A Casa Dividida escrita por Redbird


Capítulo 45
Novos finais, velhos começos


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos, eu tenho tanta coisa para falar para vocês. Vou pedir que olhem as notas finais porque tenho novidades interessantes e uma proposta irrecusável (eu ainda preciso ver o poderoso chefão) Anyway... o principal é... não tenho como agradecer por terem lido a fic, nem o apoio que me deram. Katniss e Peeta não teriam conseguido lutar por seus ideais sem vocês. Espero realmente que gostem desse final. Bjooos



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Dois meses depois....

O tempo tinha passado com uma rapidez que ninguém tinha conseguido prever. O verão estava chegando com força total e esse com certeza seria um dos mais quentes. Talvez isso ajudasse os soldados que tinham padecido um inverno terrível. Se sentiu estranho ao perceber que tinha começado a pensar como um deles. Como se fosse um sapato novo, apertado no inicio, mas que depois ia aos poucos se ajustando aos pés. Bom, para bem ou para o mal, ele tinha se tornado um.

Olhou novamente para mesa posta. Bolo, pão recém saído do forno e um pouco de suco. Fazia tempo que eles não comiam tão bem. Quando recebeu a confirmação do novo emprego em Londres e o dinheiro mandado pelo internato inglês, o primeiro impulso de Peeta fora gastar com comida. Katniss o lembrou de que eles ainda teriam uma longa viagem pela frente e que era melhor ele não gastar tudo de uma vez só. "Ok, mas pelo menos suco de laranja. Quanto tempo faz que você não toma suco de laranja?" a garota revirou os olhos mas ficou extasiada ao provar o liquido.

Aquilo deixou Peeta agradecido, fazia tempo que Katniss não sorria. Desde a batalha ou da morte de Rue para ser mais exato. Peeta também estava achando uma tarefa ingrata tentar superar. Ainda procurava a amiga, se perguntando porque não a via cantando, estudando ou ajudando com alguma tarefa da casa. Era como entrar em um lago gelado toda vez que percebia que nunca mais iria presenciar aquelas coisas de novo. Não quis imaginar como isso estava sendo para Katniss. Peeta suspirou, a mesa estava perfeita. Agora ele iria convencer Katniss a sair da cama.

Ficou feliz ao perceber que ela estava de pé, olhando com estranha expressão para o espelho. Peeta lembrou da primeira vez que a trouxera para essa casinha nas margens da cidade, da primeira vez que dividiram o quarto, tentando fingir que eram um casal. Era engraçado como tudo podia mudar e permanecer o mesmo.

–Oi, que bom que você já está de pé, a mesa do café está pronta- Cumprimentou Peeta sorrindo.

Katniss assentiu displicentemente e lhe deu um leve sorriso.

–Haymitch já deve estar chegando- comentou Katniss- Não acredito que ele concordou em se mudar com a gente para Londres, isso vai ser muito bom.

Peeta concordou veemente.

–Sobre isso, eu tenho uma novidade que acho que talvez você goste. Recebi uma carta da diretora do colégio. Ela disse que você poderá trabalhar como secretária. Eu pedi a ela que te colocasse como professora de Francês, mas ela achou que não seria apropriado, sendo um colégio para meninos e tudo.

Katniss olhou para ele atônita. Peea não tinha certeza de como eia receberia a noticia, mas ficou feliz ao perceber a alegria da esposa

–Peeta, isso é incrível! Oh muito obrigada. Não sabia que você tinha feito isso por mim.

Peeta não pode evitar sorrir ao Katniss se atirar em seus braços. Fazia tanto tempo que ela não ficava tão feliz.

–Sabe, outras mulheres teriam ficado alegres com um vestido novo, um colar de diamantes, sapatos... você fica desse jeito por conseguir um emprego.

Katniss sorriu para ele.

–Gosto de ter meu dinheiro e comprar meus próprios vestidos. Além disso- disse ela dando beijinhos provocativos em Peeta- Acho que vou ter que te mostrar que algumas mulheres gostam de ser mais naturais.

Oh Deus, essa mulher!

Quando os dois desceram para tomar café, Haymitch já estava batendo na porta. O Plano era ele chegar apenas umas três horas mais tarde, obviamente ele estava excitado para tomar um café e almoçar na casa dos Mellark.

