Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 29
Just like the first time...


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh
Eu vou chorar!
Caramba, mds. Não tô nem acreditando que fiquei tanto tempo sem postar.
Mas mds, eu nem tive tempo. Minhas férias foram suuuper corridas, e cês precisam ver. Agora minha aula é de manhã e de tarde. Chego em casa seis e meia, daí oito horas já tô caindo de sono. Faz uma semana que eu não encosto em computador!
Mas finalmente arrumei um tempinho (louvado seja o fim de semana) e cá estou postando um cap pra vocês.
Bom, é um fato que eu vou demorar mais pra postar agora (como se eu já não fosse enrolada o bastante) maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, contudo, porém, no entanto, a fic vai dar uma aceleradinha. Como vocês verão, esse capítulo já vai dar um saltinho no tempo, e, no próximo, adioooooooos hospital!
Porque né, já deu.
Enfim.
É isso ae.
Tenho mais nada pra dizer.
Bora pro cap :3



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– Bom dia, Mariana! – A voz de Kim acordou-me, ao mesmo tempo em que eu ouvia o som das persianas se abrindo e iluminando o quarto branco.

Esfreguei os olhos e o rosto, bocejando.

– Bom dia. – Respondi simplesmente, ainda um pouco grogue de sono.

Mexendo nos cabelos, comecei a pensar no sonho que eu tivera. Júlia comigo, meus braços ao redor do seu corpo, seu perfume, seu calor…

– Ela já está aqui, Mariana.

Ergui a cabeça, olhando para Kim.

– Quem?

– A sua… Hum… Amiga? A moça que veio aqui ontem. Júlia, não é?

Pisquei repetidas vezes, assimilando as suas palavras. Afinal, não havia sido um sonho.

– Sério? – Perguntei levemente surpresa, um pouco atordoada pelo sono e pela notícia de Kim.

Ela assentiu.

– Sim. Ela estava esperando você acordar. Está lá fora.

Senti um sorriso involuntário formar-se nos meus lábios.

– Tudo bem.

Kim sorriu.

– Eu vou lhe trazer seu café, ok? Volto já.

Assenti e observei enquanto Kim deixava o quarto.

Sozinha ali, mirei meu cobertor verde claro, pensando em Júlia.

No dia anterior, depois do nosso início de conversa nada confortável, eu pude realmente sentir a saudade que estava dela. Quando nos desvencilhamos do abraço – um bom tempo depois –, acariciei gentilmente seu rosto, secando as lágrimas que lhe caíam pelo rosto enquanto via meus sentimentos transbordarem-se dentro de mim, querendo sair sem que eu tivesse maneira de expressá-los.

As únicas duas palavras que saíram da minha boca não poderiam ter sido mais simples. No entanto, meu simples “senti saudades” foi o suficiente para abrir um sorriso nos lábios de Júlia, um sorriso tímido, como um raio de sol se esgueirando por entre as nuvens de um dia nublado. Um sorriso que comprovou, ainda mais, a verdade naquela simples fala.

E então, depois desse tímido sorriso, nossas barreiras finalmente caíram. A tensão inicial se dissipou, mas não a nossa conversa, que não demorou muito e passou apenas por assuntos superficiais como a viagem de Júlia e a minha recuperação. Aparentemente, nenhuma de nós queria dizer qualquer coisa que rompesse aquela fina bolha que nos envolvera, onde passamos meia hora juntas como se absolutamente nada houvesse acontecido.

– Mariana?

Uma voz feminina – exatamente aquela que compunha meus pensamentos – me despertou.

Ergui os olhos, sorrindo.

– Ju! – Ela sorriu, um sorriso tímido que me fez corrigir-me automaticamente, contendo a empolgação inicial. – Quero dizer… Oi, Júlia.

– Eu trouxe seu café. – Ela sorriu novamente, indicando a bandeja nas mãos e então, ao voltar a falar, seu sorriso fechou e a voz mudou ligeiramente. – A sua… Enfermeira pediu que eu trouxesse, disse que precisava atender outra pessoa.

Reprimi um sorriso, reparando na mudança da sua expressão e no tom de voz. Conhecia-a suficientemente bem para saber que aquilo era uma de suas reações de ciúmes.

– Obrigada.

Júlia deixou a bandeja no meu colo e sentou-se perto de mim, se mantendo em silêncio enquanto eu comia.

Depois de algum tempo, sua voz se fez ouvir.

– Mari, como está sendo ficar aqui? Tipo… Você gosta da comida?

Sorri de lado. Ela havia feito uma pergunta semelhante no dia anterior, e eu sabia que aquela escolha aleatória de assunto se devia a um certo receio, uma hesitação que pairava sobre nós, como uma lembrança de que as coisas não eram mais exatamente como antes.

– Já me acostumei. De qualquer forma, mamão e iogurte é muito melhor que água com corante.

Júlia deu um sorriso pequeno.

– Água com corante?

Ri baixo.

– Meu jantar quando cheguei aqui.

Ela assentiu, fazendo uma pequena pausa. Pouco depois, voltou a falar.

