Somente Por Amor escrita por Nathalia S


Capítulo 15
XV- Explicações


Notas iniciais do capítulo

To de volta. Boa leitura. *-*



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Senti algo um pouco pesado sobre o meu peito, a princípio tentei ignorar , mas depois de alguns segundos minha curiosidade foi maior e eu abri meus olhos. A primeira coisa que vi foi o teto acima de mim e ele era diferente do teto do meu quarto. Somente então eu me lembrei de onde eu estava, com um furacão as lembranças voltaram a minha memória, lembrei-me da traição, do que acontecera com o pai da criatura e me lembrei da necessidade que eu sentira de ajudá-lo. Olhei para meu peito e me deparei com Felipe deitado sobre ele. Ele estava com uma expressão serena, como se não possuísse nenhuma preocupação, por alguns segundos me senti assim também, como se eu fosse uma criança novamente e minha maior preocupação fosse minhas bonecas. Suspirei e voltei a realidade, nada era mais tão fácil assim. Infelizmente eu crescera.

Tentei tirar a cabeça de Felipe do meu peito com cuidado e leveza para não acordá-lo, olhando pela janela o céu começava a ficar escuro, a noite estava chegando e eu tinha de voltar para casa, até porque eu duvidava que ele fosse me querer ali quando acordasse e eu não estava a fim de ser surpreendida por uma garota que chegasse ali de surpresa. Infelizmente meu plano não deu certo e Felipe acordou na minha primeira tentativa de afastá-lo de mim.

- Que horas são? - Foi a primeira coisa que ele perguntou ao abrir os olhos. Arrisquei olhar para o relógio que ficava na parede oposta.

- São 18h52min. O que significa que eu tenho de ir para casa. - Respondi e me levantei rapidamente, não queria ficar ali com ele. Agora que as coisas haviam se acalmado um pouco eu me lembrei do quanto estava magoada com ele. Antes que eu desse um passo para me distanciar da cama ele me puxou me fazendo cair meio deitada por cima dele.

- Fica aqui comigo. - Pediu ele me olhando profundamente nos olhos. Por um momento eu pensei em ceder e ficar ali, seus olhos me hipnotizavam e imploravam por isso, mas...

- Acho melhor não. Meus pais devem estar me esperando. - Falei e tentei me levantar, mas ele me segurou pela cintura.

- Pode usar meu telefone para ligar para eles e avisar que vai posar aqui. Tenho certeza que eles não vão se importar. - Ele realmente sabia ser persuasivo.

- Bela tentativa, mas eu vou embora. - Respondi séria e tentei me levantar de novo e ele novamente me segurou.

- Por favor Sophia, fique comigo. Eu sei que te magoei, mas você não sabe o motivo. - Ele falou sério e me olhando. Não me aguentei mais.

- Ainda bem que você sabe que me magoou Felipe. Sabe, por um momento eu te detestei, mas então você me salvou e me fez me apaixonar por você, então você me chama aqui e, acredite, mil coisas passaram por minha cabeça, mas coisas boas, coisas felizes, só que eu cheguei aqui e você estava se agarrando com uma vadia qualquer, então, por favor, entenda, eu não quero ficar aqui com você.

-Eu entendo o seu lado, sei que se fosse ao contrário eu teria surtado, mas, por favor Sophia, por tudo que lhe é mais sagrado me escute, deixe-me apenas explicar para você. - Seu olhar mostrava arrependimento, mas provavelmente ele estava atuando.

- Você quer explicar o que? - Perguntei, levantando um pouco a voz. - Sobre como foi bom beijá-la? Quer explicar como vocês transaram? É isso?

- Nós não transamos, logo depois que você saiu eu a expulsei daqui.

- Então quer dizer que a garota veio até aqui e te agarrou? Por favor, não seja tão clichê. - Falei irônica.

- Não. - Respondeu ele e se sentou, fazendo com que eu ficasse com uma perna de cada lado da cintura dele, por mais raiva que eu estivesse sentindo, não consegui evitar que um arrepio percorresse meu corpo. - Ela veio até aqui porque eu convidei ela. Eu planejei tudo aquilo ok? Queria que você me visse daquele jeito e desistisse de mim, mas ontem, quando você chegou aqui, percebi que eu fui u idiota e só te amei ainda mais. Depois de tudo o que eu fiz, você voltou para me ajudar. - Com certeza eu nunca esperaria uma explicação dessas.

