Meio-sangues escrita por A Demigod 1D


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Geente, lembram como terminou o ultimo capítulo, né? Eu ia deixar daquele jeito mesmo, tudo por conta da imaginação de vocês, mas como alguns leitores pediram, eu tentei escrever alguma coisa, mas ficou bem ruim. Então não fiquem bravos, porque o pequeno Flashback já é uma coisa extra na fic.
P.S: A demora vai ser explicada lá embaixo :/



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POV THOMAS

A chuva que nos impediu de prosseguir a viajem por uma manhã inteira, agora dava indícios de querer piorar. Já era quase hora do almoço, e Percy não tinha voltado nos dar notícias sobre Annabeth. Não que tivesse acontecido algo grave, não. Só queria saber se ela já podia andar agora. Mariana me acompanhou até a sala de estar da pequena pensão. Queríamos assistir TV mas aquela senhora insistiu que ligar aparelhos eletrônicos com o tempo daquele jeito era perigoso, e disse que algo acontecesse, como por exemplo, sua TV explodisse a culpa seria nossa e teríamos que pagar pelo prejuízo. Francamente, eu não tinha dinheiro nem para comprar salgadinhos em um posto, quem dirá ter para pagar o valor daquela TV. Sentamos no sofá mesmo assim. Mariana sugeriu que jogássemos algum jogo. Perguntamos pra velha se ela tinha algum para nos emprestar, e o único disponível era Xadrez. Eu não sabia jogar Xadrez, mas mesmo assim peguei o tabuleiro e levei em direção a Mariana, talvez pudéssemos brincar de atirar pecinhas do jogo no coque mal feito da dona da pensão. Mas, para minha surpresa, Mariana ficou muito feliz em ver o tabuleiro, disse que sabia jogar e que iria me ensinar. Eu tentei resistir, mas não tínhamos nada mesmo para fazer, talvez tentar aprender um jogo difícil ocupasse meu tempo. Mariana estava empolgada em me ensinar a jogar, mas eu confesso, não era um bom aluno. Depois de tantas tentativas em apenas memorizar os nomes de todas aquelas pecinhas estranhas, eu já conseguia reconhecer duas: o cavalo e a torre. Sério, esses nomes eram bem óbvios para o formato das peças, eu só não entendia por que as outras peças tinham nomes tão diferentes para seu formato. Mariana realmente entendia do jogo, e até tentamos jogar duas partidas, mas para mim aquilo era impossível. Convenci Mariana a desistir de me ensinar.

-Já disse. Meu negocio é cantar e tocar. Não levo jeito para jogos estratégicos.

-Tudo bem Thomas. Mas, já que não temos nenhum instrumento musical à disposição, o que vamos fazer?

-Que tal outro jogo? Muito mais fácil e divertido e assim nos conhecemos melhor.

-Pode ser. Qual jogo?

-Bate-Volta.

-Bate-Volta?

-Sim. Algumas pessoas conhecem por rapidinhas, aquele que uma pessoa fala uma palavra e a outra responde a primeira coisa que vem a mente. Mas a gente não precisa falar a primeira coisa que pensarmos. Tudo bem?

-Tudo. Começa você.

-Uma música?

- Mulher de Fases. E a sua?

-Firework da Katty Perry.

-Firework? Sério?

-O que? A música tem uma mensagem bonita. Faça os outros dizerem ah! Quando te virem. Solte seus fogos de artifícios.

-Tipo autoajuda.

-É. – e nós rimos.

-Uma cor.

-Preta. E você?

-Verde.

-Um sabor de sorvete.

-Chocolate, e o seu?

-Morango.

-Um dia da semana.

-Quarta.

-Domingo.

-Um mês.

-Dezembro.

-Março.

-Um lugar.

-Minha casa.

-Aqui.

Depois disso ficamos em silencio por um tempo, até que eu disse:

-Você bem que podia falar com seu pai, né Mari? E pedir pra ele dar um jeito nessa chuva. Isso está atrasando nossa viagem para salvar Reyna.

-Eu sei Thomas, mas eu não vou falar com Zeus. Se ele quiser ajudar parando com a chuva, eu ficarei muito agradecida, mas eu não vou pedir nada pra ele.

-Ok. Calma aí semideusa.

-Desculpe Thomas. Às vezes sou grossa assim mesmo.

Nesse momento Percy e Annabeth apareceram na escada, sorrindo e de mãos dadas.

-Até que enfim! Achei que Annabeth tinha ficado sem perna. – eu disse e Mari riu. Mas Percy e Annabeth ficaram completamente vermelhos e constrangidos.

