Plantão De Idiotas escrita por Snapelicious, Bebê da Snapelicious


Capítulo 4
a Super-Ruiva e o poder do TUTS TUTS




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A plateia se entreolha, confusa.

–Cadê aquelas idiotas? - pergunta Draco, de braços cruzados.

Ouve-se uma gargalhada e Giordana entra no estúdio, de patins.

–Olá, pessoas! - cumprimentou sorrindo, andando em círculos, balançando perigosamente – Eu não sei andar nessa joça.

E cai de bunda no chão.

–Eu tô bem! - grita se levantando de um salto, só de meias – E uma dica: Nunca confie no mendigo aqui da frente.

–O mendigo te deu isso? - perguntou Hermione, franzindo o cenho.

–Ahn, não – respondeu ela, disfarçando – De onde é que você tirou essa ideia? Doida.

Hermione abriu a boca para responder, mas desistiu.

–Não vale a pena discutir com ela – comentou Rony, e a garota concordou.

–Bem-vindos ao Plantão de Idiotas! - continuou Giordana – Transmitido diretamente da Sala Precisa, seu programa favorito! Vamos começar com as perguntas? Primeiro...

–Ei! - interrompeu Harry – Não tá esquecendo de nada, não?

–Tenho certeza absoluta que passei desodorante hoje, obrigado – respondeu a garota, revirando os olhos – A primeira pergunta...

–Cadê a Nicole? - perguntou Voldemort. Giordana deu de ombros.

–Sei lá. Ah, tinha esquecido de falar... Nicole foi pro beleléu! - e deu uma risada – Por algum motivo que ninguém sabe, ela simplesmente nunca mais falou comigo! Nossa amizade meio que - ela demonstrou uma explosão com as mãos – CABOOOM!

–Nossa – comentou Dumbledore, com uma expressão triste – E agora?

–E como está escrito nos Termos de Uso do programa – disse a apresentadora – “As vacas tem que ser substituídas!”

Todos tiraram os contratos de baixo de suas poltronas.

–Não tem nada aqui sobre vacas... - disse Harry.

–Procura na sessão do churrasco no estúdio – disse Giordana – E é com prazer que eu lhes apresento: MARINA!

Uma garota entra no estúdio rapidamente, patinando com perfeição. Seus cabelos ruivos parecem chamas atrás de sua cabeça. Sua pele branca parecia neve...

–TÁ, NARRADOR, PODE PARAR! - gritou Giordana – NÃO FICA FALANDO DA MARAVILHOSIDADE E ESPETACULARIDADE DELA!

Tá. Desculpa.

–OOOOOUUULÁÁÁÁ! - gritou Marina, andando em círculos em volta de Giordana – Oi, mana!

–Parô! - exclamou Giordana, erguendo as sobrancelhas. Marina desceu dos patins e ficou em silêncio em seu lugar – Isso que dá não lavar a louça, é castigada pela mãe... Enfim. Primeiras perguntas, de Rosa Negra: Eu mostrarei que podem sim amar o Sev (apelido carinhoso pro Severus, meu malvadão sexy) você é muito divo, e apesar de te amar incondicionalmente acho que você e o Harry são muito fofs juntos!(não adianta negar tenho imagens das aulas de Oclumência muito fofs de vocês dois!!!) Quanto mais negarem mais vou insistir. SOU SNARRY FOREVER!”

–Pera, não entendi – disse Marina – Qual é a pergunta dela?

–É impressão minha ou essa garota já insistiu demais nesse negócio de Snarry? - perguntou Snape – Ela merece ser presa.

–Uou, uou, uou, podem parar! - exclamou Giordana – Nada de punições. Só as apresentadoras podem fazer isso!

–ENTÃO DÁ UM TIRO NA CARA DELA! - berrou Harry, se levantando, revoltado. Giordana olhou pra câmera, séria.

–Rosa Negra – disse – Se eu fosse você, dormiria com um olho aberto.

–Cuida que pode entrar mosca – disse Marina, também séria. Giordana revirou os olhos enquanto sua irmã pegou as fichas – Próxima: “Mione não negue você e o doninha são feitos um pro outro!(quase tanto como Snarry)”.

