Love Is All You Need escrita por Lojas PEVOAI


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá flores do dia!! É muito bom estar aqui hoje, eu queria agradecer ao meu pai, minha mãe, o minha vizinha estranha, o maconheiro lá da rua 10...
Sem vocês eu não estaria aqui hoje.
Nossa eu tenho problemas, ontem eu tinha pensado em várias coisas bacanas para colocar aqui, mas hoje eu esqueci tudinho então...



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POV Percy

"Hey Annabeth, não se irrite, mas eu torci meu tornozelo enquanto tentava espionar você. Ok?" Acho que essa ficou boa. Estou tentando achar uma boa desculpa para o fato de que meu pé está engessado e eu estou usando muletas. O médico disse que não é muita coisa, foi só uma leve torção e tenho que ficar assim por uma semana. Uma semana longe dos treinos de futebol, o treinador Edge vai me matar. Pff como se ele tivesse tamanho para matar alguém! Enfim, em pleno sábado Nico e Bianca foram visitar a avó deles, Charles está aprendendo a construir coisas com o pai pirado dele e o Grover me disse que tava na casa dos Stoll impedindo eles de afogarem uma família de esquilos na piscina. Vai entender. Enfim, o resultado disso: eu tô sozinho e abandonado. Que droga. Agora, o que eu poderia fazer? Incomodar minha mãe, incomodar a Silena, incomodar a Annabeth. Oh, é isso! Essa é a minha chance! Vou até pentear o cabelo... Pra quê? Eu sou demais.
Pedi para Argos me deixar por perto da casa dela em um carro não muito extravagante. Eu, ir andando? Nunca. Minhas pernas são lindas demais para isso, além do mais, meu tornozelo tá machucado. Quando cheguei ao prédio dela, uma mulher de cabelos grisalhos usando um vestido verde e um avental de cozinha inteiramente queimado estava regando o concreto. Quer dizer, literalmente, ela estava com uma mangueira "regando" o pavimento.
− O gramado não está ficando maravilhoso? − ela tava falando comigo?
− Ahn... Claro! Está lindo. − eu disse passando por ela.
− Não pise no meu gramado Luke! − ela começou a jogar água em mim. Ela me chamou de que?
− Tá bom! Tá bom! Já chega! − eu disse me afastando e me apressando.
− Eu sempre lhe falei para não pisar no meu gramado meu filho. Entre que eu fiz biscoitos pra você!
Ela tinha um olhar meio que maníaco, e seus cabelos estavam arrepiados como se ela tivesse levado um choque. Seu sorriso era congelado, ela nunca parava de sorrir. Ela me deu um pouco de medo. Eu corri e subi as escadas. Essa mulher é louca, eu não sou o Luke! Eu nem conheço esse cara, mas já estou começando a odiá-lo. Bati na porta da Annabeth e uma mulher muito parecida com ela atendeu a porta. Ela tinha os mesmos olhos cinzentos, cabelos castanhos escuros presos em um rabo de cavalo e uma postura autoritária.
− Oi! Posso ajudá-lo? − ela perguntou me analisando.
− Oi! Eu vim ver a Annabeth, sou um... amigo dela. Ela está? − a mãe dela me olhou de cima a baixo e suavizou a expressão.
− Você é da GHS?
− Sou sim.
− Puxa, eu nunca tinha visto um amigo da Annabeth que estudasse na GHS...
− Eu sou o Percy − falei estendendo a mão.
− Atena. O prazer é todo meu. Nossa, um amigo... − ela apertou minha mão e ficou sorrindo para mim como se eu fosse  coisa mais inacreditável do mundo. Pigarreei.
− A Annabeth está?
− Ah! Ela está na casa da Thalia, ela só vive lá. É aqui em cima no 204.
− Ah obrigado. Foi prazer conhecê-la, Sr. Chase.
Espero ter feito uma boa primeira imagem para a minha futura sogra. Subi as escadas e bati na porta do 204. A garota punk que leva a Annabeth pra escola atendeu. Ela olhou bem na minha cara e fechou a porta antes de eu falar qualquer coisa. Bati na porta de novo.
− O que você quer? − ela perguntou irritada.
− Oi. Eu quero falar com a Annabeth.
Ela franziu a testa e fechou a porta de novo. Escutei ela gritando "Annabeth! Tem um babaca na porta querendo falar com você!". Nossa. Desta vez a Annabeth abriu a porta.
− Percy? O que você veio fazer aqui?
− Oi Annie! − falei sorrindo − você tá tão bonita hoje...
− O que você quer?
− Nada... Só a sua doce companhia − eu disse e sorri para fazer um charme.
