Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 25
Capítulo 25 - ENQUANTO ISSO EM LA PUSH


Notas iniciais do capítulo

Viver é sempre dizer aos outros que eles são importantes.
Que nós os amamos, porque um dia eles se vão e ficaremos com a impressão de que não os amamos o suficiente.



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Enquanto isso em La Push.

PDV - JAKE.


Dias passaram e viraram semanas. Semanas viraram meses e meses viraram anos. Dois anos tinham se passado desde a partida de Renesmee e sua familia de Forks. De tempos em tempos, eu recebia ligações de minha amiga Bella, com notícias. As vezes a minha resistência falhava, e me via implorando para minha amiga falar com Nessie, mas ela me chamava a razão.


– Só tornará as coisas mais difíceis Jake.

Eu esbravejava palavras ofensivas à minha amiga e desligava o telofone com fúria, o que custou alguns aparelhos novos ao meu velho pai. Mas ele nunca comentava o assunto. Não me surpreendi, quando as ligações simplesmente pararam de vez. Tinha ofendido minha amiga, ou todos já tinham me esquecido de vez? Eram as perguntas que eu sempre me fazia com medo da resposta. A dor era constante. À noite era pior! As poucas horas que conseguia dormir, tinha pesadelos horríveis. Ela correndo em corredores do que parecia ser um castelo, usando uma capa preta. Era assustador! Me via gritando, chamando seu nome, suando frio, o que era difícil para mim, devido à minha alta temperatura. Algumas noites, era acordado pela minha irmã, outras meu pai e algumas, para meu total constrangimento e vergonha, por Paul. Este último, me olhava com olhar de piedade, que era o mesmo que via em todos os meus irmãos da matilha. O que me vinha, era fúria e ódio. Piedade? O despresivel olhar de pena que todos me lançavam, aumentava em cem vezes a dor, que já era quase insuportável.


– Tente entender meu filho. Nunca houve um caso como o seu, onde o lobo fica sem seu Imprinting. Não sabemos o que isso pode causar .


Billy me surpreendeu com suas palavras. Ele era o único que não tentava me consolar ou dizer para seguir em frente. Ele só estava alí para secar minhas lágrimas e me abraçar quando a dor vinha, e eu já não era dono de mim. Nesse tempo todo, nem o nome dela ele tocava. Nada! E esta simples frase, me fez olhar atentamente para ele. Suas feições eram cansadas. Tinha fortes olheiras embaixo de seus olhos. Estava magro, com as mãos trémulas, me deixando preocupado e assustado com seu real estado de saúde.


– Está bem pai? Digo, de saúde. Parese abatido.


Ele ergue a sombrancelha, me olhando com um sorriso fraco nos lábios. Estavamos na cozinha tomando café, e um fraca luz vinha da janela, iluminando o ambiente. O que dava ao lugar, uma aparência de sonho antigo e amarelado.


– Que dupla somos filho! Deveria se olhar no espelho. Realmente ficaria preocupado com o que verá. Pois por pior que eu esteja parecendo para você, você está me ganhando. Pode ter certeza!


Ele disse isso, com sua habitual voz de trovão. Que nada combinava com a aparência daquele corpo cansado e frágil. Respirei cansado. O que eu estou fazendo? Estou fazendo meu pai sofrer! Ele não está nada bem. É visível, a sua falta de saúde, mesmo ele tentando brincar com a situação. Preciso conversar com Rachel, e saber o que está acontecendo.


Uma semana depois, estava na oficina consertando minha moto. Billy estava assistindo ao jogo na casa de Charlie. Paul o tinha levado. Era a oportunidade de falar com Rachel, que estava na cozinha terminando o jantar. Entrei em casa e me deparei com a cena: Minha irmã sentada, com as mãos encobrindo o rosto, e lágrimas em seu rosto. Ela é uma mulher forte! A ultima vez que a vi chorar, foi no enterro da mamãe. As coisas não estão nada boas. Estão piores do que eu imaginava.

– Rachel?
Me aproximei e afaguei seus cabelos. Me abaixei para ficar da altura que ela estava sentada na cadeira.

– Fale comigo. Sei que estive ausente, mas agora estou aqui. Me conte tudo.

Ela me fitou! Seu olhar era de dor.