–Sinceramente – disse Hermione – Vou chamar meu advogado.

–PORQUÊ CÊ NÃO ADMITE DE UMA VEZ QUE VOCÊ ME AMA PRA ESSA GENTE PARAR DE PERGUNTAR ISSO? - berrou Draco.

–Olha o respeito com os leitores! - disse Giordana – Mais um e vocês vão pro cantinho da vergonha! Próxima pergunta: “Tio Voldy é verdade que você e o Tio Dumby têm um caso?”

–Ah, por favor – disse Voldemort – Ele é gay, não retardado!

–Ninguém menciona nada sobre ele ter acabado de se ofender – sussurrou Marina para a câmera - Meninas vocês são divas e muito criativas, apresentam lindadoidamente esse programa de doidos!”. Gostei da parte dos doidos.

Agora, Beatriz Delacour. “Tio Voldy porque não admite que ama o Dumbledore??”

PORQUÊ CÊ NÃO ADMITE DE UMA VEZ QUE VOCÊ ME AMA PRA ESSA GENTE PARAR DE PERGUNTAR ISSO? - gritou Dumbledore.

–Ei, essa frase é minha! - reclamou Draco.

–Pela décima vez – disse Voldemort, paciente – Ele é gay. Eu não.

–”Meninas por favor... Todos sabem que o seboso da uns pegas no Harry toda quarta-feira! SNARRY 4EVER!” PERAÍ, EU NÃO SABIA DISSO!

–PORQUÊ NÃO É VERDADE! - gritou Harry, se descabelando – EU TO CANSADO DISSO! ESSES FÃS MALUCOS COM SEUS SHIPPERS MALUCOS! ISSO NÃO EXISTE!

–Maracujina pra ele, por favor – disse Giordana - “GINA!!!! Te adogo acho você diva, mas prefiro você com o Blasio Zabini... Sem ofensas já que o Harry pertence ao seboso u.u”

–Ha. Ha há. Ha há há. Ha. Ha há. Ha Ha Ha Ha. - disse Ginny irônica, sem sorrir. Ao seu lado, Harry pareceu envergonhado.

–Tô com medo, mamãe – disse Marina, com cara de choro.

–Bem, pelo o menos a leitora não chamou ela de... - Giordana arregalou os olhos e olhou novamente para a pergunta – Ah, não.

–NINGUÉM. ME. CHAMA. DE. GINA! - berrou Ginny, sua pele começando a esverdear.

–SEGURANÇA! - chamou Giordana, apavorada – MÉDICOS! RONALD MC DONALD! PSICÓLOGO! CIENTISTAS! PADEIRO! ALGUÉM SEGURA ELA!

Todos as pessoas chamadas entraram no estúdio e prenderam Ginny em uma maca. Ao sair, o padeiro se aproximou e entregou um pão para as apresentadoras.

–Ah, obrigado – agradeceu Marina, pegando o pão.

–В поисках Немо! Где он прав? - disse o padeiro.

–Рыба друзья, а не еда – respondeu Marina, sorrindo graciosamente. O padeiro saiu correndo. A garota olhou ao redor e viu que todos a observavam – Quê?

O estúdio ficou em silêncio.

–Tá né. – disse Giordana - “Lily! Conte-nos a sua versão da história! Já que o veadinho (James) não conta a verdade!” BARRACO!

–Ei! - reclamou James.

Lily sorriu e jogou os cabelos para trás.

–Bem, essa é uma história muito interessante – disse ela – Eu estava combatendo a máfia espanhola quando James chegou e me viu lutando maravilhosamente com Don Quixote.

–VELHA! - gritou alguém da plateia. Todos se viraram. Era Dumbledore – Ahn... Cof cof.

–Sabe, uma hora a gente vai ter que saber da história correta – disse Harry.

–Acho que todos concordam com isso... – disse Marina – De Amy Malfoy: “Depois da revolta da Lily (minha diva) quero que ela conte: como o James conquistou ela?” Sincronia é tudo.

