Always escrita por LuisaSantos


Capítulo 4
I want you.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora folks.
Aqui está mais um capítulo, aproveitem.



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Kate

Depois que Castle saiu do interrogatório com Ryan e Esposito, Kate achou que nunca mais o veria, e não sabia se ficava feliz ou não com esse pensamento. Ele poderia ter todo o charme do mundo e ser muito bonito, mas ele mentiu para ela. E não foi uma mentira do tipo “Sou médico, não sou casado e não tenho filhos.” que os homens costumavam contar num encontro, foi uma mentira sobre sua investigação! E isso ela não suportava.

Então ela o viu vindo em sua direção, não acreditou que ele iria falar com ela, não queria mais ser hipnotizada por aqueles olhos e ouvir mais mentiras, ela sabia que ele só queria dormir com ela...

-Eu sei, eu só queria pedir desculpas. – ele disse depois que ela, praticamente, o mandou embora.

“Calma, ele acabou de pedir desculpas?” ela pensou.

-Pelo que? – ela perguntou, um pouco incrédula sobre a resposta ser algo convincente, bom e verdadeiro.

-Por eu ter sido um idiota. Por eu ter mentido pra você. Por eu ter te deixado nervosa... Não era isso que eu queria – ele se aproximou dela, buscou seu olhar e ela pôde ver, mais uma vez, o brilho de seus olhos, aqueles lindos olhos azuis. Ele estava tão perto que ela podia sentir sua respiração quente. – eu só estava tentando fazer o que Michelle queria, sinto muito. – Enquanto ele terminava de falar ela pôde ouvir seus próprios batimentos cardíacos, de repente suas mãos começaram a suar e ela não conseguiu falar mais nada. Então ele saiu. Tão rápido que ela nem conseguiu falar para ele parar, falar que acreditava nele, falar que o perdoava.

Ela não sabia o que estava acontecendo com ela, ficar assim, sem conseguir falar nem uma sílaba que fosse diante de um homem? Ainda por cima um homem que ela conhecia há menos de 24h? Não, simplesmente não era ela.

“De volta ao trabalho Kate. Só... esquece!” Ela disse pra si mesma, tentando tirar Castle da cabeça. Mas era necessário porque ela tinha que prender uma pessoa.

Quando se recuperou, chamou Ryan e Esposito para irem verificar a pista que Castle tinha dado.

Castle

Castle foi para casa pensando em Kate no caminho todo. Ele não sabia por que tinha se aproximado tanto dela, por que não parava de pensar nela.

Também não sabia por que ela não falara nada em resposta ao seu pedido de desculpa que, para ele foi um excelente pedido de desculpas! Será que ela teria ficado brava? Será que ela pensou que ele estava mentindo? Ele não queria isso. Ele queria... Nem mesmo ele sabia o que queria.

Não... Ele sabia SIM!

Queria segurá-la em seus braços, beijá-la, abraçá-la. Tê-la só pra ele.

“No que você está pensando Castle? Você nem conhece essa mulher. Nem ela você!”

De nada esses pensamentos adiantaram, ele continuava pensando em Kate. Em seu sorriso, em seus olhos, em seus lindos cabelos castanhos...

Chegou em casa e encontrou Alexis, sua filha lendo. Pensou em conversar com ela, mas achou que não era muito apropriado. Às vezes ele esquecia que ela só tinha 15 anos, era tão madura. Muito mais madura que ele quando tinha sua idade.

-Oi pai, está tudo bem? – ela levantou-se e o abraçou.

-Estou querida, por que a pergunta?

-Sei lá, você está meio... Estranho.

-Estou cansado, só isso.

-Não consegue escrever ainda?

-Não... – Odiava admitir isso em voz alta. Seu prazo estava acabando, ele precisava de uma história. – Mas vou tentar. – levantou-se, deu um beijo na filha e foi para o escritório.

Sentou-se na frente do computador, mas, de novo, tudo que pensava era Kate.

E foi assim que conseguiu escrever. Kate fez com que ele conseguisse inspiração. Kate era sua inspiração, mesmo a história não tendo nada a ver com ela.

Ficou escrevendo até o sol surgir novamente e finalmente, em semanas, conseguiu acabar o livro, já pensando em outro.

Depois de dormir um pouco, ligou para o prefeito para pedir um favor.

Kate

Depois de mais um dia difícil conseguiram resolver o caso.

Acontece que Michelle estava, sim, devendo dinheiro ao James Black, mas ele não era seu assassino.

Era sua amiga... Problemas de inveja ou algo assim. Odiava como pessoas gananciosas podiam causar tanta dor.

Ryan e Esposito a convidaram para tomar alguma coisa, mas disse que não iria. Além de ter papelada para fazer, não conseguia parar de pensar e Castle e não queria que seus amigos percebessem que estava estranha.

Eles saíram e ela se afundou na cadeira. Não conseguiria pensar em mais nada além dele, então foi para casa.