Ela revirou os olhos e me deixou entrar. A amiga punk da Annabeth estava sentada no sofá com o Jason, ela estava segurando um baldinho com muita pipoca e me encarava com seus olhos incrivelmente azuis, seus cabelos negros tinham mechas azuis que combinavam com seus olhos.
− Percy, esta é a Thalia e você já conhece o Jason.
− Oi.
− Estávamos na nossa seção de cinema da quinta, apesar de hoje ser sábado.
− É que agora, nas quintas, a Annie tem que ensinar você... − Jason disse dando de ombros.
− Eu sei né... − eu olhei para ela e sorri bobo pensando em todas as maravilhosas quintas-feiras que passamos juntos, ou seja, uma.
A Thalia me analisou com um olhar cético de cima abaixo e se levantou.
− Annabeth, você pode ir comigo até a cozinha? − ela disse sem tirar os olhos de mim.
− Ahn... Claro. Percy você espera aqui ok?
− Ok.
Elas foram até a cozinha e eu me sentei com o Jason no sofá.
− Então... A Annabeth fala muito de mim para vocês? − perguntei.
− Na verdade... não. Ela nunca mencionou seu nome.
− Oh. − sorri sem graça. Eu deveria ter trago a Piper comigo. − Que filme vocês iriam assistir?
− Tinker Bell e o Segredo das Fadas.
− É o novo?
− É... O terceiro.
− Puxa... Ainda não vi esse. Soube que nesse filme ela tem uma irmã gêmea. − falei.
− É...
Thalia e Annabeth voltaram. A Annie se aproximou hesitante e olhou para a Thalia que movimentou os lábios dizendo "continua", Annabeth concordou e se sentou ao meu lado. Quer dizer, bem ao meu lado, sem espaço nenhum. Isso fez as minhas mãos suarem.
− Então Percy... − ela disse colocando uma mão na minha perna, e automaticamente todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. O que ela estava fazendo? Algum tipo de provocação?
− Oi... − eu disse quase sem voz. Muito macho.
− Você não gostaria de dar uma volta... − ela disse com a voz meio... sexy.
− Sim! Percy gostaria muito!
A Thalia segurava riso. Eu estava tão ridículo assim? A
Annabeth olhou para a Thalia e ela deu de ombros.
− É Jason, parece que vamos ser só nós dois...
Annabeth se levantou e eu a segui, ela fuzilou a Thalia com o olhar, pegou sua jaqueta e abriu a porta.
− Vamos Percy?
− Vamos.
− Aonde pretende ir?
− Não sei. Que tal aquele sorvete que você me prometeu?
− Pode ser. Conheço uma ótima sorveteria aqui perto.
− Perfeito.
Quando passamos pela janela do primeiro andar eu fiz a infantilidade de mostrar meu dedo do meio para a velha que morava lá. Andamos um pouco até que a Annabeth quebrou o silêncio.
− O que aconteceu com o seu pé?
− Ahn... Eu estava... indo para casa e fui atrope... Assaltado! Tinhas uns caras barra pesada, porque onde eu moro é assim, e eu consegui bater em um deles, mas o... Chuck e seu comparsa Coiote me acertaram em cheio.
− Nossa! Coitado de você!
− Eu sei, mas eu sou muito forte.
− Sei... Ah! A sorveteria é aqui.
Entramos em lugar chamado "Pedacinho do Céu", isso parece nome de fazenda. Uma mulher com aparência doce amigável nos atendeu.
− Oi Annabeth!
− Oi...
− O que vão querer?
− Baunilha − falei.
− Hmmm − Annabeth fechou os olhos e apontou para o quadro de sabores e abriu os olhos logo em seguida − Número 42... Morango com calda de caramelo.
− O que foi isso?
− Ah, é assim que eu faço o pedido, nunca tomo um sabor repetido.
− Oh! Vou tentar.
Fechei os olhos e apontei para algum sabor.
− Deu... sabor wasabi. O que isso? Uma fruta?
− Uma pimenta. Das fortes, um sabor especial − disse a mulher que nos atendia − eu já volto com os pedidos.
Annabeth estava com o olhar perdido, pensando em mil coisas ao mesmo tempo, provavelmente. Annabeth era uma garota muito bonita, seus cabelos eram perfeitamente ondulados, seus olhos eram prefeitos, seu nariz era perfeito, seus lábios eram prefeitos... Para mim ela era perfeita. O problema era que para ela eu não significava esse tanto, mas pra mim ela era tudo, tudo.
− Aqui estão seus sorvetes! − disse a moça me despertando de meus devaneios.
− Ah, obrigada. − respondeu a Annabeth pegando seu sorvete.