James gemeu e escondeu o rosto entre as mãos.

–Obrigado pela oportunidade de terminar de contar minha história – agradeceu Lily – Então. Don Quixote me de deu um golpe de esquerda e me deixou inconsciente. Acordei presa em uma cadeira, com James pendurado pelos pés no teto. Ao lado dele, também pendurado, tinha várias criancinhas. Em baixo deles tinha um poço de lava. Então Don Quixote disse: “ou esse garoto estranho ou essas criancinhas órfãs inocentes! Você decide!”.

–Ah, que inferno – resmungou James.

–Então eu disse: “SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER!” - continuou Lily, contando animada – E daí eu tirei uma metralhadora do sutiã e joguei no poço de lava. Aquele treco tava me incomodando muito. Daí eu levantei as mãos (que não estavam mais amarradas porque eu sou muito ninja) e dei uma voadeira em Don Quixote, que caiu no poço com um último grito. Em meio minuto desconectei a bomba que explodiria o Norte da Rússia e salvei James e as criancinhas. Acho que foi aí que ele percebeu que me amava.

Marina estava com lágrimas nos olhos.

–Isso... Foi... Maravilhoso – disse ela, batendo palmas. Giordana revirou os olhos.

–Absolutamente. Próxima pergunta: “Também quero saber a opinião da Hermione sobre as Fremiones (AMO)?”

–Esquisito. - disse Hermione, de braços cruzados. Todos olharam para ela, esperando – Nada a declarar.

–Sério mesmo? - perguntou Marina, erguendo as sobrancelhas – Tudo bem. Próxima pergunta: “E é sério porque o Snape não lava o cabelo?”

–Hehehehehe – veio de trás das cortinas. Todos olharam para lá, confusos. Um par de chinelos havaianas foi visto nos pés da cortina, se encolhendo pra dentro.

–Quê? - estranhou Giordana – Quem é que tá lá?

E pôs-se a contar os convidados.

–Eu me recuso a responder essa pergunta – disse Snape, torcendo os cabelos e enchendo embalagens de óleo de cozinha.

Erhk – emitiu Marina, com nojo – Não, pera. Iãhk. Não, não ficou legal. Inhééééé. Tá meio estranho esse bagulho. Muuuuuuu.

–Próximas perguntas de phoenix – leu Giordana, ignorando completamente a irmã - “Tá ok, tia Lily, como o James te conquistou? A propósito, você e o tio Jay são os melhores junto com o tio Remmy e o papai (Six)”

–Hã? - Sirius estava de boca aberta, e Remus tentava acalmar James, que tentava avançar para cima das apresentadoras, com raiva.

–Esse pessoal me adora, sério – disse Lily, sorrindo. - Eu não me canso de contar essa história. Tudo começou há muito tempo (não tanto tempo, eu não sou tão velha) eu um reino muito distante (não tãão distante assim, eu não sou gringa), governado por um rei adorado por todos os seus súditos. Esse rei tinha uma filha, uma bela donzela chamada James.

–O QUÊ? - berrou James, mas ninguém lhe deu atenção.

–Um dia, surgiu naquele reino não tão distante um bravo cavaleiro, disposto a jurar fidelidade ao rei e casar-se com a princesa. Esse bravo cavaleiro se chamava Lily. Só que tinha aquele dragão, uma torre estupidamente alta, e algumas batalhas incessantes, aí a donzela em perigo foi salva pelo cavaleiro, os dois se apaixonaram, e aqui estamos.

A ruiva olhou ao redor, esperando a reação dos ouvintes. James, aparentemente, tinha se cansado de reclamar.

–Eu acho que isso responde a pergunta – disse Giordana, confusa e hesitante – Hãã...

–AHHH! - ouviu-se um grito. Era Marina. Todos olharam pra ela.

–Quê, guria? - perguntou sua irmã.

–Preciso fazer xixi! - gritou ela, apavorada, pulando de um lado para o outro e segurando a ppk.

–Vai, então – disse Giordana - A gente espera.

Marina saiu correndo, com o rosto vermelho, fazendo força pra segurar o xixi.

