The Last Song escrita por Miles


Capítulo 13
Momento da verdade: Por que não me contou?


Notas iniciais do capítulo

GEEENTE, olha quem voltou mais cedo! Quero agradecer demais à Cabeça De Alga, Aly e, muito, muito, muito à Bianca Grace pelas recomendações tão lindas *--* A Bianca está comigo desde que eu entrei no site, então é realmente especial ver que ela continua aqui, sendo a maluca e doida de sempre, hahahahaha' Minha smiler preferida. Hoje foi minha reunião de pais, e no final explico como foi a... minha situação.

Espero que gostem. Não fui fã desse capítulo, mas até que gostei de como eu consegui escrevê-lo.



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Pov's Annabeth

Percy e eu havíamos acabado de estacionar na praia, aonde minha casa ficava. Durante todo o trajeto não trocamos nenhuma palavra, o que me fazia questionar se ele estava com raiva de mim.

– É... acho que finalmente conquistei sua mãe. - Murmurei. Logo em seguida ambos começamos a rir.

Sai do carro, vendo ele fazer o mesmo.

– Olha, eu sei que o casamento da sua irmã era importante, e se eu fiz algo te errado, me desculpe, eu só... - Fui cortada quando senti seus lábios quentes, pressionados nos meus.

– Shii... tudo bem, ok? O que seria de um casamento sem um bom drama familiar? - Apenas soltei uma risada empurrando-o de leve e mordendo sem força meus lábios.

–Vem gente, anda, papai acha que as tartaruguinhas vão nascer agora!! - Matt gritava afobado vindo em nossa direção. Percy, que mantinha as mãos segurando minha cabeça em quanto me dava incontáveis selinhos, me soltou e se virou para meu irmãozinho.

– Matt, você está brincando? - Perguntou.

– Não, é sério! Papai acha que as tartarugas vão nascer agora, venham! - Ele me puxou pela mão, me arrastando aonde as gaiolas estavam.

Percy foi para dentro da minha casa, o que foi estranho. Porem, logo ele apareceu no local segurando uma lanterna. Frederick tirou a gaiola de cima das tartarugas, que cada vez mais lindas, saiam de seus ovos.

– Isso é muito lindo. - Murmurei. Percy me deu um lindo sorriso.

Ele ligou a laterna, e mirou a luz em cima das pequeninas, que agora corriam em direção ao mar.

– Pra que isso? - Matt perguntou.

– É para ajudá-las a chegar mais rápido no mar. - Ele respondeu. Suspirei. Ele era um namorado um tanto quanto incrível.

– Boa ideia, eu vou ver se tem mais algumas lá em casa. - Frederick anunciou, todos concordamos.

Em quanto papai procurava as lanternas, Matt e eu deslizamos nossas mãos sobre a areia, marcando-a. Colocamos as tartarugas no lugar marcado, para que elas soubessem aonde deveriam ir.

De esgueira, vi papai voltando de casa sorridente, trazendo com sigo mais duas lanternas. Sorri para ele apontando para os pequenos filhotes, que em breve conheceriam a vida selvagem.

– Elas são muito fofas! - Matt gritava a todo momento.

Quando me virei de novo a Frederick, vi uma cena que me traumatizou para sempre: Ele estava ajoelhado, segurando a barriga, como se tentasse fazê-la parar de doar. Fechava seus olhos com força, como se repremisse a dor, e as lanternas que ele antes segurava, estavam bem ali, caidas aos seus pés.

[...]

Hospital Municipal da Karolina Do Norte - 17/12/2010 - 7:45 p.m

Eu andava por entre aqueles corredores de um lado para o outro. Esse era o hospital aonde Frederick havia se internado uma vez, e nem ao menos tinha me avisado. Eles o levaram e até agora, não havíamos recebido notícias dele.

Encostei numa parede e deslizei até o chão. O meu cabelo estava bagunçado, a maquiagem borrada devido as lágrimas e meu vestido, estava sujo. Eu estava igualzinha à um monstro.

Ao longe, pude havistar uma enfermeira. Assim que ela me encarou, abriu um sorriso fraco, como se não trouxesse notícias muito agradáveis. Meu corpo todo esfriou, como se meu coração estivesse parando de bater lentamente, ao pensar na possibilidade de papai não ter sobrevivido ou algo pior.

