Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 51
Por Ele: condições.


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, bom dia!
Eu queria primeiro agradecer a todas as novas leitoras, por seus comentários (ainda não respondidos), as novas recomendações que recebei. De verdade muito obrigada mesmo. Eu estou muito chateada por não poder dedicar a mesma atenção que sempre dediquei as minhas leitores a todos vocês, porém eu só tenho encontrado tempo (e muito dificultosamente como vocês percebem) para postar os capítulos e realmente não consigo responder nem metade do que pretendo aqui. Então me desculpem e obrigada!No capítulo de hoje a Elena me fez rir, ela e o Ric.
Espero que gostem. Boa leitura!



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Eu finalmente tinha conversado com meu irmão. Meu terapeuta não tinha muitas coisas mais a me dizer, mas eu insistia em procurar ele pelo menos uma vez por semana. Ciumento eu sempre seria, controlador também, mas pelo menos toda aquela impulsão de machucar quando contrariado estava ficando de lado. A conversa com meu irmão não foi difícil. Agora com Rose na cadeia, a história da gravidez esclarecida, minha filha falando comigo direito novamente, tudo parecia estar no seu devido lugar. Tudo menos a Elena. E também o fato de eu estar fugindo do Michael. Se não fosse o meu trabalho eu certamente já estaria maluco. A Salvatore sempre era capaz de me distrair, me desligar do mundo e com muitos lançamentos acumulados eu pude me manter ocupado por uns dias. Mas eu ainda tinha que resolver toda esta situação. Eu ainda tinha que ter Elena de volta.

Como Stefan estava de volta a todo vapor, ele e Heitor cuidavam muito bem de todos os problemas que surgiam e eu quase não me fazia necessário. Caroline e Katherine ajudavam muito e com eficiência e as coisas nunca estiveram tão tranquilas e rentáveis. Sofia estava muito empolgada com a universidade. Robert decidiu se mudar de vez para Nova Iorque e se dedicar a namorada e a nova carreira. Repórter investigativo. E ele tinha muito jeito com a coisa toda.

Suspiro estacionando meu carro de frente pro consultório de Máximus, uma sexta a noite, fim de expediente, mas ele nunca reclama de me encontrar essa hora.Caminho pelos corredores até entrar em seu escritório, ao me ver ele levanta e vem me cumprimentar.

– Semana agitada?

–Está tão obvio assim?

–Na verdade você tem andado com esta cara de morto desde que terminou novamente com Elena.

–Pequena correção: ela terminou.

–Correção: você terminou. Ela impôs escolhas e você escolheu.

–Ótima forma de começar a sessão. – ele sorri e me aponta o divã.

–O que você me conta hoje?

–Estou morrendo de vontade de correr pra Elena, mas estou morrendo de medo de ver ela já muito bem resolvida na fazendo com a mãe e o médico.

–Como assim bem resolvida?

–Você sabe. Namorando e tudo mais.

–Dadas as experiências que Elena teve com você nos últimos anos acho difícil agora, quando finalmente ela se viu livre de você, ela engatar num namoro. Talvez agora seja a hora dela e pra ela.

–Então se eu for até lá há uma grande chance de ser chutado, certo?

–Você já foi chutado. – o olho perplexo e ele dá de ombros. -Se for lá é porque é burro mesmo.

–Você está aqui pra me ajudar? – ele sorri.

–Damon se sente tanta vontade de falar com ela fala de vez. Não fique colocando empecilhos. No fundo você continua com aquela ideia de que não pode fazer Elena feliz, por tudo o que você passou. Meu conselho é: para de achar que não a merece, para de ter medo de tentar fazer ela feliz e apenas a ame com a profundidade que sei que você ama.

–Depois de tudo?

–Principalmente.

Não sei por quanto tempo ficamos conversando, não estabelecemos mais um tempo, e falamos sobre tudo. A empresa, meu padrasto, Elena, minha família. Quando eu voltei pra casa eu não encontrei ninguém por lá. Geralmente era assim. Com minha filha no campus, Ric cuidando das coisas de seu casamento, Stefan sempre preso na empresa. Era sempre apenas eu. Eu peguei meu celular e fiquei encarando o número dela. Talvez eu realmente pudesse fazer melhor que isso. Era realmente a hora de tentar ser feliz com ela. E eu não iria deixar passar desta vez. Eu sabia o que fazer.