Só que ela esqueceu de voltar.

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Ninguém falava. O palco estava deserto, empoeirado e com algumas plantas nascendo. O vento batia lentamente nas cortinas sujas, mas ninguém se prestava a fechar o vidro.

No meio do palco, densas raízes se concentravam em volta de uma figura solitária. Giordana. Seus cabelos desgrenhados voavam acompanhando a força do vento. Suas roupas pretas de emo estavam sujas, e ao redor de suas pernas, as raízes se enrolavam. Ela dormia serenamente, de pé, literalmente plantada no chão.

Mais ao lado, onde deveriam ficar as cadeiras dos convidados, só haviam barracas. A maioria estava com seus ocupantes do lado de dentro, mas alguns personagens cansados perambulavam pela floresta que ali tinha se formado. Todos com barba. Principalmente McGonagall.

Alguém tosse.

–Pessoal? - chama o que parece ser um Harry Potter beeeeeem acabadinho, com a voz fraca pela falta de uso – Já tá na hora do almoço?

–Dumbledore já devia ter voltado com a comida – disse Ginny, com as roupas rasgadas, cutucando tristemente o que tinha sobrado de uma fogueira.

Harry piscou, confuso. Ele olhou para o lado, onde um morro de cabelo e barba branca se amontoava. No topo, uma cabeça. Dumbledore não tinha achado sua Gilette.

–Onze meses – disse Neville, em um canto sombrio do estúdio, cercado de garrafas vazias de cachaça – Estamos esperando há onze meses.

–Esperando o quê? - perguntou Voldemort – Já nem lembro mais...

E todos olharam para o além, pensativos.

A porta se abre, de repente.

Uma figura há muito esquecida entra no estúdio, em passos lentos. Todos a observam, como se não pudessem acreditar.

–Impossível – sussurrou Narcisa Malfoy, sem acreditar.

Era Marina.

–Oi? - chamou ela – Eu perdi alguma coisa?

No centro do palco, olhos se abrem de repente, e uma expressão de raiva super ultra mega bláster raivosa se forma no rosto de Giordana.

–O que – começou ela, com a voz rouca – você pensa que estava fazendo?

–Hãã – começou Marina – Sabe, eu fui no banheiro. Daí de lá eu segui um gnomo que me levou pra Nárnia. Eu achei um McDonald's aberto e resolvi fazer uma boquinha. Vi alguns folhetos de propaganda e fui fazer aulas de tango. Conheci um pessoal bacana. Fiz faculdade. Mestrado. Doutorado. Casei. Descasei. Comprei paçoca. Vi alguns filmes. Viajem pra Genóvia, que é um país que não existe, por isso eu dominei a Itália e criei a Marinalândia. Ganhei na loteria. Comprei uma zebra. Fui pra casa descansar, liguei a TV e vi vocês aqui. Sentiram saudades? Eu trouxe lembrancinhas!

Todos continuavam a encarar ela, de boca aberta, como se não pudessem acreditar. No primeiro momento, nada aconteceu. No segundo momento, nada continuou acontecendo. Depois, veio o caos.

–NÓS TE ESPERAMOS POR ONZE MESES! ONZE MESES DE PURO TÉDIO APENAS OUVINDO AQUELE DESGRAÇADO DO RONY WEASLEY CANTANDO MADONNA E OS COMENSAIS DA MORTE MORRENDO DE DEPRESSÃO! - berrava Giordana, balançando os braços ameaçadoramente, sem conseguir sair do lugar – SABE QUANTAS VEZES EU TIVE QUE DAR UMA DE PSICÓLOGA? MUITAS! EU VIREI UMA ÁRVORE!

Todos começavam a sair de suas barracas, com expressões sonolentas e rostos sujos, ao ouvir a confusão. De uma hora pra outra todo mundo queria matar a Marina, que não entendia nada.

–EU NÃO AAHHHH – gritava ela, confusa, sua voz se confundindo com a da irmã – EU NÃO FIZ DE PROPÓSITO FOI SEM QUERER EU ESQUECI...

