Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 41
Por Ele: Por favor, não me odeie!


Notas iniciais do capítulo

Eu estou viva!!!!!!!!!!!! Meninas eu podia perder tempo com desculpas, mas serei prática: estou em dívida, vou pagar!
Primeiro: Laristen, Mrs. Somerhalder e Anaa. Obrigada pelas recomendações.
Segundo: consegui responder a todas :D
Terceiro (e não menos importante): anuncio uma maratona de Ele II mais que merecida! ;) Beijos e desculpem, foram quase três meses sem atualizar. Isso é desesperador, pra quem espera e acredite, pra quem quer postar e não encontra tempo também. Senti falta deles.
Boa leitura!



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Duas semanas depois...

-Eu não vou voltar a discutir este assunto com você, sabe exatamente o que eu penso sobre tudo isso. – Alaric diz irritado, olhando pela milésima vez para o seu aparelho celular.

-O que você tanto checa neste celular?

-Estou esperando a confirmação de um encontro.

-Encontro? Achei que você e Meredith tivessem passado desta fase.

-Não seja engraçadinho. É um cara que conheci e...

-Hum Ric, eu sabia que você um dia iria se assumir!

-Deixa de ser idiota Damon. – eu estou morrendo de rir. – É um encontro importante.

-Se você diz... – dou de ombros.

-Não desvie do assunto Salvatore. Vai ser assim então? Desistiu dela? – meu riso morre na mesma hora.

-Não temos mais nada Alaric. Não há o que tentar mais, muita mágoa dos dois lados.

-Bem, eu dou razão a ela. Por que é obvio que o Elijah não merece confiança alguma e aquele incidente no hotel foi armação.

-Não começa com isso outra vez. – meu celular toca, checo o número, eu não conheço. – Damon! – atendo.

-Senhor Salvatore? – um homem pergunta.

-Sim, o que deseja? – Ric me olha intrigado e eu me arrumo na poltrona.

-Aqui é o oficial Milles. Aconteceu um acidente, sua filha bateu com o carro, estamos levando ela pro ponto socorro em Sant Augustos. – Meu coração dispara na mesma hora, eu olho pra Alaric assustado e me ponho de pé, ele fica confuso.

-Espere o senhor disse que ela bateu com o carro? É meio impossível, minha filha não sabe dirigir. – Alaric arregala os olhos pra mim, estamos ambos tensos agora. – Onde ela está?

-Está a caminho do pronto socorro como eu já disse. E sim, ela estava ao volante. – O que Sofia fazia dirigindo um carro? – E não estava sozinha. – Ah claro, o irresponsável do Heitor, se eu pego aquele moleque... – Havia uma mulher com ela. – O que?

-Que mulher?

-Elena Gilbert. – eu congelo.

-Elena? – Alaric está totalmente perdido.

-A conhece senhor?

-Sim, conheço. Como elas estão? O que aconteceu?

-Pelo o que pudemos constatar, sua filha foi desviar o carro e com a pista escorregadia ele derrapou. Aparentemente as duas estão bem,estamos levando pro pronto socorro para checapes, a pancada foi toda do lado da senhorita Gilbert. – eu estava incrédulo. Acima de tudo queria saber o que minha filha e Elena faziam num carro, ainda mais com Sofia ao volante.

-Estou indo pro pronto socorro. – falo desligando antes de agradecer ou ouvir qualquer resposta.

- O que foi? – Alaric me observa apreensivo enquanto recolho minhas coisas.

-Sofia sofreu um acidente de carro, estava com Elena, eu não sei muito ainda. Estão levando pro atendimento em Sant Augustos, sabe onde fica?

-Meredith tem plantões lá. Vou ligar para ela e ver se pode nos ajudar, sei onde fica.

-Então vamos logo. – o apresso, ele pega o casaco e saímos.

No caminho Alaric, fala com sua noiva estou dirigindo apreensivo, não demoramos muito a chegar no local e Meredith já nos esperava.

-Como elas estão? – pergunto sem delongas.

-Eu não as atendi, foi o doutor Crawford. Sofia está bem, apenas recebeu um corte na testa e está com alguns machucados, ela vai ficar aqui esta noite em observação, está medicada, por que se queixava de dor na cabeça, mas é normal dado o ferimento dela.

-E Elena? – pergunta Alaric na minha frente, enquanto me permito respirar aliviado por Sofia. – Meredith? – ele insiste e ergo a cabeça olhando pra ela, ela está hesitante, olhando de Alaric pra mim.