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Estou no antigo escritório do meu pai quando ouço a voz de minha mãe.

–Querida você pode atender a porta pra mim, por favor. Eu estou um pouco enrolada com o jantar. – eu realmente não tinha ouvido ninguém bater.

–Claro. – levanto e caminho até a porta, tentando ajustar meu roupão, acabo de sair do banho. Quando abro a porta e ergo os olhos sinto meu corpo tremer.

–Você costuma atender a porta vestida assim? – é como se as palavras tivessem sumido. Ele veio mais cedo do que Ric e eu julgávamos. Talvez isto seja um bom sinal.

–Olá, Damon. Tudo bem? – ele sorri.

–Posso entrar? – assinto saindo de sua frente para que ele possa entrar. Ele passa por mim com uma mochila nas costas. Quando chega no centro da sala minha mãe aparece.

–Quem era querid... Oh! Damon! – ela está surpresa e me encara confusa, dou de ombros.

–Miranda. – eles sorriem e se cumprimentam.

–Que surpresa. – ela diz ao o abraçar me fuzila com um olhar engraçado.

–É, eu preferi não avisar, mas espero não estar incomodando. – ele fala sem jeito.

–Imagine... Fez boa viagem?

–Sim. – ele volta a me encarar.

–Bem, vou subir e vestir algo decente.

–Veio pra ficar muito tempo?

–Só até a amanhã a tarde, tenho que estar de volta no domingo a noite.

–Oh, tão cedo.

–Sim, eu apenas precisava vir e ter uma conversa com sua filha.- ele olha pra mim novamente e sinto que devo começar a me mover.

–Eu já volto mãe.

Subo até meu quarto, coloco um vestido solto e confortável, escovo meus cabelos e desço. Encontro Damon e minha mãe conversando animadamente na cozinha enquanto ele toma uma xícara de chá quente.

–Então ela está contente?

–Sim como nunca. Gosta muito do curso e está fazendo novos amigos.

–E como vai Stefan?

–Vai muito bem, obrigado.

–Estou com fome. – falo e eles se sobressaltam me notando. – Vamos jantar? – Damon olha pra mim e sorri assentindo. O jantar é calmo e eles continuam falando sobre as novidades aqui na fazenda e na casa de Damon. Tudo se estende até muito depois do jantar. Minha mãe acomoda Damon em um dos quartos e depois se despede de nós dois e finalmente estamos sozinhos na sala. Ele quebra o silêncio entre nós.

–Sabe porque estou aqui, certo?

–Desconfio.

–Precisamos conversar, de verdade. Eu sei que te devo muitas desculpas e que certamente você está furiosa comigo e com toda razão, mas Elena... Sinto sua falta e preciso de você. – me remexo desconfortável no sofá.

–Tem uma coisa que você precisa saber. Eu estava esperando o momento certo pra contar e antes que você possa dizer qualquer coisa, acho que finalmente essa hora chegou. Você parece ter o curso de sua vida de volta, trabalho e família bem encaminhados, esse é seu próximo passo Damon. – ele fica me observando calado e confuso.

–Estou ouvindo.

–Eu estou grávida. – os olhos dele arregalam e seu maxilar cede.

–Você o que?

–Estou grávida.

Ele pisca distraído e fica calado por uns segundos.

–De quem? – faço cara feia pra ele e ele solta um riso nervoso. –Está falando sério? – assinto. – E você sabe disso desde quando?

–Antes de você levar adiante seus planos com Rose, quando eu descobri resolvi me afastar de tudo. – ele bagunça seus longos fios de cabelos negros.

–E você não pensou que deveria me contar?

–Bem, me ocorreu fazer isso sim, mas na ocasião havia uma nota no jornal, onde você ia ser pai. – ele bufa.

–Elena... Foi por isso que você foi me ver aquele dia depois de...

