A Sobrevivente escrita por Belle Pimenta


Capítulo 1
Capítulo 1




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Apesar de ser sexta à noite, a rua estava deserta. Por ser um filme alternativo, a sessão era tarde demais para possíveis pedestres e a maioria das lojas já estava fechada. As poucas pessoas que haviam por lá estavam dentro do cinema ou distraídas com suas bebidas nos bares ao longo da extensa rua. Isabella olhou em direção a esquina em que estacionaram o carro só para checar se ele ainda estava lá, e pôde ver uma parte da frente do extravagante Land Rover negro, que brilhou como se estivesse piscando de volta para ela. Aquele carro combinava com Jacob. Era grande, extremamente sexy e surpreendentemente seguro.

Ela era inteligente o bastante para ser sincera consigo mesma e admitir que não era apaixonada por Jake. Sentia-se extremamente atraída por ele, é claro, mas faltava alguma coisa, as faíscas da qual ela ouvia falar e lia nos romances que estudava na faculdade. Mas, ela o amava.  Amava o modo como ele falava e como ele a fazia se sentir, amava quando ele a abraçava e a protegia do resto do mundo, amava o cheiro das roupas dele e o sorriso resplandecente daquele gigante.

Ao ouvir uma gargalhada rouca e uma outra, mais baixa e estridente, Isabella voltou a olhar para dentro do cinema, procurando pelo outro motivo que a fazia amar Jake. Claire vinha correndo na frente com um saco de pipocas nas mãos, meio metro de gente correndo de dois metros de músculos. Ao pousar os olhos na criança de pele avermelhada e cabelos escuros na altura das orelhas, Bella sentiu seu coração aquecer. Antes que a pequena pudesse chegar à calçada e se protegesse atrás das pernas da mulher, Jake a alcançou, jogando-a para o alto, causando uma chuva de pipocas.

— Bem, parece que alguém se recuperou milagrosamente do enjoo, acho que não vamos mais precisar daquela ambulância. ‒ Disse a morena fingindo uma cara de brava para o gênio do crime e sua parceira.

Eles se entreolharam fingindo surpresa e como se tivessem ensaiado, disseram juntos:

— Não sei do que você está falando. - Então, os três se encararam: ela tentando manter a máscara de irritação e eles, a de inocência, até que não aguentaram mais e irromperam em uma gargalhada.

— Ora, se vocês não queriam assistir a esse filme era só dizer... Eu poderia ter assistido sozinha. - Bella disse, sendo a primeira a se recuperar.

— Claro, e quebrar a tradição de sexta à noite? Nunca, mocinha! - Jake lhe sorriu, revirando os olhos, enquanto ajeitava Claire em seu colo e passava o outro braço pela cintura de Bella, puxando-a para seu peito quente. — Mas, preciso te dizer, baby: nada mais de filmes europeus para mim e acho que a pequena Miss Sunshine aqui concorda, não é querida? - Claire sacudiu a cabeça, fazendo questão de deixar bem claro seu desagrado à palavra europeu com uma careta.

— Ok, eu desisto! Não vou mais tentar colocar um pouco de cultura na cabecinha oca de vocês. Podem assistir a qualquer bobeira que quiserem, quando quiserem.

Claire e Jacob deram-se as mãos e rodopiaram em passos de dança ridículos na calçada enquanto cantavam desafinadamente versos de “We are the Champions” em comemoração, arrancando sorrisos de Isabella.

— Nossa! Vocês poderiam ao menos fingir que apreciam os meus esforços.

Ao perceberem que ela começara a andar em direção ao Rover ainda interpretando o papel de mulher magoada/irritada, ambos correram para abraçá-la.

— Como prova do quanto eu aprecio seus esforços, vou deixar que escolha o que vamos jantar, que tal? - Perguntou Jake, arrancando um gemido contrariado de Claire, que já imaginava que tipo de gororoba saudável Bella a faria engolir dessa vez.

