Plus Que Ma Propre Vie. escrita por Isabella


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom,é a minha primeira fic,então se quiserem dar ideias,são todas bem vindas.



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Eram três da manhã e eu estava voltando de um passeio noturno com meu marido perfeito quando ele parou abruptamente e me encarou.

- Bella – ele sorriu, claramente preocupado. – Você está colocando o escudo sobre a Renesmee?

Hesitei por um momento. Edward deveria estar brincando comigo. Não era primeiro de abril hoje, era? Não, eu tinha certeza que não. E não era do feitio dele brincar com coisas tão sérias.

- Não. – respondi, visivelmente tensa – Você não consegue ouvir os pensamentos dela?

Corri até o nosso chalé – o terceiro, até agora. Não importava quantas vezes nos mudássemos, Edward insistia que mantivéssemos uma casinha bem ao estilo da primeira, pelo menos até que Renesmee se tornasse ‘adulta’ – tentando sentir todos os cheiros possíveis. Os cheiros mais fortes ali eram o meu, o de Edward e o de Renesmee, mas eu não escutava o barulho de sua respiração, ou de seu coração. Ao entrar no quarto dela, me deparei com a cama de casal desarrumada, porém nenhum sinal de minha filha. Senti o abraço apertado de Edward por trás de mim.

- Acalme-se, Bella. Ela provavelmente foi dar uma volta com o Jacob.

- Sem nos avisar? Ela não é louca.

- Mas é adolescente, meu amor. – Ele sorriu e beijou o topo da minha cabeça - Se me lembro bem, na idade dela você escondia um vampiro no seu quarto, torcendo para que seu pai não escutasse.

- Renesmee não tem 17 anos. – praticamente rosnei para ele. Minha filha estava desaparecida e ele estava calmo? – Ela tem 12.

- Bella – ele saiu de trás de mim e me encarou, ainda me abraçando. – Ela aparenta ter 18 anos a algum tempo. Não é raro ela pensar nisso… E pensar que precisa pensar também, sem o pai leitor de mentes por perto.

- Como você consegue ficar tão tranquilo com isso, Edward?

Ele sorriu para mim, e eu percebi que aquele sorriso nunca perderia o poder de me devastar. Nem mesmo em um milhão de anos.

- Alguém tem que ser o pai compreensivo, não é mesmo? – ele riu quando eu fiz biquinho – além do mais, me lembro melhor da sua época de adolescente do que você. Eu também não gosto dessa situação, Bella. Acredite, eu odeio. Mas temos que entender que ela não é mais uma bebê, infelizmente. Além do mais, se houvesse algum perigo, nós saberíamos.

Eu sabia que ele estava certo. Ao passar dos anos, Renesmee havia desenvolvido seu dom e agora tinha a habilidade de mostrar seus pensamentos sem nem mesmo tocar seu interlocutor. Em casos especiais, como eu, Edward ou Jacob, ela poderia estar a quilômetros de distância, mas a mensagem seria facilmente entregue.

- Ainda acho que ela não deveria poder sair sem avisar.

- E ela não pode. O fato de eu estar te tranqüilizando não significa que nós não teremos uma conversa séria com ela assim que ela voltar. – ele sorriu – o que, posso dizer, vai acontecer em alguns minutos.

- O que exatamente ela está pensando? – Pude perceber que ele não pretendia contar, mas ao ver meu olhar furioso de mãe preocupada, mudou de ideia.

- “Por favor, por favor, que eles não tenham chegado. Ai, droga. Oi papai, já posso sentir o cheiro de vocês, e eu praticamente escuto a raiva também. Por favor, por favor, peguem leve” – sua imitação da voz dela era tão perfeita que eu teria rido, se não estivesse tão tensa.

- O que ela pensa que eu sou? Um monstro? – pude ouvir os passos dela se aproximando. – Boa noite, Renesmee.

- Oi, mãe. – Ela entrou no quarto discretamente, a cabeça abaixada. – Desculpe por isso.

- Desculpar pelo quê, exatamente? – usei o tom que eu costumava usar com Renée, na época em que eu era, basicamente, a mãe da minha mãe.

- Mãe, por favor. – ela olhou para mim e depois para o Edward – Pai?

- Renesmee, sua mãe te fez uma pergunta. E não vai ajudar você ficar pensando pedidos de desculpa para mim. – Edward sorriu, acariciando meu cabelo.

Desculpem por ter sumido no meio da noite, eu sei que não deveria ter feito isso e que foi muito errado, isso não vai se repetir.

- Claro, querida. Onde você estava? – tentei ao máximo controlar meus instintos de fúria. Ainda era complicado lidar com minhas não tão novas emoções.

- Mãe, por favor… Eu já pedi desculpas…

- Renesmee. – Edward a repreendeu, e isso me surpreendeu um pouco.

- Porque vocês não podem simplesmente deixar pra lá?

- Porque nós somos seus pais, bebê.

- Eu não sou um bebê, mãe! Será que é difícil entender isso?

- Renesmee, responda a pergunta da sua mãe. Onde você estava?

- Na casa da Rose, ok? – Ela praticamente gritou. – Eu estava na casa da minha tia. Pessoa na qual vocês tem confiança. O que aparentemente não se aplica a mim.

- Nós confiamos em você, querida. Só estranhamos o fato de você sair de casa no meio da madrugada para visitar a sua tia. Ainda mais levando em conta que você passou, basicamente, o dia inteiro na companhia dela.

- Adivinhem só?! Eu tenho uma vida! Isso mesmo! Surpresa, senhoras e senhores, Renesmee Carlie Cullen tem uma vida que não precisa ser completamente compartilhada com seus pais, ao contrário do que eles pensam.

Eu estava atônita. O choque se misturava com a raiva e a tristeza de ouvir aquelas palavras saindo da boca da minha menininha. Saí do quarto em velocidade lenta demais até mesmo para um humano, sem nem ao menos olhar para os lados. Meu olhar estava congelado na porta do meu quarto, na minha cama, onde eu só queria sentar e ficar até que eu conseguisse me acalmar. Percebi vagamente Edward vindo atrás de mim, tentando me acalmar, e fechando a porta do quarto de Renesmee. “Durma, agora”, eu o escutei falar. E era isso o que eu mais queria poder fazer. Dormir. Sonhar com um mundo mais tranquilo, no qual a minha filha híbrida adolescente não me odiasse.


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