–ISSO É UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM! - berrou Ginny, sem fazer sentido.

–GAGA AH AH AH! ROMÃ RÔ MÁ MÁ! GAGA UH LALA! BADABA ROMANCE! - cantava Rony, em um canto.

–O DUMBLEDORE COMEU A PAÇOCA!

Todos soltaram um grito de guerra e começaram a correr atrás do diretor, agora acordado. Dumbledore pegou a própria barba, a rodeou em cima da cabeça como um chicote, e a atirou no ventilador, se içando para o alto.

Giordana ainda gritava.

–E DAÍ EU NÃO PUDE PAGAR OS JUROS, E ME TIRARAM A CASA! EU TIVE QUE MORAR EM BAIXO DA PONTE, MAS O JOFRREY DISSE QUE TAVA BELEZA MAS NÃO TAVA BELEZA COISA NENHUMA PORQUE EU TAVA EM BAIXO DA PONTE!

E ninguém se entendia.

Marina olhou para a câmera, com um sorriso desesperado.

–Fiquem agora com nossos comerciais! - antes da tela se apagar, deu para vê-la pegando um taco de beisebol e correndo pro meio do fuzuê.

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–Estamos de volta! - exclamou Marina animadamente, duas horas depois. Ela estava no centro do palco, recém limpo, ao lado de uma emburrada Giordana.

Era possível, mais à esquerda, ver os personagens se acotovelando para sentarem em seus lugares, nas cadeiras. Ninguém sabe o que aconteceu com as barracas, mas rés a lenda de que Giordana tem uma nova casa.

A janela fora fechada, mas ninguém sabia o que fazer com a floresta.

Ah, e o cameramen tinha morrido.

–Faz tempo, não? - continuou a ruiva – Gostaríamos de pedir desculpas...

Giordana pigarreou, e olhou acusadoramente para a irmã.

–Bem... Eu gostaria de pedir desculpas – corrigiu-se Marina – A culpa foi toda minha. Eu sou uma ananá, e não mereço a paçoca que como. Nem deveria estar nesse programa, afinal de contas. - olhou para Giordana, que sorria – Satisfeita?

Ela não se prestou a responder.

–Continuando com as perguntas de phoenix – leu Marina - “Pai ~le chorando~ eu te amo, tá? sinto tua falta! ~chora~”– todos os personagens olhavam ao redor, tentando descobrir de quem ela estava falando – Se vocês não lembram, essa garota se diz filha de Sirius Black.

–Pera, o QUÊ? - gritou Sirius, recém acordando. Ele olhou para James, ao seu lado – Eu tenho uma filha?

James deu de ombros.

–E eu que tenho que saber? A pensão é tua, cara.

Sirius olhou para a câmera com uma expressão apavorada.

–E o que eu faço agora?

–Vai preparando os presentes de Natal – disse Giordana, arrancando violentamente as perguntas da mão da irmã - “PEDRO, EU TE ODEIO, SEU RATO SUJO E IMUNDO! MORRA DEMÔNIO!”. Lamentamos ter que informá-los, mas Peter Pettigrew não foi encontrado desde a volta da nossa querida apresentadora. Ele simplesmente evaporou, e pode estar em qualquer lugar. Olhe em baixo de sua cama. Cuidado onde pisa. Qualquer lugar.

”Tio Voldy, tu é gay? ~TU É GAY QUE EU SEI!~”.

–Francamente! TIO VOLDY? - gritou Voldemort, abismado – Pelo o menos essa guria poderia ter um pouco de respeito com um vilão Lorde das Trevas super fodalhão! Eu é que posso estar em baixo da sua cama à noite! Isso não vai ficar assim.

Ele se encostou na poltrona, de braços cruzados e bufando, emburrado. Todos o encararam por alguns segundos, esperando a resposta da pergunta, que não veio.

–Tuuudo bem – continuou Giordana – Estejam avisados, caros telespectadores. Não queremos Voldemort assustando criancinhas inocentes. Próxima: “POXA, LUCIUS, TIRE SUA CARA FEIA DAQUI, XÔ!”.