— Bem, acho que, se estou tendo uma segunda chance como essa, é melhor que eu faça uma escolha segura para não estragar o resto da nossa noite... Então, que tal uma pizza com muita gordura e catchup?

— Ebaaaaa! 

Claire extravasou sua alegria e Bella pôde perceber que Jake estava aliviado por não se arrepender de dar a ela o poder de escolha. Eela não achava que o relacionamento deles pudesse sobreviver à outra sessão de tofu ou hambúrguer de soja. Afinal, um homem como ele precisa de mais do que isso para manter todos aqueles músculos. E, ela, definitivamente, gostava de cada um deles.

Enquanto caminhavam, decidiam onde comeriam e qual o sabor da pizza. Ao entrarem no carro já estava tudo certo e nenhum deles percebeu nada estranho, até que Jake apertou o botão de ignição e uma fumaça começou a sair das passagens de ventilação. Eles já estavam tontos antes que qualquer um pudesse fazer qualquer coisa. Claire foi a primeira a desmaiar, seguida por Bella. Jake ainda conseguiu abrir a porta, mas, apagou antes que pudesse respirar ar puro, a última coisa que viu foi um vulto negro com uma máscara estranha, daquelas usadas para filtrar o ar. Mas, podia ser apenas a sua visão turva pregando-lhe uma peça.

Bella despertou assustada com um barulho, mas a posição em que estava dificultava qualquer tipo de movimento, além do fato de sua cabeça estar confusa. Abriu os olhos, mas a visão estava embaçada, tentou levantar a cabeça, mas ficou tonta. Achou melhor fechar os olhos e esperar até que fosse seguro se mover e olhar ao redor. Foi então que se deu conta de que estava sentada, com as mãos para trás presas por alguma coisa. O coração acelerou e seu primeiro instinto foi debater-se, mas não o fez, o corpo não respondia com tanta rapidez, nem mesmo a mente pensava direito.

Demorou mais alguns segundos até que percebesse que o barulho abafado que ouvia não era o do seu próprio coração. Tentou se concentrar nele, para saber o que era e de onde vinha. Era um som estranho de alguma coisa se chocando. Tosse. Mais barulhos. Foi então que tudo fez sentindo. Era o som de ossos se chocando. Estava havendo uma briga, e a tosse, ela supunha, era de alguém que estava engasgando com o próprio sangue.

O desespero aumentou e ela abriu os olhos, a visão, já bem melhor, demorou para se adaptar a escuridão. Ela viu um amplo galpão, um velho celeiro, talvez. Tinha cheiro de esterco e mofo. Olhando a si mesma, viu que suas pernas estavam amarradas aos pés da cadeira. Ela ainda estava com todas as roupas, o que a deixou um pouco aliviada, ao menos até reparar que, deitada a uns dois metros de distância dela, numa pilha de feno sujo, estava Claire.

Ela não sabia dizer se a menina estava viva ou morta. De repente, a verdade a atingiu como um soco no estômago. Jake. Era Jacob quem estava atrás da porta de uma das baias de cavalo cuspindo sangue. Mais uma vez, seu instinto foi se debater, gritar por socorro, reagir, mas nada aconteceu. Ela não tinha forças para mexer nada além da cabeça e nenhum som saiu de sua garganta.

Depois de um último soco que resultou em um gemido alto de Jake, Bella ouviu passos pesados que faziam o piso velho de madeira ranger e ecoavam no teto alto do celeiro. Por instinto, Bella fingiu que ainda estava desmaiada, deixando que a cabeça pendesse em direção ao peito. A baia foi aberta e os passos se aproximaram dela. Sua cabeça foi puxada para trás pelos cabelos e, de olhos fechados, sentiu a presença repulsiva a examinar o rosto e a pulsação na jugular.