– Eu lamento Jacob! Segurei o mais que pude. Não era para você me ver assim. Sei que está sofrendo, mas papai não está bem. Temo que vamos perde-lo.


A notícia veio com um soco no meu já espatifado coração. Não podia perde-lo. Eu não suportaria isso. Meu pai! Meu exemplo! Não! Isso é cruel demais. Dito isso, minha irmã não segurou mais as lágrimas e me segurou com força, soluçando violentamente.


– Eu queria ser mais forte. Ser como mamãe ou como papai. Mas eu não consigo mais Jacob. Dói demais vê-lo assim, se esvaindo a cada dia.. O médico deu a ele somente mais algumas semanas. Rebeca vai chegar em três dias. Mas eu temo que não dê tempo. Ele está muito fraco.

– Não, não, não! Não diga isso. Hoje ele está bem! Foi no Charlie, ele ... ele.

As palavras me faltavam. Eu não queria acreditar, mesmo já sabendo que as coisas não estavam nada bem.

– Ele mal está se aguentando, Jake. Hoje ele fugiu pra casa do Charlie . Não aguenta ver em meus olhos a verdade. Não queria que eu falasse com você. Mas eu não posso. Não consigo mais. Paul praticamente arrastou ele daqui, com ele aos berros, dizendo que não aguenta mais estar nesta casa. Que já está se sentindo morto em vida. Andando no meio de almas.


– Provavelmente eu sou uma delas. Uma das almas.


Não era uma pergunta. Eu sabia que perambulava pela casa, parecendo um zumbi.


– A culpa não é sua. Eu lamento meu irmão. Sinto por você de verdade. Não entendo porque este sofrimento está sendo colocado a você desta forma. Se você não pode viver este amor, qual o propósito disso? É cruel a você. Eu não sei, mas rezo por você meu irmão. Para que sua dor passe, e você volte para nós. Precisamos de você! O bando precisa de você. Toda a aldeia. Se papai se for, o que será do nosso povo. Perderão um de seus líderes. Você precisa estar aqui meu irmão.


– Eu não pedi por isso Rachel. Eu não quero esta responsabilidade.


–Uma vez, papai disse a você eu me lembro. Eu estava aqui mesma nesta cozinha, mas eu ouvi. Ele tem TANTO ORGULHO de você Jake. Vocês estavam na sala. Ele disse isso a você nas primeiras semanas de sua transformação.


( A RESPONSABILIDADE NÃO VEM A VOCÊ POR LIVRE VONTADE. ELA É JOGADA EM CIMA DE VOCÊ. VOCÊ TEM A OPÇÃO DE AGARRA-LA OU NÃO DESVIA-LA, E ESPERAR QUE OUTRO A AGARRE EM SEU LUGAR. MAS SE VOCÊ TOMÁ-LA PRA SI, VOCÊ DESCOBRIRÁ O HOMEM QUE NA VERDADE É. NÃO TENHA MEDO. É UM PRESENTE DO DESTINO, NÃO UMA SINA OU MALDIÇÃO, COMO PARECE, POIS POUCOS PASSAM POR ESSE MUNDO, JÁ SABENDO O SEU PROPÓSITO. ALGUNS PASSAM A VIDA BUSCANDO, SEM SE AGARRAR EM NADA, E MORREM SEM DAR SENTIDO ALGUM À SUA EXISTÊNCIA. ISSO NÃO ACONTECERÁ COM VOCÊ, MEU FILHO ).


– Ele estava preparando você, Jake. Para estar em seu lugar, quando ele partisse.



Eu me lembro deste dia. Não tinha dado o real valor às palavras do velho. Estava revoltado com tudo que estava acontecendo. Talvez por isso, minha irmã tivesse escutado. Ela precisava, para me lembrar quando chegasse a hora. De qual era o meu destino. Abrir os meus olhos e me trazer à vida, com as palavras de meu pai. E eu serei eternamente grato a ela por isso, pois foi como acender um fósforo numa caverma escura e ver o caminho à sua frente, mesmo que depois você tenha que vagar no escuro, o caminho já tinha sido mostrado a você.


– Obrigado! Eu precisava ouvir isso. Pare de chorar! Eu estou aqui, e isso acaba agora.


