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POV'S SCORPIUS

Mal consegui dormir depois que deixamos Dino no banheiro.
Me levantei e fui para os corredores, decidido que não iria dormir pelo resto da madrugada.
De longe vejo o amigo do Alvo e sua namorada... Hãm... Hãm... Qual era o nome dela? Ah, lembrei, Victoire.
Deitei na escada, vendo os quadros se mexendo.
– Senhor? O que faz aqui? - uma voz rouca me perguntou.
Dei um salto, os olhos translúcidos de um fantasma me fitam:

– O senhor não deveria estar perambulando pelos corredores nessas horas. - o fantasma continuou, com um olhar perplexo.
– Olha, por favor, não me meta em encrenca, senhor fantasma - pedi- Tô sem sono.
– Senhor Nicolas, se não se importa
– O que?-Me sento no degrau
– Senhor Nicolas, nem senhor fantasma, nem Nick-quase-sem-cabeça, fazendo favor.
Na hora compreendi que Nick-quase-sem-cabeça, o fantasma que pertence a casa da Grifinória estava falando comigo. - Sua sala comunal não é tão longe daqui, grifinório cujo nome não sei - Disse ele, apontando para o quadro de uma mulher gorda.
– Grifinório? - levanto a sobrancelha
– Oras, você me parece um grifinório - Disse ele, dando de ombros.
– Desculpe, sou um sonserino... - Nunca me achei parecido com os sonserinos, se bem que comparando com os amigos que meu pai tinha, o pessoal da minha casa até que é legal.
– Pelas barbas de Merlin! Qual é o seu nome? - ele questiona
Eu hesito, com medo de Nick sair de perto quando eu lhe disser que meu pai é Draco Malfoy, que teve uma infância perturbada, foi obrigado a se tornar um comensal da morte e passou o resto da adolescência se punindo diariamente pelo que fez. Que ficou com uma má, mas falsa reputação.
– Scorpius Malfoy - murmuro
- Bom, sendo assim, Sr.Malfoy, sei que seu pai lhe deu uma boa criação e que ele mudou. Ainda me parece um grifinório, mas depois falamos mais sobre isso - ele diz - suba um andar, o Sr.Filch está vindo para cá - ele começa a voar
– Obrigado, Senhor Nícolas - nem sei a razão por agradecê-lo, mas me senti feliz pelo que ele me disse.
Subo cautelosamente, olhando para meus pés para que eles não se enrosquem um no outro dentre meus passos rápidos e façam com que eu caia.
– Ai, menino, vê se toma cuidado! - Vejo que bati numa pessoa, sem querer
– Desculpa, estava olhando para o chão - Digo levantando a cabeça
– Scorpius! - A pessoa me abraça fortemente. - Me desculpe por tudo!
Não tenho a mínima ideia de quem é.
Calma. Isso é um cabelo ruivo? É? É.
– Rose - murmuro
Ela me abraça mais forte- me desculpa mesmo! - ela beija minha bochecha - Posso te explicar o que houve?
Acho que estou em estado de êxtase, movimento a cabeça e ambos sentamos na escada:
– Scorpius...- acho que ela está falando mais algumas coisas, mas eu não consigo me concentrar - Era um plano - ela ainda está falando, acho que vou prestar atenção - Dino e Kate mentiram para mim, porque... - Ah... O lugar que ela me beijou está queimando, está quente, um quente bom, que eu nunca tinha sentido, que sensação boa...
– Scorpius? Você ta bem? - ela pergunta entre os dentes - o que está fazendo?
Quando percebo, estou passado meu indicador levemente por minha bochecha, rodeando o lugar onde recebi o beijo, e estou com um sorriso de babaca:
– Ah, nada não - Digo, fitando os seus olhos castanhos escuros.

– Em todo o caso, Scorp, era tudo um plano!

Ta. Pelo que consegui pegar das toneladas de informações que Rose me passou, Kate e Dino estão tramando algo contra nós dois e Alvo.

Sabemos que tem uma chefe, e que nós temos que encontrar uma menina olhos com âmbar em um mês numa tal de Sala Preciosa, ou sala da Preciosidade, ou sala Precisamente, Precisa... Ah, sei lá. Mas em todo caso, disfarçados, obviamente. Só tem um pequeno probleminha:

Que é essa bendita “sala da Precisão”? Ou seja lá qual for o nome da coisa.

E como, me diga, Morgana, como que eu, eu, vou conseguir me transformar em outra pessoa?!? Pelas barbas de Merlin!

De manhã, nos trocamos e fomos para a biblioteca, pegamos uns 7 livros, todos sobre poções e salas extraordinárias.

