Beauty And The Beast escrita por Maria C Weasley


Capítulo 16
Capítulo 16




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Eu estou no meu sétimo ano, prestes a me formar em Hogwarts e construir uma carreira, mas isso já não me assusta mais, pelo menos não agora que sei do que sou capaz. Apesar de tudo eu continuei a namorar Tom e durante esse período ele não fez nada que fizesse com que eu me arrependesse dessa decisão ou pelo menos finalmente aprendeu como esconder seus atos de mim. Particularmente prefiro acreditar na primeira opção, para o bem do meu relacionamento e da minha sanidade, mas conhecendo-o como conheço sei que a segunda é muito mais provável de se tornar verdadeira.

Eillen e eu ainda somos melhores amigas e ela continua a namorar o trouxa escondido  de seus pais, embora em breve eu acredite que ela será obrigada a contar visto que as coisas entre eles estão ficando sérias, já Othy também continua namorando Aurora e como sua confidente sei que ele está apenas esperando conseguir sua independência financeira para jogar na cara do nosso pai tudo que vem desabafando comigo ao longo desses anos.

Quanto a escola, continuo como sempre e em alguns dias prestarei os meus NIEMs, assim como Othy fará os seus NOMs. Também devo comentar que Tom e eu fomos escolhidos como monitores chefes o que foi muito legal embora tenha diminuído ainda mais o meu tempo livre.

Naquela manhã Eillen e eu estávamos tomando, tranquilamente, o nosso café da manhã quando uma coruja cinza sobrevoou a mesa, juntamente com o resto das responsáveis pela entrega do correio, e despejou duas cartas na minha frente. Não foi preciso muito tempo para que eu reconhecesse a letra de Tobias Snape em uma delas a qual passei discretamente para minha amiga, afinal ela finalmente concordara ser mais seguro usar a minha coruja para trocar cartas com o amado, mas não consegui identificar quem era o remetente da segunda carta.

- Tobias quer que eu me encontre com ele, diz que tem algo muito importante para me contar. – Ela sussurrou para que apenas eu escutasse. – No dia do passeio a Hogsmeade, você poderia...

- Eu lhe dou cobertura. – Comentei distraidamente enquanto abria a carta.

- Obrigada, mil vezes obrigada. – Ela falou me abraçando animadamente, mas eu estava chocada de mais com o que tinha lido para lhe dar atenção e minha amiga não tardou a notar isso. – Mira o que houve?

- É do Ministério Eillen, estão dizendo que consegui a vaga para estagiar lá e que estão aguardando minhas notas do NIEMs para decidirem em qual departamento vou começar. – Falei enquanto passava os olhos mais uma vez pelo conteúdo da carta.

- Isso é incrível, mas como conseguiu? Não foi graças a seu pai, não é?

- É claro que não, eu mandei a carta de solicitação como o professor Slughorn me instruiu, mas pelo que está escrito aqui parece que havia cartas de recomendações junto com o meu requerimento.

- Você não as enviou?

- Eu nem sabia que podia fazer isso, afinal meu pai nunca me explicou como funcionava a burocracia do Ministério.

- Parece que você vai descobrir por si mesma.

Pela primeira vez na minha vida eu não conseguia parar de sorrir, um estágio no Ministério era a garantia de um excelente emprego e não era algo fácil de conseguir, pois com isso você iniciava a sua carreira como assistente de um chefe de departamento o que não é pouca coisa, além de ser uma garantia de seu emprego lá. Tudo o que eu queria era sair correndo para contar a novidade para Othy, mas as pessoas achariam muito estranho me ver na mesa da Lufa-lufa e eu não queria levantar suspeitas e dar a chance de algum boato começar a circular pela escola.

Obviamente eu também queria contar para Tom, mas como vinha acontecendo com muita freqüência, ele não apareceu para a refeição o que ele fazia durante esse período não era algo que eu estivesse ansiosa para descobrir.

- Vamos indo para a sala? – Eillen perguntou me despertando de meus devaneios.

  - Quero agradecer ao professor Slughorn primeiro, mas encontro você lá em alguns minutos. – Comentei já me levantando.

Fiquei esperando no corredor e uns cinco minutos depois ele deixou o Salão Principal e me aproximei dele rapidamente.

- Professor, teria um minuto?

- É claro, senhorita Prewet.