Falei o mais suavemente que pude, dando um beijo em sua testa, e saí da casa.

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Algumas semanas depois .

– Eu não acredito! Olha isso de novo. Pode confessar pai. Você faz alguma pajelança pra esses peixes cairem no seu anzol. Não é possível.

Meu pai e Charlie riam divertidos das minhas tentativas frustadas de pegar algum peixe.

– Desista garoto! Isso é para profissionais. (Disparava Charles).

Estavamos pescando em um lago próximo da reserva. Já tinha se tornado uma rotina. Todo sábado faziamos isso. Era uma maneira que encontrei de estar com ele, não que a minha presença fosse de alguma ajuda, pois eu só servia pra assustar os peixes, e claro, para divertir os dois, que só me humilhavam a cada peixe que pescavam. Meu pai tinha tido uma melhora e Rachel dizia que tinha sido por causa da minha nova faze eu continuava mizeravelmente infeliz mas tentei o melhor que pude aparentar estar bem por ele ,por meu pai.


O tempo passava em La Push. Eu finalmente retornei aos estudos. Só faltava um ano para me formar. Resolvi acabar logo e engrenar na faculadade de engenharia mecânica, o que me ajudava a me manter bem ocupado. Só ia dormir quando todas as forças abandonavam meu corpo. Mesmo assim, a dor me alcançava por vezes. À noite era pior. Quando isso acontecia, eu ligava pro Seth, que tinha ficado com o cargo de galinha da reserva, depois que Embry teve seu Imprinting com Ana, uma turista que visitava a reserva no verão. É claro que agora ela não era mais turista. Tinha se instalado em Forks, para ficar com ele. Era para Seth que eu corria quando minha mente resolvia me torturar mais ainda, trazendo lembranças DELA.

– Seth, vamos sair?

– Agora irmão, vou te apresentar duas gatas, que você não vai acreditar.

Era sempre assim. Era só ligar, que ele arrumava um programa que incluia mulher. É claro, ele também tinha seus demônios para exorcisar. A morte de Naomi tinha abalado ele mais do que ele adimitia. Mesmo ela não sendo seu imprinting, ele se sentia responsável pela sua morte.

Saiamos pra dançar e beber com a mulherada. Algumas vezes, eram só amassos mais quentes. Outras descambava pras vias de fato, o que me fazia sentir culpado, já que eu sabia que no dia seguinte, eu nem lembraria do rosto das meninas, e talvez nem o nome. Era tudo uma corvarde fuga para não pensar NELA. Tinha medo, às vezes, de me perder de mim mesmo no meio dessa loucura. No meio dessa dor infinita. Cada um sofre do jeito que sabe. Mesmo como lobo, a dor ainda conseguia ser mais ácida e corrosiva. Era mais difícil ainda pelo imprinting, que ligava o meu lobo a ELA.
Algum tempo depois, Seth tinha terminado seu ensino médio, e se mudou para a Califórnia, para fazer faculdade de administração. Se despedir de meu amigo no aeroporto, não foi uma tarefa nada fácil, mas ele se sentia feliz.

– Me sinto livre, Jake. Pela primeira vez em muito tempo.

Eu sabia que meu amigo já estava começando a se recuperar, e se perdorar totalmente. Queria poder me sentir melhor também. Seth nem de longe lembrava mais o garoto de sorriso fácil, que era o bobão da matilha. Agora era bem sério e tinha o olhar triste. Leah vivia reclamando do desapego em tudo do irmão. Novamente, Sam não se transformava mais. Se dedicava totalmente a sua família, Emily e seu filho Makilam. Eu dividia com ele algumas responsabilidades, que antes eram do meu pai. No conselho, ele ficou responsável por passar as lendas para os mais novos na fogueira. Eu não tinha o menor talento para contar sempre a mesma história. Ele aceitou prontamente e gostava daquilo. Junto com os meninos, fizemos melhorias na escola e no posto médico. A oficina cresceu e já tinhamos outra filial em Port Angeles, que Paul cuidava com Rachel. Eles tinham se mudado pra lá, mas Rachel sempre estava na reserva para me ajudar com Billy, que agora mal levantava da cama, mas eram Sue e Leah, que quase sempre estavam comigo para ajudar com ele. Jared e Kim se casaram no último verão, e vi uma Leah muito contrariada enfiada em um vestido de dama de honra no altar. Não teve como não rir da revolta da garota.

