Presos No Elevador escrita por Bia Miranda
Notas iniciais do capítulo
Olá, essa é minha primeira One-Shot, não peguei ainda o jeito. Acho que ficou pequena, mas espero que gostem!
Beijinhos.
POV Annabeth
Eu estava passando pelo enorme corredor da Diversity, empresa onde trabalho, para mais um longo dia de trabalho. O lugar estava cheio de pessoas bem vestidas e com expressões sérias e antipáticas. Normal.
Subo para o meu andar observando que o elevador não estava muito confiável. Por favor, não vai estragar comigo aqui. Penso.
Felizmente o elevador chegou a meu andar perfeitamente. As portas se abrem e olho duas vezes antes de sair, imagina se tivesse um buraco em vez de chão?
Fui andando até a minha sala quando minha secretária, Julie, vem em minha direção.
– Srta. Chase, Afrodite ligou. Ela quer construir mais uma loja e precisa que você vá lá e faça o projeto.
Julie continuou falando mil coisas em meus ouvidos, eu parei de ouvir na primeira frase, só assentia com a cabeça entediada. Eu não devia ter vindo trabalhar hoje.
Finalmente ela me deixa sozinha e sai para fazer suas coisas.
Encostei minha cabeça na cadeira e fechei meus olhos tentando me concentrar. Diabos! Essa é uma das coisas ruins de trabalhar na Diversity.
Vou explicar, Diversity era uma empresa com todos os tipos de profissões. Era diversificado. Eu era arquiteta e tinha que aturar o bendito Apolo com seu estúdio de música em cima da minha sala. Às vezes era insuportável ter pessoas com profissões totalmente diferentes da sua usando o mesmo prédio. Alguns conseguem aturar, mas nunca deixam de ficar irritados com isso.
Abri meus olhos querendo que o tempo passasse o mais rápido possível.
[...]
Como o universo me ama, o tempo passou o mais devagar possível. E o Apolo resolveu aumentar o volume do seu som e colocar para tocar Sexy And I Know It. Ele faz isso de propósito!
Já eram oito da noite e todos já haviam ido embora. Terminei de desenhar um projeto e me preparo para sair. Tranco minha sala e chamo o elevador.
Depois de alguns segundos bem demorados, ele chega.
As portas se abrem e revelam o homem mais maravilhoso que eu já vi! Ele tinha cabelos pretos perfeitamente arrumados com gel e olhos azuis. Entro no elevador e encaro discretamente o homem.
Fiquei assim o tempo todo até que chegamos ao saguão. Ele saiu sem nem dizer “boa noite” “ou até mais”. Educação para que te quero?
Saio do elevador e vou andando até a saída procurando na minha bolsa a chave do carro.
– Merda! – xingo baixo.
Só me faltava essa, deixei a chave na minha sala. Hoje definitivamente não é o meu dia.
Volto com uma animação digna de uma lesma e entro (de novo) no elevador.
Vou para a minha sala e pego minhas chaves, chamo o elevador, (isso está ficando chato) e espero.
As portas se abrem e...
Eu retiro que disse, aquele ser mal educado anterior não é o homem mais lindo que eu já vi. Esse com certeza é.
Ele tinha cabelos pretos bagunçados e não deixava sinais de estar preocupado em ser formal. Seus olhos eram os mais lindos que já vi. Verdes como o oceano. Os primeiros botões de sua camisa estavam desabotoados e a gravata bem afrouxada, como se ele odiasse ter que usar aquilo.
Acho que eu fiquei um bom tempo o encarando, porque ele estava com um sorriso torto e uma expressão de “Eu sei que eu sou lindo”.
Entro no elevador mais vermelha do que um pimentão.
– Boa noite. – ele diz.
– Boa noite. – digo baixinho, mas o suficiente para ele escutar.
As portas se fecham e o elevador começa a se mover. Fico encarando pensativa o chão, não querendo o encarar.
Quando de repente o elevador dá um pulo e para de uma vez.
Meu corpo é jogado para o lado e braços fortes prendem a minha cintura.
– Acho que o elevador estragou. – diz.
– Você acha?! Porque outro motivo ele teria parado?! Para comer o jantar?! – grito.
Ele olha para mim com uma cara assustada e solta a minha cintura.
Ótimo Annabeth, o homem mais lindo que existe estava te abraçando e você tem que estragar tudo com a sua bipolaridade.
– Me desculpe, eu me descontrolei. É que eu não tive um dia bom, e agora isso acontece. Eu não devia ter descontado em você. – digo.
– Tudo bem. –
Sentamos no chão sem saber o que dizer.
– Aliás, meu nome é Annabeth. – digo.
– Sou Percy. Prazer Annabeth. –
– O prazer é todo meu. Que jeito mais estranho de se conhecer alguém.- digo
Percy ri.
– Bom, eu já te conhecia de vista, mas nunca tinha falado com você. – diz ele.
– Porque não? – pergunto.
– Eu não sei. Acho que eu tinha vergonha de conversar com a prestigiada Annabeth Chase. – Percy fala.
– Não é para tanto. – digo. – Eu não sou tudo isso.
Ele sorri.
– Então... O que você faz? – Percy pergunta.
– Sou arquiteta. E você? – respondo.
– Biólogo marinho. – Percy diz.
– Oh! Então você deve trabalhar com o grande Perseu Jackson. – falo.
