Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 53
Capítulo 53 - Digamos que atitude não te falta!


Notas iniciais do capítulo

Como recebi muitos reviews e em forma de agradecimento á 3ª recomendação eu postei esse capitulo!
Espero que gostem e que deixem muitos comentários (e recomendações)!!



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_ De certeza eu você está bem? – estava deitada nas pernas de Bernardo enquanto ele fazia carinho em meu rosto, em meu cabelo, em meu braço.

_ Me doí o corpo todo e estou com tonturas mais de resto estou bem.

_ Quanto tempo você esteve dentro do barracão?

_ Não sei ao certo. Eu acordei lá e depois de termos batido um papo ele me voltou a adormecer. Só despertei de novo quando você apareceu.

_ Isso quer dizer que na maioria do tempo todo você estive dormindo!

_ Sim, eu acho que sim. – não tinha certezas de nada. Não me lembrava de nada. – Me pergunte lá o que quer saber na realidade. – aquela conversa do meu moreno tinha água no bico.

_ O que ele fez com você?

_ Isso foi a forma fofa que você arranjou para me perguntar se ele me tinha tocado, certo? – ele assentiu. – Ora bem ele me deu uns quantos tapas, não sei se isso conta pra você como se me tocasse. – estava de deboche.

_ Eu não estou brincando! – ele falou sério. Me levantei de seu colo e o encarei.

_ Descanse você foi o único garoto que me tocou. E não se faça de bobo preguntando “ toquei? Em que sentido?” Porque você sabe muito bem ao que eu me estou referindo. – envolvi minhas mãos em seu pescoço e acarinhei sua cara.

_ Fico mais descansado, mesmo. – ele fiz uma expressão engraçada e roubou um sorriso meu, que acabou depressa pois os cortes que existiam em meus lábios não permitiam que eu me aventurasse muito, nem que abrisse sorrisos muito largos.

_ Mas como você soube que eu estava lá? Afinal quanto te liguei você não atendeu!

_ Duarte me enviou uma mensagem com uma charada e como ele não é lá muito bom em poesias rimadas foi fácil saber onde você tava.

_ Se você não tivesse aparecido, eu temia que ele pusesse as ameaças feitas antes em prática. – voltei a deitar sobre ele, mas dessa vez sobre o peito.

_ Quando eu vi a mensagem que ele deixou e pensei que podia perder você…

_ Eu estava com medo. Com muito medo!

_ A culpa de tudo isso é minha. Desculpe ter metido você no meio de toda essa encrencada!

_ Não é preciso tanta apreensão. Eu estou bem. Quer dizer, com algumas nodoas negras – Bernardo apontou para meu braço – e alguns arranhões – ia continuar a falar mais Bernardo chamou minha atenção para outro lugar, - e alguns cortes, - e antes que ele voltasse a me indicar outro sitio qualquer eu falei bem rápido. -  e tonturas, e dores de cabeça e seja lá o que eu tenha, mas estou com você e isso é o mais importante para mim. Estar ao seu lado e te ter aqui para mim é o mais importante.

_ Mas…

_Mas nada. A gente está junto e se você tem algum problema com Duarte eu passo a ter também e nós vamo dar um jeito para acabar com ele, ouviu?

_ Estou a ver que depois disso você está mais liberal.  – ele falou sorrindo.

_ Pois. Você tem uma namorada que quer acabar com ele mais não sabe como! O que é muito bom. – falei rindo.

_ Digamos que atitude não te falta.

_E pode juntar vontade a isso também.

Eu e Bernardo estávamos gozando na cama e riamos que nem uns perdidos.

_ Deseja que acrescente mais alguma coisa, senhorita?

_Sim…, um beijo! – sussurrei. 

_ Que boa escolha essa, hein!!

Bernardo desceu sua cabeça e fez sua boca tocar na minha. O beijo começou calmo e quando esquentou eu gemi. Nossas bocas e línguas em constante luta faziam minha ferida doer. Bernardo se afastou logo e me olhou. Percebendo depois, quando levei o dedo ao lábio o porquê de meu gemido. Começamos rindo os dois de novo.

_ Acho que você hoje vai ter que ficar apenas por beijinhos e selinhos calmos e leves.

_ Eu não me importo. O que eu quero é você junto a mim, abraçada a mim, envolvida por meus braços... – a medida que falava ele me ia roubando beijinhos e não foram poucos, não.

Algo a vibrar no bolso de Bernardo fez a gente sair do lance. Ele olhou o visor e eu continuei distribuindo beijos por seu pescoço, rosto, boca. Mas a sua expressão e a forma como jogou o celular na cama me fez deixar de o mimar.

_ Que foi? Quem é? – ele levantou de novo o aparelhinho e eu li o texto que dominava o visor.

Parece que o badboyzinho sabe decifrar enigmas, te dou os meus parabéns por isso, mas não deixo de avisar que o lobo mau continua á solta…!

_ O que ele quer dizer com isso?

_ Quer dizer que isto foi apenas o começo de um grande jogo e que o vencedor só o tempo o dirá.

Entramos em casa e nossos pais estavam na sala, rindo e lendo qualquer revistinha ou jornal. Bernardo segurava minha bolsa e o seu tão famoso casaco.  Nossa chegada fez eles desviarem o olhar e centrarem suas atenções na gente.

_ Então queridos, por onde andaram… - a voz de Carolina foi ficando cada vez mais fraca. - O que aconteceu com você? – Ela veio até mim e me olhou com olhos de ver. Examinou praticamente todo o corpo de minha pessoa e depois olhou para Bernardo.

Bernardo contou a história para eles, mas de um jeito diferente e com algumas alterações. Bom, muitas alterações.  Principalmente na parte da razão para tudo isso acontecer. Não podia contar a verdade sobre Duarte e as corridas e tudo o que o pudesse encrencar ainda mais para eles, por isso pus sua imaginação a funcionar e relatou uma coisa qualquer.

_ Eu vou subir. Quero tomar um banho. Hoje o dia foi muito atribulado. Já basta de aventuras por hoje não? – falei quando a nossa conversa terminou.

_A Kate te ajuda tá bom? – Carolina falou, com seu lado maternal.

_ Não precisa. Eu me ajeito sozinha, mais obrigada na mesma.

Me aproximei de Bernardo para pegar minha bolsa, mas ele não deixou.

_ Não vai carregar esse saco até lá em cima, eu levo pra você!

_ Será que eu ouvi mesmo bem? – Meu pai falou. – Bernardo e Leonor em perfeita harmonia! Milagre meu deus, Milagre.

_ Não é milagre nenhum! E não é por eu lhe carregar a mochila que a gente se começou a dar bem. Eu apenas estou sendo solidário com minha meia irmã que hoje teve um dia mau, pó. Se fosse comigo eu também ia gostar que me ajudassem e que por muito que não gostassem de mim que fossem carinhosos e meigos... – Bernardo virou costas depois do seu discurso que até a mim surpreendeu, seguiu para o andar de cima.


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Notas finais do capítulo

Capitulo pequenino esse, não?
Mas acho que a conversa entre eles fez ele parecer um pouquinho maior.
Digam o que acharam! Fico esperando reacções vossas.
Beijão!
Duda c(: