Beauty And The Beast escrita por Maria C Weasley


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas estive em semana de prova e não consegui tempo para postar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/284861/chapter/2

Eu me encaminhava para a minha primeira aula de poções juntamente com minha colega de quarto Eillen Prince, a única delas que era suportável devo acrescentar, afinal pelas barbas brancas e embaraçadas de Merlin, o que essas meninas têm na cabeça? Porque um cérebro eu posso garantir que elas não têm. Só sabem falar de maquiagem, garotos, dinheiro, jóias e revistas de fofoca assuntos pelos quais eu não só considero um completo desperdício de tempo como também chego a passar mal só de ouvi-los.

Eillen pelo menos possui um remoto conhecimento de leitura e de outros assuntos o que já é melhor do que nada, sinceramente chego a sentir um pouco de medo de como essas meninas ficarão depois de atingirem a adolescência propriamente dita, pois elas assim
como eu tem apenas onze anos.

Mas voltando ao assunto principal, chegamos na sala antes de todos e por esse motivo
conseguimos nos acomodar facilmente na primeira bancada embora o professor e o resto dos alunos não tenham demorado para chegar. Acredito que mesmo não havendo favoritismo deva acrescentar que o professor que nos dava essa matéria era o diretor da casa Sonserina.

– Muito bem turma, eu sou o professor Horácio Slughorn. – Como se não soubéssemos isso,
acrescentei mentalmente. – E devo avisá-los que a sutil arte do preparo de poções não é para todos, portanto não devem ficar desapontados caso tenham dificuldade com a minha matéria. Por hora começaremos com algumas perguntas simples para sabermos o quanto os senhores e as senhoritas aqui presentes conhecem sobre essa arte.

Olhos arregalados surgiram por toda a sala, mas não pude impedir que um pequeno sorriso brotasse em meus lábios. Eu sabia muito bem que a maioria dos alunos não havia sequer aberto o livro e que dirá lido alguma coisa, particularmente estava tranquila, tinha lido todos os livros escolares mais de uma vez durante as férias. Como já devem ter notado sou uma completa maníaca por leitura, leio qualquer coisa que estiver ao alcance das minhas mãos indo desde romances bruxos até complexos textos sobre a origem do preconceito no mundo bruxo.

– Não precisam se preocupar, esse teste não valerá nota, é apenas uma maneira de ver com o que eu estou lidando. – O professor esclareceu ao notar a cara de pavor de seus alunos e juro que ouvi diversos suspiros aliviados.

Na bancada ao lado da minha observei Tom prender o riso mediante a reação de nossos colegas.

– Muito bem, alguém por acaso sabe me dizer o que eu obteria se adicionasse raiz de asfódeo em pó a uma infusão de losna? – O professor perguntou e minha mão se ergueu no
ar ao mesmo tempo em que a de Tom, aparentemente eu não fora a única a estudar durante as férias. – Bom, creio que eu deva começar pelas damas, senhorita...

– Prewet senhor, Mirach Prewet. – Respondi de forma rápida.

– A senhorita seria parente de Kristan Prewet, o conselheiro do ministro da magia?

– Sou sim senhor. – Respondi sem jeito, excluindo propositalmente que ele era meu pai,
com alguma sorte pensariam que éramos apenas parentes distantes. – Mas o resultado dessa mistura é a conhecida poção do morto vivo que pode deixar uma pessoa desacordada por horas ou dependendo da perfeição até mesmo matá-la.

– Perfeito senhorita Prewet, dez pontos para a Sonserina.

Os alunos da minha casa comemoraram silenciosamente enquanto me permitia um pequeno sorriso.

– E quem poderia me dizer onde buscaríamos um bezoar? – Novamente minha mão e a de Tom se ergueram no ar simultaneamente. – Muito bem, qual é a resposta senhor...

–Tom Riddle. – Ele respondeu indiferente. – O bezoar é uma pedra retirada do estomago de uma cabra e serve de cura para a maioria dos venenos. – Vi algumas de minhas colegas fazerem cara de nojo diante da informação, mas o que realmente ocupava a minha mente era porque Tom fora tão rápido em sua apresentação.

– Excelente senhor Riddle, mais dez pontos para a Sonserina, mas agora uma última pergunta simples, qual é a diferença entre acônito licoctono e acônito lapelo?