- Mas por quê você planejou isso? - Perguntei confusa.

-Eu tive uma recaída. Naquele dia de manhã bem cedo eu tive uma recaída, me droguei de novo. Então eu percebi que você não merecia alguém como eu, você nunca seria feliz comigo. Talvez você tivesse êxito em me ''curar'', mas a probabilidade de ocorrer exatamente o contrário é grande e eu não quero ser internado. Não quero arruinar sua vida fadinha. - Não havia como acusá-lo de estar mentindo, eu pensei em fazer isso, mas ele estava começando a chorar e seus olhos demonstravam a mais profunda verdade, então eu acreditei nele. Não sei se foi uma boa opção, mas no momento era a melhor.

- Shh, - Falei, colocando um dedo sobre seus lábios. - não chore, eu acredito em você. - Foi como se a luz tivesse sido acendida em sua alma, seus olhos se iluminaram e ele sorriu o sorriso mais belo que ele já dera até então, não consegui evitar, tive de sorrir junto com ele. - Mas não faça com que eu me arrependa, mais uma dessas e você morre viu? - Perguntei séria, segurando os seus cabelos.

- Nunca mais pisarei na bola com você Sophia, nunca mais. - E então ele me puxou de novo e me beijou. Foi um dos melhores beijos que ele já me dera. Foi calmo e intenso, profundo...cheio de sentimentos. - Sei que é cedo para isso...mas não posso perder a oportunidade de lhe falar...Eu te amo. - Não consegui responder, o fitei por algum tempo sem palavras. - Você está bem? - Perguntou ele, acho que meu silêncio o estava assustando.

- Eu nunca estive melhor. - Respondi e o abracei fortemente, iniciando outro beijo. - Eu também te amo Felipe, é a primeira vez que digo isso para algum garoto...então...não faça eu me arrepender.

- Não farei. Mas... - Falou ele.

- Mas? - Perguntei.

- Quero muito que você vá ao hospital comigo. Quero ver meu pai.

                                                                                ------------xx------------

Quando entramos no quarto onde estava ''hospedado'' o senhor Luciano, já eram 21h. Eu havia ligado para meus pais do telefone do Felipe e os avisado onde eu estava e o que estava fazendo. A princípio eles tentaram me convencer a voltar embora e abandonar Felipe, mas expliquei a situação para eles e eles desistiram e permitiram que eu fosse com ele.

O quarto era pequeno, mas, como era particular, tinha apenas uma cama e ar condicionado, o que era uma enorme vantagem. O senhor Luciano estava deitado na cama, inconsciente. Segundo a enfermeira responsável, ele estava em coma induzido para melhorar um pequena cirurgia que ele teria de fazer. O cabelo dele possuía alguns fios brancos e era visível que outrora haviam sido negros. Ele não era magro nem gordo, era um belo homem.

Felipe se aproximou da cama, seus olhos estavam marejados, fiquei com pena dele, comecei a chorar por ele, pela situação.

- Oi pai. - Foram as primeiras palavras dele, então ele puxou uma cadeira e colocou-a ao lado da cama. - Sou eu, o Felipe. Talvez o senhor esteja me ouvindo, talvez não, mas não me importa. Só quero que você saiba o quão especial você é para mim, sei que temos nossas diferenças e muitas vezes não nos damos bem, mas saiba que eu lhe amo. - Ele falou as palavras de forma pausada, e elas eram entrecortadas pelas lágrimas, eu estava chorando em silêncio. - Eu trouxe a Sophia junto comigo. Se lembra dela não é? Lhe falei dela. Ela é sensacional e por isso quero que você se recupere rápido e volte para casa, quero lhe apresentar formalmente a ela. Tenho de ir embora agora pai, mas eu amo o senhor. - Ele se levantou da cadeira e deu um leve beijo na testa do pai e então se encaminhou para fora. Quando estávamos entrando no elevador ele segurou minha mão e disse-me: - Eu sei que vai dar tudo certo. - E eu acreditei nisso.


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Notas finais do capítulo

Desculpem o capitulo pequeno é que andei muito ocupada. Sexta eu volto. Beijooos. *-*



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