-Fala de uma vez! – digo bruscamente e ela suspira.

-O acidente foi todo no lado do carona, ela sofreu um impacto muito forte, mas está consciente, os médicos estão fazendo todos os exames necessários para ter certeza de que ela está bem.

-E não está? – pergunto inquieto.

-Como eu disse Damon, ela levou uma bela pancada, os oficiais ligaram pro último número que ela discou e bem, há um jovem esperando por notícias na sala de espera então, tenho que ir informá-lo. – não precisava ser um gênio para saber de quem ela falava. Kol. – Bem, por hoje não poderá ver Sofia, ela está sedada. Pela manhã poderá falar com ela antes que receba a alta.

-Obrigado, Meredith. – ela sorri solidária e então Ric e ela se afastam um pouco e eu fico tentando absorver tudo. Nem percebo quando meu amigo volta.

-Tudo bem? – ele pergunta tocando meu ombro.

-Não sei te dizer até falar com aquela garota pela manhã. – ele sorri.

-Bem, já que vamos ficar aqui, vou conseguir cafés.

-Boa ideia!

A noite foi longa, mas na hora nem percebemos quando a luz do sol invadiu o cômodo onde esperávamos. Vi Meredith vindo até nós, ela me autorizou finalmente a ver minha filha, sem hesitar a segui pelos corredores. Ela me apontou uma porta e eu entrei.

-Pai!  - Sofia fala com voz rouca e percebi que chorou.

-Ah querida, que susto! – disse indo a abraçar.

-Eu achei que você iria estar querendo me matar agora. – ela fala se apertando a mim.

-Oh, eu estou, mas estou mais feliz por ver você bem.

-Ai pai, me desculpa. Eu sei que você deve estar se perguntando o que aconteceu, o que eu fazia num carro, e como diabos eu o bati e...

-Ei, ei, calma! Shh! Não se agite. Sim, vou querer que você me explique tudo isso, mas antes quero que fique calma e bem. – a sinto relaxar em meus braços. Ficamos assim por um tempo.

-Meu Deus pai, a Len eu... –ela se solta de meu abraço e me encara assustada.

-Ela está aqui em observação, Meredith disse que ficará bem. O que você fazia dirigindo um carro com Elena de carona? – falo sentando na cama ao seu lado.

-Não vai brigar? – a olho com olhos serrados. – Pai... – suspiro.

-Fala!

-Elena está me ensinando a dirigir. 

-O que? – saiu mais alto do que previ.

-Você disse que não ia brigar. – ela fala rápido.

-Mas...

-Pai, eu vou fazer dezoito, pelo amor de Deus! Eu queria e ela foi bem prestativa.

-Tinha um motivo para eu proibir, por exemplo este. – ela me encara séria.

-Eu estou aprendendo.

-Oh, estou vendo.- Levanto da cama.- Pelo menos nada mais sério aconteceu. Você ficará bem e ela também.

-Pai vai ver ela. Saber como ela de fato está. Você sabe, os médicos enrolam. – me inquieto com seu pedido e ela me olha intrigada. – Que foi?

-Ela não está sozinha, não sei se devo...

-Ai pai, pelo amor de Deus! – revira os olhos. – Por favor... – suspiro.

Fico com ela mais um tempo e saiu de seu quarto, tenho que esperar o médico lhe dar alta, e ela não me deixou sair de lá sem antes prometer que veria Elena. Não tive como me esquivar.

Alaric teve que voltar ao trabalho, mas antes deixou Meredith a par de meu pedido, ela me guiou até o quarto onde estava Elena e se afastou, hesitei na porta e finalmente, respirei fundo e entrei.

-Licença! – falei e ela e olhou, se endireitando na cama, estava um tanto pálida e abatida, mas ainda sim linda, ele passou as mãos pelos longos cabelos, um tanto sem jeito.

-Toda! – sussurrou, me aproximei da cama.

-Como se sente? – perguntei a encarando, notei um pequeno e discreto rubor em sua face.

-Bem, eu acho. Nossa Damon, eu sinto muito, você descobrir tudo assim... E...

-Ei! – a fiz parar – Calma! – me aproximei e segurei sua mão,a senti vibrar, sua mão estava fria, a segurei firme. Ela encarou meu toque e depois me olhou, no instante que nossos olhos se encontraram senti meu corpo aquecer. – O importante é que vocês fiquem bem. Nada mais sério aconteceu, no entanto deveria ter me contato. Por que resolveu dar aulas a Sofia e ainda por cima nas minhas costas? – ela sorri brevemente.