− Querido, antes de tomar o seu sorvete assine isso.
A Tia do sorvete disse e me entregou um papel e uma caneta.
− O que é isso?
− Isto é um acordo que te responsabiliza por todos os danos que pode possivelmente acontecer caso você tome o sorvete.
− Oh céus...
Peguei a caneta hesitante e dei uma olhada no tal acordo.
− Nossa, tem três páginas só de efeitos colaterais. Aqui diz "o consumo excessivo pode causar irritação na pele e nos olhos, com toxicidade sub-crônica e até mutagenicidade, taquicardia e em casos raros, perda total do paladar." O que diabos é mutagenicidade!
− É um tipo de mutação genética. − respondeu a Annabeth.
Engoli em seco.
− Percy, se você não quiser não precisa tomar esse sorvete, escolha outro.
− Não! É esse que eu quero. Me dá esse sorvete aqui!
− Assine primeiro.
− Ah claro.
Assinei o papel e peguei o sorvete. Era só um potinho com um troço verde em forma de sorvete. Coloquei a primeira colherada na boca. A sensação era de estar colocando lava na boca. Esse negócio começou a arder instantaneamente e eu senti meu rosto ficar quente.
− E aí? Qual é sabor? − Annabeth perguntou.
− De ser beijado pelo capeta.
− É tão ruim assim?
− O que você acha? − eu disse com sarcasmo. Minha língua estava, literalmente, em chamas.
Outra colherada e meus olhos lacrimejaram. Minha boca estava literalmente pegando fogo. Eu não aguentava mais.
− Água! Eu preciso de água!
− Na verdade não.
− Hã? Claro que sim! Não aguento mais esse Diabo Verde!
− Água só piora, o que ajuda a acabar com o ardor são os derivados do leite por causa da substância...
− LEITE! Eu preciso de leite! − eu disse interrompendo Annabeth.
A Tia do sorvete me trouxe um copinho de iogurte que eu bebi rapidamente.
− Outro! Outro!
− Calma Percy, pegue o meu sorvete. Vamos sentar lá na calçada, você só precisa de um vento gelado.
− Ok, você tem razão.
Sentamos na porta da sorveteria.
− Por que esse troço arde tanto? − falei resmungando.
− É porque a pimenta pertence ao gênero Capsicum, que tem como característica produzir um composto químico chamado capsaicina que provoca essa sensação de ardor. − Annabeth respondeu instantaneamente.
− Nossa. Isso é impressionante. Eu não entendi nada do que você falou. − eu afirmei fazendo uma cara dramática.
− Saliente − ela falou e me acertou no ombro.
Annabeth encostou a sua cabeça no meu ombro e uma onda de sensações invadiu o meu corpo instantaneamente. E ficamos só assim, olhando as pessoas passarem na rua. Eu queria apenas congelar esse momento e ficar assim. Eu esqueci completamente a minha dor.
− Dez dólares pelos seus pensamentos. − ela disse.
− Só dez dólares? Meus pensamentos não valem um pouco mais? − ela deu uma risada.
− Desculpe, mas é só isso que eu tenho.
− Sem problemas, eu não estava pensando em nada especial.
− Essa mulher tem cara de Maria − ela disse referindo-se a uma mulher que se sentou em um banco próximo a nós
− Maria! − chamei − o nome dela não é esse.
− Carol!
− Camila! − tentei.
− Não... − Annabeth sorria, eu gosto de vê-la sorrir − Janaína!
− Camila!
− Anna!
− Camila!
− Mônica!
− Camila!
− Você só conhece esse nome? − ela disse se virando para mim.
− É o único que me lembro.
− Você é estranho Jackson!
− Disse a garota que fecha os olhos para escolher um sorvete!
− Calado!
Seu sorriso era incrivelmente lindo, seus olhos estavam quase transparentes de tão claros. Ela estava bem perto de mim. A ponta de meus dedos contornou seu rosto retirando uma mecha de cabelo loiro de sua bochecha e, pela primeira vez, eu senti um frio na barriga, frio não, um inverno inteiro. Quando eu me aproximei mais alguns centímetros, o corpo dela se retesou e ela se afastou levantando.
− É... Alguém precisa pagar a conta.
Eu ainda estava meio inconsciente por causa desses acontecimentos repentinos, então eu devo ter falado:
− Ahn... É, sim hum...
Ela riu e se dirigiu ao balcão. Eu não pude escutar a conversa, mas acho que ela não pagou a Tia do Sorvete, Annabeth sorriu sem graça e saiu com as mãos nos bolsos.
− Vamos?
− Ah, claro... Mas eu acho que esqueci uma coisa. Já volto.
