Titans And New Teen Titans escrita por BBrae


Capítulo 6
Adaptações


Notas iniciais do capítulo

Bem, digamos que nesse capitulo teremos o começo de um interessante romance. Beijos da BBRae.



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Galpão Abandonado, San Francisco.



Do outro lado da cidade, Slade Wilson observa toda a conversa dos Titãs pelas suas câmeras escondidas. Apesar do sistema de segurança super avançado, conseguira passar despercebido e colocado as câmeras durante a noite.

– Quando nós iremos atacar papai? Eles já estão todos juntos, não era isso que você estava esperando? – Pergunta a garota mascarada ao seu lado.

– Ainda não filha. Eles podem estar juntos, mais ainda não estão unidos. Preciso deles como eram antes, pois assim sofrerão mais com meu plano. – De repente a garota se apoia na cadeira do pai e começa a ofegar. O pai olha para a garota e diz: - Está na hora de mais uma dose querida. – Vai até uma gaveta e pega uma seringa. “O efeito da droga está passando cada vez mais rápido. Se eu não achar uma solução para o problema, logo não fará mais efeito.” Pensa ele enquanto injeta a droga na veia do pescoço da garota. Esta cai de joelhos devido a forte dor de cabeça. O homem se senta novamente e continua.

– E também, não acho que esteja pronta para isso Rose. – A garota se levanta e diz:

– Eu não estou pronta? – O homem olha para ela e diz severamente:

– Sim Rose. Você hesitou em matar os últimos Titãs. E isso quase levou meus planos ao fracasso. Isso é algo que não posso deixar para trás.

– Eu não vou fracassar papai.

– Eu não posso arriscar. Eu achava que você fosse igual a mim. Mas me enganei. Você é igual seu irmão ingrato. – A garota olha sem acreditar para seu pai. Rapidamente pega uma adaga e grita:

– NÃO PAPAI! – E crava a adaga em seu olho esquerdo. O sangue jorra e a garota cai ao chão. Coloca a mão sobre o olho recém-ferido e sussurra:

– Eu sou igual a você sim, Papai! – Ela o olha e retira a mão de seu olho. Slade olha horrorizado para o que antes fora um belo olho azul. Agora tudo o que restara era sangue e um horrível buraco. A garota sorri e diz:

– Agora eu sou igual a você!




Torre Titã, San Francisco.



– Bom, esse é seu novo quarto. – Diz Mutano para Ravena ao entrarem em um dos quartos da Torre. – Ele é um pouco despojado, mas é só você colocar aquelas velas e incensos iguais a que você tinha antigamente e ai ele será sua cara. Se quiser saber a minha opinião, acho que ficaria ótimo se colocasse umas luzes negras naquele canto ali. – Diz apontando para o lado esquerdo da cama. Como Ravena nada disse, Mutano coça a cabeça e diz sem jeito:

– E então? O que achou? – Ravena o olha e lhe lança um sorriso fraco e diz:

– Está ótimo Gar. Obrigado por tudo. – Mutano pisca e se apoia em uma mesinha ao lado. Sua mão escorrega e ele cai ao chão. Ravena vai até ele e o ajuda a levantar.

– Você está bem? – Pergunta ela. Mutano abre um sorriso bobo e fica extremamente vermelho, se é que isso fosse possível já que ele era verde.

– Estou ótimo. Eu só...só escorreguei. – Ravena ergue uma sobrancelha e só então percebe que ainda estava com as mãos nos braços de Mutano. Um arrepio inexplicável passa pela sua pele fazendo-a largá-lo rapidamente. Mutano, já recuperado do que quer que tivesse acontecido com ele, vai até a porta e diz para empata:

– Ravena? – Ela olha para ele e diz:

– Sim? – Ele a olha e sorri abertamente, mostrando suas belas presas e Ravena teve uma grande sensação de nostalgia.

– Acho que eu fui o único que não lhe dizer. É muito bom tê-la de volta. – Ravena sorri e ele sai satisfeito.

– É muito bom mesmo tê-la de volta. – Sussurra para si mesmo e vai até a garagem encontrar com o Ciborgue.


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– Olha aqui “Asa Noturna” – Grita Estelar para seu companheiro – Você não tem direito de mandar aqui entendeu? Você não é mais nosso líder. Vic é que é o nosso líder então faça um favor a si mesmo e a nós também e vá bater suas asinhas em outro lugar por que aqui ninguém quer você.

