Plus Que Ma Propre Vie. escrita por Isabella


Capítulo 38
Capítulo 38




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Horas depois, fomos interrompidos por um toque de telefone estridente ao lado da cama. Resmunguei por um segundo e me levantei para atender à chamada de Jacob.

- É bom que seja muito importante. – Eu franzi os dentes.

- Você sabe que o casamento é amanhã, né? – Ele estava mastigando alguma coisa e sua voz saía engraçada por causa disso, revirei os olhos por um segundo ao perceber o quanto era incrível que eu o conhecesse tão bem. – Renesmee resolveu ficar nervosa.

- Nervosa? – Eu levantei a sobrancelha, e Edward ajeitou sua postura na cama ao sentir minha tensão – Mas o que ela tem?

- Cismou que não vai fazer nada certo amanhã. Parece até que é o casamento dela.

- Falta muito tempo para o casamento dela. – Edward resmungou ao meu lado.

- Eu ouvi isso – eu podia quase ver Jake revirando os olhos – e eu sei. Por favor, a menina tem só 12 anos.

- Que bom que você sabe. – Eu sorri. – Estamos indo para aí. Diga a ela que fique calma.

- Sim senhora. – Ele disse, e logo em seguida desligou o telefone.

- Estamos indo? – Edward fez biquinho.

- Nossa filha precisa de nós. – Eu dei um selinho nele e comecei a me vestir.

Segundos depois, já estávamos saindo de casa. Corremos juntos pelo mesmo caminho que sempre fazíamos na floresta, mas algo chamou a atenção de Edward, e ele parou repentinamente.

- Tem alguém aqui. – Ele sussurrou.

Tipo um humano? – Eu tirei meu escudo.

- Não – Ele balançou a cabeça. – Tente cheirar.

Inspirei profundamente e senti o inconfundível cheiro doce de vampiro. Misturado ao cheiro de sangue humano.

Devemos nos preocupar?

- Ele está caçando em Forks, Bella. – Edward falava muito baixo. – Se nós não o encontrarmos, os lobos vão. Nós pelo menos podemos tentar conversar. Não é porque há um casamento amanhã que a matilha está de folga. – Então ele começou a correr em direção à floresta densa.

 Você não pensa que vai sozinho, certo? Eu o segui por dentro da floresta, cobrindo-o com meu escudo.

Não demorou muito para que o encontrássemos. Ele estava pulando sobre alguns galhos de árvore, e parecia alheio à nossa presença. Não havia nenhum sinal de um humano morto por ali e, quando eu consegui uma vista melhor do vampiro, percebi que o cheiro de sangue vinha de suas roupas, que estavam sujas e um pouco surradas. Em apenas um salto, Edward o alcançou e o imobilizou. O vampiro parecia completamente surpreso e aterrorizado, como se algo não estivesse funcionando. Foi quando eu senti. Algo empurrava meu escudo com muita força, fazendo de tudo para tentar ultrapassá-lo. Edward leu isso em minha mente.

- Desista de usar seu poder, seja lá qual for. – Ele sorriu enquanto ainda segurava o vampiro, que estava imobilizado pelo susto. – Temos proteção pra isso. – Ele sorriu balançando a cabeça na minha direção, e eu pus uma expressão orgulhosa em meu rosto. Eu me sentia bem por poder proteger meu marido.

- Comece nos contando seu nome. – Eu cheguei por trás de Edward, e então o vampiro olhou para nós pela primeira vez.

- Eu conheço vocês. – Ele parecia assustado. E então, de repente, Edward soltou o aperto.

- Eu também conheço você. – Ele falou muito baixo, quase como se não quisesse dizer em voz alta.

- Conhece? – O vampiro não se afastou, apesar de Edward não o estar mais prendendo. – Você não deveria. Ninguém deveria me conhecer.

- Edward – Eu o encarei, séria – Quem é ele?

- Fred. – O vampiro fez uma mesura a mim. – E vocês são parte do clã dos olhos dourados. O que tinha uma humana de estimação.

O apelido causou uma onda de irritação por meu corpo, mas Edward fez um sinal para que eu me acalmasse.

- Não mais – Ele sorriu, ainda se mantendo em uma posição protetora em relação a mim. – Ela foi transformada há 12 anos. E então apontou para mim com a cabeça mais uma vez.

Edward Eu sabia que meus pensamentos soavam nervosos porque você está contando coisas sobre nós a esse vampiro?

- Ele é amigo de uma velha amiga. – Edward sorriu para mim. – Alguém que poderia ter se tornado minha irmã.

Fred parecia confuso, mas em nenhum momento fez movimentos que indicassem ataque.

- Você conheceu a Bree? – Seus olhos brilhavam – Ela está bem? Está com Diego?

E foi então que as memórias me assaltaram. Memórias de meu tempo de humana. A batalha contra Victoria. A recém-criada que quase tivera sua vida poupada. Meu coração se apertou em solidariedade.

- Você… Você era amigo dela. – A compreensão invadiu meu ser e eu senti vontade de consolar aquele vampiro que estava a minha frente. O olhar em seu rosto era esperançoso e continha um amor lindo, puro e verdadeiro. Senti mais pena do que eu achava que seria capaz.

- Nós precisamos conversar. – Edward evitou responder à pergunta de Fred. – Tenho muito a perguntar, e muito a te dizer também.

- E não estamos conversando?

- Ele quis dizer em um lugar mais agradável. – Eu sorri, sentindo uma simpatia absurda por ele. – Aposto que você gostaria de trocar de roupas, tomar um banho… Você nos acompanharia?

Ele pareceu desconfiado por um momento.

- Se quiséssemos te machucar, o teríamos feito antes. – Edward sorriu.

- Tudo bem. – Ele assentiu – Eu vou com vocês.

- Só vou precisar que você me faça mais um favor. – Eu mordi o lábio – Pare de tentar nos atacar com seu poder. Está começando a incomodar.

- Desculpe-me – Eu senti o peso ser retirado de meu escudo – Se tornou involuntário.

- Eu imagino. – Sorri. – Agora vamos. Não é muito longe. – Peguei meu telefone do bolso e disquei o número de Alice.

- Renesmee estava começando a se preocupar, então eu procurei o futuro de vocês. Quero saber tudo sobre ele, mas primeiro ele precisa de roupas novas. Separei um conjunto das de Edward, tudo bem?

- Eu sabia que você estaria pronta – Eu sorri. – Estaremos aí em três minutos.

- Dois e meio, na verdade. – Sua risada de sino ecoou pelo telefone. – Mas eu entendi o ponto.


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