The Last Song escrita por Miles


Capítulo 15
Obrigada, filha.


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Sabem, eu sei que sou uma autora muito má, que passou exatamente uma semana sem postar absolutamente nada por aqui. Desculpem. Eu estou viciada demais em Tumblr e Twitter, eu meio que passo o dia todo lá e esqueço das minhas fanfics. Prometo postar outro hoje para compensar! É sério, assim que postar já vou escrever.

Espero que gostem!

FELIZ 2013! ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291214/chapter/15

Pov's Annabeth

Eu estava na lanchonete com Athena. Frederick e Matt estavam no quarto, a sós. Eu respeitava que os dois precisavam conversar e ter um tempo sozinhos. Mamãe me encarava se sentindo culpada, e acho que até eu sabia bem o porque.

– Filha, como ele está se comportando a tudo isso? Me refiro a Matt. - Dei de ombros dando um gole no refrigerante à minha frente.

– Talvez estivesse lidando melhor com isso, se a mãe dele resolvesse contar toda a verdade! Mãe, eu.... eu fui muito cruel com ele. - Lamentei.

– Não meu amor, você só estava irritada com tudo que estava te acontecendo. - Senti seus dedos quentes segurarem a minha mão, trêmula.

– Por que não me disse nada? Eu sei que Frederick tinha sido um canalha contigo, te abandonando e provavelmente te traindo também, mas... não era necessário omitir tudo desse jeito.

– Annie, acho que você já tem a idade certa pra saber.

– Saber o quê? - Questionei.

– Seu pai não me traiu, ou me abandonou. Eu o traí. Com o meu atual marido, Poseidon. Sinto muito filha. Eu o expulsei de casa, não queria mais nada com ele. O tempo todo, eu fui a culpada. E o pior: Deixei que você acreditasse que ele era o culpado por tudo isso, me perdoe.

– TE PERDOAR?! Eu NUNCA pensei que sentiria tanto nojo de conversar com você Athena. - Deixei as palavras jorrarem.

Em seguida me levantei da mesa a qual estávamos sentadas, eu queria total distância dela.

– Annabeth, filha, por favor, você e Matt são tudo que eu...

– Cala a boca! Eu te odeio! - Gritei, correndo logo em seguida. De esgueira, pude ver Poseidon com o telefone em mãos, me encarando desapontado.

Eu corri pelas ruas da Carolina do Norte, sem saber ao certo aonde eu deveria ir. Eu sentia que meu coração poderia explodir do meu peito à qualquer hora, as notícias ruins estavam chegando a todo momento. Primeiro, sobre Percy, eu descobrira que ele era um criminoso, e que seu ato imprudente tinha sido jogado nas costas de Frederick.

Depois, eu descobri que a minha própria mãe havia se comportado como uma vadia, quando ainda estava casada. E que o meu padrasto, o pai do Percy e o mesmo cara que eu, as vezes sentia vontade de puxar uma amizade, era o culpado por todas as noites em claro pensando: 'Papai, por que o senhor nos deixou?'

– AHHHHHHHHHH!!! - Gritei com todo o ar dos meus pulmões. Eu só queria tirar toda essa dor de dentro de mim.

– Puxa, e eu que pensava que você era pacífica, Annie. - Ouvi uma voz feminina e grave, soar atrás de mim. Me virei lentamente me deparando com Thalia. Ela veio até mim.

– O que aconteceu?

Contei a ela tudo o que ocorrera comigo hoje. A morena suspirou após tudo o que eu havia lhe contado, e, istântaneamente senti minha cabeça ir em direção ao seu colo, em quanto ela afagava meus cabelos. As lágrimas que eu antes segurava, sairam todas ali.

– Cadê aquela Annabeth forte e selvagem que eu conheci algumas semanas atrás? - Ela me perguntou.

Fechei os olhos e só deixei que a água lavassa minha alma. Ou só sofrimento que eu estava sentindo aqui, agora.

– Você terminou com o Perseus? Eu soube que ele está muito mal; Luke teve que ir até ele prestar uma ajuda. Além de... - Ela travou. Me levantei do seu colo encarando seu rosto.

– Além de...? - Insisti.

– Além de ir na cadeia junto com ele, confessar o crime. Eu... sempre soube, afinal, eu fazia parte da 'turma do Nico'. Quer saber exatamente o que aconteceu aquela noite? - Sem pensar duas vezes, assenti. - Bom, era uma noite comum, sabe? Nós bebemos, enchemos a cara, alguns já tinham ido em bora, outros não se aguentavam em pé, enfim, cada um tinha uma situação diferente. Nico propôs irmos até a igreja, causar algumas coisas por lá. Como todos nós estávamos embriagados, ninguém pensou no que poderíamos fazer. - Ela suspirou. - Nós fomos para os fundos da igreja, Nico já havia acendido as bolas de fogo dele, e então... começamos.

