Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 80
Com Ele: posso provar - primeira parte


Notas iniciais do capítulo

Boo!!!
Boa leitura!



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Elena estava num estado de sono lacrimal, por assim dizer. Ela quase dormia de tanto choro quando ouve o som da porta. Se vira bruscamente para mesma, o coração um tanto mais calmo, já se agitando para brigar novamente com Damon, mas ela suavizou de imediato ao ver Maria passar pela porta com uma bandeja. Havia leite, biscoitos e chá também.

—O senhor falou que não se sente bem, então ele me pediu pra lhe trazer isto, já que não vai jantar. - Elena sabia que a empregada fazia um esforço enorme pra disfarçar a cara de pena e preocupação, mas estava falhando veemente.

—Obrigada! Ele jantou? - ela pergunta antes de pensar direito no que faz e suspira depois de se ouvir. "É impossível negar que mesmo depois de tudo ainda o amo", pensava.

—Sim, senhora. Agora ele está na praia, acho que foi caminhar.

Elena finge desinteresse nesta parte da conversa que foi acrescentar sem permissão e começa a comer o que lhe foi oferecido. - Vou deixá-la. Depois passo para recolher a bandeja.

Ela assenti e a mulher se vai a deixando sozinha com seus pensamentos, e ela tinha muito a pensar. Mastigava os biscoitos e bebia leite pensando e revendo cada segundo daquela conversa, se é que podia chamar assim, mas agora ela estava chamando assim e pronto.

"Eu exagerei?", descartou esta de imediato. Primeiro por que ela sempre tinha que entender o Damon, aceitar as decisões do Damon, esperar pelo processo do Damon. Damon. Damon. Damon. Em troca ele não conseguia confiar nela, na relação deles e, pelo amor de Deus, não entendia por que estava com ela. Bufou. "Definitivamente não exagerei." Concluiu.

"Mas ele tem problemas em aceitar as coisas boas em sua vida. Acha que não merece nada". Bufou ainda mais com este pensamento. Um homem tão mais maduro de espírito que de idade é verdade, mas que já viveu tanta coisa, conquistou tanta coisa, e é cercado de admiradores e admiradoras não pode, não tem nem o direito de se sentir assim. Ou ele é muito problemático com sua estima ou é puro choro. Isso enfureceu ainda mais Elena. "Típico homem que gosta de se fazer de vítima". "Como posso amar ele assim?"

Elena começava a pensar que ao invés de Damon não saber por que estava com ela, ELA nquem deveria estar se sentindo assim, e isso há muito tempo.

—É como tentar empurrar uma pedra numa montanha muito inclinada. - suspirou.

Então levantou, terminando de comer os biscoitos e o leite, deixando de lado o chá, e indo pra janela tentar encontrar a razão de todos os seus problemas no momento: Damon.

"Aí está você", pensou ao ver o homem na beira do mar, sentado encarando as ondas quebrarem.

—"Era o melhor, Elena" - ela imita a voz dele ao lembrar das justificativas que ouviu. - Assim como era o certo se casar com Rose pra se vingar, assim como foi mais fácil se fastar de mim dois anos por não aceitar que tinha surtado de ciúmes em vão. Assim como não conseguia enxergar que meu contrato era mais pro bem de nosso amor que o contrário. Ele nunca entende. Nunca faz nada certo. - Ela quase gritava agora, como se quisesse que ele ouvisse tudo de onde estava.

Como Damon sequer se mexeu ela se afastou da janela bufando e voltou pra cama, onde acariciou seu ventre.

—Seu pai é a pessoa mais burra do mundo. Acredite. - Parecendo mesmo conversar com a mãe, o bebê se mexeu, fazendo-a sorrir. - Pelo menos você parece estar do meu lado e me entender, pequeno.

Afundando de novo contra os lençóis e travesseiros, Elena tentou relaxar. Afastando a bandeja e encarando o teto. 