-Ela estava reclamando que você jamais a deixaria aprender, e eu achei injusto, para não dizer ridículo uma garota na idade dela não possuir esta independência.

-Bem, ambas são impacientes, assim que ela atingisse a maior idade, o que não está longe eu mesmo a ensinaria. – ela encarou mais uma vez nossas mãos unidas e as separa.

-Desculpe! – ela diz na defensiva.

-Tudo bem, sei o quanto Sofia pode persuadir alguém. – ela sorri para mim, estamos sorrindo um pro outro e é como se nesse momento todos os nossos problemas sumissem.

-Elena eu acho que... – me volto para a voz vinda da porta, o rapaz nos encara confuso e eu me levanto da cama. Kol! – Desculpe eu não sabia que tinha visita... – ele olha de mim para Elena. – Como vai Damon?

-Bem, Kol. Eu só queria ver como estava Elena, minha filha insistiu por notícias.- ora Damon, o que há com você? Não se justifique para este idiota.

-Claro! – diz rindo forçadamente, me volto para Elena.

-Melhoras! – sinto que posso fazer mais alguma coisa e é o que eu vou fazer, agarro a mão de Elena e a beijo entre os dedos, a deixando totalmente sem reação. É isso! Vou lutar por esta mulher, eu a amo.

Viro para Kol vitorioso e caminho até a porta, ele está tenso, passo por ele e bato a porta as minhas costas, soltando o ar. Eu vou te reconquistar Elena, leve o tempo que levar, você será minha novamente.

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-Você tem certeza do que está me falando?

-Você viu minhas credenciais, em suas mãos estão todas as provas de que precisa para trazer ele até mim. Temos que dar um ponto final nesta farsa.

-Você tem ideia do que isso vai causar a ele? Se tudo que está aqui nestes papeis for verdade... Deus seria demais, monstruoso demais para se acreditar. Traições imperdoáveis.

-Eu sei, mas ele precisa saber. Tudo, até sobre nossas mães.

-Você disse que Elena sabia disso.

-Não tudo, eu apenas disse a ela que tinha como ajudá-la a provar ao Damon que tudo o que aconteceu no hotel foi um plano deles, em troca apenas pedi que ela me ajudasse a falar com ele. Ela não sabe nada além do que eu escolhi contar.

-Meu Deus!

-Alaric, você é como um irmão para ele, alguém que por muito tempo fui privado de ser. Eu o procurei toda minha vida, ele merece saber a verdade. Me ajude!

-Eu vou Robert, eu vou ajudar você.

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Havia se passado uma semana desde o incidente com Sofia, eu me sentia muito bem e já tinha voltado a minha rotina, ela da mesma forma. Até já havíamos nos reencontrado. Hoje, Kol e eu estávamos para nos reunir com todos. Adorava sair com meus amigos, Tyler e Caroline, Jeremy e Bonnie, até esperava a Rebekah com o Matt e certamente se Sofia conseguisse fazer Heitor largar a empresa ela viria.

A noite sempre prometia com este grupo. Esperamos Matt sair do expediente e então fomos para uma boate, não demorou para Sofia chegar com Heitor e se juntar a nós. A noite estava alta e todos muito bêbados, menos eu, por proibição médica, pelo menos por mais uns dias, porém não deixava de me divertir, Kol dançando com Sofia e Heitor morrendo de ciúmes. Era muito engraçado notar o quanto ele parecia com Damon, nos gestos e em algumas atitudes. Suspiro ao lembrar dele. Kol está sendo muito carinhosos e paciente, ele entende que o que tivemos ficou para trás depois do colégio e que Damon foi de longe minha relação mais intensa, mas ele ainda consegue esperar, confiar. Talvez isso fosse o que me faltou com Damon.

Continuo a observar meus amigos e noto Caroline se afastar para os banheiros meio cambaleante. Considerando onde estamos, acho muito perigoso ela ir sozinha, ainda mais bêbada como está. Não que eu seja uma mulher maravilha, mas é melhor ela não estar só. Então a sigo e quando noto, a vejo debruçada num vaso colocando tudo pra fora, me aproximo e tento ajudá-la como posso, depois de um tempo eu a levanto e ajudo a lavar seu rosto e é quando percebo como ela está chorando.

-O que foi Carol? Se sente mal? – ela não responde e chora mais. – Está sentindo alguma dor, eu vou chamar o Tyler!

