Darkness In My Life escrita por Luiza Payne


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

EEEEEEEEEEEEI, desculpa a demora, nas finais eu explico o porque ok ? boa leitura



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Daniel

Estava no meu quarto mal iluminado, pensando no que ocuparia meu dia, o que iria fazer hoje...

Pensei em criar uma conta em alguma rede social qualquer, mas não teria graça, já que todos os meus amigos morreram a mais de dez anos, ou por velhice, ou por minha causa.

Comecei a me lembrar de como era minha vida antes disso.

Todo dia eu acordava e me olhava no espelho, me lembro de ver um adolescente bonito, com olhos azuis penetrantes e cabelos pretos bagunçados.

Eu malhava todo dia dez minutos, com cuidado para não parecerem músculos artificiais.

Tomava uma vitamina no café da manha e bagunçava os cabelos da minha irmã mais nova.

Me lembro ate hoje do meu pai sentado lendo jornal e beliscando sua torrada, ele erguia seus olhos azuis sorridentes pra mim e dizia ‘’mais um dia mais uma vitoria em campeão, boa sorte no treino’’, ele sempre se orgulhou do fato de eu ser o capitão do time, mesmo quando eu perdia um jogo, me lembro de quando eu perdi o campeonato, ele me disse ‘’ei, mais uma lição aprendida, não desanima, seu time acredita em voce, e lembre-se, voce jamais vai deixar de ser um campeão’’.

E minha mãe, sempre sorridente, nunca a vi desanimada, acho que isso que me ajudava a acordar todas as manhas com um sorriso no rosto, ela sempre estava com o seu avental, ele tinha letras grandes e vermelhas escrito ‘’I Love cookies’’, ela fazia minha vitamina toda manha, sabia a hora certa de acrescentar os ingredientes pra ela ficar do jeitinho que eu gostava, sempre querendo o meu melhor, não importava como...

Nunca vou me esquecer da minha irmãzinha, Clare, uma baixinha metida, diferente dos outros irmãos, eu e Clare raramente brigávamos, Clare era muito simpatica e não ligava quando eu mexia com ela, me lembro de nos dois sentados na minha cama, Clare chorava por causa da morte de seu hamster gordo e eu a acalmava, ela sempre tentava me ajudar quando eu precisava, ela fazia o possível, sempre.

E eu também tinha Violet, a garota que eu mais amei minha vida inteira.

Violet não era líder de torcida, nem usava roupas curtas, a conheci na aula de literatura, e quando ela recitou uma parte de O morro dos ventos uivantes de alguma maneira eu soube que ela era minha.

Me lembro de quando perdi o campeonato, fiquei arrasado e Violet me consolou, ignorando o fato de que nos nunca havíamos nos falado na época, eu amava Violet mais do que qualquer coisa.

E ela se foi.

As quatro coisas mais importantes pra mim se foram.

E a culpa foi toda minha.

De repente senti meu rosto ficar quente e uma dor no peito enorme, um no se formou na minha garganta e meu lábio inferior tremia

Então é assim que os vampiros choram.

Olivia

Cortei um pedaço de carne e o levei ate a boca

- voce parece tensa – Sarah colocou suco em seu copo – tem certeza de que esta tudo bem?

Olhei para ela, seus olhos demonstravam ternura, assenti e cortei mais um pedaço de carne

- Olivia, eu sei que não te conheço a muito tempo, mas quero que saiba que desde quando voce era bebe eu já sentia um carinho muito grande por voce... E quando sua mãe deixou voce se mudar pra Backwell eu não pensei duas vezes em te receber em minha casa, então se acha que esta atrapalhando eu..

- Sarah não é nada disso – eu a interrompi – eu sei que voce deve achar que eu penso isso, mas se fosse de verdade eu já teria arranjado um apartamento e estaria comendo sozinha agora – toquei em sua mão em cima da mesa – eu sei que voce me ama tia, e eu também te amo, ok? – ela assentiu levemente – e não se preocupe comigo, estou bem – sorri

- ta.. mas se quiser conversar ...

- eu te procuro – sorri mais abertamente

- ok – Sarah sorriu e deu um beijo em minha mão, vi ela se levantar e levar seu prato ate a pia.

Fiquei olhando ela ajeitar o prato na pia, junto com seu copo, ela parecia diferente, parecia mais... frágil, como se a qualquer momento pudesse desaparecer

- o que foi? – Sarah me perguntou arqueando uma sobrancelha

- nada – voltei o olhar para o meu prato.

Talvez fosse minha impressão

Afinal, não tem como Sarah desaparecer, ela é solida...

Bom, nesse momento nem eu sei, aconteceram muitas coisas estranhas hoje.

Alias, coisas demais pra um dia só.

Daniel

É estranho chorar.

É ainda mais estranho ainda tentar me olhar no espelho para ver como fica a minha cara e me ver embaçado.