—Eu poderia ficar com ele. Quer dizer, só teríamos que voltar as coisas como eram antes, com o contrato, sabe? Eu não quero criar você longe de seu pai. Mas desta vez eu não ia esperar nada dele. Realmente, pela primeira vez, eu ia fazer apenas o que o contrato dizia, sem esperar nada romântico. - Ela estava tagarelando e bocejando, cada vez mais relaxada. - Eu poderia até perdoar, mas ele vai ter que se esforçar muito. Terá que me agradar muito, acredite. Eu não vou mais fazer tudo por ele, ele tem que fazer por mim, um pouco, uma só vez ao menos... - bocejo, olhos fechando... - Uma vez.

Na beira do mar Damon estava se sentindo um lixo, pra variar. Ele detestava isso. Não adiantava o quanto ele tentasse fazer o certo, ou o quanto todos diziam que ele merecia tudo de bom que tinha. No fim do dia ele tinha feito tudo errado e ficava se achando um miserável, que só merecia sofrer e sofrer.

"Talvez se eu parasse de tentar tanto e fosse Damon, apenas Damon"

—E quem é o Damon? - ele bufou chutando um pouco de areia. - Se eu for perguntar a cada pessoa de minha vida vou ouvir muita coisa diferente, e todas elas serão verdade. Verdades não tão boas assim.

Gemeu, se jogando contra o chão e encarando o céu, sem se importar com a areia entrando em seu couro cabeludo, ou sua roupa.

"Eu gosto dela", na verdade acho mesmo que a amo. Não só por que todo mundo me faz crer nisso, mas por que eu sinto isso"

—Como posso provar? - Ele ficou encarando o céu e buscando nas estrelas alguma resposta. Será que alguma de vocês pode me dizer o que fazer? Ou alguém. Um sinal. Alô?! - Bufou. Só podia estar ficando louco. - Garanto que se Sofia estivesse aqui ela me diria algo bem legal. Se eu encarar uma de vocês que minha filha esteja encarando também, haverá alguma conexão? - Sorriu com a asneira que pensou ter dito e depois, como um estalo, se jogou pra frente, voltando a sentar. - É isso! Eu posso provar sim. Eu consigo provar a Elena que amo. Se eu posso inventar a porra de um aparelho tecnológico eu posso convencê-la. Posso sim.

E como uma criança, ele começou a correr de volta pra casa. Havia muito a ser feito. Mas, por favor, ele era Damon Salvatore.

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Quando meus olhos lutaram contra a luz que inundava o quarto, eu quase morri do coração ao encarar Damon tão perto de mim.

—Meu Deus! - saltei sentando e puxando o lençol até acima de meu peito.

—Bom dia! - ele me deu um sorriso tão descontraído de lindo que eu quase não consegui segurar o meu.

—Que horas são? - pergunto esfregando meus olhos, ele olha pro relógio em seu pulso.

—Seis em ponto. - diz e alarga seu riso. Deus! Como pode ser tão lindo? "Você está com raiva dele, Elena!"

—O que você quer a esta hora da manhã? Espero que venha me dizer que já podemos ir. - ele nega, com ar bem divertido e satisfeito.

—Na verdade é o contrário. Não vamos a lugar algum até que você me perdoe e, claro, fica toda linda dizendo que me amava, exatamente como ontem pela manhã. - a fala dele é bem presunçosa, e acho que minha boca está aberta, sei lá.

—Você só pode estar brincando. - ele dá de ombros e se afasta, indo até perto da entrada do quarto e pegando uma bandeja com café da manhã. Caminha todo relaxado de volta enquanto fala.

—Não estou. Lembre-se de que estamos numa ilha. E, - ele coloca a bandeja entre meus quadris, me encolho mais com sua proximidade - ao menos que eu queira, você não consegue sair daqui. - Bufo. - Só se estiver disposta a nadar cinco quilômetros até o porto ou que consiga bolar alguma geringonça voadora, ou até um barco primitivo. Eu poderia ajudar você com isso, mas - ele para e pega uma uva da bandeja e começa a mastigá-la bem devagar me provocando - eu não quero. Termina.

—Eu não sei o que você acha que está fazendo, mas não vai conseguir o que quer de mim desta vez, acredite. - ele faz um bico bem fofo, admito, e geme um pouco. "O que será que ele bebeu?"

