Skyfall escrita por Fitten


Capítulo 22
Capítulo 23 - A Queda Das Testemunhas Parte I.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, enfim aí está o capitulo de vocês! Muito mistério apartir de agora! haha. Aproveitem e quero reviews *-*



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– Você precisa me levar até ela. Tem que me levar até Alice. – Meus sussurros reverberavam pelas paredes de pedra, de alguma forma soavam mais suplicantes do que exigentes. Eu não me importei.
– Sabe que eu não posso fazer isso. – disse Alec consternado. – Eu não fui perdoado, Aro apenas me ofereceu uma segunda chance por que valoriza demais minhas habilidades, mas está de olho em mim. Caius está furioso comigo, se não temesse tanto meus poderes, ele já teria me destruído pessoalmente. – A desesperança esgueirava-se nos cantos úmidos de minha cela, mas eu não podia me deixar vencer. Tinha que arrumar um jeito de chegar até Alice, falar com ela. Eu precisava mais do que tudo ouví-la dizer que os outros estavam bem, foragidos talvez. Precisava contar com isso, era uma fé cega que queimava fragilmente em meu peito, dando-me forças para não sucumbir naquele chão imundo.
– Eu nem ao menos sei aonde Aro a escondeu. – Alec suspirou, recostando-se nas grades maciças. Eu estava feliz por vê-lo vivo de qualquer forma, por Aro ser tão egoísta a ponto de perdoar a traição dele apenas por não querer perder a vantagem de seus poderes. Sentia-me mal por pedir que colocasse sua vida em risco de novo, por mim, por minha família, mas que escolha eu tinha?
– Então me leve até Zafrina. Aponte-me uma direção. – Eu andava de um lado para outro, cobrindo o espaço da cela apenas com dois passos, tentando inutilmente encontrar um modo de escapar. – Alec, eu agradeço muito o que fez por mim, e me odeio por estar te pedindo isso, mas eu não tenho escolha, e cada minuto que eu passo aqui, é mais um minuto que me separa de minha família. – Me aproximei de seu rosto perfeitamente liso, os olhos vermelhos prendendo-se em meu rosto com voracidade. – Você é minha última esperança. Por favor. – Eu sei que não deveria, e que essa era a coisa mais fútil e errada que eu já pensara em fazer, mas foi algo que me surpreendeu tanto quanto a ele. Talvez algo que eu mesma não esperava, brotando em mim silenciosamente, talvez um reflexo bruto do meu próprio medo, eu só sei que foi real. Eu me aproximei de seu rosto até sentir a respiração fraca e suave em minha pele, e minha consciência por um momento ficou muda. Meus olhos acompanharam tudo com uma frieza estarrecida, como se eu mesma não acreditasse que estava fazendo aquilo.
Senti os lábios frios e macios nos meus, tocando levemente minha pele, e o aroma doce e suave que me envolvia por todos os lados. Vi claramente cada nuance carmim ardendo em suas pupilas, encarando-me atônito daquele mar de sangue e imortalidade, e era como se por um momento eu pudesse ver todos os anos, décadas, todos os séculos da vida dele. Alec, quem é você?
Senti suas mãos em minhas costas, deixando um rastro tão frio por onde passavam que chegava a me queimar. Minha boca se abriu em volta daqueles lábios frios, tão impossivelmente vivos, contradizendo a aparência rígida eles eram tão suaves quanto seda.
Ele fechou os olhos, cerrando o fogo que ardia por trás de suas pálpebras finas, ocultando de mim sua alma, que agora queimava silenciosa através de seu toque. O ar oscilou a minha volta, senti a parede de pedra em minhas costas, onde um segundo antes ele estava encostado. Seu corpo me pressionou contra a pedra lisa, e eu pude sentir seu peito rígido contra o meu. O calor me inundou, e ele vinha de dentro de mim, irradiando através de minha pele. Sim, eu era mais quente que ele, mais macia, mais viva, embora ele nunca tivesse me parecido mais vivo que agora. Eu sentia o poder emanando dele, me envolvendo como um casulo, todos os anos vividos, todas as coisas que ele viu, todo mistério perdendo-se em mim como o gelo que se derrete sob o sol.
