– Surpresa. – Riu.

– Adriano, o que você esta fazendo aqui? – Cruzou os braços tentava controlar seu nervosismo.

– Preciso falar com você, posso entrar? – Perguntou erguendo a sobrancelha.

– Não. – Ela fechou a porta.

Ela estava muito nervosa para deixar o garoto que fazia seu coração bater mais forte, entrar em sua casa e ter uma conversa cara a cara.

– Eu vim até aqui só pra falar com você e você não vai me deixar entrar?

– Tá bom, entra. – Abriu a porta e deu passagem para o garoto. - Eu também preciso falar com você. – Ela empurrou o garoto contra a parede. – Quem você pensa que é pra falar aquelas coisas para a minha filha?

–Nossa. – Corrigiu.

– ‘’ Nossa’’? – Arregalou os olhos e Adriano gargalhou.

– Ok, você está certo. Não vou mais esconder isso de você. A Emily é sua filha.

– Porque você escondeu isso de mim?

– Dinho eu não tive coragem... – Olhava para o chão. – Fiquei com medo.

– Coragem Lia? – Perguntou em um tom agressivo. – Medo? Você acha que eu iria deixar você criar ela sozinha?

– Não foi isso... Eu sei que você ajudaria cuidar da Emily, mas eu estava tentando esclarecer tudo que estava na minha cabeça, definir meus sentimentos, e sabe por que eu tenho que ter coragem? Porque eu tenho medo de te amar mais do que eu já penso que te amo. Está cada dia mais difícil viver com isso, você devia saber o quanto eu sofro por você, e isso já faz anos. Preciso te contar que achei que tinha te esquecido, mas quando te encontrei naquele casamento, por acaso e vi seu sorriso, você me olhando, com todo esse seu jeito, foi como se tudo ficasse lindo novamente. Mas ai, eu percebi que estava sendo idiota em pensar que você ainda gostava de mim. Eu vi que você já tinha uma família e eu não queria estraga-la.

– Cala a boca. – Sorriu – Lia... – E antes que ele pudesse terminar a garota resolveu retrucar.

– Vem me fazer calar. – Desafiou-o.

‘’Eu me abri com ele e é assim que ele me trata? ‘’ – Pensou, mas não quis perder a pose de marrenta.

Dinho puxou a garota pela cintura eles ficaram se encarando. Lia sentiu seu coração bater mais forte, ela suspirava rápido, nervosa colocou uma das mãos na nuca de Dinho e com a outra acariciava seus cabelos. E Dinho que não aguentava mais ficar longe da sua marrentinha puxou-a para mais perto fazendo os dois ficaram colados e em seguida encostou seus lábios nos dela, eles deram inicio a um beijo. Um beijo cheio de amor e vontade. Depois de alguns segundos eles se separaram.

– Idiota. – Ela deu um tapa no rosto do garoto.

– AI. – Colocou a mão no local em que Lia havia dado o tapa.

– Isso foi por você ter me mandado calar a boca. – Riu se afastando um pouco do garoto.

– Foi muito fofo o que você falou. – Sorriu – Mas eu estava morrendo de vontade de te beijar.

– Estava? Não esta mais?

– Claro que sim. Minha marrentinha. – Puxou a garota para perto. – Agora vem cá pra eu matar essa saudade que eu estou de você. – Segurou a garota pela cintura e em seguida eles deram inicio a outro beijo de tirar o fôlego e quando eles perceberam a presença de alguém na sala mesmo não querendo, resolveram se separar.

– Pode continuar. – Emily que caminhava até a escada em passos curtos, riu.

– Filha, você não queria conhecer seu pai? – Perguntou. – Então...

– Sério? – Correu até Dinho que pegou a garota no colo e a ergueu para cima fazendo-a sorrir, um sorriso sincero.

– Papai. – Os olhos de Emily brilhavam.

– Filha. – Ele abraçou a garota fortemente e Lia ficou escorada na parede observando os dois.

Depois quando Emily estava saindo do local Dinho a chamou.

– Cof, cof.

– Tá bom. – Ela voltou e parou na frente de Lia.

– Mãe, me desculpa? – Perguntou com um olhar triste e Lia se abaixou ficando na mesma altura que a garota.

– A única pessoa que precisa pedir desculpa aqui, sou eu. – Ela segurou as mãos da filha que sorriu. – Me desculpa? Eu te amo muito meu bebe.

– Desculpo. – Emily abraçou a mãe. - Eu também te amo.

– Bom, se você quiser o seu skate ele está lá na garagem. Mas toma cuidado, tá bom? – Perguntou e Emily assentiu em seguida saiu correndo para pegar seu skate.

– Ela não é linda? – Perguntou se levantando e Dinho puxou a garota.

– Sim. Muito linda igual à mãe, é claro. – Puxou ainda mais a garota fazendo os dois ficarem colados.

– Eu te amo. – Sussurrou no ouvido do garoto.

– Eu te amo mais. – Ele a beijou.