– Não devia ir pra casa trocar de roupa? - Ela me perguntou. Nem me dei ao trabalho de responder, apenas a fitei com a expressão mais irônica que eu podia fazer. - Vai assustar as outras enfermeiras.

– Como ele está? - Perguntei. Ela suspirou. Mau sinal.

– Annie, você sabia que seu pai tinha câncer? - Arregalei os olhos. Senti uma imensa vontade de chorar mais me controlei.

– Não, eu não fazia ideia disso. - Já sentia minha voz embargada pelo choro que queria sair. - Ele vai ficar bem? Por que ele não me disse nada?

– Seu pai descobriu a doença a cinco meses, nós o tratamos como se ele fosse da nossa família, e pra falar a verdade, ele é. Mas... de uns meses pra cá, ela se agravou mais. O câncer não estava só nas artérias, ele começou a se espalhar pelo corpo.

Pensei em várias partículas venenosas, que nesse momento caminhavam pelo corpo de Frederick.- Tememos que assim que ela se espalhe para todo o corpo, bem... ele não sobreviva. - Ela soltou uma risada fraca. Falsa e fraca.

– Tá, mas... por que ele não me disse isso a cinco meses? Eu teria vindo antes, eu...- Seu pai Annabeth, estava muito ansioso pela sua chegada, e de seu irmãozinho Matt. Falou de como estava louco para reencontrar vocês após aqueles anos. Nós o aconselhamos a contar a vocês logo de cara, mas Frederick como sempre teimoso, nos fez garantir que guardaríamos segredo.

– Por quê? - Perguntei sentindo meus olhos já acumularem água.

– Eu acho que ele queria aproveitar essas últimas férias da vida dele com os filhos, sempre sorrindo e se divertindo, e não precisando os preocupar. Desde que chegarem, ele mostrou um resultado melhor do que os meses atrás com o tratamento. A presença de vocês é um remédio pra ele. - Fechei os olhos sentindo todas as lágrimas antes guardadas, transbordarem.

Apoiei minha cabeça no ombro da enfermeira, que acariciou o meu cabelo e murmurou palavras de reconforto. Matt e Percy estavam na lanchonete do hospital, e Cabeça De Alga me prometeu que faria Matheus comer alguma coisa.

– Seu pai já acordou, se quiser ir vê-lo... - Ela murmurou ocasionalmente, me fazendo levantar e correr até o quarto aonde Frederick se encontrava.

Respirei fundo e entrei.

Lá estava ele. Deitada, com as olheras profundas, e com um monte de aparelhos, tubos e seringas trabalhando em seu corpo. Assim que me viu, abriu um sorriso e começou a levatar a cama hospitalar, brincando. Ignorei o fato de que ele estava tentando me distrair, e fui direto ao ponto:

– Por que não disse antes?

– Calma Annie, eu só...

– Sabe o quanto essas férias estavam significando pra mim? Descobrir que você tem essa doença, acabou com a minha vida e... - Engoli o choro, mas logo deixei que mais água caisse de meus olhos. Abri os olhos lentamente, vendo que o lábio inferior de papai já tremia, devido ao choro que já se manifestava nele.

– Eu sei querida, venha... - Ele abriu os braços, e eu fui ali, deitar com ele. Eu já derramava todas as lágrimas de dor, tristeza, saudades, perda... todas as lágrimas que eu já quis libertar durante toda a minha vida.

– Eu te amo pai.

– Também te amo, querida. - E então eu fiquei ali, sem pensar no tempo, apenas aproveitando a companhia de Frederick.


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Notas finais do capítulo

Como foi a reunião: Meu professor de matemática ficou umas meia-hora falando que faltou, CINCO DÉCIMOS, pra eu passar, e que mesmo assim eu terei que fazer a recuperação. Eu tenho aula terça, quarta, quinta recuperação e então: Milena livre para escrever na fic. Então fiquem avisados, agora é pra valer: Só após quinta feira que o capítulo 14 deve sair.

Segunda coisa: CHEGAMOS AOS 200 REVIEWS! Isso galera! Fantasmas, eu conheço alguns, ok?

(Marie, Danielle Santana, Amanda Potter...)

Algumas que favoritaram, comentem por favor! Autora querendo chegar aos 400 antes do final da fic ahsuahsuahsuahsa' Espero que tenham gostado.