– Não há diferença, ambos são plantas do mesmo gênero botânico. – Tom e eu respondemos coincidentemente juntos, poupando o trabalho do professor escolher um de nós, afinal éramos os únicos a sabermos as respostas.

– Excelente, realmente uma resposta brilhante, portanto crio que a Sonserina mereça mais 30 pontos pelo desempenho de ambos. – Ele comentou sorrindo e me permiti o pensamento de que não deveria ser comum os alunos responderem as suas perguntas no primeiro dia de aula. – Agora faremos uma poção simples para curar furúnculos nesse tempo que nos resta.

Eu me sentia radiante de felicidade enquanto preparava minha poção e ajudava Eillen
discretamente para que seu caldeirão acabasse explodindo, afinal era bom que alguém me elogiasse para variar, pela primeira vez não havia irmãos com os quais ser comparada devido a sua superioridade em relação a mim, coisa ainda um pouco controversa. Passado esse incomum surto de felicidade que invadiu minha pessoa voltei minha atenção para a poção e não pude deixar de notar os olhares que Tom me dirigia e digamos apenas que eles não eram muito amigáveis.

Ao final da aula apenas a minha poção, a de Tom e a de uma aluna da Grifinória conseguiram ficar de acordo com as instruções do livro, para ser sincera teve um garoto que inacreditavelmente conseguiu explodir o caldeirão, e não estou exagerando, gerando uma confusão enorme no laboratório.

– Senhor Riddle, senhorita Prewet, gostaria de falar com os senhores. – O professor nos chamou enquanto guardávamos nosso material.

Por esse motivo permanecemos sentados enquanto os outros alunos deixavam a sala e o professor fechava a porta.

– Fiquei muito impressionado com os dois hoje, não me lembro de alunos tão brilhantes desde que comecei a lecionar e isso já faz muito tempo. – Ele brincou e por educação
acompanhei sua risada. – Eu tenho um clube de alunos aqui em Hogwarts, apenas os melhores, é claro, e adoraria que vocês se juntassem a ele. Teremos uma reunião de boas vindas em duas semanas e ficaria extremamente contente se puderem ir.

– Será um prazer professor. – Respondi de maneira educada como haviam me ensinado, apesar de eu não estar nem um pouco animada, verdade seja dita eu odeio esses eventos
sociais embora minha mãe tenha garantido que eu teria habilidade suficiente para lidar com eles.

– Pode contar com a minha presença, senhor. – Tom falou estranhamente interessado.

– Perfeito! Darei-lhes maiores informações com a proximidade do evento, mas agora podem ir, afinal não queremos perder o almoço.

Deixamos a sala rapidamente e eu já me encaminhava para o grande salão quando Tom segurou meu braço com força me obrigando a parar.

– O que foi? – Perguntei confusa.

– Não vai me ofuscar Mirach, eu serei o melhor aluno que Hogwarts já teve e você não vai
roubar o meu lugar.

– Do que você está falando? Por acaso agora é proibido que alguém além de você conheça as respostas para alguma pergunta? Desculpe Tom, mas acho que se esqueceram de me
entregar esse memorando. – Comentei de maneira irônica.

– Você é uma mulher Mirach e deve aprender o seu lugar.

– Aprenda o senhor o seu. – Respondi de forma ríspida me livrando de seu aperto. – Não sou como as outras garotas que só pensam em conseguir um marido, tenho ambições para o meu futuro e não deixarei que um garoto como você se coloque em meu caminho. O mundo está mudando Tom, em breve as mulheres terão um papel muito importante em nosso mundo e eu farei parte disso quer você queira ou não. Eu sinceramente pensei que poderíamos ser amigos, mas vejo que dessa vez eu me enganei. Tenha um bom dia senhor Riddle.

Ignorando seu olhar espantado lhe dei as costas e com passos firmes subi as escadas em
direção a biblioteca, havia perdido completamente o meu apetite depois dessa atitude nojenta e preconceituosa de Tom, afinal quem ele pensa que é? Um filinho do papai como tantos outros e só por isso se acha superior? É inteligente, admito, mas se não é capaz de dividir o holofote é melhor mesmo que se mantenha afastado de mim.

Essa atitude foi de uma crueldade que não imaginei que ele pudesse ser capaz, afinal onde estaria o doce menino que conheci na cabine do trem? Entretanto isso não importa agora, se é guerra que Tom Riddle quer então é guerra que ele terá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!