Katniss revirou os olhos quando abriu a porta e deu de cara com o homem e uma pequena mala.

–Bom ver você também docinho.

–Que bom que você já está pronto. Achei que teria que te acordar de um sono profundo embalado por Whisley- provou Katniss.

Haymitch soltou um resmungo mal humorado.

–Adorável sua esposa.

Peeta não entendia como os dois conseguiam se gostar tanto e se provocar dessa maneira. Decidiu que não valia a pena tentar entender. Haymitch e Katniss compartilhavam não só a mesma personalidade, mas uma série de lembranças. Ninguém nunca entenderia realmente Katniss como Haymitch. Os dois eram lutadores do fundo da alma.

Logo depois do almoço quando eles já estavam quase prontos para sair, Plutarch apareceu para se despedir. Ele agora era um dos homens mais poderosos de São Francisco. Katniss não confiava nele, Peeta tinha que confessar que também não. Convivendo com Katniss ele aprendera que homens que desejam poder nunca podem significar boa coisa. Além disso, o novo intendente falava de mortes e da guerra como se fosse um piquenique.

Katniss o cumprimentou secamente com a cabeça quando ele entrou na pequena sala.

–Vim prestar cumprimentos e me despedir de vocês, agradecer pelos serviços prestados a nossa cidade.

–Obrigada senhor Plutarch- respondeu Katniss - Nós não teríamos conseguido sem a ajuda da nossa amiga Rue.

Peeta sabia o porquê de Katniss estar falando aquilo. Todos os abolicionistas mortos tinham recebidos homenagens quando Plutarch assumira a intendência da cidade. Todos exceto alguns poucos negros que lutaram pela causa, entre eles Rue. O fato de ser mulher e negra não lhe dava crédito nenhum, tampouco a dignidade de um enterro decente. Peeta sabia que, de tudo o que acontecera, isso era o que mais irritava Katniss.

Eles tinham enterrado Rue do Lado de Darius,. Um pequeno lírio enfeitando uma cruz e uma canção triste entoada por Katniss e Haymich fora tudo o que ela tivera. Embora ele soubesse que era pouco comparado ao que ela merecia, Peeta não deixou de pensar que talvez ela preferisse assim. Os verdadeiros amigos, apenas uma flor e uma canção. Simples e bonito como fora a sua vida.

Plutarch pareceu não se importar com a raiva de Katniss. Apenas deu um sorriso e entregou um envelope a Peeta. Os dois homens apertaram as mãos e Plutarch foi embora alegando que tinha muitos compromissos na prefeitura (que tinha sido improvisada após o incêndio) e que tomar conta de São Francisco não era uma tarefa fácil.

–Suponho não seja uma carta de amor o que ele te entregou ai, não?- Inquiriu Haymitch depois que o homem tinha ido embora.

Peeta não respondeu, o velho olhou para Katniss e soltou um suspiro.

–Eu sabia. Lá vamos nós de novo.

Haymitch tinha deduzido corretamente. Eles não estavam se mudando para Londres apenas para começar uma nova vida juntos, bom isso era o principal, mas também estavam indo para uma das cidades que estava na vanguarda das questões abolicionistas. O envelope que Plutarch entregara continha informações valiosas sobre o movimento. Dados sobre a Ferrovia Subterrânea, o avanço da guerra e também de outros lugares como Haiti, Brasil e alguns países da Europa.

Quando Katniss contou a Peeta que não queria se desvincular totalmente do movimento o professor ficara assustado. Sabia que ela estava fazendo isso por Rue, mas mesmo assim era meio complicado de aceitar. Ele temeu que ela quisesse continuar nos Estados Unidos até o fim da guerra, mas Katniss estava tão cansada de morte quanto ele. A moça começara a escrever para um jornal londrino ( com um pseudônimo masculino é claro) e Peeta logo percebeu que ele também não poderia ficar de fora da luta.

Finnick que tinha passado a manhã em seu novo trabalho chegou às duas horas da tarde como o combinado para levá-los até a estação ferroviária da cidade. Os três pegariam um trem às quatro até Nova York e de lá um navio para Londres.

–Bom aqui estão as chaves da casa- Entregou Peeta- Considere- a sua agora.

–Eu a considero meu lar, mas você sabe que ela sempre vai ser sua. Vocês sempre poderão voltar para cá, para reviver os bons momentos. A época em que éramos todos jovens inconsequentes e aquela baboseira toda.

