Porque você, My Higness era realmente um perigoso.

Aliás! Seria esse realmente o termo certo para lhe descrever?

Sua voz doce, seu rosto angelical, faziam de você o mais perfeito dos anjos. Porém certo está aquele que se lembra que Lúcifer também era um anjo. Se a pessoa não se atentasse a esse pequeno detalhe... Ela seria realmente enganada.

Eu sabia como descobrir, suas mentiras e travessuras. Eu sabia por muito lhe amar. Sabia por lhe pertencer. Você era meu e eu era seu, e aquilo estava se tornando um jogo perigoso demais. Eu lhe tomava de forma violenta, marcando cada pedaço de seu corpo com brutalidade, e você gostava. implorava entre gritos sôfregos por mais.

Então depois de atiçar-me e satisfazer-me você me perguntava:

_ Você me ama Claude?

E eu juro por Deus que sentia vontade de esganar-lhe. Não bastava que meu corpo e coração desobedecerem minha mente, você queria subjugar-me fazendo com que minha própria mente admitisse sua derrota. E isso eu não iria, e nem podia aceitar, eu era um demônio afinal. Egoísta, orgulhoso, apaixonado...

E foi nesse ponto de minhas reflexões solitárias que atentei a um fato importante. Apaixonado?????Como assim apaixonado?? Demônios não amam!!!

Aquele amor doentio que nutria por ti era deveras perigoso. Se descobrissem iriam tortura-lo das piores maneiras possíveis e foi então que descobri algo interessante. Outro demônio que se encontrava a alguns poucos quilômetros de mim encontrava-se na mesma situação. Fascinado pela alma, corpo e personalidade de outro desses jovens atentados e perigosos.

Se você queria uma resposta, aí está sua resposta!- Matei-te por amar-lhe demais, e por ser egoísta. Queria que sua morte fosse por minhas mãos, ao mesmo tempo que não conseguiria devorar sua alma.

Amei-te tanto que roí-me de ciúmes quando voltou a vida por um contrato com aquela maldita vaca demoníaca. Tive tantos ciúmes que meu orgulho falou mais alto e não aceitei a sua proposta inocente e seduzente.

Porém, fui cruel. Quando, dilacerado por dentro vi sua vida se esvanecer disse, de modo a compartilhar um pouco de minha dor:

_ I will love you forever my Higness.

E como se uma maldição estivesse me sendo rogada, por amar-lhe não consegui completar meu discurso de morte, cujo as última palavras seriam:

_ Assim é o mordomo de vossa majestade.