nunquinha minha filha, NUNQUINHA!’

 

‘Mãe, deixe ela em paz!’ – Continuava rindo, ainda mais com a careta de Esme! – ‘Jasper é um cara legal, vai cuidar dela!’

 

‘Sabia que eu nunca superei quando você disse que perdeu a sua virgindade? E ainda por cima, SEM ME AVISAR! Meu Deus! Precisava de permissão para isso, Rosalie!’

 

‘Mãe! Pare de drama!’ – Esme colocou a costa da mão na testa, com certeza relembrando do fato. – ‘Ela não é mais uma criança!’

 

‘Você não está com muita moral para reclamar disso, hein mãe? Afinal, você e Carlisle estão tendo um caso às escondidas de todos, não? ’

 

‘Por que você sempre gosta de ficar nesse assunto?’ – Ela suspirou, logo ficando séria. – ‘Rosalie Hale, é bom você me soltar agora!’

 

‘Mãe, isso é uma injustiça! Deixe Alice!’

 

‘É. Uma. Ordem. Obedeça. ’

 

‘Se ela desconfiar de algo, pode ter certeza que vai ficar muito braba. ’ – O que eu podia fazer? Por mais que eu quisesse ajudar, desobedecer minha mãe estava fora de cogitação! – ‘Faça o que quiser, mas tenha isso na cabeça. ’

 

‘As mães sempre têm razão, tudo bem?’ – A soltei, ela sabia o que fazer né? – ‘Encontro com você daqui a pouco. Me deseje sorte!’

 

‘Tchau mãe. ’ – E lá foi ela, saltitante pelos corredores. Sinceramente, às vezes minha mãe sabia o modo exato de me deixar com medo. Também, com esses tipos de reações, não tinha como não ficar apavorada! – ‘Ai Meu Deus, juízo!’

 

Só havia me dado conta de que ela tinha levado a lanterna minutos depois. Maravilha, agora fiquei no escuro! Pior do que isso não dá pra ficar, dá? Suspirei, seguindo o lado oposto ao que minha mãe pegou.

 

Esme sempre foi do tipo protetora. Bem, mas quando estamos falando da Sra. Hale, tudo é em exagero. Muito amor, muita proteção, muito carinho... enfim, tudo MUITO. Ela iria exatamente fazer tudo o que tentou comigo, restringindo todos os meus atos. Alice agora vai ter que aguentar se quiser manter um relacionamento de verdade com Jasper, porque não vai ser nada fácil “aprofundar” as coisas com Esme por perto.

 

Sem muitos problemas, finalmente cheguei aonde queria: a porta do quarto de Emmett. Que bom que tenho uma boa memória fotográfica, porque senão estaria perdida! Que foi? Sou loira, mas de burra não tenho uma grama, ta? ENGOLE ESSA! HAHAHA!

 

Eu podia ouvir os gemidos do lado de dentro do quarto, estando mais do que na cara: Emmett estava mesmo dentro do cômodo. Havia alguma coisa lá que o estava apavorando, isso não era surpresa pra mim, conhecia aquele palerma com a palma da minha mão! Suspirei, a mão já localizada na maçaneta da porta. Por mais que ele tenha pose de durão, Emmett não é capaz de esconder algo de mim, nunca isso iria acontecer.

 

Virei a maçaneta, empurrando a porta para frente. Ai Deus, o que aconteceu agora? É tão difícil assim conseguir uma lanterninha só no quarto dele? Pensando bem é sim, pois não se acha nada dentro daquela caverna que ele chama de quarto!

 

‘Emmett?’ – Sussurrei seu nome, antes de entrar no lugar.

 

 

 

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ESME HALE #

 

 

Parei em frente à porta, só pode ser esta. Ai Meu Deus, será que eu cheguei tarde de mais?

 

Nenhum homem iria causar danos na minha pura e inocente Alice! Isso sim é um absurdo, já que ela não tem idade para essas coisas! Imagina se eu vou permitir um trauma desse tamanho na minha vida? NUNCA!

 

‘Vai! Mais... fundo!’ – Quase caí para trás com o que tinha acabado de ouvir. Espíritos vivem nessa casa?! – ‘V-Vai! ’

 

‘Assim?’

 

‘Mais! Mais!’

 

Por favor, não me digam que essas coisas de baixo calão estão vindo direto do quarto onde simplesmente eu estava plantada. MEU DEUS! EU VOU MORRER! ESTAVA VINDO MESMO DAQUELA PORTA!

 

‘Quase... quase...’

 

‘Isso... agora... VAI!’

