Água E Óleo ( Drarry) escrita por Emily Zhang


Capítulo 2
Let It Burn


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas foi por uma boa causa. Fiz o meu melhor, é o meu primeiro Lemon, peguem leve :D Enjoy
E gostaria de deixar aqui meus sentimentos. James "The Rev" Sullivan, você será eterno em nossos corações. Eu amo voce.



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As maos de Harry perderam a rigidez enquanto o beijo se seguia. Sua mao esquerda parecia responder instantaneamente ao desejo dele. Ela pousou na bochecha de Draco suavemente, mas o pedido sufocado do eleito estava estampado em cada uma de suas ações. ( CAPA, RIURIURIU)

Que fossem ao inferno todas as premissas que o separavam do garoto à sua frente. Que fossem ao inferno a Grifinória, a Sonserina, ou qualquer rivalidade. Harry queria Draco Malfoy, mais do que ja quisera qualquer coisa.

Draco sentiu seu corpo arrepiar quando Harry finalmente entregou-se completamente ao beijo, sem nenhuma outra resistencia, e o apertou mais contra seu peito. As maos de Harry eram fortes, apesar de seu corpo magricela, e passavam pelos cabelos louro-acinzentados do sonserino como se ja conhecessem o caminho. É estranho, Draco pensou, parece que nos conhecemos desde sempre, que nunca houve rivalidade. Parece que ele conhece cada pedaço de mim.

Harry abriu os olhos e quebrou o beijo lentamente, fixando os olhos verdes nas orbes nubladas do garoto à sua frente. Ele era tão bonito, e era dele. Ao menos naquele momento, o grifinorio podia olhar para aquele sorriso sarcastico, aqueles olhos, aquela boca, e dizer em plenos pulmões: ele pertence a mim.

A boca de Draco foi tomada por um esboço de um de seus sorrisos enquanto este abaixava-se na direção do pescoço de Harry. Cada toque era como uma nova descoberta para o grifinório, que, quase sem se dar conta, levou suas mãos às costas de Draco, puxando sua camisa, arranhando e explorando cada canto da pele do loiro. Ele queria mais, os dois queriam. Os movimentos tornaram-se mais urgentes, mais violentos. A necessidade tomava conta deles, arrebatando-os de um jeito novo e diferente. Draco mordiscava o lóbulo da orelha de Harry; Harry enroscava-se aos braços de Draco, passando a mao por baixo da camiseta deste e encaixando-se mais e mais naquele abraço intenso.

Os momentos que se seguiram passaram como um flash para Harry. Ele apenas tinha a vaga lembrança da urgencia na voz de Draco para que saissem daquele lugar, ou do momento em que os dois correram, as maos dadas, até o topo da Torre de Astronomia. Filch quase os encontrara enquanto atravessavam um dos corredores, ja que os dois nao conseguiam ficar a cinco centimetros de distancia sem trocar caricias, mas nada daquilo passou pela mente do eleito quando subiu os degraus e deparou-se com uma paisagem conhecida, porem completamente alterada.

O parapeito e toda a estrutura continuavam identicos à ultima vez que subira naquela torre, porem agora a majestosa arquitetura e a vista esplendorosa dividiam espaço com uma cama de casal tamanho King-size e alguns baus, onde em frente, lia-se em todos eles "Propriedade privada- Draco Malfoy".

- O que... como... você fez tudo isso? - Harry gaguejou, e repreendeu-se por tê-lo feito. Ele nao era tão mole, nao era de pedir desculpas, ou de medir suas palavras, mas a simples consciencia de que Draco estava por perto o fazia ficar nervoso.

- Sim. - Draco deu um longo suspiro e começou, com voz dura, como se estivesse tendo uma memoria ruim, e nao fosse de praxe conversar com alguem. - Uma semana após o começo do ano letivo. Eu nao me sentia bem naquele dormitório, nao me sentia mais em casa quando entrava no salao comunal.