Suspirei na frente da pia do banheiro e me olhei novamente no espelho, eu parecia uma espécie de fumaça, só que mais solida

- não sei porque ainda tento – murmurei para o meu reflexo e sai do banheiro.

Fui ate a cama e me deitei com um pe pra fora do colchão, olhando o teto.

Minha cama era macia e meu travesseiro era de plumas, alem do fato de eu não, necessariamente, dormir, comprei minha cama assim pois sabia que era desse jeito que minha mãe teria escolhido.

Senti aquele nó na garganta novamente

Se pudesse, voltaria no tempo e fugiria assim que abrisse a porta para Alicia, quem sabe assim meus pais estariam vivos, e eu, talvez, não fosse esse monstro que sou hoje.

O monstro que matou a própria família após a morte da namorada.

Nunca vou me perdoar por aquele dia

‘’- Daniel? Daniel fala comigo por favor – senti a mão macia de minha mãe na minha testa, minha cabeça doía – Daniel, consegue me ouvir? voce esta bem? – não conseguia abrir os olhos direito, murmurei algo como ‘sim’, não pude distinguir o que saiu, minha boca doeu  – o que aconteceu, querido? Voce esta palido – tentei murmurar mais alguma coisa mas não tinha forças nem para isso – não consegue falar? Ai meu Deus, espere aqui, eu vou buscar algum remédio, não faça muito esforço ok? – senti sua mão me soltar e ouvi barulhos de passos se afastando.

Aos poucos minhas forças foram voltando.

Abri os olhos sem dificuldade e me sentei, estava no chão, na frente da mesa da sala de jantar.

Tentei me lembrar de alguma coisa, mas so o que consegui foi ‘Alicia é uma vaca’, minha cabeça doeu com essa memória, pus uma mão na testa e so então entendi o que minha mãe queria dizer com ‘voce esta palido’.

Minha pele estava mil vezes mais branca do que o normal, parecia feita de porcelana

Me levantei do chão e procurei algo que refletisse minha imagem

- Daniel! Eu falei pra voce não fazer esforço! – minha mãe apareceu na porta da cozinha com um pano molhado em uma mão e um remédio na outra

So então percebi a sede que me atormentava

- vem, deita aqui – ela me levou ate o sofá, sua mão estava quente.

Me deitei no sofá e olhei para ela, eu podia ver cada detalhe de seu rosto, podia contar cílio por cílio, podia ver manchas claras em sua pele, podia ver veia por veia.

E elas pulsavam

Ver suas veias aumentou minha sede.

- toma isso – ela pos um pouco do remédio no copinho de plástico, eu ainda olhava para suas veias.

Senti algo dentro de minha boca crescer, minha garganta queimava

Olhei para seu pescoço, depois para seu ombro, seguindo a linha das veias.

- Daniel – minha mãe ergueu o copinho, eu olhei para sua mão – vamos, toma, voce vai se sentir melhor – podia ver as veias em sua mão pulsando, podia ouvir cada bombeada de seu coração.

Toquei em sua mão

- cruzes, como voce esta frio! Depois que tomar vou te buscar um cobertor ok? – puxei sua mão e ameacei tomar o remédio.

O cheiro de seu sangue atravessava sua pele, mas estava misturado com o do remédio. Minha garganta agora estava em chamas.

Aproximei ainda mais sua mão a minha boca e chupei o liquido viscoso.

Mas não era o remedio’’

Depois da minha primeira refeição minha memória foi voltando mais rápido, mas nunca vou me esquecer do olhar amedrontado de minha mãe quando percebeu o que eu estava fazendo.

Nunca vou me esquecer de que ela não tentou me parar.

Nunca vou me esquecer do olhar de ternura que ela me lançou quando eu já estava acabando, como se dissesse ‘’se isso for te fazer ficar melhor tudo bem, eu te amo’’

O nó em minha garganta aumentou.

Me sentei em minha cama e suspirei.

Um monstro como eu não consegue ter ninguém por perto, nem sua própria família.


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Notas finais do capítulo

Ola pessoa que leu ate as finais, entao, desculpa ter demorado pra postar, é que eu nao sabia o que ia escrever, ai eu resolvi esperar pra ver se vinham ideias, ai eu postei em TEOTH (que a proposito ta acabando :cc) e nada, ai eu postei em Forever Young, e nada tambem, ai quando foi hoje na aula, a professora tava falando falando falando, e eu fiquei com sono, ai (nao sei pq) a inspiraçao finalmente veio.... desculpa ok? ja tenho ideias pro proximo cap e ja começei ele, mas talvez eu demore pra postar por causa da escola, mas vou me esforçar pra postar em 15 dias ok? beijo pra quem leu ate o fim, e ja que leu, que tal deixar uma review? hãn? :33 vai me deixar bem mais animada pra escrever haha, xoxo @minerockvato



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