–PI PI PI OLHA O RECALK – gritou Lucius, jogando o cabelo pra trás. - Eu sou mais eu.

Ao seu lado, sua esposa escondeu o rosto nas mãos.

–”Hermione, o que tu acha de Fremione? ~FREMIONE FOREVER! UHUL!~” – leu Marina. Ela ergueu os olhos pra plateia, receosa – Ih. Lá vem treta.

Rony, sentado ao lado de Hermione na primeira fileira, olhou emburrado para Fred Weasley, algumas poltronas atrás. Hermione segurou a mão dele.

–Eu só tenho uma coisa a dizer – começou ela, calmamente. Então se levantou, subiu na cadeira, jogou confeti pro alto, abriu o casaco para mostrar sua camiseta com a cara do Rony estampada, e começou a dançar – ROMIONE FOREVER! TUTS TUTS TUTS TUTS TUTS TUTS

As apresentadoras olhavam para ela, com expressões assassinas no rosto.

–Tu vai limpar isso, não vai? - perguntou Marina, como se Hermione se atrevesse a dizer não. - A vassoura tá atrás da porta.

–E APROVEITA E SAI VOANDO – alguém gritou da plateia – SUA BRUXA!

Todos olharam. Era Draco.

–Cara – disse Giordana – Aqui todo é bruxo.

–Ehh – gaguejou o loiro – Então vamos precisar de mais vassouras.

–”Tia Cisa, está tudo bem com você? Te adoro!”

–Na verdade, não está nada bem – respondeu Narcisa, emburrada – Eu estou casada com esse palerma que só sabe passar chapinha; fico duas horas esperando todo dia até ele passar pó na casa! E minha casa foi confiscada pelo Ministério da Magia! Sabe quão frustrante é isso? Só por causa de uns mimimi de “vocês serviram ao maior bruxo das trevas de todos os tempos e mataram trocentas pessoas”. Ah, francamente! A Lindsay Lohan faz isso todo dia e só tem que fazer alguns trabalhos voluntários! O Draco quebrou a bicicleta dele, e quando eu dei uma nova, ele me xingou! Sabe quantos meninos da idade dele matariam por uma bicicleta do Batman como aquela? Ele disse que era infantil demais. Nem ao menos tinha fitinhas no guidom! E vinha com uma máscara, ainda por cima. Ele devia me agradecer. E também, quando eu fui organizar a festa de aniversário dele, quem disse que Draco gostou? Eu paguei uma grana pra alugar aquela piscina de bolinhas e não ganhei nem um pingo de consideração!

–Eu disse que queria a cama-elástica – resmungou Draco da última fileira, de braços cruzados.

–Então da próxima vez chame algum de seus amiguinhos para suas festinhas! - reclamou Narcisa, se virando para encarar o filho.

–Mãe! - Draco gritou, ficando vermelho. Abaixou o tom de voz – Eu não tenho amigos.

Todo o pessoal da Sonserina imediatamente se sentiu ofendido.

–E aquela vez que eu tentei convencer você a se juntar com os mocinhos da história e salvar a sua vida e a da sua mãe? - perguntou Dumbledore, com lágrimas nos olhos – Não significou nada pra você?

Draco não se prestou a responder.

–Próxima pergunta, de Carol di Angelo – disse Giordana - “Harry você não tem tato, sabia? Vou te ensinar: quando uma garota fala que é feia, você não tem confirmar, seu jegue, você tem que falar 'que isso você é linda”.

–Que isso você é pimba – disse Harry, roboticamente.

–Harry – disse Ginny, baixinho – É linda.

–Eu sei que eu sou linda.

–”DRACO E HERMIONE DEBAIXO DO SALGUEIRO SE PEGANDO LOUCAMENTEEEEE ~eu não tenho medo de morrer” – leu Marina. Todos olharam para Hermione, que ainda dançava em cima da cadeira, balançando uma bandeira escrita “RONY + HERMIONE = LOVE”. - Eu acho que isso responde a pergunta.