 

A mão aonde eu segurava a lanterna tremia, a outra estava na maçaneta relutante para abrir. O que diabos eles estavam fazendo?! Não, isso não. Tudo MENOS ISSO! Carlisle que me perdoe, mas eu vou matar Jasper, LENTA E DOLOROSAMENTE! Não aguentei mais, girando a maçaneta e empurrando a porta.

 

‘PAAAREM! PAAAAREM JÁ!’ – Praticamente berrei, a madeira da entrada batendo com todas as forças na parede. – ‘O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?!’

 

‘M-Mãe!’ – Apontei a lanterna para ela, que estava de joelhos na cama. AAAH NÃO! JOELHOS NÃO! – ‘O que você está fazendo aqui?!’

 

‘ACHEI!’ – Jasper subitamente saiu debaixo da cama, erguendo uma lanterna idêntica a que eu segurava. – ‘Ai, finalmente! Estava quase sufocando aqui dentro! Esme? Onde estão as garotas?’

 

‘O que significa isso?  Vocês não... ’

 

‘Mãe, aconteceu alguma coisa?’ – Alice arqueou a sobrancelha só para piorar ainda mais minha situação. - ‘Eu estava ajudando Jasper a encontrar a lanterna embaixo da cama. Você devia estar com as meninas!’

 

‘N-Não é que... ’ – Engoli seco, querendo mais que tudo enfiar minha cabeça em um buraco bem fundo. – ‘Vocês estavam demorando muito, então eu vim aqui ver se precisavam de alguma coisa!’

 

‘É que no escuro tudo fica mais complicado!’ – Jasper riu, batendo em suas roupas para tirar a poeira. – ‘Agora só falta achar as pilhas e pronto!’

 

‘Ah! Então eu quero ajudar vocês!’ – Suspirei, me pondo no centro do quarto. – ‘Afinal, quanto mais pessoas melhor!’

 

‘Mãe, você quer mesmo deixar Bella e Rose sozinhas?’ – Não adianta, vou ficar e pronto! Ela ainda vai me agradecer por isso! – ‘Não precisa! Nem vamos ficar aqui por muito tempo e... ’

 

‘Eu insisto!’ – Preciso vigiar esses dois, custe o que custar. – ‘Acharemos mais rápido assim! Espero não estar incomodando!’

 

‘N-Não Esme! Que isso!’ – Jasper coçou a cabeça, expressando estar nervoso. – ‘Você pode começar a procurar no closet, por exemplo!’

 

‘Tudo bem então!’ – Sorri vitoriosa. – ‘Alice, pode vir comigo?’

 

Ela olhou para mim incrédula, e eu logicamente fingi não prestar atenção. Ai, como é bom ser mãe!

 

‘Alice? Vamos?’

 

‘Ta mãe. ’ – Ela caminhou pesadamente até mim, rumando em direção ao que parecia ser o closet. Ai, que bom que cheguei a tempo! Ou, quem sabe, eles realmente não iriam fazer nada demais. Porém, precisava ter uma conversa com Jasper para deixar bem claro certas coisas.

 

Ninguém vai encostar nela. Nem mesmo o filho do homem que agora era dono de meu coração.

 

 

 

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ROSALIE HALE #

 

 

‘Você ta aí? Emmett? ’ – A claridade da janela ajudava na visão, pelo menos impedia de eu tropeçar em algo! Meu Deus, onde será que esse garoto sem cérebro se meteu?!

 

‘R-Rose? É você?’ – Ouvi a voz abafada dele, ainda não sabendo de onde vinha.

 

‘Não. Sou o bozó com voz de mulher!’ – Revirei os olhos, prestando mais atenção em suas palavras. – ‘Emmett, onde você está?’

 

‘A barra ta limpa?’ – Caminhei para mais perto da cama, onde a voz estava alta. – ‘Não tem nenhum monstro aí?’

 

Subitamente fiquei de joelhos no chão, olhando por fim debaixo da cama. Mesmo no escuro, conseguia muito bem enxergar as linhas do rosto dele, me encarando desconfiado. Ele enlouqueceu de vez, SÓ PODE! Que maluco se esconde ali? Meu Deus, isso aqui cheira a meia velha! URGH! QUE NOOOJO!

 

‘O que você está fazendo aí embaixo?’ – Perguntei incrédula com a cena. Só falta ele chupar o dedo na minha frente. O que, sinceramente, não duvidava muito. – ‘Monstro? Que palhaçada é essa? Bateu com a cabeça, foi?’