– Calma Kory – Diz Ciborgue para a amiga tentando a acalmar. – Dick está aqui para nos ajudar a pegar o Slade esqueceu? – Estelar lhe lança um olhar faiscante e diz entre os dentes.

– Vai ficar do lado dele Vic?

– É claro que não, mas...

– Eu sei do motivo de eu ter que aturar olhar para essa cara feia todo dia, mas já faz uma semana e nós não temos nenhuma pista do paradeiro de Slade e não vejo Asa Noturna fazer nada para mudar essa situação. Então não fará nenhuma diferença se ele voltar para as asas de Batman. – Dick se aproxima de Estelar e coloca uma mão sobre os ombros dela. Ela paralisa ao sentir o toque dele sobre sua pele e todo seu corpo se aquece. Amaldiçoando o fato de ele ter ainda tanto poder sobre ela se vira e lhe lança um olhar frio fazendo-o recuar rapidamente.

– Estelar, desculpe mencionar isso, mas se não fosse por mim vocês nem saberiam que o autor desses assassinatos é o Slade.

– Fato que ainda nem temos certeza de que é real não é mesmo. Nós nem temos certeza se é Slade ou não.

– Só pode ser ele. – Diz Dick já perdendo a paciência. Dá um passo em direção a ela e a encara seriamente.

– Mas pode não ser. – Estelar se aproxima também sem desviar os olhos dos dele. Ciborgue, cansado de ouvir a discussão, aproveita a oportunidade e sai de fininho do laboratório.

– Você é a pessoa mais teimosa que já conheci sabia? – Dick continua, alheio a saída do velho amigo.

– E você é o mais imbecil que eu já tive o desprazer de conhecer. – Devolve Estelar. Dick finalmente se dá conta da aproximação perigosa em que estava. Estelar estava próxima demais, e tentadora demais. Não podia negar que seu novo uniforme era demais para qualquer sanidade humana. Desde que a vira novamente não conseguia tirar os olhos dela. E para piorar, lembranças do passado, de um fim de tarde exaustivo em que acabaram de derrotar um vilão japonês, vinham em sua cabeça. A felicidade que havia sentido após aquele beijo sempre o atormentava. E como ele queria, ah deus como queria, ter aquela felicidade novamente. Ali, tão perto dela novamente, se perguntou se sentiria isso se diminuísse a distancia entre os dois e tomasse seus lábios em um beijo simples. Uma olhada nos incríveis olhos verdes e brilhantes de raiva o fez sorrir. Com certeza sentiria e com certeza não seria um beijo simples. A imagem se formou rapidamente em sua cabeça, fazendo com que um desejo insano crescesse dentro dele. Achava que seria impossível, mas ele ainda amava aquela Tamarana. Lentamente ele se aproxima mais e pega em uma mecha de cabelo vermelho de Estelar, colocando-a delicadamente atrás da orelha. Os olhos de Estelar se arregalam assustados devido ao gesto inesperado. Sua respiração começa a se entrecortar devido ao seu coração descompassado. Dick inclina a cabeça e sussurra.

– Porque você não admite logo que precisam de mim? – Isso foi como um choque de realidade em Estelar, que o afasta com um grande empurrão. Dick se desequilibra e teria caído se não tivesse se apoiado em uma mesa. Com um olhar triste, mas determinado, Estelar diz:

– Quando nós precisamos de você Dick, você nos abandonou. Agora nós já aprendemos a viver sem você. – Ela se vira e vai até a porta. Antes de sair acrescenta. – Pode continuar aqui se quiser, mas não se engane se acha que conseguirá nosso perdão. Ninguém o quer aqui Asa Noturna. – E sai porta afora. Precisava muito conversar com seu velho amigo tamariano.

Dick se levanta lentamente e vai até uma janela. Robin, que havia ouvido toda a discussão escondido, se aproxima de Dick e diz:

– Ela está mentindo Asa Noturna. – Dick o olha e sorri. Batman tinha arrumado alguém muito parecido com ele para ser o Robin. – Você é muito importante aqui, mas do que imagina.

– Você acha? – Pergunta Dick.