—Mas por que não? Se no momento só estou querendo que você fique aí, deitada e desfrute do café que eu te preparei? - olho pra bandeja, panquecas, ovos com bacon, waffles, suco, iogurte com granola, frutas, leite e bolo.

—Você não fez o bolo. - ele sorri.

—Ah, eu fiz sim.

—Desde quando...

—Vai esfriar! É melhor começar a comer.

—Eu não gosto de waffles, nem de panquecas, obrigada. A única coisa aqui que vou comer são os ovos, talvez. Não vou arriscar. - Ele gargalhou, muito alto.

—Boa tentativa, mas eu sei exatamente o que você gosta. - Agora é minha vez de entrar na onda provocação.

—Mesmo senhor sem memória. Isso não é um pouco impossível? - Ele respira fundo e sei que está lutando pra manter o bom humor.

—Bem, como eu tentei explicar melhor ontem, já lembrei de muita coisa sobre você.

—Não o bastante. - falo ríspida e ele me ignora.

—Come de uma vez! Ou te faço comer. - Seu olhar está sério, e eu sei bem o que ele significa. Já o vi várias vezes no tempo em que era sua assistente.

—Você acha mesmo que vai conseguir me manter presa aqui com você, e assim fazer eu te perdoar? Melhor, bancando o velho chefe mandão e dando vislumbres de um Damon romântico e doce? - sorrio debochando dele. - Sério?

—Não. - ele disse com tom sereno, sereno demais, e se aproximou de mim, muito, ficando a poucos centímetros de minha face. Tremi no ato. - Vou manter você aqui comigo até sua cabeça dura entender que sim, eu amo você e mesmo estando muito confuso sobre tudo o que aconteceu na minha vida nos últimos anos, a única coisa que quero é você e nossa família.

—Claro. - falo com a garganta apertada, quase nem consigo proferir esta simples palavra. Ele se fasta e me deixa respirar melhor.

—Só toma seu café, Elena. E desce. Te espero lá embaixo.

—Só nos seus sonhos. - ele faz que não com o dedo pra mim.

—Não tem esta opção. Ou desce, ou venho te buscar. Mesmo você nunca admitindo que ia adorar a segunda opção, eu sugiro a primeira. Minha paciência é curta. Já deve saber.

—Ameaçando?

—Em absoluto. Avisando. - bufo, ele pisca pra mim e se vai. 

Encaro a bandeja a minha frente. Estou faminta. Começo a devorar tudo, que está maravilhoso. 

—Rum! Quem diria... - Eu já sabia que Damon cozinhava, mas não tive muita chance de provar, mesmo estando com ele há muito tempo. Ele nunca tinha tempo pra isso, e, na verdade, ele evitava. - Está gostando, amor? - sinto o movimento forte. - Sim, está tudo uma delícia.

Minutos depois, estou encarando a bandeja quase vazia. Comi, de verdade. Respiro fundo, seguro meu ventre. 

—Vamos encarar a fera. - falo e levanto indo pro banheiro, tomar um banho, fazer a higiene matinal. Cerca de quarenta minutos depois estou pronta, e desço, como ele pediu.

Encontro Damon sentado na sala, despreocupado, tomando um suco.

—Tomou todo o café? - ele pergunta sem me voltar pra mim, e toma mais um gole de seu suco.

—Seria impossível comer tudo aquilo. - Paro perto do sofá e cruzo os braços. - Então, já que vai me manter aqui para o seu experimento reconciliatório, pode me dizer o que quer fazer agora? Quero o convencer o mais rápido possível de que não vai conseguir, para sairmos logo daqui. - Ele sufoca um riso enquanto toma o último gole de suco, despensa o copo e fica de pé vindo em minha direção.

—Vejo que entendeu e está mais disposta. - Reviro os olhos, ele está sorrindo todo sedutor. - Ótimo! Seria bem inútil ficar brigando por bobagem.

—Damon, não temos tempo pra brincadeira. Quer conversar? Eu estou mais calma hoje. - falo e caminho até o sofá, desviando dele e sentando, bato ao meu lado pra que ele sente.

—Não vou perder tempo conversando, você não é de escutar. É mais de apreciar. - o olho com confusão, ele sorri e se aproxima, sentando. - Sei exatamente o que fazer.