Sim Alec, eu sei quem você é. Nos encontramos agora...
Foi como uma brasa queimando contra o céu noturno, um fogo poderoso que consumiu muitas coisas em poucos minutos. Mas então o mundo nos arrastou de volta para a realidade, onde tudo era inabalavelmente mais frio e escuro. Na verdade, uma voz nos repeliu, fazendo toda mágica apagar-se como cores que desbotam com a chuva.
– Mas que coisa maravilhosa! Nosso Alec se apaixonou finalmente. – Aqueles olhos...
Aqueles malditos olhos bem ali, escarnecendo de nós a três metros. Aro sorria languidamente, com seu rosto macilento torcendo-se naquela expressão falsamente gentil, enganosamente bondosa. Alec segurou levemente minha mão, como se tentasse me dizer para manter a calma. Meus músculos retesaram-se no momento em que senti seu cheiro, no segundo em que ouvi sua voz prepotente. A única coisa em que eu conseguia pensar era numa forma de romper aquelas barras de ferro que me separavam do tirano infeliz. E não me importava que Jane – ao lado de seu tão amado mestre – fosse fazer eu me contorcer no chão antes mesmo que eu tocasse em Aro. Eu queria uma chance de me acertar com ela também.
– Não é maravilhoso, minha querida Jane. A adorável Nessie entrou para família. – Aro deliciava-se, Jane encarava Alec com pura revolta, vincando suas feições angelicais.
Então era isso, eu pensei. Meu julgamento tinha finalmente chegado. Só que agora eu não o queria. Fiquei olhando aquele rosto poeirento, lembrando dos sonhos, revivendo as lembranças de quando eu era apenas uma criança assustada com a perspectiva de causar a morte de meus pais, de minha família.
– Então é isso Aro? – Falei, sentindo minhas cordas vocais tremerem. – Você venceu? Já tem tudo que quer? – Aro fitava-me com uma expressão profundamente satisfeita. O ódio borbulhava dentro de mim como um caldeirão prestes a derramar.
– Abra Jane querida. – Aro continuou a me fitar enquanto Jane destrancava a grade que mais cedo tinha sido destrancada por Alec. A grade rangeu, o ferro maciço arrastou-se na pedra nua. Alec estreitou sua mão na minha, seu rosto estava impassível, nenhuma expressão legível em suas faces de porcelana.
– Venha Nessie, vamos dar uma volta. – Disse Aro, estendendo suas mãos lívidas para mim.
– Você não vai me tocar, não vai entrar em minha mente. – Grunhi.
– Ora, está sendo grosseira. Mas se você prefere assim, que assim seja. – Ele baixou a mão e com movimentos lentos ele se virou, caminhando como um espectro pelo corredor escuro, o manto negro misturando-se as sombras. Parou a meio passo quando percebeu que eu não o estava seguindo.
– Venha minha querida, não há nada a temer. – Aro aguardava-me de costas, como se não houvesse nada que pudesse ferí-lo em sua retaguarda. Jane e Alec se encaravam, presos em suas discuções silenciosas. Soltei a mão de Alec relutante, ele me lançou um olhar aturdido por um instante, depois me deixou ir. Jane seguiu logo atrás de mim, com Alec em seus calcanhares. Coloquei-me ao lado de Aro, usando toda força que me sobrara para não rasgar sua garganta. Ele sorriu para mim daquele jeito que eu odiava. Era como uma cobra querendo passar-se por uma centopéia fofinha.
– Isso. – Cantarolou ele satisfeito. – Vê? Nada tem a temer ao meu lado querida. – Ele sorriu, seu rosto pétreo enrugando-se. – Agora vamos, temos um longo dia nos aguardando hoje. E não se preocupe, terá suas respostas antes do anoitecer.