-O almoço já foi servido – uma voz disse ao meu lado, o que me causou um susto, era a velha do coque mal feito. Sinceramente, eu já estava ficando com medo dela, não me surpreenderia nada que ela na verdade fosse um monstro disfarçado de velha chata.

-Bom pessoal, é melhor irmos almoçar. Algo me diz que a chuva logo vai passar. – Mariana disse se levantando. Nós a seguimos e almoçamos.

 Depois de comermos a sobremesa, Annabeth disse que era bom deixarmos nossas coisas arrumadas e prontas para sairmos. Ela disse que se a chuva não passasse em uma hora, nós teríamos que partir com chuva mesmo. Reyna não podia esperar. Segundo Annabeth, agora já tínhamos uma noção do que procurar, só nos restava descobrir um tal segredo, que pelo jeito era a chave pra toda essa missão e a possível vingança de Nix. Afinal, o que Nemesis estaria fazendo no meio do aviso que Belona deu a Percy no sonho, se alguém não quisesse se vingar? Assentimos, e subimos para nossos quartos, arrumar nossas mochilas.

Depois de tudo pronto, descemos para a sala de estar novamente. Como um silencio constrangedor pairava no ar, eu resolvi quebra-lo:

-Então galera...

-O que é Thomas?- Annabeth perguntou.

- Sobre a missão. Eu acho que estou um pouco perdido ainda.

-Diga-me suas dúvidas que eu as esclarecerei. – ela disse num tom muito sério, o que nos fez rir.

-Bom... Reyna foi raptada por Nix. Belona, disse que devíamos ter cuidado com Nemesis, e que existe um segredo. A missão se resume a isso?

POV ANNABETH

Thomas e suas dúvidas. Ele estava certo em tudo o que falou, só tinha uma parte que ele não sabia. Quando chegar a hora só o Filho de Apolo poderá ajudar. Fora isso que Belona dissera. Percy me olhou em busca de socorro. Devíamos contar para ele sobre isso? O que diríamos? Hey Thomas! Belona avisou que na hora mais importante da missão, provavelmente pra salvarmos Reyna, você vai ter que se virar. Não. Isso só iria assusta-lo. E o que eu menos queria era alguém com medo da missão. A profecia ecoava na minha cabeça. Não sabia se poderíamos confiar tanto assim no que Rachel disse, afinal agora estávamos na companhia de Mariana. A profecia não falava sobre uma filha de Zeus. Era como se Mariana tivesse aparecido por acaso. Ela precisava de ajuda e de repente nos achou. Mas, no resto, acho que as coisas vaziam sentido. Os meio- sangues citados na profecia, as margens do segredo, se referia ao que Belona tinha dito. Eu já estava chegando à conclusão, de que Reyna era o que estava trancado no baú. Afinal, a única coisa que realmente precisa ser encontrada é Reyna. Mesmo que Quíron tenha nos mandado nessa missão para resolver o problema da Névoa, agora nosso objetivo era encontrar Reyna. E eu sabia que tudo estava ligado. Afinal, Nix raptou Reyna, e ela está controlando a Névoa, porque quer que os humanos descubram sobre nosso mundo, causando grande confusão. A única coisa que eu não sabia, era o motivo do sequestro de Reyna. O que Nix queria com a filha da deusa Romana da guerra? Isto estava me deixando nervosa. Eu detestava não saber das coisas.

-Sim Thomas. A missão se resume a isso. – eu respondi. Fiquei tão absorta em pensamentos que não percebi quando a chuva finalmente deu uma trégua.

-Vejam só! Parece que Zeus resolveu cooperar conosco! – Percy exclamou.

-Verdade. E então vamos aproveitar que Apolo vai dar as caras e vamos partir. Já são quase três da tarde e ainda estamos em Des Moines.

-Para onde vamos agora Annie?- Mariana perguntou.

-Para Lincoln. São apenas três horas de viagem, e quando chegarmos lá já vai anoitecer.

-Então em 24 horas já estaremos em Vail?

-Sim Mariana. São doze horas de viagem e doze horas de descanso. Vamos?

-Vamos. Enquanto você acerta as coisas com a dona da pensão nós te esperamos no carro. – Percy falou. – E você dirige agora.

-Ok. Já encontro vocês.

Me dirigi até a cozinha onde se encontrava a senhora. Falei com ela que estávamos partindo e ela me pareceu aliviada. Paguei nossa estadia e fui até a garagem. Eles ainda não tinham entrado no carro, estavam conversando encostados ao capo. Quando me aproximei, ouvi uma voz de homem atrás de mim:

-Hey vocês!