 

‘Ei! Não é fácil procurar as coisas no escuro, ta? Principalmente pra mim!’ – Ele tremeu, aos poucos saindo daquele buraco cheio de chulé. – ‘E você sabe muito bem disso, sua danada!’

 

Ah, é verdade! Quase havia me esquecido desse pequeno detalhe. Emmett, o mais velho dos irmãos Cullen, alto e todo bombadão, tinha simplesmente medo do escuro. Não dá pra acreditar, eu sei, porém é a mais pura verdade! Já houve uma vez em que estávamos numa aula de vídeo e o professor precisava apagar as luzes. Ele soltou um grito que mais parecia uma mulher! O meu tímpano que sofreu, ficando dolorido por mais de uma semana!

 

‘Sai logo daí Emmett!’ – Exigi, não aguentando mais aquele cheiro. Será que alguém consegue lavar essas meias? Credo, acho que não. – ‘Pare de agir feito criança!’

 

‘Se o monstro não estiver aí, eu saio!’ – É, parece que eu vou ter que entrar na palhaçada também!

 

‘Não tem nada aqui Emmett, pode sair.’ – Revirei os olhos, erguendo minha mão para ele.

 

‘Mesmo?’

 

‘Claro. Confie em mim!’ – Sorri ao ver que ele retribuiu, aceitando minha ajuda. – ‘Agora, me fala o que aconteceu pra você gritar daquele jeito. Fiquei preocupada até!’

 

Ele se calou, observando-me por um curto período de tempo com um sorriso bobo no rosto.  Desviei o olhar, envergonhada.

 

‘Foi o seguinte. ’ – Ele riu um pouco, coçando a cabeça. – ‘Eu estava procurando uma lanterna, até aí beleza, porque eu consegui me controlar. Mas do nada o abajur caiu e eu quase me urinei nas calças! Foi então que eu olhei pra baixo, um par de olhos vermelhos brilhantes e assustadores me encarando como se fosse me devorar! Berrei mesmo, e ainda me escondi na cama!’

 

‘Nossa, que história incrível!’ – Revirei os olhos, sendo totalmente irônica. – ‘Pelo menos você achou alguma lanterna?’

 

‘Ahm... ’

 

‘Não?’ – Arqueei a sobrancelha.

 

‘É!’ – Afirmou, Ai Meu Deus, eu mereço mesmo!

 

‘Foi o que pensei. ’ – Disse, fazendo-o coçar a cabeça mais uma vez. – ‘Melhor acharmos uma logo, antes que... ’

 

Barulhos de passinhos ecoaram no quarto, tanto Emmett quanto eu pulamos com o som. Isso sim foi bastante estranho! Talvez monstro não fosse, mas havia alguma coisa ali.

 

‘AAAAH! MONSTRO!’ – Emmett saltou, pousando bruscamente em cima da cama. – ‘ELE VAI ME COMER! TO MOOOORTO!’

 

‘Cala a boca Emmett!’ – Virei para ele, ouvindo o mesmo barulho novamente. – ‘Não tem essa história de monst... ’

 

Foi então que senti um leve peso em meus pés. Quando vi, me deparei com o mesmo par de olhos vermelhos que Emmett havia me falado, e só pra acrescentar a coisa não parava de fazer um barulhinho chato de “QUIIIIC! QUIIIIC!”. Engoli seco, com certeza ficando mais branca que parede de hospital.

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! UM RAAATO! UM RAAAAATO!’ – Gritei, pulando na cama também. Emmett se arrastou para a beira do móvel, eu atrás dele. – ‘QUE NOOOOOOJO!’

 

‘Barato? Como é que você pode PENSAR EM LIQUIDAÇÃO NUMA HORA DESSAS?! O que as mulheres têm na cabeça, hein? Caracas!’

 

‘MATA ELE EMMETT! MAAAAAATA!’ – Sem pensar duas vezes empurrei Emmett para fora da cama, pensando que ele poderia me salvar pelo menos uma vez na vida. E o filho da mãe não me puxou pelo braço? Merda! Lá fui eu ao chão também. – ‘AAAAAAAAAAAH!’

 

Ficamos em silêncio, esperando algum sinal daquela coisa mais que nojenta. Só me lembrei da última vez que falei com Bella, achando a desculpa dela um absurdo completo. E não é que ela tinha razão?! Ai meu Deus, eu fui uma besta de ter desconfiado dela! Droga, agora me sentia a pior pessoa do mundo!

 

 

 

MÚSICA:
http://www.youtube.com/watch?v=7Z2wTU8PONg&feature=related

 

 

 

‘Você o esmagou?’ – Perguntei, me arrepiando toda só de pensar no bicho totalmente em forma de panqueca atrás de Emmett. – ‘Ai credo! Eu é que não vou limpar esse troço!’