– Tenho certeza. Fui o segundo a ser recrutado pelos Titãs para ser um Novo Jovem Titã e vi como eles estavam antes. Apesar de tentarem aparentar estarem bem, vi que era apenas fachada. Os velhos tempos os atormentavam. Eles queriam estar juntos e unidos, mas sabiam que não conseguiriam, pois faltavam dois de seus amigos. E a falta deles era demais para suportar. Agora Ravena voltou e você também está aqui. Mesmo eles ainda estando muito magoados com você, todos estão juntos agora. E todos nós, eu, Moça-Maravilha e Kid Flash, notamos a diferença. Ela é visível. Então Estelar mentiu. Eles precisam muito de você, só não se deram conta disso. – Dick sorriu e diz olhando para a janela novamente.

– Eu cometi muitos erros Tim. Abandonei-os quando mais precisaram. Quando me dei conta disso já era tarde demais. O conhecimento do ódio deles sobre mim e a vergonha do que eu fizera fez com que eu nunca entrasse em contato com eles. Tentei esquecer tudo e todos, até mesmo adotei outro nome, mas nada adiantou. Os Jovens Titãs sempre estiveram em meu coração. – Robin ergue uma sobrancelha e dá um tapinha amigável nas costas de Dick e diz:

– Encare o seguinte. A volta de Slade foi uma oportunidade que a vida deu a você para se redimir com seus amigos e tê-los em sua vida novamente. Então aproveite a oportunidade. – Robin se afasta e acrescenta – Eu, Cassie e Bart vamos dar uma volta, qualquer problema é só nos chamar. E pense no que eu disse Dick. Até mais. – E sai do laboratório deixando um Dick muito pensativo sozinho.


–--


Ciborgue, após deixar o laboratório, se dirige até a garagem. Chegando lá, encontra um homem verde debruçado sobre seu novo carro. Ciborgue sorri e diz:

– Gostou Abacate? – Mutano olha para o amigo e abre um sorriso de orelha a orelha.

– Se eu gostei lata velha? Eu adorei. Dessa vez você se superou amigão. – Ciborgue se aproxima e dá um empurrão em Mutano.

– Quer parar de babar nele Abacate? Ainda faltam alguns ajustes finais e ai sim ele estará incrível. E para sua estreia na estrada eu não quero nenhuma mancha, entendeu? – Mutano faz uma cara emburrada e se afasta sentando em uma mesa. Ciborgue pega algumas ferramentas e se mete debaixo do carro. Mutano pega uma chave de fenda e começa a brincar distraidamente com ela.

– Estava com Ravena agora pouco. Fui levá-la até seu novo quarto. – Ele diz para o amigo que pergunta:

– Sério? E o que ela achou dele? – Mutano abre um sorriso sem que percebesse ao lembrar do sorriso que ela lhe lançou.

– Ela adorou. É claro que ela vai encher ele daquelas parafernálias góticas que ela ama, mas o quarto em si ela amou.

– Que bom saber disso. – Diz Ciborgue de debaixo do carro. – Depois de tudo que sofremos com a sua morte foi uma benção ela ter voltado. O mínimo que podemos fazer por ela é ajudá-la a se adaptar aos novos tempos.

– Acho que não é só ela que tem que se adaptar. Kory não está facilitando para Dick.

– E não para menos. Mas querendo ou não, estou feliz por ele estar aqui.

– Eu também Vic – Mutano coloca a chave de fenda em cima da mesa e olha para os pés de Ciborgue. Era a única parte do amigo que estava visível. – É como se os seis anos passados não existissem. Como se nunca tivéssemos passado por tudo aquilo. Isso é reconfortante. Pena que Kory não veja isso seria muito menos difícil para ela.

– É. Mas Dick merece um pouco de gelo.

– Vindo de Estelar eu diria que é um Iceberg. – Mutano ri e Ciborgue pragueja quando óleo cai em sua boca. Cuspindo, sai de debaixo do carro e pega um pano sobre a mesa. Olha para o amigo e ergue a única sobrancelha que tinha.

– E então, Ravena mudou pra caramba não acha? – O tiro foi certeiro. Mutano não consegue evitar que um sorriso se formasse em seus lábios.

– E como mudou. Parece até outra pessoa.

