P.D.V. Rose

Estava totalmente pronta para anda pelos corredores de Hogwarts, pronta para jogar contra Malfoy. Usava o uniforme moderno da Grifinória, meu cabelo estava preso em um coque com a franja de lado, sapatilha vermelha e acima de tudo linda.

Pelo o que Lily me disse os novos alunos já chegaram e pelo o que ela me falou... Apesar de estar de volta eu quero humilhar o Malfoy. Espero que ele cumpra o que ele prometeu, agora é a hora de sair e arrasar. Andei até a porta e saí quando me virei dou de cara com o Malfoy.

– Olá pequena – ele usava suas vestes da Sonserina e tinha um sorriso provocativo no rosto – Não acha que esta saia está pequena demais? – perguntou Malfoy.

– Está do mesmo tamanho Malfoy – disse a ele com desgosto.

– Belas pernas – comentou ele e eu corei – Não quero nenhum bruxo olhando para você, nos Malfoy, não gostamos de dividir nada nosso com ninguém – agora tinha entendido, ele estava começando a jogar e eu estou preparada.

– Uma pena – disse a ele que não entendeu – Os Weasley não se importam em dividir, vou ver se algum aluno de Durmstrang precisa de ajuda.

– Acho que eles não precisam – disse Malfoy calmo de mais – Você tem que servir ao se namorado Rose.

– Eu tinha me esquecido! – disse indignada e Malfoy continuou serio – Espera que eu só preciso encontrar um namorado.

– Vai almoçar na minha mesa hoje Rose – disse ele provocando, mas eu não vou cair na tentação – Na mesa da Sonserina pequena.

– Eu não te contei?! – perguntei a ele fingindo animação e ele estranhou a reação repentina – Meu sonho sempre foi sentar naquela mesa, sonho de consumo.

– Vou querer um beijo – ele esperava que eu perdesse o controle, mas isso não ia acontecer.

– Te dou até dois Scorp – disse e ele se virou, mas antes segurou a minha mão e me puxou junto com ele.

Andávamos pelos corredores de Hogwarts e os alunos olhavam para nos abismados, o pior de tudo é que Malfoy mantinha um sorriso no rosto. Malfoy andava rápido e eu odeio pessoas que andam assim, viramos o corredor e ele bate de frente com um garoto.

Ele usava uma calça preta e uma camiseta diferente que tinha o símbolo de Durmstrang. O garoto é moreno e tem os olhos e o cabelo castanho, muito lindo. Parece ser fechado e pela sua estrutura física deve ser muito forte.

– Será que da para olhar por onde anda? – gritou Malfoy totalmente estressado, claro porque o garoto tinha estragado a sua entrada triunfal pelos corredores de Hogwarts.

– Se prestasse atenção por onde anda idiota isso não tinha acontecido! – rebateu o garoto no mesmo tom de voz que Malfoy – Estou perdido nessa porcaria de castelo.

– Olha como fala comigo, idiota é você – rebateu Malfoy – Só porque é de Durmstrang acha que pode mandar em mim?

– Garoto cala a boca que eu não tenho paciência para aguentar mauricinho – wow ele tinha acabado com Malfoy até que seu olhar pousou em mim – Pode me ajudar ruiva?

– É Weasley! –gritou Malfoy e o garoto sorriu para mim.

– Quero achar aquele salão principal – disse ele.

– É só seguir em frente e virar no segundo corredor a direita – disse a ele e Malfoy me encarava.

– Obrigada – disse ele e olhou para Malfoy sorrindo – Nos vemos por ai... Ruiva.

Malfoy avançou e eu segurei sua mão.

– Ciúmes Scorp? – perguntei a ele com uma imensa vontade de rir.

– Odiei esse garoto – resmungou ele – Não tenho ciúmes de você Weasley.

– Pelo menos não foi o que pareceu – escutei a voz de Braider e me virei – Quero te mostra a minha amiga, Chloe.

– Não Braider – Malfoy falou e me puxou para mais perto dele – Eu vou almoçar com a minha namorada, vamos pequena.

Malfoy colocou o braço em minha cintura me envolvendo para mais perto dele, ele não deixou nem Braider falar de novo e saiu. Andávamos em direção ao salão comunal e quando chegamos todos olharam para nos, principalmente para a mão de Malfoy em minha cintura.