 

‘Acho que ele fugiu... ’ – Emmett disse por fim, encarando-me. – ‘Não tem nada nas minhas costas, pelo menos não estou sentindo nada!’

 

‘Uff. Isso é uma coisa boa!’ – Suspirei, sacudindo a cabeça. Odeio ratos, simplesmente são as coisas mais asquerosas e nojentas da face da Terra! Andam em esgotos, roem as coisas... Urgh! HORRÍVEL! SIMPLESMENTE HORRÍVEL! – ‘Se eu vir ele de novo, juro que desmaio!’

 

Ele ainda me fitava da mesma forma, e eu fiquei sem entender. Depois de tanto tempo, só agora percebi que estava em cima dele, minhas mãos apoiadas em seu duro e musculoso peitoral. Emmett podia ser um burro completo, mas o corpo dele era perfeito! Exatamente... o meu tipo. Involuntariamente, as palmas de minhas mãos começaram a sutilmente alisar o local, como se estivessem precisando fazer isso a todo o custo.

 

‘Como você está?’ – Emmett falou com expressão séria, botando sua mão levemente ao meu rosto. – ‘Parece meus músculos amorteceram sua queda, hein? ’

 

‘A-Ah! Me poupe!’ – Me afastei dele, encostando na cama. – Você já vai começar a falar do seu corpo agora?’

 

‘Eu sei que ele é demais!’ – Ele sentou-se ao meu lado, fazendo poses para mostrar os músculos. Ridículo! – ‘Gosta disso aqui gata? Todas gostam!’

 

‘Ai! Eu já vou descer!’ – Rumei até a porta, já não aguentando mais as graças dele. Será que ele nunca vai parar de ser imbecil? – ‘Não quero mais gastar minha saliva com você!’

 

‘E-Ei gata, espera!’ – Respirei fundo, virando lentamente em direção a ele.

 

‘O que foi?’

 

‘É que... eu queria te perguntar uma coisa...’ – Coçou a cabeça, me olhando meio cabisbaixo. Emmett subitamente havia mudado de comportamento, agora passando para uma expressão meio que... cuidadosa. Acho que eu estou ficando louca mesmo!

 

‘Sim, eu sou toda ouvidos!’

 

‘V-Você...’ – Ele engoliu seco, prosseguindo. – ‘Ficou mesmo preocupada comigo?’

 

‘Meu Deus, e por que não ficaria?’ – Me aproximei dele, rindo um pouco. – ‘Só eu sei que você tem medo de ficar sozinho no escuro, e... bem... quando ouvi seu grito lá de baixo... fiquei um pouco aflita por você.’

 

‘Obrigado, gata. ’ – Ele sorriu, logo vindo me abraçar ternamente. – ‘Você não precisava ter vindo aqui. Acho que já ta na hora de eu parar com essa palhaçada, né?’

 

‘Concordo plenamente!’ – Afirmei, retribuindo a carícia.

 

Nos separamos do abraço, a distância ainda sendo um pouco ousada de mais. Porém, eu não reagia da forma que esperava estando nessa proximidade com Emmett. Muito pelo contrário, agora me sentia... confortável. Talvez seja porque já tive esse tipo de intimidade com ele antes, quando estávamos “juntos”. Foi a época mais louca e feliz da minha vida!

 

‘Alguém já te disse que você é... linda?’ – Ele suspirou, aconchegando sua mão em meu rosto de novo, e desta vez minha cabeça tombou de lado, sentindo o carinho. Os velhos tempos passaram pela mente, cada um alimentando meu atual sorriso.

 

‘Pare com isso Emmett... ’ – Exigi trêmula, respirando rápido de mais. – ‘Por favor... ’

 

‘Eu sei que você não quer... ’ – Fiquei totalmente arrepiada quando sua mão deslizou até minha nuca, aproximando minha cabeça para mais perto dele.

 

Pela primeira vez depois de muito tempo, concordei com Emmett: eu não queria que ele parasse. Minha relação com Edward não estava boa, e sentia como se meu namorado tivesse me jogado em um canto qualquer e simplesmente esquecido. Por causa disso eu estava meio que carente e Emmett não estava ajudando muito agora. Pisquei duas vezes, vendo que era tarde demais para eu tentar me afastar.