– Jared podia ter me poupado deste constrangimento.

– Pare de reclamar! Estou de pinguim aqui, e não estou reclamando.

Ela bufou contrariada, tentando acertar o vestido cheio de babados.

– Não vejo a hora de estar com Seth.

– Vai mesmo pra lá?

Ela me olhou desconfiada, pelo canto dos olhos. Não tinha como explicar, mas o fato de ela e Seth estarem indo embora, era como se um ciclo estivese se fechando. Eu me via sozinho, e isso era devastador.

– Não vou ficar em definitivo. É só o tempo de terminar o curso de enfermagem, para ajudar no posto da reserva. Mesmo Seth, não acredito que fique na Califórnia para sempre. Ele voltará.

– Acho difícil! Não veio nem pro casamento de Jared.

– Ele queria ter vindo, mas ficou preso com provas na faculdade. Prometeu não perder o de Embry com Ana. Ele disse não perder isso por nada. Ver Embry sendo encoleirado. Disse que vai trazer uma filmadora, para registrar para a prosperidade.


Nos despedimos no aeroporto. Isso já tava ficando sem graça. Ver meus amigos indo embora.

Agora as rondas eram bem reduzidas. Somente eu e Quil, que ainda esperava sua Claire, que agora era uma linda moça de desseseis anos, que deixava ele desesperado com os garotos em cima dela. Eles ainda não namoravam. Certo dia, ele me disse que ela andava estranha. Questionei o que era. Pensei que era alguma coisa da idade, mas ele me garantiu que não. Parecia querer me dizer algo, mas não tive certeza. Achei estranho, mas não insisti no assunto. Parecia deixa-lo incomodado.

Mas eu ia ter uma amostra do quanto Claire andava estranha pesoalmente, alguns dias depois. Como todos os sábados, bem cedo preparava o carro para mais uma pescaria, mesmo meu pai estando muito doente, ele não abria mão dos sábados de pescaria comigo e Charlie. Vi quando Claire passou em frente à minha casa, em direção da floresta.

Ela estava de camisola, e andava em meio ao nevoeiro da manhã. Chamei ela algumas vezes, mas ela pareceu não me ouvir. Continuou caminhando para a floresta. Me preocupei. Fiquei em dúvida, se devia segui-la ou não.

Ela estava estranha de camisola andando pela froresta. Desisti de pensar, e fui em direção à floresta. Ela estava parada, olhando o nada. Não se virou, quando eu mais uma vez chamei por ela. Em vez disso, falou com uma voz estranha e grave, que nada tinha da voz da menina de sempre.


– Jacob Black. Neto de Ephaim Black. Filho de Sarah. Grande alpha da matilha de protetores Quileutes.


Neste momento, ela se virou e seus olhos estavam fora de foco, e a cor de castanho que era o seu natural, estava negro e sem o brilho. Assustadoramente vazios e densos.

– Claire, você está bem? Você tá dormindo?

Nessa hora, ela agarrou meu braço com uma força que eu sabia que não era a dela. Não era nem mesmo uma força humana.

– Você está se desviando do seu caminho. Deixando se levar pelas coisas do mundo. Siga seu propósito e ela voltará. Esteja pronto! Uma grande sombra cairá em sua casa. Um cairá, para que outros renascam no fim.

Quando disse isso, seu corpo foi caindo. Peguei ela em meus braços, levando-a para casa. Deitei ela em minha cama, e tentei reanima-la. Mas nada! Decidi ligar pro Quil, que apareceu em apenas alguns segundos, com a cara amassada de sono e só de calças de moletom.

– Cadê ela?

Não deu tempo de responder . Ele correu pro meu quarto, sentindo o cheiro de Claire. Ele não tentou acorda-la. Só alisou seus cabelos, cobrindo seu corpo com uma manta, que eu estendi pra ele. Não aguentando mais aquela cena, que me trazia lembranças dolorosas. Resolvi perguntar o que estava acontecendo.

– Quil, o que está acontecendo com a Claire?

Ele balançava a cabeça negativamente, me empurrando pra sala.