Tomou um copo de vinho e, como estava exausta, foi dormir. Pelo menos tentar dormir.

Quando encostou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos uma imagem se fez em sua mente: Castle.

Castle lhe pedindo desculpas. Ele ali, tão perto dela.

Com essa imagem, pegou no sono.

E Castle invadiu seus sonhos também. Sonhou que ele a pegava pela cintura, puxando-a para mais perto dele, até estarem poucos centímetros um do outro. Então, ele passa sua mão entre seus cabelos e a beija gentilmente. Nada além disso, mas foi um sonho tão bom.

Ela pôde sentir-se amada, desejada. Castle não tirava sua mão dela, nem ela conseguia o largar. Tudo que ela sempre queria...

Então o despertador a acorda, tirando-a de seus devaneios.

“Por que eu programei essa droga mesmo?” Ela lamentou. Nem precisava estar na delegacia agora. Quer dizer, tinha que terminar a papelada de ontem, mas isso podia fazer depois.

Foi tomar um banho, esclarecer a mente. Não podia ficar pensando em Castle, principalmente desse jeito. Mas não conseguia, simplesmente não conseguia. Então decidiu passar em sua casa, não para beijá-lo ou coisa assim, só para contar o que tinha acontecido com o caso de Michelle.

Quando chegou ao apartamento e parou em frente à porta, imaginou que, talvez, não tenha sido a melhor ideia que ela já teve, mas já estava ali...

Bateu.

Nada.

Bateu de novo.

Nada ainda.

Quando bateu pela terceira vez, decidiu ir embora. Estava indo quando Castle abriu a porta.

-Oh, oi detetive Beckett. Desculpa a demora, estava no telefone. O que posso fazer por você? Veio me prender de novo? – ele disse com um sorriso de criança sapeca no rosto.

Kate desviou o olhar para não pensar naquele sonho de novo.

-Oh, não, não – ela sorriu – vim aqui para te contar que pegamos o assassino. Ou melhor, A assassina.

-Sério? Quem era?

-Sarah... A suposta amiga dela...

Kate olhou pro chão e mordeu seus lábios. Uma mania sua. Não conseguia olhar para Castle, sabia que iria fazer uma besteira se o fizesse.

Castle

Enquanto estava no telefone Castle ouviu alguém batendo em sua porta. Decidiu ignorar. Mas a pessoa era insistente e, assim que desligou o telefone abriu a porta.

Kate!

“O que ela está fazendo aqui?” ele pensou. Se ela chegasse perto dele era bem provável que não se controlaria. Ainda mais se ela olhasse para ele e sorrisse.

-Oh, não, não – aqueles lábios perfeitos sorriram, para ele. Castle estava lutando para não correr e tomá-la em seus braços. – vim aqui para te contar que pegamos o assassino. Ou melhor, A assassina.

Eles trocaram poucas palavras, ele não conseguia falar nada. Imaginava por que ela estava ali se podia ter ligado. Ou então, podia não ter ligado...

“Ela se importava comigo?”

Os olhos de Kate não o encontrava. Ela estava olhando para o chão. Talvez fosse melhor assim, ele não queria fazer nada que ultrapassasse seus limites, mas não resistiu em chegar mais perto.

Pegou sua mão. Ela olhou para ele, ele pôde ver o brilho de seus olhos. Ele resistiu para não beijar aquela boca perfeita...

-Obrigada por vir aqui me avisar, muito atencioso de sua parte. – agora estavam um pouco mais perto.

-Por nada, achei que deveria afinal ela era sua, hum, amiga.

Ele se aproximou mais, queria tê-la e não conseguia mais resistir.

-Hum, eu tenho que ir, é, tchau.

Ela se livrou dele tão rapidamente e ele a viu ir embora.

Kate

-Obrigada por vir aqui me avisar, muito atencioso de sua parte. – Castle estava ainda mais perto dela do que na sala de descanso, na delegacia.

O que era tudo aquilo? O pior de tudo é que ela gostava dessa aproximação.

Evitou olhar nos olhos dele por um bom tempo então cedeu.

Ela não podia mais ficar ali, não podia beijá-lo. Era loucura, era errado... Mas parecia tão certo.

Tentou sair dali, mas parecia que seu corpo não a obedecia, até que consegui falar.

-Por nada, achei que deveria afinal ela era sua, hum, amiga. – nesse instante eles estavam tão perto que, se um dos dois se mexesse ara frente, iriam se beijar. Era isso que ela queria, a boca dele na dela, mas não podia. Ela nem sabia se ele era confiável ou não, afinal ele mentiu para ela. Então decidiu sair dali antes que algo acontecesse mesmo.

-Hum, eu tenho que ir, é, tchau.

E foi. Sem olhar para trás. No fundo desejando que ele a seguisse e a impedisse de ir com um beijo.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?



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