 

E então seus grossos lábios tocaram os meus, calma e lentamente. De modo instantâneo, joguei meus braços em volta de seu pescoço, trazendo-o para mais perto de mim. Todas as memórias que eu tive com ele ficaram vivas de novo: o gosto de seu beijo, o jeito como ele puxava minha cintura contra a dele... como se não tivesse se passado praticamente um ano inteiro desde que nos separamos. Entreabri os lábios, permitindo passagem para aprofundar o beijo.

 

O que eu estava fazendo era o pior erro que podia cometer, mas agora não importava. Edward não cumpria seu papel direito, ele não me dava valor, não ficava comigo e muito menos prestava atenção em mim. Emmett era totalmente o oposto do irmão. Com esses pensamentos, deixei que ele me jogasse na cama, beijando fortemente meu pescoço enquanto rasgava minha blusa.

 

Subitamente ele parou, os olhos fixados em mim.

 

‘O... que foi?’ – Perguntei ofegante.

 

‘Gata... você faz... muita saudade...’ – Respondeu, na mesma situação que eu. Ele me beijou de novo, desta vez se concentrando em meu busto. Suspirei alto com isso. – ‘Rose... eu te am...’

 

Calei seus lábios com um beijo antes que ele estragasse tudo. Mas, as palavras quase pronunciadas altas e claras fizeram meu coração pular em resposta, querendo mais que tudo retribuir com o mesmo ardor que Emmett expressava. Ser amada é a melhor coisa do mundo.

 

E era disso que eu precisava, ser amada.

 

Naquele momento, minha vontade finalmente estava sendo saciada. Mas, eu desta vez sentia algo diferente crescendo dentro de mim, sendo incapaz de poder explicar. Vou aproveitar o momento, isso eu deixo pra depois.

 

 

 

 

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EDWARD CULLEN #

 

 

‘Bella, pare de fazer isso. Vai acabar se machucando pra valer. ’

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’

 

Essa já era a vigésima quarta vez que a via ir de encontro contra a porta. Sabia que não adiantaria nada que ela fizesse, ainda estaríamos aqui dentro até a luz retornar. Pra ver como o mundo dá voltas!

 

‘Merda!’ – Ela xingou, caindo no chão. – ‘Por que essas coisas só acontecem comigo?’

 

‘Você acha que está sendo agradável ficar aqui dentro com uma maluca histérica?’ – Suspirei, não tendo certeza do que dizia. – ‘E nem por isso estou reclamando. Aceite o fato de que estamos aqui e não vamos sair tão cedo!’

 

‘Não!’ – Ela levantou-se novamente, a expressão nervosa. – ‘Aqui com você eu não fico!’

 

E lá foi ela de novo, desta vez batendo estrondosamente contra a porta. O barulho me fez saltar de onde eu estava, levantando para ir ajudá-la. Caída no chão, Bella segurava seu braço com cara de dor, sem sequer dar um grito para amenizar sua situação. A preocupação veio, e minha mente já vagava pelo pior.

 

‘Você está bem?!’ – Ergui Bella com cuidado, vendo-a gemer um pouco. – ‘Por acaso ficou doida?! É tão difícil escutar o que eu digo pelo menos uma vez na vida?!’

 

‘Cala... a boca!’ – Ela falou entre ranger de dentes, soltando levemente seu braço. – ‘Não foi nada de mais, pode me soltar agora... ’

 

‘O quê?! Você é totalmente louca mesmo!’ – Ri, carregando-a em meus braços. O choque entre nossas peles criando arrepios em mim. – ‘Eu vou te examinar, e não pense em me impedir. ’

 

Ela ficou em silêncio, envolvendo meu pescoço com os braços para permitir que eu finalmente a erguesse direito. Bella podia ser cabeça dura, mas sabia à hora exata de parar com a teimosia quando precisava de ajuda. Era engraçado, porque eu agora sou a única ajuda que ela pode conseguir no momento. Tinha que admitir, isso sim era uma ironia completa!

 

A coloquei no chão, encostada em uma das imensas prateleiras cinza e meio empoeiradas do sótão. Tentei arduamente posicioná-la de modo confortável, não queria que ela sentisse dor. De alguma forma, aquilo me afetava também.

 

‘Muito bem. Se você parar de ser teimosa e fizer o que eu digo, tudo vai ficar bem, okay? ’ – Eu disse, sorrindo ao ver sua cara emburrada. – ‘Vamos lá, deixe de ser assim!’

 

‘Eu já concordei! Pare de me amolar!’ – Ela virou o rosto, evitando me encarar. – Do contrário eu teria te batido há séculos!’  

 

‘Nossa, como você é agressiva!’ – Comentei, levantando lentamente seu braço machucado. – ‘E olha que eu não fiz nada.’