–É foi sim. – ele levanta e fica de pé diante de mim e depois caminha e se põe ao meu lado no sofá. Me olha no fundo dos olhos e do nada começa a sorrir feito criança. – Isso é... É maravilhoso. Amor... – ele segura meu rosto com suas mãos, mas eu me afasto e levanto lhe dando as costas. – Por favor Elena, me diz que não vai fazer caso quanto a isso. Nem venha com aquelas histórias de este filho é só meu, ou vou cuidar da criança sozinha, ou...

–Não, nada disso. Quero que meu filho tenha uma família, um pai, mãe, irmã. Ele tem esse direito. – novamente ele abre um sorriso encantador e praticamente pula do sofá vindo pra mim, ergo minhas mãos e o mantenho distante, ele me olha confuso.

–Então porque você não para de me afastar?

–Vamos falar seriamente Damon. Por mim eu não manteria mais nenhum vínculo com você, mas esta gravidez e esta criança me impedem disso, pois é um inocente e não tem culpa de nada que aconteceu entre nós e ele merece vir ao mundo conhecendo seu pai, sua mãe e tudo o que tem direito.

–Concordo. Vamos nos casar então e fazer com que isso tudo seja possível. É só o que eu quero, é tudo o que eu quero. Foi pra isto que eu vim e eu não sabia quanto ia demorar, se você iria voltar pra mim um dia, mas agora. Ah Elena, agora tudo será perfeito. Você percebe? Está tudo perfeito. – ele está empolgado, mas ainda não me fiz entender. Tudo bem, é agora.

–Eu conversei muito com minha mãe ela disse que este era o certo a se fazer e eu concordei. Devemos mesmo nos casar.

–Sim. O mais rápido possível, o quanto antes. – ele está sorrindo e é quase contagioso, mas sei que não vai durar por muito tempo.

–Eu vou casar com você Damon e vamos fazer a coisa certa por esta criança. Mas que fique claro que isso não vai mudar nada entre nós. – e como se eu fosse uma vidente o riso dele morre na mesma hora e me encara perdido.

–O que está falando?

–Me dá licença. – o deixo na sala vou até o escritório, volto com a pasta onde está o contrato que pedi para Alaric fazer. Estendo para Damon e ele me encara confuso, segurando a pasta hesitante. – Eu me caso com você Damon, mas estas serão as minhas condições. Se você quebrar qualquer uma delas o casamento será desfeito. – ele volta a sentar e eu me sento de frente pra ele, no outro sofá, ele abre a pasta o começa a ler os papeis.

–Que piada é esta Elena? – ele fala depois de alguns minutos avaliando e zombando do que lia.

–Não tem piada nenhuma Damon. Os termos são claros. Essas são as minhas condições.

–Mas isso é um absurdo. Eu não vou concordar com nada que está escrito aqui. Você acha que eu sou algum palhaço?

– É a única maneira Damon. É isso ou sem casamento e a criança apenas vai saber que você é o pai dela.

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Eu mal acreditava no que estava lendo, mas eu vi no olhar da Elena uma determinação jamais vista. Eu sabia que ela estava magoada o bastante pra levar tudo aquilo a sério. Eu sabia que eu teria que fazer sacrifícios, mas isso... Era demais pra mim.

–Elena, o que está escrito nisso aqui é...

–É a única maneira.

–Você perdeu o juízo?

–Não!

–Você está brava, magoada, extremamente magoada. Vamos conversar um pouco e...

–Não. Damon. São as minhas condições.

–Eu não vou aceitar nada disso. – jogo a pasta na mesa de centro diante de nós e ela dá de ombros.

–Então não temos o que falar. – ela só pode estar me testando.

–Elena...

–Não.

–Você sabe o que está me pedindo com tudo isso? – pergunto exasperado, mas que diabos...

–Não estou pedindo nada estou propondo um compromisso.

–Isso é uma palhaçada. – gesticulo em direção aos papeis.

–Chame do que quiser.

–Deixa de brincadeira, Elena. – me inclino para levantar e ir em sua direção e ela me lança um olhar e um gesto de advertência. Recuo. Droga!

–Você assina e providenciamos o quanto antes os preparativos, você rejeita, estamos conversados e não temos nada mais a falar.