Aro caminhava sossegadamente entre os túneis mal iluminados, subindo de vez em quando um lance de escadas escorregadias, ou embrenhando-se através de portas de carvalho maciças. Por fim, quando já tínhamos subido dois andares, a porta de um moderno elevador brilhou contra a luz fraca de um saguão limpo e arejado. Compreendi que aquela grande câmara estendia-se no subsolo muitos metros mais do que aparentava. Havia ali inúmeros patamares de pedra, entrando no solo cada vez mais fundo. Entramos todos no elevador. Minha mente estava aturdida, mas estranhamente silenciosa. Eu apenas observava tudo com uma clareza perturbadora. Não sentia medo, não sentia nada. O elevador subiu, parando suavemente dois andares acima. As portas metálicas se abriram, revelando outro saguão muito bem decorado, mais amplo e claro que o anterior. Assemelhava-se muito com a recepção de uma grande empresa, era sóbrio, discreto e sofisticado em seus detalhes. Mas não me detive neles, apenas segui Aro pelas portas duplas, que se abriram livremente, revelando um grande salão retangular, onde três majestosos tronos pairavam ao fundo. Então eu entendi. Era minha história, retrocedendo ao início. Meus pais caminharam por esse grande salão uma vez, pararam em frente a esses tronos, esperando o veredicto desse mesmo velho insolente a meu lado. Só que desta vez eu estava só, e não esperava nada.
Avistei a figura loura e extremamente pálida, sentado folgadamente no trono do lado direito. Caius se não me engano. Sim, com certeza era ele. Uma expressão mal humorada e revoltada praticamente esculpida em suas faces encovadas. Por todos os lados haviam vampiros, membros da guarda, postados rigidamente com seus mantos acinzentados nos cantos mais discretos do grande salão. Observando como estátuas vivas cada movimento que fazíamos. Marcus não estava ali, seu trono jazia vazio ao lado esquerdo do trono principal. Arrisquei uma olhada para trás. Jane e Alec seguiam lado a lado, mas tão distantes quantos jamais estiveram. “Os gêmeos bruxos” como eram conhecidos, a poderosa ofensiva dos Volturi estava seriamente ameaçada. Como estaria a guarda agora? Sem Félix, a máquina de triturar vampiros, e com a confiança em Alec rachada? Eu ainda não tinha avistado “os novos membros” e isso de certa forma me perturbava. Aro não tinha o hábito de se cercar com o segundo escalão, e isso significava más notícias para mim e para aqueles foragidos que ainda lutavam por suas vidas onde quer que estejam.
Aro subiu os degraus até seu trono, e foi ali mesmo que eu parei. Jane seguiu-o, postando-se ao seu lado esquerdo. Alec hesitou ao meu lado por um momento, lançando-me um olhar de esguelha que eu tentei não devolver em público, depois subiu os degraus até Aro, colocando-se em seu posto, o qual ocupava há tantos anos. O braço direito de Aro. Será que Alec ainda era assim considerado? Depois de arquitetar minha fuga, depois de matar os membros de sua própria guarda?
Aro captou meu olhar, que seguia Alec em seus movimentos discretos. Deve ter visto a pergunta muda estampada em meu rosto.
– Não consideramos um crime se apaixonar, sabe. – Disse Aro, perscrutando meu rosto. Alec baixou a cabeça, ficou ali envergonhado, os olhos presos no chão. Eu podia sentir sua vergonha, sua exasperação.
– E o que você considera um crime Aro? – Minha voz soava fria e impassível. Caius encarou-me ferozmente de seu trono. Os olhos injetados destacando-se na pele poeirenta e pálida. Jane lançava-me o mesmo olhar, como se desejasse me queimar ali mesmo.
– Não vamos tratar desses assuntos agora. – Disse ele pensativo. – Primeiramente, vou te explicar por que você está aqui. – Aro encostou-se imponente em seu trono e chamou numa voz baixa. – Demetri.
Um vulto negro passou por mim, e pousou como um fantasma ao meu lado. Olhei-o atônita. Demetri, o infalível rastreador Volturi, estava ali, ao meu lado, as mãos juntas na frente de seu corpo imponente. O manto negro cobrindo-lhe por inteiro, os olhos pequenos e hostis esperando as ordens do mestre.