– Começaram? - Perguntei.

– A jogar. Nico jogava as bolas para o alto e nós tentávamos pegar, sem nos queimar. Tudo estava muito bem, até que Luke, que já estava naquele estado feliz da bebida, cambaleou e sem querer, derramou a gasolina que ficava ali, como costume, no chão. Nico, que não tinha visto, jogou a bola flamejante na direção do loiro, afinal, era a vez dele pegar, mas...

– O fogo se juntou à gasolina e provou um incêndio. - Completei. Ela me encarou.

– Os verdadeiros culpados na verdade, seriam Luke e Nico. Eu nem estava lá direito. Nico me largou num canto qualquer, eu estava quase adormecendo quando vi esse ato ocorrer. Eu quis ir na polícia contar na mesma hora, só que eles me convenceram a ficar calada.

– Você fez mal. Um homem inocente foi culpado no lugar deles. MEU PAI! - Esbravejei. Eu estava com raiva de todos.

– Eu sei Annabeth. E sinto muito por tudo que fiz seu pai passar. Eu mesma estou arrependida, se eu pudesse voltar atrás teria confessado tudo. Juro! - Tentou se desculpar.

– Não tem problema... acho que estou mais desapontada com Percy. A gente estava hãm... namorando. E ele nem sequer teve a decência de me contar. - Lamentei. Thalia novamente me abraçou.

– Argh Annabeth, apesar de tudo isso, o Pers te ama, se eu fosse você, dava uma segunda chance a ele. O Luke e eu, sempre nos odiamos, eu nunca pensei que um dia chegaríamos ao ponto aonde estamos. - Me assegurou.

– Ponto aonde estão? - Perguntei.

– Morando juntos, e... noivos. - Ela me encarou, o rosto mostrando uma felicidade que a tempos eu não via em ninguém.

–Noivos?! Não acha cedo demais não?

– Não. Nossa história se estende bem antes da sua com o Perseu, Luke e eu nos conhecemos a anos. Já até tivemos um caso antes, sabia? - Arqueei uma sombrancelha.

– Por isso que você não se importou de ir com ele aquele dia na fes... - Interliguei todos os fatos. Mas é claro! - E terminaram por quê?

– Eu, bebidas, drogas, Nico... eu abandonei a minha vida por causa da minha mãe, e em consequência, larguei Luke também. - Dei de ombros. - Fizemos as pases, coisa que eu pensei jamais acontecer.

– Fico ainda mais feliz por você, Tha. Mas acho que Percy e eu não temos mais jeito. O que ele fez eu nunca serei capaz de perdoar.-

Cuidado com o que diz, Annie. Palavras fortes raramente são boas. - Me advertiu. Rolei os olhos.

– Bom, eu preciso ir já. Sabe... probleminhas aí. - Tentei fugir. Eu estava me sentindo estranhamente desconfortável na presença de minha "amiga".

– Problemas? Tá... - Me olhou desconfiada. - Eu também preciso ir. Luke deve estar me procurando. Bom, tchau! - E então, se virou. Respirei fundo e voltei pro hospital.

Athena e Poseidon permaneciam abraçados. Fiquei o mais longe possível de Athena, que chorava desesperadamente. Matt não saberia disso. Não ainda. Ele está muito novo e suportando dor demais para a idade dele.

– Srta. Annabeth? - A mesma enfermeira que conversou comigo dias atrás veio à minha direção, carregando uma prancheta e sorrindo. - Frederick quer vê-lo.

– E como ele está? - Ouvi a voz embargada de Athena, em quanto a enfermeira lhe contava o estado atual de papai, resolvi ir logo ao quarto.

Ele continuava do mesmo jeito: Deitado, me encaranco com aqueles grandes olhos brincalhões e sorrindo, como se nada estivesse acontecendo com ele, naquele momento.

– Oi Annie. - Sorri, e ele também.- Eu quero... argh... conversar com você. - Ele havia pausado para soltar um gemido de dor. Som que quase fez meu coração despencar.

– Papai... o que quer?

– Quero ir pra casa. - Alegou. - Não aguento mais ficar nesse hospital. Eu... tenho poucos dias de vida. Quero passá-los no lugar que me acolheu durante anos. Por favor. - Eu entendia toda a sua dor. E, se esse era seu último desejo, que assim seja.

– Vou conversar com a enfermeira, e os médicos. - Afirmei. - Acho que posso te levar pra casa ainda hoje.

– Obrigada filha. - Pediu. Assenti.

E então, voltei para a sala de espera, com a esperança de encontrar a mesma enfermeira que cuidara dele desde sempre, e o mais importante: Que ela entendesse sua vontade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Acreditam que já estamos no capítulo 15? OMG!

Mas enfim, o 16 chega ainda hoje.

Acho que só. Comentem!

#Miles partindo...