–Agora de Mrs Padfoot – continuou Giordana, ignorando os gritos de Sirius de “OLHA EU AE” - “Lily, conte sua versão dos fatos. Como o JayJay te conquistou?”

–NÃO! - gritou James, desesperado – A GENTE JÁ ENTENDEU! NÃO PRECISA PERGUNTAR DE NOVO!

–Oi, fica shiu aí – disse Marina para James – Deixa a muié responder.

–Eu estava de pé em cima do Empire State Building, observando a cidade lá embaixo – contou Lily, dramaticamente – Com meu uniforme e minha máscara, ninguém me reconhecia. Eu era apenas a Super-Ruiva, a heroína mais show de bola que o país já conheceu.

–Acho que você está falando do país errado – disse Remus, pensativo.

–Shiu. Quando ouvi as sirenes, não hesitei em seguir o som. Coloquei minha capa e voei até a cena do crime...

–DEU DEU DEU – gritou Giordana, interrompendo Lily. Ela olhou para Marina, que estava com lágrimas nos olhos novamente – Chega de historinhas. Vamos para a próxima pergunta: “Snape, a Lily NUNCA ficaria com você tendo um James Potter em cima dela. Nem se ela não tivesse um James Potter em cima dela ela ficaria com você. Você realmente achava que tinha chances com ela? REALLY?”

Snape olhava para o além, pensativo, com uma cara de nada, e não respondeu (vinte minutos depois ele foi encontrado encolhido no banheiro feminino, em um mar de lágrimas).

”Sirius, TE AMO (isso não foi bem uma pergunta, mas é vdd)” – leu Giordana.

Sirius fez mais um risquinho na “lista de todo mundo que ama o Sirius”.

–Francamente, quem não ama o Sirius? - perguntou Marina. Metade dos personagens levantou a mão – Deixa quieto. De Giulia Potter: “Lily, então me conta o teu lado da história, porque eu juro que mato o Jay-veado se ele disser mais uma asneira!”

James soltou um grito de frustração, se atirou no chão e ficou por lá mesmo.

–Bem – começou Lily, enquanto todos se afundavam na cadeira, esperando o monólogo – Ele estava sempre me convidando para sair. Um dia, eu aceitei.

Um minuto de silêncio. Todos olhavam para Lily, que sorria serenamente. Giordana estava com lágrima nos olhos. James ergueu a cabeça.

–Você... Você... - ele mal conseguia acreditar – NÃO FOI ASSIM NÃO, PÔ! PARA DE CONTAR MENTIRAS, MUIÉ!

Ele recebeu um tapão do próprio filho.

”Severo, eu só quero te matar por ter contado ao Voldy Purpurina sobre a profecia! Mas tirando isso, eu te admiro pra caramba! Pode não parecer por causa da ameaça, mas eu tinha comido castanhas!” – leu Marina. Ela olhou pro além, babando – Castanhas...

–Eu contei para tentar proteger Lily – disse Snape, calmamente. Ao ver os olhares de todos ao seu redor, completou – O quê? Ah, carambolas, eu tentei!

”A Cho é chinesa, isso explica a cara redonda de tamburete dela!”.

–QUEM VOCÊ PENSA QUE É, SUA VACA? - gritou Cho Chang para a câmera, com sua cara redonda de tamburete vermelha. Ginny dava gargalhadas.

–Tooooooma!

”Eu ainda prefiro Fremiones e Fregemiones!” – leu Giordana, fazendo uma careta para o shipper.

Fred e George se entreolharam. Alguns segundos depois, se juntavam à dança “ROMIONE WINS” de Hermione.

”Lucius, você deixa um cheiro de recalque no ar por onde você passa!”– leu Marina.

–Eu sei – disse Lucius, passando perfume. Um Comensal da Morte atrás dele foi espancado pelo cheiro do recalque.

–”Remus tá aí? Tonks também? Se sim, eu amo vocês, minha diva lufana e o lobisomem mais fofo do mundo!” - leu Giordana. Holofotes iluminaram Tonks, no cantinho dos personagens ignorados até agora.

