Já era noite de segunda-feira, e Jacob resolveu ir até La Push para ver todos antes do casamento.

- Tem certeza que você vai ficar bem? – Ele segurava o rosto de Renesmee nas mãos, olhando afetuosamente em seus olhos.

- Você está brincando, né? – Ela revirou os olhos e deu um selinho nele, sorrindo. – Eu posso sobreviver a uma noite sem você, Jake. Estou mais preocupada com o contrário.

- Será um desafio – Ele a beijou levemente – Mas eu tentarei, com todas as minhas forças, sobreviver sem sofrer demais.

- Boa sorte. – Ela riu e se soltou dos braços dele por um momento. – De qualquer jeito, eu quero ir visitar o vovô hoje. Alice disse que é seguro. – Ela se virou para mim, atraindo meu olhar. – Nós vamos, certo?

- Claro, querida. – Eu assenti, sorrindo – Assim que vocês terminarem aí.

- Achei muito gentil da parte de Sue se mudar para a casa do Charlie e deixar a casa dela em La Push para a Leah e o Seth. – Esme comentou da cozinha, onde lavava os pratos da janta de Renesmee e Jacob.

- Estou é surpresa por eles ainda não terem se matado para só um ficar com a casa. – Eu ri.

- Não duvido nada que até o fim do ano a Leah expulse o Seth de lá. – Renesmee riu comigo.

- Seth evita ficar muito tempo por lá, porque a Leah e o namorado são muito espaçosos. – Jacob explicou, puxando Renesmee de volta para seus braços, de forma que ela ficasse com as costas encostadas no peito nu dele, e então deu um beijo na curva de seu ombro.

- Acho ótimo que Leah tenha alguém. – Renesmee suspirou – Ela merece ser muito feliz.

- Merece mesmo. – Eu concordei, me lembrando de como ela ficou ao nosso lado contra sua matilha, e de como estava disposta a nos ajudar, mesmo não gostando tanto assim de nós. A verdade era que eu era muito grata a ela, e esperava que ela fosse muito feliz.

- Leah é a prova de que não são necessários imprintings para que se viva feliz naquela alcateia. – Edward desceu as escadas com o casaco de lã de Renesmee nas mãos e se sentou ao meu lado no sofá, acariciando meu cabelo. – Ela e Taylor são muito felizes do jeito que estão.

- Realmente espero que isso não tenha sido uma indireta, papai. – Renesmee fingiu uma cara feia ao encarar Edward.

- Claro que não, querida – Ele fingiu perplexidade – Estou feliz se você estiver. Só estou comentando mesmo. – Ao terminar de falar, ele piscou um olho para nossa filha e sorriu, mostrando que tudo não passava de uma brincadeira.

- Vou aproveitar esse incrível momento de descontração e sair. – Jake beijou Renesmee mais uma vez e, ao larga-la, puxou das costas de uma cadeira sua blusa e sua jaqueta de couro. – Até amanhã.

- Vou ser a de branco. – Renesmee riu, e eu vi um olhar de susto passar por Edward, seguido por afeto, nostalgia e alívio. – Brincadeira. Até amanhã.

- Você está proibida de dizer essas palavras pelos próximos 18 anos. – Edward assentiu, decidido.

- Achei que tínhamos combinado que ela só poderia se casar quando tivesse quarenta… – Rosalie apareceu da cozinha, rindo um pouco.

- Acho que eu entendi tudo errado, então. – Eu franzi os lábios, fingindo confusão. – Achei que o acordo era 50 anos ou nada feito.

- Quem diria que papai teria a melhor expectativa para mim, hein? – Minha filha se aproximou de Edward, abraçando-o e puxando seu casaco do ombro dele, onde estava pendurado.

- Eu sempre terei. – Edward levantou as sobrancelhas, orgulhoso. – E você deveria saber disso.

- Claro, claro. – Renesmee começou a vestir o casaco por cima de seu vestido rodado branco e eu fiquei surpresa com o quanto ela e Jacob eram ligados, com seus jeitos de falar quase iguais. Eu sabia que isso me surpreenderia sempre, não importava quanto tempo tivesse se passado.

- Alguém mais vai conosco à casa de Charlie? – Eu perguntei em um volume razoável para que até Alice e Jasper pudessem nos escutar do segundo andar, onde eles estavam com Emmett e Carlisle assistindo a algum filme.

- Mande lembranças a ele. – Alice respondeu. – E diga que eu vou visita-lo logo. Hoje não dá pra mim.

- Idem da minha parte, Bella. – Esme esticou seu pescoço para que eu pudesse enxerga-la sentada à mesa da cozinha, desenhando alguma coisa.

- Ótimo. – Eu sorri. – Até mais tarde, então. Qualquer coisa, é só ligar.

- Vão tranquilos – Rose sorriu e começou a nos empurrar de levinho. – Nos vemos mais tarde.

E então nós entramos juntos no carro, rumo à casa que fora meu lar durante meus melhores anos de vida como humana.