Malfoy simplesmente me puxou para a mesa da Sonserina, ele tinha falado serio no corredor. Malfoy sentou e me fez sentar ao seu lado, droga!

– Fala ai Scorpius – disse um garoto bonito para Malfoy e eles fizeram um toque com as mãos.

– Dean esse é a Rose, minha namorada – disse Malfoy a ele, Dean olhou para mim e estendeu a mão.

– Olá Rose – disse Dean e eu peguei em sua mão – Pode te chamar de Rose ou prefere Weasley?

– Rose – disse a ele.

– Só não pode chama-la de ruiva – disse uma voz ao meu lado e eu me virei e vi o garoto do corredor – Devia procurar alguém melhor.

– O que você está fazendo aqui? – Malfoy ainda continuava com raiva.

– Sou da Sonserina e você ruiva? – senti Malfoy passar a mão em minha cintura e me puxar para perto dele.

– Grifinória – ele olhou para mim surpreso – Esse é Scorpius Malfoy ele é da Sonserina.

– Um Malfoy? – perguntou o garoto – Que azar, sou Drake.

– Você conhece Braider? – perguntei e escutei Malfoy bufar.

– Conheço, mas não somos amigos – disse Drake e eu assenti.

Apenas agora que eu fui perceber que Minerva estava no salão olhando em minha direção chocada, Malfoy olhou na mesma direção que eu e deu um tchau para Minerva que retribuiu.

– Acho que o namoro de você chocou toda Hogwarts – disse Dean – Não é normal ver uma Weasley e um Malfoy juntos.

– E você? – perguntei a ele que não entendeu – Tem namorada?

– Não por que Rose? – perguntou Malfoy – Interessada? – com ciúmes até do amigo, só não tinha entendido o porquê disso.

– Quem sabe? – perguntei provocando e a mesa da Sonserina inteira riu.

– Wow arrumou alguém a altura agora Scorpius! Estou disponível Rose Weasley – disse Dean brincando e Malfoy revirou os olhos.

– Então essa é a sua namorada? – perguntou uma garota loira de olhos azuis, ela não era de Hogwarts – Pensei que preferisse loiras Scorpius.

Malfoy olhou ela de cima a baixo e alguma coisa ficou diferente em mim, mas eu não demonstrei

– Qual seu nome? – perguntou Malfoy.

– E isso importa Scorpius? – perguntei e ele olhou para mim atento junto com todos os outros sonserinos – Convenhamos que se for ficar com ela não vai precisar saber o nome.

– O que você está insinuando? – perguntou ela chocada e todos riram.

– Que seu nome não vai importar, digamos que é a realidade – disse uma garota que logo identifiquei como a Parkison – Scorpius não gosta de loiras, afinal ele e sua família já são loiros. Como percebeu ele prefere ruiva.

– Isso não vai ficar assim Parkison – disse ela e saiu do salão.

– Vocês se conhecem? – perguntou Dean.

– A família dela vai lá em casa, simplesmente não suporto essa garota – disse Parkison.

– Isso foi ciúmes Rose? – perguntou Malfoy apenas para eu escutar.

– Obvio que não Malfoy – disse a ele.

– Vamos pequena – disse Malfoy depois que nos terminamos de comer.

– Eu tenho DCAT agora – disse a ele tentando me livrar dele.

– Eu também, vamos pequena.

– Pare de me chamar assim Malfoy – disse a ele que revirou os olhos.

– Rose! – gritou alguém e eu e Malfoy nos viramos – Posso falar com você? Eu sei que posso.

– Fale Alvo – disse a ele curiosa.

– Está tudo bem com você? – perguntou ele e eu o olhei sem entender – Meu pai me mandou uma carta e disse que tio Rony está arrependido do que ele escreveu na carta, o que ele escreveu Rose?

– Nada – disse a ele meio grossa – Eu não vou falar nada Alvo, estamos atrasados temos que ir.

Puxei Malfoy pela mão e comecei a andar depressa pelos corredores até que Malfoy para e me faz parar também. Olho em seus olhos e vejo que ele estava preocupado, com medo do que vou fazer.

– Sei que não é da minha conta, mas não vai voltar a fazer aquilo não é Rose? – perguntou ele e eu queria, mas prometi a Braider.