Os três riram, apenas Haymitch parecia mal humorado.

–Quando vocês tiverem minha idade, vão aprender a apreciar a beleza da juventude.

O comentário de Haymitch só fez os três rirem ainda mais.

–Ótimo, a Californiana vai embora sem se despedir das amigas- comentou uma voz conhecida atrás deles.

–Johhana, Anne- Katniss se apressou em abraçar suas amigas- Que bom que conseguiram chegar a tempo.

–Claro que chegaríamos a tempo- respondeu Johanna enquanto Anne se apressava em se juntar a Finnick. Peeta percebeu que Katniss ficou surpresa com a intimidade dos dois. Claro, ela passara a maior parte dos últimos dois meses trancada em um luto e ainda não sabia do novo relacionamento dos amigos.

Um apito tocou tirando todos de suas conversas amigáveis

–Bom, acho que essa é a nossa deixa- comentou Haymitch- Hora de partimos.

Se despediram rapidamente, o casal ainda deu um ultimo aceno triste para os amigos. Quando estavam bem acomodados em uma das cabine, Katniss aproveitou para interrogar Peeta sobre o novo relacionamento de Finnick.

–Parece que os dois ficaram muito próximos. Você sabe, Anne era uma das enfermeiras que cuidaram dos feridos depois da batalha.

Katniss assentiu, parecendo parcialmente interessada. Peeta não conseguiu se controlar.

–O que houve, parece preocupada.

–Não, é que... minha mãe veio na semana passada me visitar- contou Katniss.

Peeta não pode evitar olhar para ela surpreso.

–Por que você não me contou antes?

Katniss deu de ombros.

–Não pareceu importante. Ela veio em uma tarde dizendo que ia embora, que ia para Austrália. Parece que seus pais tinham uma casa lá ou algo assim. Ela apenas queria dinheiro. A guerra acabou com ela. Chegou a pedir perdão e tudo...Eu a enxotei como se ela fosse um cão raivoso. Quando entramos no trem comecei a me perguntar se ela tinha conseguido ir embora da cidade.

O Professor sabia que a culpa deveria estar corroendo Katniss por dentro. Ele queria dizer algo, assegurar que ela tinha feito certo, mas nem ele tinha certeza. Então apenas apertou a mão dela mais forte. Às vezes, temos que lidar com nossos próprios demônios sozinhos, ele sabia disso.

–Espero que eu não tenha que tomar chá toda a tarde- Resmungou Haymitch se recostando na poltrona.

Katniss riu.

–Nós todos sabemos que você não é um home de chá Haymitch- Provocou ela. O velho fez uma cara cômica. O professor podia jurar que ele tinha metido a língua para Katniss.

Peeta sorriu, conviver com esses dois seria uma diversão sem tamanho. Ele olhou pela janela e percebeu a Baia de São Francisco se afastando aos poucos. Essa misteriosa cidade do Oeste sempre seria seu lar. Apesar disso, quando Katniss pousou a cabeça em seus ombros, ele percebeu que lar possuía uma definição muito mais ampla do que uma casa ou uma cidade.

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Agosto de 2014

Clary estava olhando pela quinta vez para a carta que tinha nas mãos. Mais um sonoro não. Ela tinha se inscrito naquele maldito programa de Mestrado de Princenton. Escrita Criativa. Para uma jornalista de 23 anos não seria tão dificil assim passar, seria? Seria, se essa jornalista fosse Clary. Não ajudava em nada seu estado de animo ter sido dispensando em sua 3ª entrevista de emprego na semana.

Ela já estava formada há um ano e tudo o que conseguira até agora fora um " Gostamos muito do seu perfil, mas no momento escolhemos o outro candidato" Bom da próxima vez ela mandaria uma foto sua e deixaria que eles ficassem com o seu "perfil".

–Anime-se querida- falou Marcy- Eu sei que você vai conseguir da próxima vez.

Marcy era a uma senhora de 52 anos, que vinha as duras penas tentando manter uma pequena livrariazinha no norte da cidade. Ela tinha acabado de se separar do marido. Às vezes Clary ficava irritada de ouvir a amiga falando que precisava de alguém e todos os relatos de encontros amorosos desastrosos, mesmo assim, não reclamava. Marcy tinha feito por ela o que ninguém tinha feito nos últimos três anos. Aumentar sua auto-estima.