– Mas é outra pessoa, é outro corpo. – Diz Ciborgue sorrindo. – E um corpo muito bonito, aliás. – Mutano sorri mais abertamente concordando com o amigo. – Eu senti uma enorme felicidade quando vi a pedrinha vermelha na testa da mulher que você estava carregando quando entrou correndo no laboratório. Soube na hora que era Ravena. Então imagino o que você deve ter sentido quando a encontrou. – Mutano o olha ao notar o tom malicioso que o amigo tinha. Ciborgue abre um sorriso e acrescenta: - Afinal, você sempre foi a fim da Ravena. – Mutano arregala os olhos e diz furiosamente:

– O que? Ta maluco Lata velha? Da onde você tirou tamanha besteira? – Ciborgue continua rindo e se afasta um pouco.

– Calma, calma verdinho. Não adianta negar, todos sabemos que aquelas briguinhas de vocês eram tudo fachada. – Mutano se levanta rapidamente da mesa e grita:

– Vocês são é malucos isso sim. Ravena me odeia e eu, bem, fiquei triste quando ela morreu, afinal ela é uma Titã. E foi apenas isso, ok? - Ciborgue olha um pouco para o amigo e depois diz:

– Ok, ok. Não está mais aqui quem falou.

– É bom mesmo. – Mutano se encaminha para a porta e pergunta:

– Vou pedir uma pizza para mim, quer que eu peça uma para você? – Ciborgue pega outra ferramenta sobre a mesa e diz:

– Não. Eu vou fazer um ultimo ajuste aqui e darei uma volta com essa belezinha para testar. Como no caminho.

– Ok. Até mais Lata Velha.

– Até abacate. Depois podemos jogar um pouco de videogame como nos velhos tempos. – Diz Ciborgue já entrando para debaixo do carro.

– Está combinado.


–--


Após terminar de arrumar o quarto do jeito que a deixasse confortável, Ravena dá uma breve meditada. Quando seu estomago começa a protestar de fome, ela abre os olhos e sai do seu quarto. Vai até a cozinha e encontra Mutano entretido com um pedaço de pizza. Ela era provavelmente vegetariana, mas isso não impediu sua boca de salivar. Ravena se aproxima da mesa e senta ao lado de Mutano, o sobressaltando.

– Ravena? – Sem dizer nada, Ravena começa a pegar uma fatia de pizza. – Ravena, eu pensei que você fosse ficar no seu quarto descansando, se eu soubesse que você viria aqui teria pedido outro sabor de pizza além da vegetariana. – Sem ligar para o que Mutano dizia, Ravena dá uma grande mordida na sua fatia. Mutano escancara a boca.

– Ravena, desde quando você come Tofu? – Ravena o olha e diz:

– Quando se está com fome, come qualquer coisa. E eu estou com muita fome. Acho que não como pizza a seis anos. – Mutano abre um sorriso e se serve de outro pedaço de pizza.

– Provavelmente. – Dá uma mordida e olha para Ravena. Ciborgue tinha razão. Ravena era muito bonita.

– Onde está todo mundo? – Pergunta a empata já terminando seu primeiro pedaço de pizza e pegando outro.

– Kory discutiu com Dick e foi para Tamaran espairecer. Ciborgue foi testar seu novo carro, Dick deve estar enfurnado no laboratório tentando descobrir alguma pista sobre Slade e os três pestinhas foram ao cinema. Então só sobramos nós dois para devorar essa pizza deliciosa. – Para afirmar o que dizia, dá uma bela mordida na sua fatia.

– Não posso dizer que é deliciosa, pois estaria traindo os meus ideais. Mas admito que ela veio bem a calhar. – Notando o olhar de Mutano sobre ela, coloca sua fatia na mesa e volta seus olhos violeta para verdinho que enrubesce na hora.

– Muito bem, agora fala. Tem algum problema Gar? – Pergunta para ele.

– Problema? Que problema? – Diz Mutano sem jeito.

– Não sei, é isso que queria saber. Desde o momento que abri meus olhos eu venho notando que você fica me olhando de forma esquisita, como se esperasse que eu sumisse no ar.

– Bom...- Mutano passa as mãos pelos cabelos hesitando um pouco. – Acho que é por ai. Entenda Ravena. Passei seis anos pensando que você estava morta e que nunca mais a veria. Apesar de ser muito bom, é estranho te ver aqui novamente. É como se fosse uma ilusão.

– Eu sei que todos aqui se sentem assim. Mas apenas você me olha desse jeito.

– Bom, é que você me surpreende. Você não age mais como antes. Não me lança mais palavras afiadas e nem sarcásticas. Hoje você até mesmo me disse obrigado. É demais para assimilar de uma vez não acha? – Ravena se levanta e vai até a janela onde observa o pôr do sol.

