Fui à famosa boutique Lanvin, dizem que Michelle Obama e Victoria Beckham adoram. Não sou dessas patricinhas, mas também não sou tão relaxada. Tenho meu estilo próprio, não gosto de “altas tendências”, gosto de inventar meu próprio estilo. Comprei algumas coisinhas, mas nada de achar o vestido. Passei por Forever 21, Prada Soho e Fendi. Mas a que realmente me conquistou foi a Fivestory. Lá há vários tipos de estilo e encontrei vestido que cairia bem em mim.

Depois de tantas compras, fui ao Starbucks. Fiz o meu pedido e fiquei aguardando. Olhei para o monte de sacolas ao meu lado e arqueei uma sobrancelha. Como eu vou voltar para a casa com esse monte de sacolas? A pergunta veio a minha mente e em questão de segundos, a resposta veio também. Johnny. Meu motorista, quer dizer, do meu pai. Mas ele é um ótimo amigo e conselheiro. Liguei para Johnny e ele disse que viria me buscar. Olhava as pessoas andando nas ruas de Nova York enquanto bebericava meu café. Faltava pouco para ás quatro horas da tarde. Vinte minutos depois, um carro preto estacionou em frente ao Starbucks e um homem que estava dentro fizera um sinal para mim, certamente seria o Johnny. Peguei minhas sacolas e adentrei dentro do carro.

- Olá, Johnny. – sorri

- Olá Rose! – ele retribuiu meu cumprimento. Johnny era o único que me chamava de Rose.

- Perdoe-me por ligar assim, tão de súbito. – dei um pequeno suspiro

- Eu estou aqui para isso. – ele deu um sorriso simpático – É hoje sua formatura, não?

- Sim. Longe daquele averno para sempre. – gracejei

- Agora virá as responsabilidades, mocinha. – ele disse

- Nem me fale Johnny, nem me fale. – suspirei

Ao chegar em casa, Mary veio até a mim, cheia de perguntas.

- Aonde foi? – ele cruzou os braços abaixo do colo

- Não lhe devo satisfações da minha vida, Mary. – respondi bruscamente evitando-a

- Mamãe ficou preocupada. – ela disse ingenuamente

- Ah, é? Desde quando sua mãe e vocês se preocupam comigo? – olhei em seus olhos – Tudo o que vocês querem é me ver longe daqui. – Fui em direção ao meu quarto, deixando-a sozinha na escada. Fechei a porta do meu quarto, deixei as sacolas num canto e me joguei na cama. Fechei os olhos e respirei profundamente. Assustei-me quando ouvi batidas na porta e abri os olhos de súbito.

- Quem é? – indaguei

- O seu pai quer vê-la. Ele está no escritório. – a voz era de Mary. Revirei os olhos.

- Diga a ele que já vou. – respondi ainda deitada fitando o teto.

Tomei coragem e levantei-me da cama. Deve ser importante, para ele mandar Mary vir me chamar. Subi até o terceiro andar, onde fica o escritório. Bati milhares de vezes na porta e ninguém atendia. Resolvi abrir a porta, mas não havia ninguém. Voltei ao meu quarto e quando o vi, estava com todas as roupas que eu havia comprado, rasgadas e jogadas por todo o quarto.