Assim como eu eles se viraram na direção do homem, que na mesma hora se transformou. Um Lestrigão de dois metros de altura, muito, muito feio. Dei alguns passos para traz e esbarrei em Percy.

-Ah não. Detesto esses grandões feiosos.

-Esses?

-Ali. – ele apontou para o fim da garagem, havia outro Lestrigão, um pouco menor que o da frente.

-No três atacamos. – eu disse e pude perceber que Thomas já estava com seu arco preparado, Percy com Contracorrente e Mariana com sua nova espada.

-Três! – eu gritei. Junto com Percy comecei a atacar o Lestrigão numero um, que era maior. Fiz sinal para Thomas e Mariana logo entendeu, e eles foram à direção do Lestrigão numero dois. O Numero Um não era tão bobo quanto parecia. Apesar do tamanho ele era ágil. Ele arremessou uma motocicleta em mim, quando eu me joguei no chão para desviar dela , minha faca escapou da minha mão, e foi parar bem atrás do Numero Dois. Percy atacou o Numero Um por trás, mas ao que me pareceu, um simples golpe de Contracorrente, não foi o suficiente para manda-lo pro Tártaro. O Numero Um se virou para Percy e puxou a espada da sua mão, jogando-a longe. Percy ficou atônito, e quando o Lestrigão ia arremessa-lo longe com um tapa eu pedi ajuda a Thomas:

-Thomas! – ele me olhou e entendeu, preparou uma flecha que atingiu a cabeça do Numero Um, isso também não o matou, apenas o fez mudar seu alvo, que agora eram Thomas e Mariana.

Apesar de quase nenhuma experiência com a espada, Mariana estava dando conta do Número Dois. Eu corri na direção dela, peguei minha faca que estava a dois passos do Lestrigão, e o golpeei por traz enquanto ela o distraia pela frente. Esse ao contrario do outro, era mais lento, portanto não foi difícil acabar com ele. Mariana golpeou o braço esquerdo dele, e eu as costas. Quando as laminas atingiram ele juntas, o Lestrigão Numero Dois virou pó.

Agora éramos nós quatro contra o Lestrigão Numero Um. Percy já estava com sua espada em mãos, distraindo o Lestrigão pela frente, enquanto Thomas, atirava flechas na cabeça dele. Mariana e eu corremos até ele e começamos a golpea-lo pelas costas, quando ele se virou em nossa direção, Thomas acertou uma flecha no ombro e Percy atravessou as costas dele com Anaklusmos. O feioso virou pó. Estávamos todos sujos de pó de monstro. O estrago na garagem não foi grande, com exceção da motocicleta, que agora era um pedaço de metal amassado.

-Uau. – disse Mariana.

-Uau? Isso foi até tranquilo. – Percy disse.

-Mariana, você foi muito bem, para quem não tem treinamento.

-Ah, obrigada Annabeth! Foi bom lutar. O que eram aqueles gigantes?

-Lestrigões.

-Ah sim. Ok. Lestrigões.

Eu assumi o volante, enquanto Percy ligou o rádio e houve uma pequena discussão entre ele, Mariana e Thomas na decisão da estação da rádio, eles encontraram uma que tocava todos os estilos musicais alternadamente, isso os fez ficarem calmos e as vezes cantarem trechos das músicas. Eu reconheci uma melodia: They Don’t About Us, eu amava aquela música, e ela me trouxe algumas recordações. Para mais exatamente hoje pela manhã no quarto da pensão. Eu ainda não acreditava no que tinha feito, sou realmente uma garota sem juízo.