– É justo. Só achei que não havia necessidade de ser como eu era antes diante das circunstancias. Todos já são adultos então não há necessidade de eu agir como criança birrenta. – Mutano se levanta e vai até ela. Coloca uma mão em seu ombro a fazendo olhar para ele.

– Quando perguntei a você se se sentia culpada, você me respondeu que um pouco. Mas é muito mais que um pouco não é mesmo? – Pergunta ele olhando-a fixamente para aqueles olhos violetas. Ravena suspira e responde baixinho:

– Eu não consigo parar de pensar que se eu tivesse sido mais forte, que se eu tivesse lutado mais contra meu lado negro, nada daquilo tivesse acontecido. Que não haveria tido nenhum sofrimento causado por mim. Que os titãs estariam unidos durante todo esse tempo. – Mutano sorri e se aproxima mais dela. Queria abraçá-la para confortá-la, mas não ousava.

– Ravena, pare de se culpar. Você fez o seu melhor, nós fizemos nosso melhor. Não há um culpado. E agora nós finalmente temos a chance de sermos os Titãs Unidos de novo. Você está aqui, Dick está aqui. Aos poucos vamos recolhendo os pedaços quebrados e seremos uma família grande e feliz novamente. – Ravena abre um sorriso fraco. Quem diria que o garoto insuportável crescera tanto que a estava consolando.

– Queria que todos pensassem assim. – Diz finalmente.

– Vão pensar, pode acreditar. – Mutano abre um sorriso e acrescenta. – Nunca imaginei que um dia fossemos conversar sem brigar. Odiando-me do jeito que você me odeia, isso nunca passou pela minha cabeça. – Ravena inclina a cabeça e o observa enquanto fala.

– Eu nunca te odiei Gar. – Mutano olha sem acreditar no que ela falava. – Bom, talvez tenha te odiado quando nos conhecemos. Não odiava você, odiava o que você me fazia sentir. – Mutano engole em seco. Do que essa garota tava falando?

– A sua felicidade, sua alegria, era contagiante. Sempre fui treinada a trancar minhas emoções, mas devido as suas brincadeiras e sua enorme energia positiva, eu era tentada a me entregar a essa energia. E isso dificultava e muito a deixar minhas emoções trancadas. – Mutano nada fala, apenas a escuta atentamente com certo nó no estomago. – Logo decidi que você não tinha culpa, você tinha direito de ser feliz. Mas eu tinha que te manter distante de mim, por isso o atacava daquele jeito. E você me ajudou tanto, então é impossível te odiar.

– Te ajudar? Eu nunca te ajudei. – Diz ele finalmente sem entender.

– Você me ajudou com Malchior – Lembra ela a ele.

– Aquilo? Aquilo não foi nada. – Mutano passa a mão pelos cabelos sem jeito.

– Foi o suficiente para mim. E teve também a moeda. – Ao escutar essa palavra, Mutano coloca rapidamente a mão no bolso da calça e aperta o objeto metálico que ele sempre carregava consigo. – A sua moeda da sorte. Você me deu ela quando Trigon me usou como sua gema. Eu tinha certeza que iria morrer naquele dia, mas sobrevivi, e a terra também. Então acho que sua moeda me deu sorte. E como foi você que me deu ela, posso então dar o crédito pela minha sobrevivência a você. – Mutano não conseguira resistir. Ravena estava tão serena e tão acessivel que foi impossivel se segurar.

Ravena não podia prever o que iria acontecer a seguir, pois não estava em seus planos. Mutano diminui a distancia entre os dois e a envolve em seus braços antes de pressionar seus lábios verdes nos dela. Ravena arregala os olhos e faz menção de afastá-lo. Mas o beijo de Mutano era tão suave e tão carinhoso, que ela não conseguiu resistir a beleza que aquilo proporcionara. Suas mãos, ao invés de afastá-lo com um empurrão, envolveram a nuca do verdinho, se emaranhando na cabeleira dele. Seus olhos se fecham e Ravena se entrega ao prazer do momento. É querida princesa das trevas, quem diria que o verdinho tinha seu charme.







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Notas finais do capítulo

Uia, o que será que acontecerá com Mutano e Ravena? E Estelar, será que vai conseguir perdoar Dick? Mais coisas serão esclarecidos no decorrer dos capitulos. Até a proxima.