" Quando entrava nas masmorras, podia perceber os olhares que me davam. De certa forma, aquele tempo com os comensais me fez bem... ah, não faça essa cara! O que quero dizer é que me fez aprender muito sobre o comportamento dos homens. Consigo identificar uma intenção em cada olhar, e , por Merlin, Harry! Os sonserinos tinham pena de mim. Me olhavam como se eu fosse um cachorro de rua, ferido, sujo e sarnento, digno de nojo e piedade ao mesmo tempo. Antes eu conseguia suportar, minha reputação ajudou um pouco. Porém o tempo passou e percebi que se queria ficar aqui e cumprir o que havia prometido a minha mãe, nao poderia viver mendigando atenção e recebendo pena. Trouxe alguns moveis da mansao secretamente numa noite... ora, eu tenho meus métodos! Sim, tenho vivido aqui desde então. Ninguem mais veio ao topo da torre depois da grande guerra, voce sabe, por que foi aqui...

- Foi aqui que Dumbledore morreu. -Harry completou. As orelhas de Draco ficaram vermelhas e ele levantou, abruptamente.

- Nao foi minha culpa! Eu nao queria, Potter! Mas ele... voce-sabe-quem... ele estava com minha familia. Eu fui pressionado, mas nao queria ter ido para o lado deles. Eu nao queria a guerra... nao queria nada disso.

Draco levantou a manga do casaco, deixando à mostra os restos de uma marca negra extremamente danificada. Arranhões e hematomas cobriam a forma, mas esta parecia mais viva do que nunca, mesmo com o lorde das trevas finalmente derrotado. Draco buscava um recomeço, mas as sombras de seu passado eram espessas demais.

Harry levantou e selou seus lábios nos do loiro. Podia sentir as lagrimas de Draco começando a cair como uma cascata, do mesmo jeito que vira enquanto ele chorava no banheiro feminino do segundo andar. Ele admirava a força do sonserino, a persistência. Agora, ele parecia extremamente indefeso.

Draco nao reagira ao beijo no começo, porem aos poucos fora voltando à realidade. Àquele momento. Apertou o corpo de Harry contra o seu e, ao contrario do que ocorrera anteriormente, dessa vez os dois sentiam-se livres para entregarem-se um ao outro. Harry desceu os labios para o pescoço de Draco enquanto esse despia seu casaco e lentamente conduzia Harry para a cama, caminhando de costas.

Os dois caem, Draco sobre Harry, Harry sob Draco. Os dois ja completamente desnudos. Eles se encaram. E um beijo. E mais um beijo. E é como Federico Moccia dizia, "Duas bocas perdidas que deslizam, que se encontram, que nao param, que se amam". E a sensação de finalmente se encontrar no meio daquela multidão, com alguem que sempre fora esperado, mas que ao mesmo tempo nunca se esperara ter. Os corpos encontrando-se, com mais força a cada instante. No ar estava aquele cheiro. O cheiro de dois homens, que nao se importavam com mais nada naquele momento, alem do toque um do outro.

E um segundo depois, Draco estava ali, tomando posse daquele corpo macio e quente que era o de Harry. Os lençóis se enroscavam a medida que o sonserino apertava com mais força a borda da cama, e estocava cada vez mais forte seu membro no eleito. Gemidos suaves foram aumentando para gritos masculos e ofegantes, mas Harry nao estava se machucando, muito pelo contrario. A cada vez que Draco puxava os cabelos negros de Harry, apertava seus quadris e brincava com seus mamilos, ele queria mais. Queria sentir em sua alma o gélido coração do Malfoy que tanto amava. Mais do que isso, queria ser aquele que derreteria o gelo naquele coração. Os corpos se enrijeceram quando os dois chegaram a seu ápice juntos. Suados, excitados com aquele contato e acima de tudo felizes. As bocas se tocaram mais uma vez, os membros ainda enrijecidos roçaram-se novamente. Harry pôs a cabeça no ombro de Draco e ali adormeceram, sob aquelas cobertas sujas com o perfume de um amor proibido, mas que mostrava que qualquer improvavel pode vir a ser a maior verdade de uma vida.


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Notas finais do capítulo

É isso galera, estava fora por algum tempo, mas voltei à ativa :D quero saber o que acharam, e no que posso melhorar, ok? Beijos.