–Você está mesmo falando sério?

–Sim.

–Elena eu amo você, não podemos simplesmente tentar ser felizes juntos?

–Isso já passou Damon. Todas as chances já foram desperdiçadas, agora só nos resta isto. Eu jamais entraria nesta, estou fazendo pela criança, esta é a forma que encontrei pra fazer funcionar um relacionamento entre nós dois.

–Jura?

–Qualquer outra tentativa seria falha.

–Por quê?

–Porque eu não quero mais nada com você. Só estou fazendo isso pela criança.

–Tá mentindo.

–Não, não estou. –ela se põe de pé de maneira autoritária - Bem, já que você não vai embora até amanhã a tarde, terá todo o resto da noite e inicio do dia pra me dizer se concorda. Pense bem. É minha última oferta. Agora vou deitar porque estou cansada. Boa noite. – antes que eu possa protestar, ou reagir de alguma forma ela se vai e me deixa completamente sem chão. Recomeço a ler o documento.

CONTRATO PRÉ-NUPCIAL

Assino hoje, _____ de 2014 (“O início da Vigência”)

Entre

SRTA. ELENA SAMANTHA GILBERT, residente em

(“A requerente”)

SR. DAMON JOSEPH SALVATORE, residente em

(“O subordinado”)

AS PARTES CONCORDAM COM OS TERMOS ABAIXO

1 Os termos abaixo são parte de um contrato pré-nupcial que servirá de pré requesito vinculante entre a requerente e o subordinado.

TERMOS FUNDAMENTAIS

2 O propósito fundamental do presente contrato é garantir a requerente que todas as suas condições para uma união conjugal com o subordinado sejam totalmente acatadas, visando o seu bem estar e a boa convivência com o mesmo.

3 A requerente e o subordinado concordam e confirmam que tudo o que está sendo solicitado neste contrato será devidamente aportado, de maneira consensual, confidencial e está sujeito a possíveis modificações (documentadas sob a autorização da requerente) ao longo da vida conjugal dos mesmos.

4 A requerente e o subordinado garantem estar em comum acordo com tudo o que vem a ser requisitado, bem como o cumprimento de cada uma das condições, sem exceções. Se na vigência do presente contrato (tal como definido acima), ou em qualquer extensão de vigência do presente contrato, o subordinado vir a quebrar quaisquer uma das condições apontadas pela requerente o matrimônio será imediatamente e devidamente anulado.

5 A adesão às garantias, acordos e compromissos acima (principalmente os presentes na cláusula 3) são fundamentais para a validação deste contrato. Qualquer quebra o tornará nulo e as partes concordam em assumir total responsabilidade uma perante a outra pela consequência de qualquer quebra.

6 Tudo no presente contrato deve ser lido e interpretado visando o propósito fundamental e dos termos fundamentais estabelecidos nas cláusulas 2-5.

OBRIGAÇÕES

7 A requerente se responsabilizará pelos deveres que lhe caberão como esposa do subordinado. Lhe acompanhará nos eventos em que seja necessária sua presença, bem como estará sempre atenta aos interesses do subordinado (“seu futuro marido”), na vida pública, profissional e particular. Ela também será a responsável pela supervisão da agenda e compromissos do subordinado, podendo remarcar os mesmos ou não de acordo com suas necessidades ou vontades em questão e o subordinado não poderá contestar a menos que a ocasião trate de algo que a requerente não conheça profundamente. Neste caso eles deverão chegar num acordo tal como consta na cláusula 3.

8 Se a qualquer momento a requerente incorrer de forma desmedida ou mesmo irresponsável para com os compromissos do subordinado este tem o direito de encerrar o presente contrato e deixar de servir às condições aqui impostas sem aviso prévio.

9 De acordo com esta condição e com as cláusulas 2-5, o subordinado deve acatar e seguir as condições da requerente em tudo. De acordo com os termos e exigências estabelecidos no presente contrato ou acordados em forma de aditamento sob a cláusula 3, ele oferecerá sem questionar ou hesitar tudo o que venha a ser solicitado pela requerente.