 

‘Naquela hora você fez. ’ – Disse, certamente lembrando-se da última vez em que eu... bem... havia a tentado. – ‘E mereceu. ’

 

‘Tente esticar seu braço. ’ – Falei, e ela o fez. O pior de tudo é que eu sabia que Bella estava certa, não podia ter feito aquilo com ela. Por Deus, sou namorado da melhor amiga dela! Podia ser o maior safado do universo, mas ainda sim restava um pouco de juízo em mim. – ‘Ótimo. Agora tente dobrá-lo. ’

 

‘Ai!’ – Ela reclamou, mordendo os lábios. – ‘Devagar aí, ta?’

 

Não me controlei, rindo de seu comentário. Meu Deus, como ela é inacreditável! Me fazia rir até numa situação dessas! Bella se emburrou, e eu me abri mais ainda na gargalhada.

 

‘Você me paga, Edward. Minha desgraça não tem nada de engraçado!’ – Droga! MINHA BARRIGA ESTÁ DOENDO! – ‘Você gosta mesmo de pedir pra apanhar, não é?’

 

‘Não se preocupe, seu braço vai ficar bom. ’ – Respirei fundo, parando finalmente de rir. – ‘Só foi uma batida de mau jeito, agora fique quieta e não faça mais nada, tudo bem? ’

 

‘Parece que não tenho outra escolha, não?’ – Suspirou, encostando sua cabeça na prateleira. – ‘Você era a última pessoa que eu queria que estivesse aqui comigo. ’

 

‘Uou. Isso me deixou chateado!’ – Ironizei, revirando os olhos. – ‘E me permita adivinhar, tudo isso porque você me odeia?’

 

‘É. Isso mesmo. Eu te odeio. ’ – Seus olhos chocolate foram cobertos por suas pálpebras, impedindo-me de admirá-los. – ‘É muito desconfortável ficar perto de você.’

 

‘Eu diria que não se sente desconfortável. ’ – Falei, sutilmente me aproximando dela. – ‘E sim... atraída. ’

 

‘Ah! Pela morde Deus, de onde você tirou isso?! ’ – Aposto meu Volvo prata que ela ficou nervosa com minha observação. – ‘Eu? Atraída por você?! Eu tenho namorado, muito obrigada!’

 

‘E como ele é?’

 

‘Ele é meigo, cuidadoso, bonito... ’ – Ela finalmente me olhou, séria. – ‘E principalmente NUNCA seria capaz de me trair. Como VOCÊ fez!’

 

‘Que foi? Vai me culpar agora por ser homem agora?!’

 

‘Você se acha homem por trair Rosalie?!’ – Ela se impressionou. – ‘Meu Deus. Você é um monstro. ’

 

‘Eu não quis dizer isso!’ – Retruquei, ficando nervoso. Droga! Odeio quando ela não entende o que eu falo! – ‘É que... eu só não achei a pessoa certa. Ainda. ’

 

‘E por causa disso você se vê no direito de botar imensos pares de chifres em Rosalie?’ – Bufou, só não me batendo por causa do braço. – ‘Então por que você está com ela? Pra sentir o gostinho de ter uma garota a seus pés?!’

 

‘Vou ser sincero com você. Só porque ninguém vai acreditar no que disser. ’ – Nosso semblante tornou-se sério. – ‘Rosalie é uma das garotas mais bonitas que já vi em toda minha vida. E não quero deixá-la escapar assim. ’

 

‘COMO É QUE É?!’ – Ela gritou, e eu não a impedi. – ‘VOCÊ PENSA QUE PODE FAZER AS PESSOAS ASSIM? COMO SE FOSSEM UM TROFÉU A SER MOSTRADO?! POR ACASO VOCÊ NÃO TEM CORAÇÃO?!’

 

‘Primeiro: abaixe esse tom, eu não estou gritando com você. Segundo: Você acha mesmo que não tentei gostar de Rosalie?’ – Ela se calou, me olhando de canto. – ‘E ainda tento, só que... ’

 

‘Só que? ’

 

‘Há... uma coisa que está me atrapalhando um pouco...’ – Disse, por fim me perdendo naqueles olhos castanhos, iluminados pelas trovoadas do lado de fora da casa.

 

 

 

MÚSICA:
http://www.youtube.com/watch?v=K8Mz_kyRlWY&feature=PlayList&p=844C3E69A04008CC&playnext=1&playnext_from=PL&index=2

 

 

 

 

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BELLA SWAN #

 

 

Juro que perdi o ar por longos segundos quando aquele olhar dourado pousou em mim. Eu não tinha mais a mínima ideia do que estava sentindo. Antes era raiva, agora... era incapaz de descrever. Mas, de um jeito muito esquisito, eu sabia que ele estava sendo sincero comigo, mesmo não tendo motivos para isso.