- Quero informá-lo do que minha solicitação para estagiar no Ministério foi aceita.

- Meus parabéns, mas eu sabia que a senhorita conseguiria. – Ele comentou sorrindo. – Saiba que eu nunca erro quanto ao potencial de um aluno.

- Eu também gostaria de agradecer por ter anexado as cartas de recomendação.

- Infelizmente não posso levar o crédito por essa ideia, visto que ela partiu do professor Dumbledore, mas ele vem vindo ali se desejar falar com ele.

- Obrigada professor. – Falei educadamente e sai correndo atrás de Dumbledore. – Professor! Professor!

- Senhorita Prewet, o que posso fazer pela senhorita?

- Nada, eu só gostaria de agradecer por ter anexado as cartas, não sabe o quão importante para mim é conseguir esse estágio.

- A senhorita fez por merecer e devo lhe confidenciar que todos os professores acataram imediatamente a ideia quando lhes apresentei, mas admito que fiquei surpreso por a senhorita não ter pedido a nenhum de nós para escrevê-la.

- Eu achava que isso não era permitido e como o professor Slughorn não me alertou sobre esse fato eu nem ao menos me preocupei com essa possibilidade.

- Não deve ficar chateada com Horácio, ele deve ter imaginado, da mesma maneira que eu, que tendo um pai tão envolvido na política do Ministério como é o seu caso ele já a haveria instruído sobre o que você deveria fazer.

- Digamos apenas que meus pais e eu não estamos de acordo quanto ao caminho que devo seguir no futuro. – Comentei embora a verdade é que eles nem faziam ideia de que eu havia enviado a carta.

- Desejo-lhe sorte, então, senhorita Prewet, embora não acredite que ira precisar. – Ele comentou antes de me deixar sozinha no corredor.

- Isso é porque o senhor não conhece o meu pai. – Eu murmurei para o nada enquanto caminhava para a minha aula.

Quando cheguei me sentei ao lado de Eillen como havia prometido, mas consegui passar um bilhete para Tom dizendo que precisávamos nos encontrar. Por conta disso em meu tempo livre me encaminhei para a Sala Precisa, onde se tornara nosso ponto de encontro, e esperei por meu namorado.

- O que aconteceu? – Ele perguntou surpreso já que normalmente era ele que me chamava até ali.

- Eu consegui. – Falei simplesmente enquanto estendia a carta para ele.

Os olhos de Tom percorreram rapidamente as poucas palavras que eu já havia decorado e subitamente aqueles poços negros se voltaram para mim. Agora veja bem, Tom nunca foi do tipo romântico, se quer era uma pessoa emotiva, então eu acredito que minha surpresa quando ele me levantou do chão e me rodou pela sala tenha sido bastante justificável.

- Quem é você e o que fez com Tom Riddle? – Perguntei assim que ele me colocou no chão.

- Por que sempre o tom de surpresa? – Ele perguntou arqueando a sobrancelha.

- Admita que esse comportamento não combina nem um pouco com você.

- Só estou feliz por você Mirach. – Ele falou e embora eu não estivesse muito convencida decidi deixar para lá. – Consegui marcar uma audiência com o Dippet na semana que vem.

- Eu sabia que essa felicidade toda não era apenas por minha causa. – Acusei.

- Mirach.

- Relaxe, eu tenho certeza de que conseguira o emprego como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas ainda não consigo acreditar que tenha aspirado por isso desde que entrou na escola.

- Minha querida, você não é a única que as pessoas têm dificuldade para compreender os pensamentos.

Preferi não pensar nisso, pelo menos não em um dia em que eu estava tão feliz, pela noite finalmente consegui contar a novidade para meu irmão que ficou talvez até mais contente do que eu, pois sua felicidade não era apenas por mim como por ele mesmo também. Afinal ele sabia que eu o ajudaria a realizar o seu próprio sonho quando me estabelecesse financeiramente a ponto de já não mais depender do meu pai.

Consegui contar a Ink também, mas meus pais só ficariam sabendo a verdade depois que os meus NIEMs saíssem e se eu conseguisse tal proeza apenas quando meu pai cruzasse comigo nos corredores do Ministério.

Acho bom que eles estejam preparados porque estou prestes a revelar o que Mirach Prewet é realmente capaz de fazer e nada pode me parar agora.


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