– Traga minha querida amazona até aqui, creio que Renesmee adorará revê-la. – Demetri assentiu, sem dizer palavra. – E diga a Willian que quero vê-lo. Agora.
Demetri saiu, deixando novamente apenas seu rastro para trás, um vulto negro na pálida luz daquela câmara. Eu não me lembrava de nenhum Willian na guarda Volturi, mas isso logo saiu de minha mente, dando espaço à perspectiva de ver Zafrina novamente, depois de tanto tempo tendo-a apenas em meus sonhos, em minha mente.
– Agora, querida Renesmee, creio que tenho algumas explicações para lhe dar. – Caius e Jane lançaram o mesmo olhar indignado à Aro, mas foi Caius quem falou:
– Explicações Aro? Desde quando essa laia merece explicação? Ela não é diferente dos outros híbridos. – Caius torceu o nariz, e por um momento eu achei tão cômica a expressão de seu rosto arrogantemente afetado, que não pude conter o esgar que impregnou meu riso. O som saiu estranho, divertido, e ecoou pelas paredes de pedra mais alto do que eu notara. Jane deu um passo em minha direção, e eu já estava em guarda quando a voz de Aro restringiu-a.
– Acalme-se Jane querida. – Sussurrou Aro delicadamente, como se cantasse o nome dela. Jane voltou para sua posição formal, seus olhos me penetrando como facas. Alec estava a meio passo de impedir Jane, de modo que ele também voltou a seu posto, suas feições delicadas mais ameaçadoras do que eu jamais as vira. – Tenho certeza que Renesmee não quis desrespeitar Caius. Mas devo-lhe dizer meu irmão, você fica realmente engraçado quando está assim tão atormentado. – Aro tocou levemente as costas da mão de Caius que pairavam tensas no braço de seu trono, uma risadinha marota brincando nos lábios de Aro. Será que aquela falsidade irritava Caius tanto quanto a mim? Eu podia apostar que sim.
– Bem, vamos ao ponto então. – Disse Aro, voltando a seu tom formal e brando. Ele juntou as mãos, como quem medita, e me lançou um olhar frio. – Você deve estar nos julgando horrivelmente depois de tudo que aconteceu. O caso é que, entenda, eu não tive escolha. – Havia muitas coisas que eu queria dizer a ele, mas sabia que era inútil e que eu precisava ouvir atentamente agora. Aro encenava uma expressão sofrida em seu rosto de pedra, mas o meu não oscilou nem por um momento. Ele continuou:
– Sabe, proteger nosso segredo, manter a ordem, limpar a bagunça... Tudo isso é muito trabalhoso para nós. Mas é tão absolutamente necessário, minha querida. Você alguma vez já imaginou como seria nosso mundo, como seria o mundo humano, se nos descobrissem? Simplesmente é inconcebível, seria o caos. – Aro parou, seus olhos leitosos presos em minha expressão vazia. – Nossa espécie precisa ser controlada, eles precisam de um governo que estabeleça a ordem e faça valer e cumprir as regras. Por que todos precisam de regras minha querida, até mesmo os imortais.
– E quantos tiveram que morrer por essas suas regras malucas Aro? – Interrompi, incapaz de conter as palavras que queimavam em minha garganta. – O que minha família fez de tão grave? – Aro ouvia minhas palavras com uma falsa indulgência que me enojava, eu procurava ignorar as reações coléricas de Caius e Jane à minhas acusações.
– Você não percebe criança? – Aro argumentou. – Para que possamos manter a ordem, nossa espécie precisa crer em nós. Precisam acreditar que nós somos a justiça, o que de fato somos. – Ele balançou a cabeça e seu rosto assumiu uma expressão pesarosa.
– Não sabe o quanto lamentei por ter que fazer isso, mas o destino da nossa espécie dependia dessa minha difícil decisão. Eu tive que silenciar aqueles que estavam cegos e enganados ao nosso respeito. Por que do contrário essa inverdade se espalharia, e sem um governo, o que seria de nós?