— Tire as mãos dela, seu desgraçado. – Pôde ouvir Jake rosnando, ela sabia que era ele pela raiva em sua voz, mas não pôde reconhecê-la, pois soava de forma tão arrastada e estranha, como se a língua dele estivesse inchada. Ela tentou controlar ao máximo suas reações, então, sua cabeça foi largada sem nenhum cuidado. — Se tocar nela novamente... Se tocar em qualquer uma das duas... Eu vou... V... Vou matar você, entendeu? Eu juro que mato você! – Ele estava gritando agora e a dor em sua voz quase fez Bella esquecer porque tinha de se manter imóvel.

O homem deu uma risada baixa e cruel e caminhou lentamente em direção às costas de Bella, ela ouviu um rangido e os passos se afastaram ainda mais. Ela só se mexeu quando ouviu ao longe uma outra porta velha batendo, levantou o rosto novamente dizendo a si mesma que deveria se preparar para o que quer que visse quando abrisse os olhos. Diretamente a sua frente, do lado de dentro da espaçosa baia, Bella encontrou o corpo grande e forte de Jacob preso a uma cadeira igual a sua. Ele estava de cabeça baixa, com os cabelos compridos caídos no rosto, em silêncio. Ela podia ver o sangue que pingava em suas coxas e também o que já havia secado em sua camisa rasgada. Ele todo tremia e seu peito tinha espasmos pelos soluços. Ele chorava em silêncio.

— Jake... – Ela sussurrou. Assustado, ele ergueu rapidamente o rosto manchado de sangue e lágrimas e, então, foi a vez dela soluçar. — Oh, meu Deus, Jake... Oh... Deus! O que fizeram com você?

O rosto dele, o bonito rosto moreno de Jacob estava irreconhecível. Seu nariz havia sido esmigalhado, junto com a metade esquerda da face. Os olhos estavam tão inchados que ela duvidava que pudessem enxergar alguma coisa. Mesmo assim, ele tentou sorrir, um pequeno sorriso de alívio e dor, em ela percebeu que ele não tinha mais os dentes da frente.

— Oi, baby. – Ele disse com aquela voz estranha, sussurrante, e ela entendeu o motivo: ele havia mordido a língua enquanto era torturado. — Está tudo bem, Bella.

Ela desviou o olhar e sacudiu firmemente a cabeça, na tentativa de apagar a imagem dele da mente e acordar daquele pesadelo, pois, só podia ser um pesadelo. Seu noivo não podia estar naquela situação, aquilo não podia ser real!

— Está sim, Bella... – Ele insistiu. —stou tão feliz que tenha acordado, baby. Você sempre foi dorminhoca – Ela sorriu da piadinha enquanto lágrimas escorriam de seu rosto —, mas... Por um momento, eu achei... Achei que ele... Oh, meu Deus, Bella. Você consegue ver a Claire? Ela está aí com você?

Reunindo todas as suas forças, Bella olhou para o monte de feno e logo em seguida, de volta para Jacob.

— Sim, eu a vejo. Ela parece bem, Jake. – Aliviado, ele jogou a cabeça para trás de olhos fechados e sorriu debilmente, agradecendo a Deus por sua filha. — O que está acontecendo, Jake? Quem é aquele cara e porque ele está fazendo isso conosco? – Ela estava ficando histérica, sabia disso.

— Shhh, Bella, ele pode voltar a qualquer momento e, se isso acontecer, quero que finja que ainda está desmaiada, me entendeu? Prometa que vai fazer isso! – Ela assentiu uma vez e tentou olhar para trás, tentando escutar passos, mas o pescoço estalou e a dor quase a fez desmaiar de verdade. — Eu não sei quem ele é Bella, nem porque está fazendo isso... Mas, sei que não é por dinheiro. Ele não quer um resgate. Quer apenas ver o nosso sofrimento.

— Algum tipo de vingança, é isso? O que nós fizemos para ele? É algum dos seus pacientes?