FLASHBACK ON

O beijo foi ficando mais urgente, e eu sentia o que eu queria, e sabia que era isso que ele queria também. Desci minhas mãos até a base da sua camiseta e dei a intenção de tira-la, ele não resistiu, pelo contrario, me ajudou a joga-la em um canto qualquer do chão. Percy estava quase me enlouquecendo com beijos por toda a extensão do meu pescoço, e eu deixava escapar suspiros longos. Seu abdômen era definido, e eu não me contentei em apenas olha-lho, deslizei minhas mãos indo em direção as suas costas e o arranhando de leve. Agora quem suspirava era ele. Ele voltou seus lábios aos meus, um beijo quente e impaciente. Senti suas mãos subirem por baixo da minha blusa, ansiando por tira-la. Eu já não pensava mais. Minha consciência gritava que era errado, que ali não era o lugar certo, mas eu não conseguia ouvi-la. Ergui os braços, para facilitar o movimento dele, e logo estávamos apenas de calças. Percy ficou fitando meu sutiã azul, com um olhar muito diferente do que eu estava acostumada a ver dele. Eu me senti corar, ainda mais quando ele distribuiu beijos por todo meu colo. Ele sussurrava coisas que me faziam corar ainda mais. Ele desceu a mão ao fecho do meu short, mas hesitou um pouco, como se estivesse esperando minha concordância. Eu respondi colando nossos lábios novamente, agora sem pressa. Ele desabotoou, e foi deixando meu short deslizar pelas minhas pernas, até eu ficar apenas de lingerie. Ele interrompeu o beijo e ficou apenas me observando. O que me deixou muito incomodada. Eu fechei os olhos, e fiquei sentindo meu coração. Estava muito acelerado, e eu quase tenho certeza de que eu estava tremula. Senti os lábios dele na minha barriga, percorrendo todo o espaço até voltar aos meus lábios. Eu desci as mãos pela sua lateral até chegar ao fecho da calça. Ao contrario dele, eu não hesitei. Quando dei por mim ele já estava apenas com uma Box branca. Ele tinha um corpo realmente perfeito. Não era mais aquele menininho que eu conheci. Senti suas mãos procurarem o fecho do meu sutiã, ele logo o encontrou. E foi nesse ritmo, que percebi que já estava nua, e senti seus lábios e suas mãos em lugares do meu corpo que eu jamais imaginaria.

FLASHBACK OFF

Eu me senti corar. A música havia acabado, e agora tocava uma espécie de Rock. Mariana cantava loucamente e Thomas tentava acompanhar embora pudesse perceber que ele não sabia a letra inteira. Olhei de canto para Percy, ele estava com uma expressão distraída demais. Algo me dizia que ele estava pensando no mesmo que eu. Isso me fez corar. Ele foi incrível. Por mais que tenha sido naquela pensão da velha estranha, eu não ligo. Agora já tinha acontecido. Fui tirada de meus pensamentos quando uma música muito conhecida começou a tocar e eu acompanhei Thomas cantando: Na Na Na. É aquela música que tocou na lanchonete mesmo. Mari e Percy não conheciam a letra, então não se manifestaram. Agora, Thomas e eu? Nossa! Nos esgoelamos. Foi divertido como da outra vez. Dessa vez todos nós estávamos bem. A viagem de 3 horas foi divertida. Nós pudemos nos distrair um pouco da missão. Toda aquela preocupação não fazia bem a ninguém. Quando chegamos a Lincoln já estava escurecendo. Thomas disse que já havia estado ali uma vez e que se lembrava de um hotel chamado FF , não era um lugar caro, e era bem aconchegante. Fomos em direção ao tal hotel. Ele tinha apenas 4 andares,sua fachada era toda verde, mas era muito bonito por dentro. Dessa vez encontramos um quarto grande o suficiente para nós quatro. Eram dois beliches, um banheiro, uma televisão, e um armário. E o quarto tinha um bom espaço, e era muito limpinho e arejado. Embora o clima estivesse bem frio, ali dentro estava agradável. Percy dormiria na cama de baixo do beliche da esquerda e eu em na de cima. E Thomas dormiria na de baixo do da direita e Mariana na cama de cima.

Era por volta das nove da noite, quando todos nós já tínhamos jantado e tomado banho. Já estávamos cada um em sua respectiva cama, assistindo um filme qualquer que passava na televisão. Quando dei por mim, Thomas e Percy já tinham apagado. Mariana estava pensativa, ignorando o barulho da TV. Eu me levantei e desliguei. Chamei sua atenção e disse que já ia dormir, ela respondeu que também estava cansada e combinamos que quem acordasse primeiro chamava os outros. Apesar disso eu demorei um pouco a dormir. Amanhã já estaríamos em Vail. Eu só esperava que desse tudo certo, e que Reyna ainda estivesse viva.


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Notas finais do capítulo

Mil desculpas pela demora. O cap já estava pronto desde a ultima postagem, mas tenho problemas para acessar o Nyah! Não sou má. A culpa é toda da minha net que não carrega esse site. Apesar da demora, NUNCA, mas NUNCA MESMO pensem que eu abandonei vocês!!!
Noticia boa: eu postei a primeira one-shot! Ela se chama Little Things, espero que vcs leiam ela, viu? E se lerem deixem reviews lá tbm, ok? Não postei o link aqui porque não deu certo, vcs vão ter que entrar no meu perfil mesmo. Ah, e outra coisa: não sei quando posto o próximo capitulo porque eu não sei quando vou conseguir acesso ao Nyah! , talvez eu poste essa semana, talvez na outra.
FELIZ ANO NOVO LEITORES!!!