Entrei na sorveteria e coloquei a maior nota que tinha na minha carteira na mesa em que estávamos e escrevi no dinheiro "silêncio, não fui eu quem pagou a conta". A Tia do Sorvete me observava de longe, acenei para ela e coloquei o dedo indicador sobre os lábios em um sinal de silêncio. Fui embora da sorveteria.
− Achou o que procurava?
− Achei! Era... o meu celular.
− Ahn... − ela franziu as sobrancelhas − o seu IPhone, certo? Como você o conseguiu?
Caramba! O IPhone! Como eu não pensei nisso! O Nico tem razão, eu sou lerdo mesmo.
− Esse IPhone? É falso! − disse apressadamente − Comprei de um mendigo por dez pratas.
− Não. Seu IPhone é verdadeiro, tem uma diferença e eu tenho certeza absoluta que o seu é verdadeiro.
− Absoluta?
− Sim.
Droga, agora eu me ferrei. Senti um gosto amargo na minha boca, era o gosta da mentira. Eu odeio ter que mentir para a minha futura namorada e mãe dos meus dois filhos: Batman e Robin (legal os nomes né?). Annabeth virou para mim e arregalou os olhos.
− Ah meu Deus! Eu já sei onde você conseguiu isso! É pior do que eu pensava!
− Sabe é?
− Sei! − sabe mesmo? − você roubou!
− Roubei?
− É! Isso explica o celular e o seus tênis!
Arg! Puta merda! Os tênis! Caras sem grana não andam de Supra, a não ser pequenos ladrões! Eu não sei o que é pior ser ladrão ou ser mentiroso! E pelo visto eu sou os dois!
− Eu não roubei! Juro que não roubei.
− E como você os conseguiu?
− Ahn... São emprestados! Do meu primo Nico.
− Ah! Isso também faz sentido − faz né? Fui eu que pensei sozinho − e por que o seu primo Nico é rico e você não?
Tá aí! Ainda me perguntam por que eu só namoro garotas burras!
− É porque... Meu pai é adotado.
− Mas eu pensei que você tinha me falado que o seu pai havia sumido, como o meu pai...
− Eu disse pai?! Eu quis dizer mãe − falei consertando − minha mãe é adotada.
− Ah.
Continuamos a andar em silêncio. Eu olhei para Annabeth e ela parecia preocupada, eu gostaria de saber o que a preocupava. Eu queria tanto que ela gostasse de mim do mesmo jeito que eu gosto dela. Tem pessoas que dariam tudo para ser alguém riquinho e mimado como eu, enquanto eu daria tudo para ser apenas amado pela pessoa que eu gosto. É impressionante como as pessoas nunca estão conformadas, não importa o que aconteça. A vida é uma droga. Não importa quem você seja rico ou pobre, a vida continua sendo uma droga.
Chegamos ao prédio dela e tinha uma pequena movimentação na portaria.
− Ótimo, consertaram o elevador.
− Hmm... Algo me diz que você não gostou disso, por quê?
− Porque eu tenho medo de elevadores. − ela disse indo para as escadas.
Eu sinceramente odeio escadas, ainda mais de muletas. Eu acho que o elevador foi uma invenção divina. Subir escadas cansa muito, acho que vou contratar alguém para me carregar por aí. E isso minha gente é mais uma prova de que eu e a Annabeth somos extremamente diferentes. "Muito obrigado senhor coração por ferrar com a minha vida e bater por uma garota inalcançável!". Annabeth abriu a porta do apartamento dando de cara com a sua mãe.
− Oi Percy! Eu gostei desse aí! − ela disse nos olhando maliciosamente.
− Nem vem mãe, somos só amigos, ok? Tchauzinho.
A Sra. Chase se afastou levantando as mãos.
− Ah me desculpe por isso. – ela disse apontando para a mãe dentro de casa.
− Sem problemas − respondi com um sorriso.
− Foi muito divertido hoje, obrigada Percy.
− Não há de quê.
Ela se aproximou e me beijou... na bochecha. Não sei se foi só a emoção do momento, mas eu acho que foi no canto da boca... Ela tá querendo!
− Então... Até a próxima vez. − ela disse e entrou em casa.
− Vai ter uma próxima vez? − perguntei com um olhar galanteador.
− Talvez... − ela disse fechando a porta com um sorriso nos lábios.
Oh mulher difícil!


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Notas finais do capítulo

Oi amores! Estou agradecendo a lightning princess pela ótima ideia do IPhone roubado. Obrigada princesa!
Ninguém quer brigar comigo? Dar uma sugestão? Dizer o que acha? Mandar um salve?