VIGÊNCIA E TÉRMINO

10 A requerente e o subordinado celebram o presente contrato no Início da data de Vigência plenamente cientes de sua natureza e se comprometem a cumprir plenamente suas condições.

11 O presente contrato vigorará por tempo indeterminado a partir do Início do Contrato (“a Vigência”). Até ser estabelecido um fim da Vigência, as partes podem discutir se o contrato e os acordos que celebram sob o presente contrato estão sendo satisfatórios e se as condições acordadas estão ainda condizentes com a boa convivência entre os dois. Caso contrário a requerente pode reformular algumas condições e adequá-las ao novo estilo de vida, ou necessidade do subordinado e seus compromissos profissionais. Caso as partes não estejam mais coincidindo em interesses e projetos, o presente contrato terminará e ambas as partes serão liberadas para retomar suas vidas em separado.

DISPONIBILIDADE

12 O subordinado estará disponível para a requerente todas as noites durante a semana e todo o fim de semana sem exceções, em horários a serem determinados por ela e de acordo com as necessidades da mesma.

13 A requerente se reserva o direito de destituir o subordinado de suas funções a qualquer momento e por qualquer razão. O subordinado deve estar sempre disposto a acompanhá-la quando solicitado e pelos móvitos que forem.

GRAVIDEZ

14 O subordinado se colocará a disposição da requerente durante as horas determinadas pela mesma em benefício do acompanhamento da gestação da mesma e se assegurará de estar presente sempre quando for necessário.

CLÁUSULAS DE CONVIVÊNCIA

15 As seguintes cláusulas foram acordas e receberão a adesão de ambas as partes durante a Vigência. Ambas as partes aceitam que possam surgir assuntos não cobertos pelos termos do presente contrato ou pelas cláusulas de convivência, ou ainda que certos assuntos possam ser renegociados. Em tais circunstâncias, outras cláusulas podem ser propostas a título de emenda. Quaisquer cláusulas ou emendas adicionais devem ser acordadas, documentadas e assinadas por ambas as partes e serão sujeitas aos termos fundamentais estabelecidos sob as cláusulas 2-5, acima.

REQUERENTE

15.1 A requerente cuidará de maneira prioritária da saúde do subordinado, bem como a sua própria durante a após a sua gestação. A requerente, em tempo algum permitirá, aceitará e renegociará que o subordinado participe das atividades detalhadas no apêndice 2 ou qualquer ato que ela julgue prejudicial a ele ou mesmo a ela. A requente não realizará ou permitirá que se realizem qualquer ato que possa causar dano a ela ou ao subordinado.

15.2 A requerente aceita demonstrações de carinho, respeito e proteção do subordinado durante a Vigência. A requerente se recusa a ter relações sexuais com o subordinado durante a Vigência.

15.3 A requerente proporcionará ao subordinado toda atenção e dedicação que lhe caberão como esposa da forma que julga adequada.

15.4 A requerente manterá as aparências devidas diante da imprensa, família e amigos do subordinado lhe proporcionando a imagem estável e segura de um bom matrimônio.

15.5 A requerente poderá sair com amigos no dia que quiser e por quanto tempo julgar necessário, apenas com o dever de anunciar previamente ao subordinado. A requerente recusa-se a aceitar viagens muito longas de negócios do subordinado, o mesmo não poderá se ausentar em um período maior que dois dias.

15.6 Após o matrimônio, bem como durante todo o período da Vigência, o subordinado dormirá num quarto separado e não lhe será permitido visitar o quarto da requerente a menos que esta lhe convide previamente. Em caso de algum mal estar ou indisposição que a requerente venha a sentir o subordinado está autorizado a tomar as medidas necessárias para o bem estar da requerente.

15.7 A requerente ficará responsável pela boa alimentação de toda a família, bem como os horários de consultas médicas e confirmações ou não em eventos.

15.8 Toda a agenda do subordinado, pessoal e de trabalho será meticulosamente supervisionada pela requerente e ele estará proibido de fazer qualquer atividade que venha a por em risco sua saúde e bem estar.

15.9 Fica a cargo da requerente a garantia de que o filho do casal estará sendo esperado e será recebido em um ambiente familiar adequado e civilizado.