— Não. Quer dizer, eu acho que não... Ele não parece me conhecer. Não há raiva nos seus movimentos. Não parece estar gostando de me torturar. É tudo friamente calculado... Droga, isso está me matando. Já analisei cada movimento desse sujeito desde que acordei, há algumas horas, tentando entender, descobrir... Mas, nada! Não há nada que nos ligue a ele...

Jake parou de falar quando ouviram o barulho da velha porta novamente. Percebendo a ordem muda nos olhos do noivo, Bella voltou a tombar a cabeça e fingir, tentando ficar na mesma posição em que estava quando o homem saiu do celeiro. Ao ouvir o rangido da grande porta de madeira, ela foi atacada por um arrepio de medo que subiu gelado por sua espinha.

Rezando em silêncio para um Deus em que não acreditava totalmente, ela implorava que não tivesse de escutar seu noivo sendo torturado. Entretanto, os passos pesados pararam ao lado de sua cadeira e o único som era a respiração pesada de Jacob misturada a sua própria pulsação.

— Não faça isso... Você não quer fazer isso... Por favor! – A voz desesperada de Jacob quase fez com que Bella perdesse o controle, até onde ela sabia, o homem ao seu lado poderia estar ameaçando seu noivo utilizando a vida dela para tal, ele poderia estar armado. Num segundo viva, no outro, morta! — Eu já te disse... Dou a você o que quiser, só precisa deixá-la sair daqui com a menina. Só isso e terá tudo o que quiser.

— Você não pode me dar o que quero, não pode devolver o que me foi tirado. – Ao ouvir aquela voz, Bella teve um ataque de pânico interno. Era fria e quente ao mesmo tempo, como se aquele homem tentasse muito se manter impassível, mas, para isso, lutasse secretamente com um tipo de paixão tão grande capaz de fazer um iceberg derreter. — Eu lamento que você esteja passando por isso, de verdade. – E, por mais, absurdo que fosse, Bella e Jacob acreditaram naquelas palavras. Havia uma espécie de simpatia nelas, como se ele soubesse o que estavam sentindo. — Não é nada pessoal, digamos apenas que vocês estavam no lugar errado, na hora errada e, para piorar, se encaixam perfeitamente no perfil... Ela deveria estar acordada, mas estou ficando sem tempo, então vamos acabar logo com isso.

Ao terminar a frase, ele puxou a cabeça de Bella para trás pelos cabelos, deixando seu rosto virado para ele e desceu a própria cabeça no vale entre os seios dela. Foi demais para Bella, que abriu os olhos já se debatendo, juntando seus gritos aos de Jake, que também se debatia loucamente tentando a qualquer custo se livrar das amarras e impedir que aquele homem o obrigasse a assisti-lo violentar o amor da sua vida.

— Então temos uma mentirosa entre nós? – Disse o homem que agora Bella via ser loiro de cabelos até os ombros e apavorantes olhos avermelhados.

Com a adrenalina sendo bombeada por suas veias, ela podia ver tudo em câmera lenta, cada detalhe, desde as pupilas dilatadas, o pó branco nas narinas, até as inúmeras marcas de agulha na parte interna dos cotovelos do homem. Quando ele tentou se aproximar novamente, Bella não pensou, apenas deixou-se agir por impulso, levando a cabeça para trás o máximo que pôde e acertando-o bem no nariz com toda a força que tinha. Torcendo loucamente para que junto ao torpor das drogas, o golpe fosse o suficiente para nocauteá-lo. O sangue dele espirrou nela e quando ele se afastou alguns passos devido à força do impacto, Bella se assustou com a fúria refletida nos olhos dele. Ah, ótimo, ela não só não conseguiu derrubá-lo, como o deixou ainda mais perigoso do que antes.

O impacto veio forte e violento, derrubando-a junto com a cadeira e fazendo com que o lado esquerdo de sua cabeça batesse no chão. Ela não sabia dizer o que a atingiu, não viu nada se aproximando, mas, todo o lado direito do seu rosto queimava. Uma dor que ela nunca achou ser possível. Tentando desesperadamente se manter acordada, Bella lutou contra a escuridão que prometia livrá-la da dor. Ao contrário, ela se agarrou à queimação, sabendo que, naquele momento, ela era a única coisa que a mantinha ligada ao mundo real.

