Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 28
‘’sou meu eu em você’’




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Fiz o Gustavo alugar um terno pro casamento da minha mãe, ele ficou um gato mesmo ele falando o contrario. Aluguei o meu também: um azul marinho de um ombro só, bem larguinho com apenas uma faixa abaixo do busto para marcar. Ah, e o Gu alugou a gravata com a mesma cor do meu vestido. Lindo não?

Andamos pelo centro da cidade, uma semana antes do casamento da minha mãe. Caçamos todo o resto dos preparativos, compramos o presente e jogamos papo fora. Ah, não podemos esquecer que comemos muita besteira também.

Tenho que dizer que a semana passou rapidamente. E eu fiquei assustada: O CASAMENTO CHEGOU!

Fiquei espantada afinal estava ansiosa por isso, mas fiquei insegura no momento, pois entregaria minha mãe nas mãos de alguém. Sei lá viu...

Tomei um banho e fui para o salão. Minha mãe estava no dia da noiva, a Leticia estava fazendo as unhas e a Luiza fazendo o cabelo. Fiquei sentada esperando a minha vez.

Não demorou muito. Pedi pra moça colocar meu cabelo todo pro lado e fazer cachos. Fiz um make natural, bronzeado, com tom de azul no olho, mas nada chamativo. Voltei pra casa com a Lê e a Luiza quis ficar com a mamãe.

O Gu pegou uma carona conosco e chegamos rapidamente na igreja. O Pablo já estava lá, com as mãos suando. O meu primo, Diogo, que seria padrinho comigo também já estava. O gu ficou com ciúmes, apenas porque na minha família não há gente feia.

Ficamos sentados conversando num banco da igreja: eu, Gustavo, Diogo e meu tio, pai do Di, que ficava fazendo piada pra quebrar o clima tenso que pairava por lá.

-quer ouvir a piada do tomate? – meu tio questionou.

-não tio, todos ouvimos essa! – eu falei.

-mil vezes. – o Di completou. Todos rimos. – Laura, preciso falar com você... sabe... em particular. – ele fez uma careta e percebi que a coisa era seria. Levantei e o segui ate uma parte vazia da igreja.

- o que foi? – perguntei apreensiva.

-e o Roberto?

-nem me fala nele. Nem fala o nome dele.

-você ainda o ama, né?

-não! – quase gritei. – amo o Gustavo.

-Laura, não sou idiota. Tenho 22 anos, mais experiente que você, sei o que você está passando.

-Diogo, você não entende.

-eu só quero te ajudar.

-vai fazer diferença na sua vida?

-éramos amigos. O conheço bem... sei quando ele ama de verdade e quando ele só quer tirar casquinha. Era contra o relacionamento dele com a Pâmela, daí me afastei, mas quando soube que ele estava namorando você fui logo procurar ele e falar umas verdades e quando ele falou, percebi na hora que você parecia ser o amor da vida dele. Ele não fala as coisas em vão, Laura, se ele fala é porque existe.

-eu não to nem ai.

-você está sim. Eu sinto... te conheço muito bem também.

-Diogo, me deixa.

-Laura, vocês vão ficar juntos, escreve isso!

-Deus sabe qual meu futuro, Diogo.

-acho que ele quer te unir com o Roberto. – ele apontou para uma direção. Olhei. Vi o Roberto...

-já sabia disso!

-eu também. Só achei que ele não viria. Afinal, ele será pai. – isso cortou meu coração. Senti uma pontada profunda, mas fingi estar tudo normal.

-bom pra ele... ainda bem que tenho o meu Gu.

-falo nada, prima.

-ainda bem, porque você só fala merda. – sai andando e fui até o Gustavo, que já estava soltando fogo pelas ventas de raiva pela presença do Roberto.

-mano, por que sua mãe o chamou mesmo? – ele falou com raiva.

-porque ela gosta dele.

-mais do que ela gosta de mim?