15.10 A requente está ciente de seus direitos financeiros, mas sua prioridade fica sendo o bom acompanhamento de sua gestação, bem como a saúde dela e de todos na casa. Nenhuma regalia desnecessária será admitida. A requerente não aceitará presentes de alto custo financeiro nem nada do tipo.

15.11 A requerente não permitirá ao subordinado nenhum relacionamento profundo com outra mulher. O respeito ao matrimônio dos dois será algo inquebrável.

15.12 A requerente deverá cuidar a filha do subordinado como se fosse sua própria, tratando de seus interesses e planos futuros.

SUBORDINADO

15.13 O subordinado aceita os cuidados da requerente, bem como concorda em manter as aparências sobre a ideia de um bom matrimônio.

15.14 O subordinado obedecerá às condições (“as Condições”) estabelecidas no apêndice 1 do presente contrato.

15.15 O subordinado se esforçará para cumprir os horários e obrigações para com a requerente no período da Vigência.

15.16 O subordinado tomará as medidas necessárias para preservar a sua saúde e o bem estar da requerente, lhe proporcionando uma gestação tranquila e sem maiores complicações.

15.17 O subordinado se assegurará da segurança da requerente e sua família.

15.18 Aceitará sem questionar todas as renegociações que venham a ser propostas pela requerente.

15.19 Não forçará uma aproximação física com a requerente e respeitará a imposição dos dois quartos respeitando os termos acordados na cláusula 15.6.

15.20 O subordinado deverá se submeter a qualquer atividade marcada ou proposta pela requerente, sem questionar.

15.21 O subordinado aceitará as roupas e artigos de perfumaria que a requerente julgar mais adequados na utilização pessoal ou profissional do mesmo. E está proibido de sair sozinho com outras mulheres salvas as suas funcionárias conhecidas e aceitas pela requerente.

15.22 O subordinado estará proibido de falar sobre qualquer idealização de relação que possa vir querer a ter com a requerente. Ele evitará o assunto considerado como desagradável e inadequado.

15.23 O subordinado sempre se expressará de maneira respeitosa e educada e não será permitido que exalte o tom de voz desnecessariamente e nem que discuta sobre questões de natureza controladora ou irracional. Demonstrações de ciúmes serão totalmente proibidas.

15.24 O subordinado não tocará na requente sem a permissão para fazê-lo, a única ressalva para agir livremente será diante de alguma mídia e dentro dos limites de aceitação impostos previamente pela requerente.

ATIVIDADES

16 O subordinado não participará de atividades ou quaisquer dinâmicas que a requerente venha a ter com seus amigos ou as detalhas no apêndice 2.

CONCLUSÃO

17 Nós, abaixo assinados, lemos e entendemos plenamente as disposições do presente contrato. E por estarmos assim justos e contratados, assinamos o presente instrumento.

______________________________

A requerente: Elena Samantha Gilbert.

Data

______________________________

O subordinado: Damon Joseph Salvatore.

Data

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APÊNDICE 1

CONDIÇÕES

Obediência:

O subordinado obedecerá a quaisquer instruções sobre sua saúde dadas pela requerente, sem contestação, hesitação ou reserva, e com presteza. O subordinado concordará com qualquer atividade proposta pela requerente e cumprirá os horários impostos por ela, salvo aquelas atividades resumidas no apêndice 2. Ele fará isso avidamente e sem hesitar.

Sono:

O subordinado deverá dormir ao menos oito horas diárias a noite, estando ou não em casa.

Alimentação:

Consumirá regularmente a lista de alimentos orientada pelo seu cardiologista bem como todos os previamente listados por seu nutricionista e sempre sob a supervisão da requerente.

Roupas:

Durante a Vigência deste contrato o subordinado usará apenas roupas aprovadas pela requerente. Se a requerente solicitar, o subordinado deverá usar quaisquer adornos solicitados na presença da requerente ou em qualquer outro momento.

Exercícios:

O subordinado receberá três vezes por semana a visita de um personal trainer, escolhido pela requerente para sessões de duas horas de exercícios, em um horário a ser combinado entre o personal e o subordinado.