 

‘O que é? Mulheres de mais no seu pé?’ – Perguntei com muito custo. – ‘Não vejo como isso pode ser um problema... ’

 

‘Não. ’ – Ele respondeu, seu olhar mais intenso que antes. – ‘Bem, mais ou menos. ’

 

‘Você precisa é se apaixonar, isso sim!’ – Disse, fazendo-o rir. – ‘Aí vai aprender de uma vez por todas a nunca fazer isso com as pessoas. ’ 

 

‘É verdade... ’ – Ele se aconchegou na prateleira, encostando seu ombro no meu. – ‘Acho que... nunca senti esse tipo de coisa por ninguém.’

 

‘Bom... pra tudo tem uma primeira vez, não?’ – Indaguei, dando de ombros. Ele sorriu. – ‘Esse é o meu ponto de vista. ’

 

‘Mas, talvez eu já tenha sentido algo próximo a isso. ’ – Disse, fechando os olhos enquanto suspirava. Acho que estava relembrando. – ‘Há muito tempo atrás, quando ainda morava em Forks.  Eu... gostava muito de uma garota, mas era um completo retardado para chegar nela. Tinha um amigo que sempre incentivava a isso, só que... acabei pegando ele com a garota. Na verdade, não sei como considerava ele meu amigo, já que sempre buscava novas formas de me humilhar na frente de todos. ’

 

‘Que tipos de humilhações?’ – Arrisquei, já sabendo que não teria resposta.

 

‘Brincadeiras de mau gosto, de todos os tipos. Tantas que nem consigo dar exemplo!’ – Ele riu sem humor. – ‘Apanhei muito para ser o que sou agora, mas eu precisava mudar. Estava cansado de ser humilhado. ’

 

‘Edward... ’ – Seu nome causou estranhas sensações em mim. – ‘Por que você me contou tudo isso?’

 

‘Só acho que, mesmo com nossas desavenças, eu... ’ – Ele sorria ternamente, fazendo meu coração saltar. – ‘sinto que não sou capaz de esconder nada de você, Bella. Tenho certeza que posso confiar em você. ’

 

‘Por que... eu?’ – Eram tantas perguntas que até se perdiam em minha mente.

 

‘Boa pergunta. ’ – Ele riu um pouco, me olhando intensamente de novo. Meu Deus do céu, faça-o parar com isso! Está me deixando LOUCA!

 

‘É... parece que sim...’ – Ficamos calados por um tempo, quebrando o silêncio com risadas envergonhadas.

 

‘Então... você tem namorado, não? Você o ama?’

 

‘Não... Ahm... QUER DIZER... SIM! SIM!’ – Fiquei nervosa, pois havia me perdido o admirando. – ‘Senão eu não estaria com ele, né?’

 

‘Você fala uma coisa, mas seu rosto diz outra. ’ – Ele sorriu torto, aproximando-se de mim. – ‘Parece que não está tão certa sobre isso. ’

 

‘C-Claro que sim!’ – O que será que ele estava querendo dizer com isso? – ‘Ele é meu melhor amigo, como não posso amá-lo?’

 

‘Então você está com ele só porque é conveniente?’ – Arqueou as sobrancelhas, me pegando de surpresa. – ‘Isso não é uma coisa muito honesta, não?’

 

‘Eu ainda estou aprendendo a gostar dele, só isso! ’ – Falei, engolindo seco. Do nada, nós dois rimos.

 

‘Meu Deus! Não é que estamos na mesma situação?’ – Nós riamos alto, o meu estômago doendo demais. – ‘Isso sim eu não acredito!’

 

Edward passou seu braço em volta de meu ombro enquanto nos divertíamos. Era incrível como ele tinha o poder de alterar o meu humor. Tecnicamente eu deveria estar com o ódio corroendo em mim, mas não, estava ali, conversando com ele. O pior de tudo é que... eu estava... gostando!

 

‘Tudo bem, é melhor nós pararmos!’ – Ele disse, ainda risonho. – ‘Senão vou ter um ataque aqui. ’

 

Paramos de falar, ambos percebendo o quão próximos estávamos um do outro. Instantaneamente nossas respirações ficaram ofegantes, meus olhos tremendo e direcionados em seus lábios.