– Ela vai dormir profundamente agora. Nem adianta tentar acorda-la. É sempre assim, toda vez que acontece essas crises de sonambolismo. Já tive que tirar ela da mata várias vezes estes últimos meses.


Não tinha como esconder minha cara de espanto. Eu estava de boca aberta e olhava Quil com cara de idiota.

– Quer dizer, que isso vem acontecendo com frequência desde quando Quil? Porque não me disse nada?

Ele suspirou, derrotado afundando no sofá.

– Desde que ela fez quinze anos. Ela também tem tido pesadelos e disse que escuta vozes falando em sua mente o tempo todo. Eu não sei mais o que fazer para ajuda-la, Jake. Ninguém parece acreditar nela. Eu só quero que isso pare, porque eu não sei o que fazer. Tenho medo dos pais dela fazerem alguma besteira, como interna-la, ou eu ,não sei.

Quil esfregava as mãos no rosto, como se pudesse tirar os pensamentos da cabeça. Queria poder ajudar meu amigo, mas eu tinha visto Claire na floresta. E aquilo que eu vi, não era uma crise de sonambolismo.

– Com o que ela sonha Quil?

Ele me encarava de forma estranha, pensando se devia ou não falar sobre isso. Por fim, resolveu falar.


– São sempre os mesmos sonhos Jake. Com você e Nessie, aqui na reserva. Uma luta! A reserva toda em chamas, e lobos. Muitos lobos! Ela não sabe quantos, mas disse que e maior matilha que já teve em La Puch. Eu queria te contar antes, mas eu não sabia como. Sei que falar dela é algo quase proibido aqui. Sei que sofre irmão, mas Claire sempre fala que ela vai voltar.

Engoli um ar seco na garganta. Lembrar dela, ouvir seu nome era doloroso demais. Me encostei na mesa da cozinha, pois já me sentia fraco e tonto. A falta dela, já me causava dores físicas.

– Ela fala com os espíritos Quil?

Levante os olhos .Meu pai tinha entrado na sala e sua voz saiu rouca e abafada ele olhava assombrado para Quil. Eu nem tinha visto ele se aproximar. Eu ainda estava tentando me recuperar.

– Ela diz que sim. Billy você acha que isso é possivel? Eu sei que ela não mentiria, mas ela pode estar imaginando coisas.

Quil agora estava branco como uma folha de papel .Billy parecia pensar, e me olhava. Deu um forte suspiro, e falou com sua voz de trovão.

– Não! Ela não está mentindo, nem inventando nada. Claire não é primeira. Já tivemos outros como ela, que fala com os antigos espíritos da aldeia. Ela é uma guardiã dos espíritos . A escolhida para trazer a mensagem dos nossos ancestrais. Há muito tempo não temos alguém assim. Os espíritos devem estar querendo dar um recado muito importante, para usar uma menina tão nova como Claire. Traga os pais dela aqui. Eu explicarei tudo a eles.Disse isso indo em direção do meu quarto onde Claire estava .

Naquele dia não fomos pescar. Liguei pra Charlie desmarcando. Dei uma desculpa qualquer, sobre a saúde de Billy. Isso não seria totalmente mentira. Meu pai não saiu mais de perto de Claire. Cantava uma canção em nossa língua, que eu não conhecia. Foi quando ela começou a acordar. Ela não parecia estar surpresa de estar alí. Se sentou na minha cama, e parecia envergonhada de estar de camisola. Peguei algumas roupas de Rachel, que estavam no armário, dando a ela privacidade. Depois, ela nos contou dos pesadelos e dos espíritos que falavam com ela.

– Um desses espíritos é sua mãe Jacob. Ela sempre fala de você. Do seu destino.

Eu ouvia tudo aquilo mas minha mente estava paralizada não consequia absorver tudo . A cada palavra de Claire eu esperava acordar em minha cama aliviado por ter tido mais um pesadelo bizarrento .Me esforcei para fazer a pergunta que eu não queria saber a resposta .

– Que destino, Claire?

– Seu destino é ao lado de Nessie. Que vocês precisam estar juntos. Sei que seu coração está sangrando agora, mas não pode fazer o que está pensando. Seria imprudente! Colocaria toda a reserva em grande perigo. Ainda não é o momento de enfrenta-los.







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