–GRAÇAS A MERLIN! - berrou ela, os cabelos passando de negro para amarelo-ovo. Correndo, ela foi sentar-se ao lado de Lupin mais à frente – Obrigada, querida.

–Agora uma pergunta de... - disse Marina, olhando a folha – MIM! “Voldemort, como seu nariz desapareceu?”

Todos pararam o que estavam fazendo para escutar a grande revelação.

–Ahn – começou Voldemort, coçando a careca – O cachorro comeu.

Marina olhou para ele de boca aberta.

–Tá explicado – disse, por fim. Voltou à folha – De Roli Cruz – leu, ignorando os gritinhos de animação da irmã - “GiorDiva: Que você quer de presente de aniversário ~~atrasado~~? *-*”.

Giordana demorou um tempo pra responder, e ficou parada com uma cara de pastel. Depois, deu um tapão na irmã.

–A gente demorou tanto que já passou um ano e já tá no meu outro aniversário – disse ela, boladérrima com a vida – Que é sábado, só pra avisar, quero presente. “Lily: Como se sente sendo avó?”

Lily piscou, confusa. Depois olhou para o filho e para a nora, que olhavam para o nada com cara de nada.

–Vocês tem alguma coisa pra me contar? - perguntou ela, com uma expressão ameaçadora. Ouviu-se um “IHHHH” coletivo, da plateia. Os dois negaram imediatamente com a cabeça.

–Cedo demais para perguntar isso – disse Marina - “Snape: Como se sente sendo excluído da melhor fic do Nyah (vulgo School Of Rock), escrita pela Giordana? Até a primeira temporada, pelo menos, não te vi lá nenhuma vez. ATÉ A PETÚNIA APARECEU!

Giordana fez cara de confusa, tirou uma pilha de papéis de sei lá onde e começou a analisar sua própria fanfic. Depois de um tempo, ergueu os olhos para a câmera, e soltou um “vish”.

–Iscul ofi o quê? - perguntou Snape, franzindo o cenho.

–Deixa quieto – disse Giordana - Hagrid: Porque ninguém fez uma pergunta pra você até agora?”. O Hagrid tá aí?

Todos deram de ombro, e se puseram a procurar Hagrid.

–”Draco: Você é uma eterna doninha quicante, sabia disso?” - leu Marina, e depois deu uma gargalhada.

Draco ligou para o advogado.

–De Talita: “Draco e Mione, vocês podem tratar de dizer que acham pelo menos o outro bonito se não vou ter uma conversinha com uma certa tia JK para mudar o final de HP...”

Draco olhou impassível para a câmera. Depois subiu em cima da cadeira.

–ROMIONE! TUTS TUTS TUTS TUTS

–E esse foi mais um Plantão de Idiotas! - gritou Giordana, no meio da barulheira – Agradecemos a todos que participaram, e mais uma vez, a Marina se desculpa pela demora! Continuem participando! Até a próxima!

E todo o estúdio foi possuído pelo ritmo do TUTS TUTS TUTS.


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Notas finais do capítulo

Quase um ano, mas pelo o menos voltamos. Quase morremos para terminar esse capítulo (literalmente gritamos de felicidade quando vimos que tínhamos terminado), e por isso, estabelecemos algumas regras:
1. Limite de três perguntas por comentário. Quem passar desse número, saibam que vamos selecionar as perguntas, escolhendo três.
2.Queremos PERGUNTAS! Sabe o que são perguntas? Do dicionário, pergunta: "frasezinha com um ponto de interrogação no final, que questiona alguma coisa". Do dicionário, ponto de interrogação: "acento ortográfico que parece um ganchinho com um pontinho em baixo. Usado geralmente em perguntas".
3.Se puderem colaborar, sem erros ortográficos, por favor. Fica cansativo ter que corrigir tudo, e tirar do Caps Lock (eu sei que vocês ficam exaltados, mas não precisa exagerar).
4. Lembrando, essa fanfic é PG+13, ou seja, pessoas inocentes passam por aqui. Nada muito inadequado, ok?
Acho que é isso. Agradecemos á bergamota e á Niz por nos passarem a doença do tuts tuts.
Até a próxima!