Ao seu redor, ela ainda podia ouvir os gritos de Jake, só que, agora, ela percebeu, eles estavam mais fortes, mais perto. Ela tentou enxergar através dos olhos embaçados e só viu vultos, vultos enormes. Ouviu gemidos, socos e alguém gritando seu nome. Jacob. Jacob gritava por ela. Implorava para ela reagir. Reaja, reaja, reaja. Ela gritava para si mesma. Fechando os olhos firmemente ela se concentrou em afastar a dor e a confusão, agarrando-se a voz de Jacob, reagindo. Ao abri-los novamente, sua visão ainda estava confusa, mas ela já conseguia discernir o emaranhado de corpos que agora se jogava em cima da velha mesa que havia no celeiro, quebrando-a ao meio.

De alguma maneira, Jacob conseguira se soltar da cadeira e agora lutava com o loiro. Apesar de ele ser grande e ter conseguido jogá-lo na parede uma ou duas vezes, estava gravemente ferido e ela sabia, não duraria muito. Bella começou a se debater, buscando uma forma de também ficar livre para ajudá-lo. Foi então que ela percebeu que a estrutura da cadeira estava frouxa devido a queda. Se balançando de um lado para o outro, ela concentrou seu peso onde julgou ser mais frágil até que ouviu um crack e conseguiu passar suas mãos ainda amarradas pela madeira quebrada. Já livre ela se preparava para ajudar Jake, quando ele a impediu.

— Vá embora, Bella. – Ele sussurrou enquanto passava as pernas e os braças em volta do homem, para impedi-lo de se mexer. Ela hesitou.

— Eu não vou a lugar nenhum sem você. – Ela sabia que ele estava se esforçando no papel de herói, tentando protegê-la.

— Bella, pelo menos uma vez na vida, cale a boca e faça o que estou mandando. – Ele rosnou. — Eu sou peso morto, Bella. Pegue a Claire, agora e saia daqui. Não olhe para trás, entendeu? Prometa! – Chorando, ela correu para pegar a menina, sussurrando um débil “eu prometo” em resposta. — Ótimo! Sei que você fará o que for preciso por ela, eu confio em você. Eu te amo, baby.

— Eu sempre vou te amar. – E com isso, ela saiu correndo porta a fora, sem nem ao menos ver o débil sorriso no que antes era o bonito rosto de Jacob.

Ela não sabia para onde estava indo, nem ao menos sabia onde estava. Mas não parou. Nem mesmo quando um disparo ecoou por entre as árvores. O peso de Claire era quase demais e, ainda assim, ela se forçou a correr mais rápido ao ouvir movimento atrás de si. Passos. Ela torcia para que fosse Jacob, mas, no fundo sabia que não era. Olhando para trás, Bella pôde ver um vulto do homem loiro com o nariz quebrado, olho inchado e sangue que escorria da lateral de sua cabeça em direção a sua camisa cinza. Ele mirou, mas Bella se jogou para o lado, fazendo com que a bala a atingisse de raspão no braço esquerdo.

Cambaleando, ela voltou a correr, sendo atingida pela percepção de que, se aquele homem estava perseguindo-a, então Jake estava... Ele estava... Oh, Deus. Desnorteada pelas lágrimas, Bella não viu o que estava a sua frente até que caiu direto na velha armadilha para ursos. Sua cabeça atingiu uma pedra e a perna direita estava cravada em uma estaca de madeira. Ela só conseguia pensar que falhara com Jacob. Não havia protegido Claire, que nesse instante poderia ter uma estaca cravada no estômago. O vulto do homem na abertura do buraco foi a última coisa que ela viu, antes que a escuridão a engolisse totalmente.


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