– E quando você vai receber alta mesmo?

– Em uma semana, acho. Finalmente.

Júlia abriu um sorriso grande.

– Que bom, Mari!

Enquanto tomava as últimas colheres do meu iogurte de morango, sorri, percebendo que ela me chamara de Mari ao invés de Mariana pela segunda vez no dia.

– Também acho. É entendiante ficar aqui.

Júlia riu baixo.

– Já terminou de comer?

Assenti.

– Deixa eu tirar isso daqui para você. – Júlia disse, pegando a bandeja do meu colo e roçando, acidentalmente, a mão na minha.

Com um sorriso discreto nos lábios, ela se afastou, deixando a bandeja sobre uma mesinha do quarto.

. . .

Júlia me fez companhia ali no hospital por mais algum tempo, indo embora mais ou menos meia hora depois. Ela matara as duas primeiras aulas da faculdade para me ver – algo que, quando ela me disse, me fez sorrir sem perceber – e agora precisava voltar para a terceira.

Nos despedimos com breves, e um tanto desajeitados, beijos no rosto, que, inevitavelmente, me fizeram perceber a saudade e a vontade que me possuía de um beijo de verdade de Júlia. Mas, infelizmente, eu sabia e sentia que isso não aconteceria tão rápido como eu desejava.

Quando Kim anunciou, de tarde, que eu tinha visitas, senti um sorriso espontâneo se abrir no meu rosto, e o meu coração se acelerar como há tempos não acontecia. Era uma sensação conhecida, um tipo de ansiedade que fizera parte integrante dos meus sentimentos havia cerca de oito meses. Mais exatamente, quando eu conhecera Júlia.

No entanto, quem apareceu ali não foi a causadora daquelas sensações. Foi Gabriel, sorridente como sempre. Disfarçando rapidamente o lampejo de decepção que me tomou quando constatei que não era Júlia quem chegava, sorri para o meu amigo.

Não demorou para que Gabriel soubesse sobre Júlia. Contei-lhe o que havia acontecido no dia anterior e também naquela manhã, fazendo-o primeiro comemorar e, depois, dar um sorriso complacente. Conversamos sobre algum tempo, mas, dessa vez, meu vizinho não me deu nenhum de seus conselhos. Afinal, dessa vez eu não estava mais confusa.

Ana, Pedro e a minha mãe também logo souberam sobre Júlia, para que não houvesse surpresa (ou comentários constrangedores) caso eles se encontrassem ali, no hospital. Mas, por coincidência – ou talvez não –, ela só apareceu para me visitar algum tempo depois de todas as visitas terem saído.

Alguns dias se passaram nessa mesma regularidade, e talvez se passassem no mesmo tédio da semana anterior, se Júlia não me fizesse visitas cada vez mais frequentes. Logo, não ficávamos mais naquele desconforto inicial, mas nossa relação parecia estar sendo reconstruída. Era como se estivéssemos nos conhecendo novamente, dando um passo de cada vez, como acontecera havia quase oito meses.

Nossos atos uma com a outra não eram como de namoradas. Não nos beijávamos ou nos tocávamos com frequência (fora quando, por reflexo, eu colocava a sua franja atrás da orelha ou ela arrumava a gola da minha roupa de hospital, movimentos que normalmente eram acompanhados de sorrisos imperceptíveis e um silêncio seco, ou então uma mudança súbita de assunto), mas Júlia estava sempre fazendo pequenos agrados, como trazer as minhas refeições, alguma lembrança ou livro e simplesmente me fazer companhia.

Kim, por sua vez, havia se afastado um pouco desde que Júlia voltara. Ela ainda cuidava de mim com a mesma dedicação e delicadeza, sempre sorrisos e simpatia, mas já não passava tanto tempo em minha companhia, até porque Júlia quase não me deixava ficar sozinha.

– Boa tarde! – Era quarta-feira, e já fazia uma semana e meia que eu estava ali, naquele hospital.

Abri um sorriso.

– Hey, Ju!

Ela também sorriu, adentrando o quarto com dois potinhos na mão.

– Quer sorvete?

Ergui as sobrancelhas, dando uma risada surpresa.

– Isso é permitido?

– E quem disse que precisa ser permitido para ser bom?

Diante da minha expressão totalmente surpresa, Júlia começou a rir. Dizendo isso, ela repetira uma frase que eu dissera havia algum tempo, mas não em relação a sorvete.

– Mas e aí? Quer ou não quer? Vai derreter!

Dei de ombros e peguei o potinho que ela me oferecia, começando a tomar o sorvete de morango enquanto ela sentava na sua poltrona de costuma.

– E relaxa, Mari. A enfermeira deixou.


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Notas finais do capítulo

Então...
Acho que já falei demais nas notas iniciais né?
Tô mó ansiosa pra postar esse cap logo, sasenhora. Não guento mais.
Nem sei como cês não me abandonaram ainda, sério. Tenho raiva de mim quando demoro assim :(
E sei que cês também têm, é totalmente compreensível.
Mas tudo bem.
Vou-me indo, gente.
Até a próxima o/



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