Agora, lá estava ela na livraria que era seu lugar preferido para fugir do mundo, com Marcy que era única que sabia que ela tinha se inscrito no mestrado. A amiga inclusive a tinha incentivado, infelizmente Clary teve que colocar a senhora na lista de "pessoas que Clary desapontara".

–Não sei se vai haver uma próxima vez Marcy. Talvez quando eu arranjar um emprego....

Marcy deu um suspiro e dispensou o discurso de Clary com a mão e uma xícara de café quentinha que só ela sabia fazer (um dos motivos de Clary amar tanto aquele lugar). A amiga olhou para Clary com uma expressão severa que era cômica.

–Quando você publicar seu primeiro livro, não vai precisar de emprego . Sua mãe vai engolir tudo o que disse, pode apostar. A grande empresária vai ficar morrendo de orgulho da grande escritora que tem como filha.

Clary sorriu. Marcy era a única que sabia dos projetos literários de Clary. Ela inclusive deixava a garota trabalhar um pouco na livraria e esse apoio tinha rendido um bom dinheiro para a garota no último ano.

A mãe de Clary era uma empresária bem sucedida que criara duas filhas em meio a pobreza com a ajuda do marido e conseguira vencer. Toda vez que olhava para Clary era como se a reprovação fosse algo físico. "Você estudou alemão, francês, deveria estar empregada. Deveria estar no mínimo fazendo mestrado. Eu não tive nada disso e consegui ser a CEO de uma empresa especializada em segurança"

Clary engoliu a auto-piedade. Ela não podia ser uma dessas garotas que desistiam fácil. Dando um longo suspiro terminou sua xícara de café e foi para uma das prateleiras arrumar os livros. Obviamente ela escolhera os "infanto juvenis". Era patético, ela sabia e todo mundo a sua volta não parava de criticá-la por isso, mas esses eram os livros que ela mais amava. "Obrigada senhor Frodo. Agora eu sei que até a menor das criaturas pode fazer a diferença".

A garota estava tão envolvida no trabalho que não percebeu alguém entrando na livraria até que ouviu Marcy chamando seu nome. Ela se assustou e foi até onde a mulher estava com uma cara divertida.

–Esse moço está procurando você- cantarolou ela.

Clary revirou os olhos. Marcy tinha a intenção, não tão discreta assim, de lhe arranjar um namorado. A atenção da garota se voltou para o homem na sua frente. Clary percebeu surpresa que ele era muito bonito. Tinha os olhos de um castanho dourado que estranhamente combinavam com seu cabelo preto. Seu rosto era delicado e ele não parecia ter mais de 24 anos.

–Olá- cumprimentou Clary meio surpresa- Em que posso ajudar o senhor?

O homem parecia estranhamente tímido.

–Senhorita Clary Mellark- o estranho estendeu a mão- É muito bom encontrá-la. Estive procurando na universidade por você, mas ninguém sabia me dizer como achá-la.

Clary fazia uma cadeira eletiva na Universidade Estadual. Francês. Ela achava que isso poderia ajudar a melhor seus conhecimentos dessa língua.

–Nova Jersey não é bem uma cidade pequena.

o homem sorriu, parecendo aprovar o sarcasmo. Deuses, ele tinha um sorriso bonito. Clary tentou se focar no problema à sua frente, por que, com certeza, era um problema. Alguém assim sempre vinha com um sino tocando "problema, problema"

–Verdade. É uma cidade bem grande. hum... eu sei que aqui não é melhor local, mas podemos sentar para conversar um pouco?

Marcy pareceu tomar isso como uma deixa e soltou "Claro, podem ficar confortáveis. Eu vou trazer uma xícara de café". A mulher deu uma piscadela para Clary. A garota não era especialista em leitura labial, mas tinha certeza de que Marcy tinha soltado "Que gatinho" para ela. Caramba, a velha a fazia sentir como uma solteirona inveterada.

Quando os dois estavam acomodados em uma pequena mesinha, o garoto começou a falar, parecendo meio desconfortável.

–Então, é.... Clary... posso chamá-la assim?

Clary assentiu com a cabeça. O homem sorriu.

–Ótimo. Meu nome é Adrian. Adrian Stuart. Eu sou aluno de Mestrado em História Americana.