– Eu preciso ir – disse a ele que não me soltou – Preciso ver Braider.

Comecei a correr pelo castelo e encontrei Braider conversando com uma garota morena.

– Preciso falar com você – disse e apenas o puxei.

Depois de um tempo andando pelos corredores entramos em uma sala e eu o abraço e choro. Braider conseguia me reconfortar.

– O que aconteceu? – perguntou Braider.

– Tio Harry disse que meu pai está arrependido – disse a ele – É mentira.

– Talvez ele só tenha falado aquilo porque estava nervoso por causa de Malfoy – Braider passava a mão em meu cabelo em uma tentativa de me acalmar.

– Obrigada Braider – disse a ele de repente – Tenho que ir.

A aula ia demorar um pouco para começar então resolvi ir para o lago, senti perto dele e fiquei por lá. Percebi que muito dos alunos das outras escolas estavam ali e um loiro de olhos azuis olhava em minha direção, que loiro. Ele acenou para mim e eu apenas acenei de volta. Acho que Malfoy morreria se soubesse que eu...

– O que pensa que está fazendo Weasley? – perguntou uma voz conhecida, infelizmente.

– Acenando para o novo aluno, diferente de alguns tem que ser educados Malfoy – disse e ele sentou do meu lado.

– Você está bem? – perguntou ele.

– Não é da sua conta, mas estou ótima – disse a ele.

– Você deixou a carta que sua mãe escreveu em casa se quiser eu estou com ela no meu quarto.

– Eu não vou ler – disse a ele que ficou me olhando esperando eu continuar – Estou em Hogwarts e não quero pensar no que está lá fora Malfoy, não quero pensar em meus pais.

– Mas seu pai se arrependeu, ouviu o Potter falando. Sua mãe não me aceita também? – perguntou ele.

– Minha mãe amadureceu diferente de meu pai ela entende, não tem nada contra Draco e nem contra você. Mas eu não quero que ela sinta pena de mim porque Ronald fez isso, apenas quero aproveitar o momento de te humilhar.

– Sabe que não vai conseguir- disse Malfoy rindo – Eu sou um Sonserino e sei jogar melhor que você.

– Isso não é nada, sou Grifinória e tenho coragem – disse a ele que riu mais ainda – O que estava pensando quando em escolheu como prêmio da aposta?

– Isso é segredo Weasley, não estrague esse momento, sabe que vai demorar para ter um próximo assim – disse ele fingindo ficar serio.

– Claro, mas eu sou melhor que você – disse e ele negou – Melhor em feitiços, melhor em notas, amigos.

– Não é nada – disse ele agora olhando para mim – Somos diferentes, mas eu sou o melhor porque sou um Malfoy.

– O que você acha que é essa coisa das trevas?

– Algo grande – ele disse e eu apenas esperei ele continuar – Se fosse algo fácil eles teriam mostrado a carta para-nos.

– Acha que pode ser você-sabe-quem? – perguntei e ele ficou rígido – Sabe que seu pai não tem culpa de nada, ele nunca quis servi-lo.

– Mas meu avô sim Rose, é difícil pensar assim – disse ele encarando o lago.

– Não vamos pensar então – disse e ele sorriu – Escutou esse barulho Scorpius?

Agora todos os alunos estavam atentos, o que estava acontecendo? Malfoy passou o braço em volta de mim e pude ver que o castelo tinha ficado mais escuro, a barreira de proteção estava sendo rompida.

– O que está acontecendo Malfoy? – perguntei a ele assustada e ele me abraçou de lado.

– Não vai acontecer nada pequena – disse Malfoy.

Depois de um pequeno tempo um barulho como se tivesse explodido algo acontece me encolho no braço de Malfoy. Eles não sabiam o perigo e eu sei que é quase impossível passar pela proteção de Hogwarts.

– Scorpius...

– Scorpius proteja Rose – disse uma voz que reconheci como Braider.

– O que está acontecendo Braider? – perguntou Malfoy atento.

– O castelo está sendo invadida por alguma coisa, Minerva disse para tomar cuidado. Eu preciso cuidar de Chloe, promete que vai fazer de tudo para proteger Rose.

– Eu prometo – disse Malfoy e eu estava apavorada – Vai ficar tudo bem pequena.