—Me esclareça! - desafio cruzando os braços, me protegendo antecipadamente de um beijo roubado, ou só de sua proximidade que me deixa instável e fora de controle. Hormônios, hormônios...

—Eu te amo. - ele diz, e se aproxima mais - É uma tortura pra mim sentir o que sinto aqui - ele leva a mão ao peito - e... não saber direito como chegou aqui. Eu não pedir pra você tentar me entender, eu só quero que você ouça. Eu vou tentar falar, mas não sobre sua descoberta, sobre o que senti desde que vi você entrar pela porta daquele hospital na França.

Tento segurar a emoção em minha voz, mas mesmo assim, minha resposta sai quase chorada.

—Estou ouvindo. - faço minha melhor cara esnobe.

—Alaric me fala que eu o responsabilizei a cuidar de você enquanto estava fora, e, sabendo disto ele achava que não devia te contar nada. Depois de um tempo, como ele gosta de me lembrar, eu concordei. Primeiro por que eu precisava que você e Sofia e todos ao meu redor não ficassem me olhando feito um alien, tentando toda hora me fazer lembrar de algo, ou sei lá, me confundir ainda mais. Deus sabe o que eu passei quando lembrei da morte de Andie e de você na cama com Alaric. - Eu não havia parado pra pensar como estava sendo difícil pra ele. - Eu não lembrava de te amar. Em minha cabeça eu era casado com a Rebekah e você era minha assistente, Andie estava viva e... - ele para. - Não é o foco da conversa.

—Naquele dia, no casamento do Ric, você sentiu ciúmes dela mesmo, não sentiu? Você ainda estava apaixonado por ela. - Ele nega com a cabeça.

—Não começa a falar, por isso não queria conversar com você. Me escuta, Elena. - eu respiro fundo.

—Tudo bem.

Ele se acomoda melhor no sofá ao meu lado e continua.

—Respondendo você, eu não senti ciúme dela. Era confuso ter uma última lembrança dela se despedindo de mim com um beijo e depois ver ela na minha frente com outro homem. Saber depois que ele era seu ex não ajudou muito. Mas não senti ciúme. - ico quieta, muito quieta, e ele continua. 

—Estava diariamente tendo flash's de você, comigo e tentando esquecer o fato de que você era minha assistente. A cada memória que me invadia eu focava apenas em uma coisa, uma coisinha.

—Que seria?

—Eu já sentia algo por você desde antes de terminar meu casamento. - minha boca abriu e eu soltei um "Oh!"

—Damon, você não vai conseguir que eu te perdoa mentindo pra mim. - Ele fechou os olhos e inalou. Então levantou e estendeu a mão para mim.

—Bem, você não funciona escutando mesmo, e como não temos tempo pros seus questionamentos, venha comigo, eu tenho que te mostrar e provar tudo o que eu estou falando. Para que conste NÃO É MENTIRA.

Eu fico encarando sua mão estendida, eu não quero sentir o toque dele, então eu levanto, dispensando sua mão, mas ele a segura assim que passo por ele, e claro, meu corpo inteiro reage.

—Venha aqui. - ele diz antes de me puxar contra si e me beijar antes que eu possa sequer processar seu ataque. - Eu te amo. - diz depois que se afasta. - Vem comigo. 

Damon começa a me guiar e me deixo levar, pois estou com os lábios pinicando, face queimando e corpo espasmando por seu beijo.

—Vou deixar você saber como foi que me apaixonei por você, talvez, em algum momento fique claro pra mim por que você se apaixonou por mim. Vamos descobrir juntos.

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Alaric teve um trabalho e tanto buscando, junto com meu empregado da Salvatore, todos os e-mails, mensagens telefônicas, enfim, tudo mais detalhado do que ele preparou para nossas sessões de gatilho. E grande parte do que importava agora estava exposto no escritório pequeno da casa.

Elena começou a percorrer o local, tocando em cada data, por vezes sorrindo, outras me olhando assustada, mas ela estava totalmente entregue aquelas imagens e frases nas paredes, por todo o lado.