 

‘É mesmo... melhor nós... pararmos. ’ – Respondi, virando um pouco meu rosto de lado. Assim que Edward percebeu o movimento, segurou minha cabeça com uma das mãos, fazendo-me encará-lo novamente.

 

‘Sabe por que eu não estou conseguindo gostar de Rosalie do jeito que você quer?’ – Seus olhos fixaram-se nos meus, a mão em meu rosto ficando cada vez mais quente. Eu estava vermelha. – ‘Porque... do jeito mais absurdo de todos... estou me sentindo completamente atraído por você, Bella... ’

 

‘Por favor, Edward, pare com isso... ’ – Aquelas palavras me acertaram como adagas, perfurando bem devagar em meu peito. – ‘Não é certo, eu... ’

 

‘Shh. Não fale mais nada... ’ – Ele sussurrou, respirando perto de meus lábios. – ‘Apenas... sinta. ’

 

Fechei os olhos devagar, deixando-me levar pelo momento. Senti fortes arrepios com as sensações dos lábios de Edward beijando as curvas de meu pescoço, subindo lentamente em direção ao queixo. Os lábios macios daquele homem passeavam livremente da nuca até a mandíbula, me dando a oportunidades de sentir coisas que jamais pensaria. Meu Deus, como aquilo era bom!

 

Minhas mãos se posicionaram em seus cabelos, empurrando levemente sua cabeça para perto. Ele respirava fundo em minha pele, mordendo-a com carinho. Aquilo já estava me levando à loucura, meus lábios praticamente gritando para tê-los junto aos dele.

 

Ambos estávamos conectados de alguma forma com aquelas carícias. Acontecia algo especial ali, capaz de parar o tempo e nos fazer esquecer todas as complicações a nossa volta. Era somente eu e ele, sozinhos, em meio a escuridão da chuva. A cada toque que seus lábios davam, eu apertava seus cabelos, fazendo com que ele gemesse em resposta. Não queria abrir os olhos, pois logo o momento mágico acabaria.

 

O mundo continua girando, mas, naqueles míseros e raros instantes, ele parou completamente. Talvez estivéssemos assim só há segundos, que para mim pareciam anos. Meu corpo tremia feliz com a possibilidade, certo de que um dia eu o teria como meu. Haha, que idiota eu sou.

 

Mas, não conseguia evitar. Eu estava atraída por ele sim, não podia mais negar. Era simplesmente impossível agora.

 

Foi então que decidida, segurei seu rosto, abrindo os olhos lentamente. Por coincidência, ele também estava de olhos abertos, e eu podia muito bem me ver através do reflexo de sua íris dourada. Uma das visões mais lindas do mundo.

 

‘Bella... ’ – Ele sussurrou meu nome, mordendo levemente meu lábio inferior.

 

Aquilo foi a gota d’água para mim. Puxei seu rosto contra o meu, acabando completamente com a distância entre nós. E então seus lábios mornos tocaram os meus, trazendo-me sensações indescritíveis. Eu não conseguia segurar, havia uma coisa muito forte ali.

 

E era muito mais que uma simples atração, disso eu tinha certeza.

 

 

 

CONTINUA...

 

 

 

AAAAAAAAI GENTE! QUE SAUDADE!

 

UiUi, gostaram do capítulo? Tentei caprichar ao máximo! Esse cap é uma passagem que desencadeará todos os próximos acontecimentos dos outros caps, então prestem atenção nos detalhes! MUAHAHAHA!

 

Gente, desculpem pela demora, problemas com a família sabe? Mas agora já está tudo bem!

 

PESSOAL, AGORA VOU VIAJAR! FICAREI UMA SEMANA FORA! DESCULPEM!

 

Ai gente, fiquei tão feliz com os comentários lindos do último cap! Sério, eles me deram muita força mesmo, e mostrou que Dilemas está agradando muitos! Cara, eu não seria nada sem vocês, FATÃO! Ah, queria mandar um abraço e um beijo enorme para uma das minhas comentaristas, Deboraah, QUE VAI FAZER ANIVERSÁRIO DIA 6 DE JANEIRO! PARABEEENS LINDAAA *o*

 

GENTE, SE VOCÊS QUISEREM ENVIAR CAPAS, É SÓ VISITAR O PERFIL DA FIC OU MANDAR PARA O MEU EMAIL, AMBOS ESTÃO LOCALIZADOS NA PÁGINA INICIAL DA FIC:

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É ISSO ENTÃO PESSOAL! EU AMO TODOS VOCÊS, TA? CONTINUEM COMENTANDO HEIN?!
Beijos e FELIZ ANO NOVO,
Natasha.


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