– Rose, tem certeza que precisamos de tudo isso? – Pergunto, fazendo uma careta para o monte de livros que carrego.

– Aham, com certeza, Scor – Ela sorri – Isso mal é a metade. Scorpius, aqui está muito cheio, vamos para outro lugar – Eu apenas a segui

De longe, vejo Alvo, e pelo sorriso no rosto de Row (apelido que eu dei para ela, hehe) ela também o avistou:

– Ei, vamos fazer uma surpresa para eles? – Ela sorri em resposta

“Poção polissuco” é a primeira palavra que chega aos meus ouvidos ao me aproximar deles:

– Poção Polissuco? – Pergunto, sem delongas, e vejo que Al está acompanhado de alguém que me parece muito familiar. Quem que ele parece?

– E que vontade é essa de estudar? – Alvo nos pergunta.

Como não sei quem é o menino que acompanha ele, dou uma resposta sem importância:

– Ah, estamos estudando uma coisa... - Digo, encarando o menino loiro que está olhando para os “meus livros”.

. Da onde eu o conheço?

– Ah, desculpa, gente –Alvo diz– Esse é Lysander –Cumprimento ele– Filho da Luna.

Ok... Quem é Luna mesmo?

Coloco os livros em cima da mesa, eles são muito pesados:

– Te conheço de algum lugar –Pergunto, ainda perplexo– Você me é familiar.

– Talvez você conheça o – ele começa

Lembrei, ele parece com um amigo meu.

– Cara, você é irmão do Lorcan Lovegood! Não é? –Dou uma gargalhada ao lembrar – Eu e seu irmão fizemos um acampamento ano passado, você é idêntico a ele!
– Acertou – Ele diz.

Nos sentamos a mesa junto com eles, e descobri que Lysander é daquele tipo meio nerd, porém legal. Ele já sabe de todo o plano.

Rose conversa com o menino, que ainda está meio tímido. Não posso dizer que não me senti um pouco desconfortável ao inicio da conversa.

Pego um livro sobre cômodos mágicos e logo Al pergunta o que estamos pesquisando.

– Sobre a sala precisa – Digo, procurando saber se ele tem alguma informação sobre ela. Agora sei seu nome. S-A-L-A P-R-E-C-I-S-A. Rose me fez repetir o nome da sala depois que eu errei consecutivamente o bendito nome.

Alvo ri em alto e bom tom com a minha resposta:

– Jura que vocês ainda vão gastar tempo pesquisando isso enquanto temos James a nossa disposição?

Alvo me disse, ainda quando estávamos na enfermaria, era que James, seu irmão mais velho era muito pilantra e sabia várias coisas sobre as terras de Hogwarts. É verdade, até que ele pode nos dar uma ajuda!

Rose arqueia sua sobrancelha e pede a explicação.

Pelo visto, James tem um mapa lá das bruxas que irá nos ajudar.

Começo a ler um livro, e dou outro para Alvo.

Lysander , na hora em que chegamos,estava ajudando Al a procurar sobre a poção polissuco, que te faz virar outra pessoa por exatamente uma hora.ainda nos conta sobre uma das edições tribruxos em que Harry Potter havia participado...

Continuo caçando pelos livros informações.

Que porcaria, não tem nada aqui!

Pego outro livro:

“Poções para fazer o outro ficar doente”, “poção do envelhecimento”, “poção do....”

– Lysander! Ae, não consegui dormir direito depois que você me acordou - Lorcan chega, apontando para seu irmão. - mancada você ter me acordado aquela hora, cara - E então ele olha para o lado e seus olhos se encontram com os de Rose.

Ele bagunça seu cabelo loiro e olhando Row- Olá, gatinha... Qual é o seu nome? - ela cora:

–Rose, Rose Weasley, prazer... Hãm.... - ela levanta a sobrancelha

– Lorcan - Diz o gêmeo, apertando a mão dela.

– Prazer então, Lorcan...- Pelo amor de Dumbledore, a menina está vermelha igual a um tomate.
Sinto uma pontada de ciúmes tomando posse de mim. O menino mal a conhece e fala assim com ela? Que é isso? Levanto-me,olhando de um jeito voraz para Lorcan:
– Lorcan, seu pervertido! – Eu rio, fingindo estar bem. Aperto a mão do atirado.- Rose, relaxa... Lorcan foi sempre muito adiantado para a idade dele... Com 11 anos já abalando corações das meninas de Hogwarts – Digo com um sorrisinho meio falso, vendo que ele gostou de Rose. Da única menina que já gostei, da única que me faz feliz.

Calma, eu gosto da Rose?

Não.

Não!

Não?

Ou será que sim? Pois não teria outra razão para eu estar sentindo ciúmes se não isso.