– Na verdade, eu sou Perseu Jackson. – diz.
Annabeth, sua anta! Percy/Perseu. Ele deve estar achando que você é uma bestona agora.
– Eu sou muito lerda mesmo. – digo rindo.
– Tudo bem, você não foi a única. – diz Percy rindo.
– Porque esse nome? Porque o nome do herói grego? – pergunto.
– Eu não sei. Acho que minha mãe ficou meio doida quando escolheu meu nome. – diz Percy rindo.
– Minha mãe chama Atena. – digo também rindo.
– E meu pai Poseidon! Que Coincidência! – diz Percy
– Você tem o nome de um herói filho de Zeus, só que é filho de Poseidon? – pergunto.
– É mesmo. Eu nunca parei para pensar nisso. – responde Percy.
Percy e eu engatamos em uma conversa animada, narrando toda a nossa vida. Com Percy eu sentia que eu podia confiar em alguém de verdade.
– Quanto tempo você acha que iremos passar aqui? – pergunto.
– Eu não sei. –
– Está calor aqui né? – digo a Percy.
– Sim, você se importaria se eu tirasse minha camisa? – Percy pergunta a mim. Ele não me deu tempo de responder, quando olhei novamente para ele sua camisa já se fora.
Annabeth se controle, não há nada demais. Só o homem mais lindo que você já viu sem camisa na sua frente. Digo para mim mesma.
Percy tinha um corpo bem bonito. Mesmo com a camisa eu pude perceber isso. Acho que dava para lavar roupa no tanquinho dele.
Olho para Percy e vejo de novo aquele olhar.
– Admirando a paisagem? – pergunta.
Coro loucamente. Eu estava olhando para o tanquinho dele, problema?! O que é bonito é para ser olhado.
– Eu estou com fome. – diz Percy algum tempo depois.
– Posso resolver esse problema. – digo tirando um saco de salgadinhos da minha bolsa.
– Você guarda um saco de salgadinhos na bolsa?! –
– Guardo. Eu me previno. E se acontecer de eu ficar presa em um elevador? – digo fazendo Percy rir.
– Cada vez você me surpreende mais. Eu achei que todos os arquitetos fossem sérios. Mas você não é assim. Pelo contrário. Você é totalmente maluca! – diz Percy.
– E eu achei que os biólogos marinhos fossem feios e nerds. E eu estava certa. – digo.
– O que?! Eu não sou isso! – grita Percy.
– É mesmo. Desculpe-me. Você não é nerd. – digo.
Percy faz um bico enorme e fica calado. Eu só ria da cena.
Passaram-se horas e eu e Percy continuávamos naquele elevador. O sono estava me dominando, eu lutava para continuar com os meus olhos abertos. Estava começando a dormir quando escuto a voz de Percy.
– Acho que vamos passar a noite aqui. - Percy diz para mim. – Se você quiser pode se encostar-se em mim para dormir.
– Ok. – digo timidamente me encostando em seu ombro.
Abro meus olhos quando sinto mãos quentes acariciando meus cabelos.
– Desculpe. – diz baixinho.
– Tudo bem. – digo.
Fecho os meus olhos e a ultima coisa que me lembro é do cheiro de maresia do Percy.
[...]
Abro os meus olhos e olho ao meu redor. Eu ainda estava naquele maldito elevador! Olho para cima e vejo Percy dormindo com a cabeça tombada para o lado. Eu estava deitada no colo dele! Como isso aconteceu?
Levanto-me com cuidado para não acordá-lo. Sem sucesso, Percy abriu os olhos e seus lindos olhos verdes me encararam.
– Bom dia. –
– Bom dia. – digo.
– Ainda estamos aqui. – diz.
– Infelizmente.
– Não se preocupe eles vão nos tirar daqui hoje. – Percy fala. - Por acaso você tem um café da manhã na sua bolsa?
– Não. – digo rindo.
– Atenção. Tem alguém nesse elevador? – ouço alguém perguntar.
– Resgate! - dissemos Percy e eu.
– Sim! Estamos aqui desde ontem à noite. – Percy diz.
– Vamos trazer vocês de volta. –
– Finalmente! – digo.
– E foi só eu dizer que eles viriam. – diz Percy. - Annabeth, eu quero dizer uma coisa.
– O que? – pergunto.
– De todas as pessoas, você é a melhor acompanhante de elevador de todas. – Percy diz.
– Obrigada. Você também. – digo sorrindo.
Alguns minutos depois estávamos são e salvos no saguão.
– Srta. Annabeth! Você está bem? – Katie vinha correndo em minha direção.
– Estou sim, obrigada.
Uma multidão de pessoas estava em volta de mim e Percy. Todos fazendo perguntas ao mesmo tempo, eu estava quase enlouquecendo.
– Foi bom te conhecer. – digo a Percy.
–Digo o mesmo. – ele responde.
Saio da empresa com a cabeça fervendo. Eu precisava de um café. Vou ao Starbucks mais próximo e peço um café forte. Eu só queria ir para casa e ter um bom sono.
Termino o meu café e volto para a Diversity para pegar o meu carro. Quando estou quase entrando, ouço um grito.
– Annabeth! –
Viro para trás e encontro Percy.
– Sim? –
– Você... Gostaria de sair comigo? – Percy pergunta.
– Seria ótimo.
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Beijinhos.