– Não minta pra mim! – Gritei, e toda guarda moveu-se a meu redor. Aro encarou-me surpreso, choque cruzando seu rosto apenas por um segundo. Alec estava ao meu lado antes mesmo que eu percebesse. Dez mantos negros cercaram-me de todos os lados, Alec entre mim e eles, sibilando baixinho. Sua postura ameaçadora me assustou.
– Paz meus queridos. Voltem para seus afazeres. Renesmee e eu estamos apenas conversando. – A guarda dispersou-se como fumaça, Alec não se moveu de sua posição. Vi Jane grunhindo atrás de Aro, como se ele fosse uma coleira que a mantinha longe de mim, e de seu irmão desertor. – Alec, está tudo bem. Acalme-se. – Chamou Aro, seus olhos marejados traindo uma leve impaciência. Alec voltou a seu lugar silencioso, olhei para ele, nossos olhos se encontraram por um momento. Eu podia sentir sua tensão, mas não entendia o que o levava a se arriscar tanto por mim. Voltei meus olhos para Aro, que me estudada atentamente.
– Você pode enganar qualquer outro imortal idiota com essa conversa tola de regras e inverdades. O que você queria aquela manhã em Forks era Alice. – Seus olhos faiscaram em mim por um segundo, toldando-se depois numa máscara de pesar, como se ele sentisse muito até mesmo por minha audácia. – Mas você cometeu um grande erro indo até lá Aro, sua ganância foi maior que sua inteligência, não é? Você perdeu, foi desmascarado, suas intenções foram expostas. Teria nos destruído por puro orgulho se minha mãe não estivesse nos protegendo. – Eu sorri enquanto dizia cada palavra, não de felicidade ou contentamento. Não havia humor naquele gesto. Havia apenas escárnio, indiferença. – O que você não consegue aceitar é que você não nos engana mais. Não é o rei que todos acreditam que você seja. É um tirano, Aro. – A câmara foi engolfada por uma onda de silêncio, eu podia sentir os olhos de cada vampiro ali presente, presos em mim. Eles provavelmente nunca presenciaram alguém falando com Aro nesse tom, com tal atrevimento. Aro encarava-me e eu a ele, eu podia ver o ódio nadando na superfície de seus olhos, dificilmente contido. Seu rosto estava lívido. E então, de algum lugar da grande câmara, o som de palmas e uma risada gutural quebraram o silêncio. Olhei para trás, em direção às portas duplas de carvalho. Parado ali havia uma figura alta, de porte elegante e fino. Os cabelos castanhos caíam ondulados até a base de seu pescoço. O rosto pálido de porcelana, os olhos grandes e zombeteiros ardiam em um vermelho vivo.
– Há há há. Parece que alguém não tem medo de você afinal, Aro. – Escarneceu o estranho. As palmas das mãos brancas batendo-se uma na outra em sinal de aprovação. – Vai ter que se esforçar mais com essa daí. – Ele caminhou tranquilamente o espaço que nos separava, seu andar era elegante e ao mesmo tempo descontraído. Usava uma calça jeans escura e puída e uma camisa branca de botões completamente amassada, alguns botões faltavam, seu peito magro e delineado reluzia por baixo do tecido. Tinha uma beleza incomum, atraente, até mesmo entre imortais. Uma jovialidade que se derramava de suas feições, uma estranha combinação de delicadeza e hostilidade. Caius bufou de seu trono, como se a presença daquele ser o chateasse profundamente. Aro apenas manteve-se taciturno, silencioso enquanto o recém chegado se aproximava.
O estranho aproximou-se de mim, seus olhos analisando-me minuciosamente. Eu podia dizer que ele estava gostando do que estava vendo, ou talvez aquele brilho fugaz de seus olhos fosse nada além de habitual. Ele curvou-se numa reverência diante de mim.
– Senhorita. – Pegou minha mão e beijou-a sem que eu o desse permissão, os lábios frios acariciando minha pele como plumas. – Sou Willian Volturi, encantado.


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