-é diferente, amor. Eles são amigos...

-são?

-você sabe disso, Gu.

-desculpa, né. Se sua mãe não me trata como amigo também.

-que? Não, nada a ver. É outra historia! Eu gosto de você, isso basta.

Adorava quando o Gustavo morria de ciúmes de mim, me sentia amada, mas percebi que dessa vez foi algo profundo. Ele ficou mal por saber da diferença de tratamento entre ele e meu ex.

Não poderia fazer nada. Não fiz nada.

O carro onde estava minha mãe chegou. Fizemos a fila dos padrinhos ansiosos, agarrei no braço do Di e entramos sorrindo. Eu estava feliz, muito feliz. Fiquei olhando o Pablo que não parava de sorrir (aquele sorriso bobo de orelha a orelha), sim ele ama minha amada mãe.

O hino das noivas começou a tocar. Aquela musica mundialmente conhecida e tocada. Todos se levantaram e ela surgiu. Tão linda, delicada como uma flor, com o vestido que a deixou perfeita. Ela sorria também, e o meu tio estava serio. Até sei o porquê.

A cerimônia ocorreu tranquilamente. Prestei atenção em cada palavra do padre e sempre olhava pro Gu, as vezes meu olhar era direcionado a outro lugar, mas... bem isso não vem ao caso.

Depois do ‘eu vos declaro marido e mulher’ todos se levantaram, saímos da igreja e fomos ao salão, onde haveria a recepção.

O local estava lindo com a decoração em laranja. Havia flores e fotos do casal por toda parte. O bolo (falso) era de quatro camadas e com flores e pedrinhas brilhantes.

-está tudo lindo, mãe! – a abracei.

-você viu o Roberto? Não o localizei.

-aqui na festa não, mas o vi na igreja. Falando nele, você sabia que o Di é amigo dele?

-não. Jura que é? beleza...

-mae, nem vem!

-desculpa, desculpa!

-vou procurar o Gustavo, pra gente sentar com a vó. Ela faz questão da gente ficar com ela.

Sai e fui procurar o Gustavo. Ele estava conversando com uns tios meus. Finalmente achei o Roberto, fui até ele e pedi para que fosse falar com a minha mãe, pois ela queria vê-lo.

Ta, ela não pediu, mas algo em minha cabeça disse para que eu fizesse isso. Sei lá...

-onde ela está?-questionou.

-perto da mesa do bolo. – sorri.

-você está linda, mais do que já era.

-iludir as pessoas faz mal. – ri. Apenas eu ri, ele não.

-vou lá. Tenho que voltar para são Paulo ainda hoje.

-não vai esperar o fim?

-minha na, quero dizer, a Pâmela vai fazer exames amanha. Ela não está bem, e preciso acompanhá-la.

-ah sim. Boa viagem, então. – dei um sorriso forçado e sai tentando segurar o choro.

Foi difícil ouvir aquilo, não podia crer que agora ele tinha uma atenção maior com ela, ou melhor, toda atenção do mundo era pra ela. Eu tenho certeza que se ela estiver grávida não é dele, mas não posso fazer nada. É, não posso.

-quero que comece logo a dança. – o Gu chegou e me abraçou por trás.

-eu também. Preciso esquecer de algumas coisas.

-ta tudo bem?

-perfeitamente!

A valsa do casal começou. Eles dançavam igual a bela adormecida, levemente e tão lindo. Depois chamaram os padrinhos. Dancei com o Di e depois, na hora que os convidados foram chamados a dançar também, dancei com o Gu.

Depois do jantar veio a balada. Começou com os hits dos anos 70, cujo não sabia dançar muito então só ficava mexendo pra La e pra cá. Depois veio os mais dançantes de 90 e os atuais. Ri tanto que não sei. Arrasamos na pista até não sei que horas.

Foi perfeito. Cada detalhe, cada momento. E principalmente de ver o amor recíproco nos olhos deles.


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