-Não Elena. Eu estou bem, fisicamente estou ótima, mas por dentro tudo quer se quebrar. – fala embolando e eu reviro os olhos. Bêbados...

-Vem, vamos sair daqui, a noite acabou.

-Não Elena, me escuta! – ele debate em meus braços relutando e bagunça os cabelos em exasperação. – Eu realmente estou gostando do Tyler, mas... Se ele souber o que eu fiz, do por que me aproximei dele... Ele te ama tanto, te quer tão bem. E eu entendo, entendo por que todos gostam de você, finalmente entendi. Você é boa, meiga, uma amiga especial. – ele para e respira – Está aqui me ajudando, cuidando de mim e isso me deixa tão mal e culpada, depois de tudo o que fiz pra te prejudicar, meu Deus... – ela chora ainda mais em me deixa confusa. Me prejudicar?

-Olha Carol, você está bêbada, é melhor sairmos daqui. – tento novamente levá-la comigo, mas ela luta outra vez.

-Não Elena, presta atenção! Fui eu ok? Fui eu quem ajudei a Rose, o Elijah. Ferrei você e o Damon, e tudo por que eu senti tanta inveja de você, mas tanta, você entrou na empresa e ganhou o cargo que eu queria a anos, a confiança dele, até o amor dele. Eu não me conformava, eu te odiava. Mas você mudou o Damon e ele está tão melhor, um feche exemplar, ainda mais do que sempre foi, eu sempre o admirei e você ainda o tornou melhor. E todos os dias eu me sito péssima vendo ele me tratar bem e assim como você, confiarem em mim. Deus, eu ajudei a trocar os remédios dele na viagem de vocês para Roma, eu quase o matei. Eles quase o mataram, quem pagou foi a Andie e você e... – ela falou tudo destrambelhadamente. Então era ela, a conexão que Bob não conseguia encontrar? Quem desconfiaria da dedicada e eficiente Caroline, por Deus!

-Por que? – foi tudo o que consegui dizer... Ela se acalmou um pouco e continuou.

-Eu já disse. Por inveja, despeito. Eu sempre dediquei minha vida àquele trabalho e mesmo assim Damon nunca estava satisfeito. E foi só você chegar... – sorri amarga. – A patinha feia e desengonçada, de riso bobo e coração enorme, e ele amoleceu. Com a sua promoção e a ida até Paris como primeira assistente, eu me senti traída, eu aceitaria fazer qualquer coisa pra me livrar de você, pra porém a culpa sobre os remédios, pra tirar você de lá. Eu consegui. Consegui meu cargo junto dele novamente, e ele deixa em minhas mãos tudo, ele confia em mim como nunca, mas eu não consigo me sentir bem. O remorso, e céus, o Tyler... Eu acho que o amo, mas ele nunca me perdoaria. Nunca!

Estou paralisada. Tantas coisas ao nosso redor, de Damon e meu, nos prejudicando, perseguindo, separando. Quando teríamos paz? Como poderíamos dar certo com tanta intriga a nossa volta?

-Você consegue me perdoar Elena? – sou trazida de volta pela voz dela. Estou paralisada. – Eu me arrependo tanto. Eu fui tão cega, ela é perigosa, tudo o que ela quer e faz pra conseguir é baixo demais, até mesmo para mim.

-Quem?

-Rose. – engulo – Ela odeia Damon, nem a filha ela consegue amar. Enquanto ela estiver por perto, nenhum dos dois estará seguro. – meu coração acelera. Aquela mulher é mesmo infernal. Jesus! – Por  favor Elena, diga que me perdoa, eu preciso disso. Por favor...

Eu não falo nada, não tem reação em meu corpo. Estou sem chão, chocada e assustada. Quanta maldade.


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Notas finais do capítulo

Desculpem, eu não revisei, então ponderem os erros, só queria postar pra vocês.
Algumas de minhas leitoras tem em mente a sequencias das coisas em Ele II, ou melhor receberam uns spoilers, por serem amigas no face kkkkkkkk, mas como não quero preterir a ninguém, ao final de cada cap, darei a vocês informaçoes do proximo.
NO PRÓXIMO:
—Damon terá uma conversa importante;
—Acontecerá algo muito ruim para Elena, mas será 'bom' para delena;
—Só mais três caps e nosso casal estará em um momento muuuito especial, finalmente!Beijos!
P.S.:vocês acham que Elena deve perdoar a loira?