—Alaric sempre foi um bom amigo, ele me fez admitir todos os sentimentos por você. Inicialmente eu não confiava em mais ninguém pra me contar como tudo entre nós aconteceu. Então ficou apenas entre ele e eu.

Ela me ouvia, mas não desviava das imagens.

—Diariamente eu tento me enxergar como este cara, que se apaixonou por você, que sentiu algo por sua assistente. Cada dia me convenço que você surgiu em minha vida no momento certo. Eu nunca amei ninguém na minha vida Elena, mas parece que com você eu aprendi o que isso significa. Eu te amo, e sei que você me ama. Eu só quero lembrar por que você me ama tanto assim.

Neste momento ela me olhou.

—Você disse que não confia em mim. - Fico agoniado.

—Sim, eu também disse que me expressei mal. - Ela me dá as costas - Não ter segurança em nossa relação não significa que não te ame. Tenho medo de perder você, por que pra começar não sei por que te tenho.

—Isso sempre foi um problema. - assinto.

—Alaric disse que eu estava indo bem nesta coisa de superar.

—Bem, durou pouco, na verdade. Mal você se acostumou com nossa vida, eu adoeci, você viajou e então... Bem, aqui estamos nós mais uma vez. Mas é tão cansativo, Damon. Não posso passar por tudo o que sofri outra vez. Você continua com as mesmas dúvidas de antes. - Me aproximo dela e a seguro nos ombros.

—Me diga, em todos estes anos, desde que estamos juntos, em algum momento eu duvidei que te amava?

—Sério?

—Não conta o que ouve com Elijah, e sabemos disso. Você sabe disso. Sempre, sempre foi o maldito medo de não ser tudo o que você precisa. Como você acha que eu me senti quando estava sem memória e queria te amar? Se eu não lembrava direito por que te amava, se estava seguindo o puro instinto de nosso amor, como eu conseguiria te fazer feliz e bem tendo surtos de medo e dúvida?

Ela estava paralisada, me encarando.

—Você precisa entender que não precisa tentar tanto.

—Exatamente! - falo com tana euforia, que ela arregala os olhos. - Desculpa. - ela sorri. - Exatamente, Elena. Eu tento tanto, e... Ao fazer o balanço geral da minha vida até agora eu só fiz errado. Então, se eu te amo como sinto que amo, é justo fazer diferente com você. Vou te dar o meu pior nos dias piores e o meu melhor sempre que puder. Vou ser seu marido, chato e meigo, bem humorado e fervendo do ódio, irritado pela empresa, pela minha filha adolescente mulher, irritado com Stefan, ou simplesmente com o mundo, e você, como me ama vai ficar comigo. E eu sei que vai. Então, eu posso ser eu. E posso errar, e você vai estar lá me dizendo que eu errei e eu vou aceitar ou não o erro, mas no fim do dia você vai estar lá. Você vai, não vai?

Ela está tremendo em meus braços.

—Você tirava fotos minhas e mandava pro Alaric? - eu abro a boca com a pergunta fora do eixo e fecho, soltando um suspiro cansado.

—É isso que você tem pra falar? - ela sorri, e coloca os braços por cima dos meus ombros, passando por cima dos meus, que seguravam os seus, para depois guiar minhas mãos até sua cintura e ficar mais próxima de mim.

—Você está ficando mal humorado. - fala sorrindo.

Solto uma respiração e sinto seus dedos em minha nuca, a carícia me faz fechar os olhos.

—Bem, eu acho que você começou bem a me provar seu amor. Estou ansiosa pelo próximo movimento. - Eu a encarei nesta hora, ela estava sorrindo.

—Então no fim do dia você vai estar aqui? - ela ergue a sobrancelha esquerda.

—Depende! 

—É um bom começo, senhora Salvatore.

—É um começo ótimo.

Ela descansa a cabeça em meu ombro e me permite abraçá-la.

—Preciso mesmo fazer mais alguma coisa? - pergunto querendo sorrir. Ela bate em meu peito.

—Muita. Ainda nem chegou perto.

Sorrio e a aperto mais.

—Pode deixar.


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Notas finais do capítulo

Até!



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