Clary o encarou surpresa.

–Você parece jovem para estar no mestrado- Ela não conseguiu se controlar.

Ele deu uma risada calorosa.

–Você também parece jovem para alguém formada em jornalismo- Avaliou ele bem humorado.

Clary de repente se sentiu grata por não estar usando sua camiseta do Resident Evil e ter escolhido uma do livro 1984 de George Orwell. Se ela estivesse usando a outra camiseta, com certeza pareceria muito mais jovem. Some-se ai seu bizarro cabelo tingindo de laranja.

–Enfim...isso vai soar meio estranho- continuou como se não tivesse sido interrompido- Estou trabalhando em um projeto sobre a Guerra Cívil. Estava fazendo um estudo sobre mulheres negras que lutaram na guerra. Estive lendo algo sobre a Califórnia e descobri coisas interessantes.... coisas sobre seus antepassados.

A confusão deveria estar estampada na cara de Clary, por que Adrian pegou uma pasta. Quando ele entregou umas folhas para ela, a garota prendeu a respiração. Uma vez ela tivera que fazer sua árvore genealógica na quinta série. Ela colocara o nome dos seus tataravós paternos bem em cima. Tinha sido muito díficil descobrir, mas ela ainda se lembrava do nome dos dois perfeitamente. Peeta e Katniss Mellark.

–Esses são....são realmente meus tataravós? - Perguntou ela olhando surpresa para um documento com cartas e assinaturas que continham os nomes que ela se lembrara de ficar horas pesquisando quando criança.

Adrian assentiu sério.

–É por isso que estou aqui. Quando vi seu nome na aula de francês, só podia ser o destino. Eu pensei.... você sabe francês, a maioria dos documentos está nesta língua e você é descendente deles.... achei...Você sabe... o departamento de história anda com o orçamento apertado, mas ainda podemos contratar estagiários e ajudantes.

–Espera- interrompeu Clary, sentindo seu coração acelerando- Você está... me oferecendo um emprego?

Adrian parecia constrangido.

–Sim, precisamos de muita ajuda nessa pesquisa. Claro, não podemos pagar muito, mas seria interessante...

–Eu aceito- Clary respondeu um pouco apressada demais.

Adrian sorriu, parecendo observá-la atentamente. A garota não soube o porquê mas sentiu suas bochechas ficarem quentes. Ele pigarreou e levantou parecendo um tanto satisfeito.

–Isso é ótimo. Tenho que ir

Clary apenas fez um gesto positivo com a cabeça. Adrian passou os contatos do setor de história e pediu que ela fosse na próxima segunda pela manhã até lá. Ele se dirigiu para a porta, antes de sair no entanto se virou para a garota, seus olhos pousando na manchete que ela estava lendo mais cedo de manhã sobre a morte de Michael Brown*.

–Você é mais parecida com ela do que imaginei- comentou ele- Até segunda senhorita Mellark.

E pelo resto do dia a garota não tinha conseguido tirar Adrian da cabeça, tinha certeza de que tinha de encontrado não só um emprego, mas a história que tinha procurado durante toda a sua vida.

* A guerra da secessão terminou apenas em 9 de abril de 1865

* Em 1863 a Escravidão é finalmente abolida nos Estados Unidos

* Lincoln morreu em Abril de 1865, logo após o final da guerra

* Michael Brown: Jovem negro morto pela policia por ser confundido com um bandido


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Notas finais do capítulo

Então... this is it. É estanho dar adeus a Casa Dividida (Deuses, como vou sentir falta do Haymitch) mas.... eu adorei escrever essa história então... eu tenho uma proposta. Estou pensando em colocar Katniss e Peeta em outra aventura histórica. O que vocês acham? O período seria votado por vocês. Vamos embarcar juntos nessa? Outra novidade super maravilhosa é que fui convidada para escrever uma fic em conjunto com a minha idola Capitollina. A continuação do Diário do Pequeno Tordo http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-as-vantagens-de-ser-invisivel-diario-do-pequeno-tordo-1658996. Vocês todos deveriam ler essa fic porque é maravilhosa. Fiquem ligados porque as aventuras dos jovens tordos vem ai. Bom é isso. Espero que tenham curtido essa aventura da mesma forma que eu curti. Amo vocês :*



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