Segurança Pessoal:

O subordinado não poderá comer nada fora de sua dieta e nem ingerir bebidas alcoólicas. A partir da data da Vigência o subordinado abrirá mão deste mal costume e o mesmo deve ser dito sobre o cafeína, não fumará nem usará drogas e nem se colocará deliberadamente em qualquer situação de risco.

Qualidades Pessoais:

O subordinado não se envolverá em qualquer confusão ou discussão com outra pessoa. Se apresentará sempre bem disposto e educado para com os amigos e família da requerente, de forma respeitosa e recatada. Evitará escândalos em público e está proibido de iniciar discussões de cunho pessoal na presença de seus amigos ou dos amigos da requerente.

O não cumprimento de quaisquer das condições acima resultará na anulação imediata do contrato e do matrimônio de maneira definitiva.

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APÊNDICE 2

Atividades proibidas

Não será permitido acompanhar a requerente a encontros com amigos em bares, salvo que ela julgue necessário.

Não será permitido acompanhar a requerente nas idas a academia, se ela decidir fazê-lo.

Não será permitido acompanhar a requerente nas idas ao salão de beleza ou compras.

Não levará a requerente ao cinema.

Não levará a requente a restaurantes badalados.

Não levará a requerente a festas com grandes coberturas da mídia.

Não levará a requerente a jantares a dois.

Não dirigirá mais seu carro, sempre utilizando o serviço do motorista.

Não pilotará mais sua moto.

Não será autorizado o uso exacerbado de medicamentos a menos que seu médico o receite.

Não poderá meter-se na vida profissional da requerente.

Não deverá influir, de nenhuma forma, nas atividades pessoais e íntimas de requerente.

Será proibida deliberadamente a organização de festas de aniversário de quaisquer natureza sem o conhecimento da requerente.

Depois de horas naquela sala lendo aquelas páginas eu pego meu celular e nem me preocupo em ver as horas. Na segunda chamada insistente Ric atende.

–Damon? Quem morreu?

–Meu senso de humor. – ele suspira.

–E você tinha um? – reviro os olhos.

–Bem, vai ficar difícil de acreditar depois que você conversar comigo agora.

–O que foi que aconteceu? – ele boceja do outro lado.

–Aconteceu a Elena. Eu não sei o que fazer. – ele gargalha e me deixa confuso.

–Ela te mostrou o contrato. – meu queixo cai.

–Você sabe desse negócio? – ele ri novamente.

–Fui eu quem redigiu.

–Você o que? – eu grito e depois baixo meu tom, lembrando onde estou.

–São as condições dela. E se eu fosse você aceitaria.

–Tá ficando maluco? Claro que não.

–Damon, você ama essa mulher e fez a maior burrada. Ou você aceita isso ou perde ela de vez.

–Isso é patético.

–Você não está em condições de escolher. – ele fala com tom severo.

–Não vou casar com a Elena sob estas condições Ric.

–Lamento. É o único jeito.

–Não. – ele bufa.

–Se está tão decidido a não fazer, porque está me ligando?

–Eu só quero contar pra alguém como tudo isso é maluco.

–Ligou pro cara errado então. Eu concordo com ela em tudo que está neste contrato.

–E ainda se diz meu amigo.

–Sabe o que você fez esta mulher passar? Isso nem se compara como revide.

–Não acredito nisso.

–Assina logo isso e se casa de uma vez. E trata de reconquistar essa mulher. Quem sabe assim ela não renegocia todas as cláusulas com você. – ele solta um risinho perverso.

–A única maneira de me fazerem aceitar isso é eu negociando algumas cláusulas.

–Boa sorte, então.

–Não tem como eu dormir oito horas durante uma noite, ou malhar por duas três vezes na semana e juro por Deus que se eu parar de tomar café eu tenho um troço. – ele gargalha, mas não sei onde vê a graça.

–Oh, olhe só pra você. Mudou de não vou assinar pra eu tenho que negociar umas coisas antes. Mais um pouco e você assina exatamente como está. – ele gargalha e me faz desligar na sua cara.

Mas que droga!


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Notas finais do capítulo

Beijos! Até amanhã. :D