Cowboy Sedutor escrita por Lady Suprema
Notas iniciais do capítulo
Surpresaaaa! Boa leitura ^^
— Eu lhe disse que ele era uma pessoa estável — Esme falava para Bella ao telefone.
— Como assim?
Bella retirara-se para o quarto a fim de tomar a atitude de costume em momentos de crise pessoal. Telefonou para a tia, dessa vez usando o aparelho celular.
Nunca se sabia quando os gêmeos ou, pior ainda, Edward, poderiam pegar a extensão do telefone da fazenda. Por isso Bella sempre usava seu próprio aparelho para ligações pessoais.
— Quero dizer que percebi, pelo modo como Carlisle falava de Edward, que ele era perfeito para você. Mal posso esperar para conhecê-lo. Vocês já marcaram uma data?
— Puxa! — Bella exclamou.
— Que gracinha! — murmurou Esme deliciada. — Você está mesmo parecendo uma cowgil.
— Edward não pensa assim. — Bella começou a perambular pelo quarto. — Mas acho que eu o amo.
Fez uma careta e afastou o telefone do ouvido diante do grito de Esme.
— Eu sabia! Eu sabia que estava se apaixonando por ele.
— E acho que é possível que Edward também esteja apaixonado por mim, embora não pareça nada feliz com a situação.
— E que homem ficaria? Nunca ficam felizes quando seus corações são laçados.
— Agora é você quem parece uma cowgirl.
— Carlisle e eu estávamos pensando em visitá-los.
Bella imaginava a confusão que se formaria com sua tia na fazenda. Era tudo de que precisava... Esme empurrando Edward em sua direção e lhe perguntando se já haviam marcado uma data.
— Acho que não será uma boa ideia. Ainda não. Tudo está muito nebuloso. — Bella sentou-se na cama. — Não posso acreditar que eu tenha me apaixonado tão rapidamente.
— Como rapidamente? — rebateu a tia. — Eu sabia que amava Carlisle desde o primeiro instante em que o vi. Você, por sua vez, já mora na fazenda há dois meses. E não estava verdadeiramente apaixonada por Jacob. Você mesma me disse isto.
— Eu sei. E Edward não é como Jacob. Acha que Edward poderia realmente me amar? — indagou, quase temendo dizer as palavras em voz alta.
— Se Edward tem a metade da inteligência que Carlisle diz que Billy fala que ele tem, então ele a amará. Não parece a espécie de homem que beija uma mulher sem ter sentimentos por ela.
— Isto é verdade. E eu já o viciei em suco de laranja com mamão. Sou a única que sabe como usar o aparelho de preparar suco.
— Ele ficaria perdido sem você.
Bella gargalhou.
— Então tudo o que tenho a fazer é ficar sentada esperando que Edward perceba que sou inestimável, certo?
— Exatamente.
— Conforme Billy diria, isto é tão provável quanto porcos voarem.
Dois dias mais tarde, Edward espantou-se ao entrar na casa e encontrar seu pai no andar superior fazendo as malas dos gêmeos.
— O que está fazendo?
— Levando as crianças para verem a feira estadual — Billy respondeu como se fosse uma atividade corriqueira.
— Mas a feira é em Vancouver.
Billy assentiu.
— É por isto que ficaremos por lá durante alguns dias.
Edward seguiu sua família escada abaixo, até a varanda.
— Irei com vocês.
Billy fez um sinal negativo com a cabeça no instante em que colocava as crianças e a bagagem na caminhonete.
— Você deve permanecer aqui na fazenda e ficar de olho em tudo.
— Mike e Jasper...
— Eles não podem fazer tudo sozinhos — Billy o interrompeu. — Serão apenas algumas noites. Há algum motivo para você ter ficado subitamente tão nervoso, mais do que um rato na toca de uma cobra?
Edward apoiava o peso do corpo de um pé para outro. Droga, agia como um adolescente tolo. Tinha de buscar uma desculpa convincente.
— As crianças nunca ficaram longe de mim à noite.
— Já é hora de ficarem — respondeu Billy, claramente não aceitando a desculpa do filho. — Estão animados com a perspectiva de visitarem a feira. Não estrague o prazer das crianças só porque está apavorado.
Edward aprumou-se e encarou o pai.
— Não estou apavorado.
— Ótimo.
Billy deu-lhe um tapinha nas costas com força suficiente para fazer Edward dar um passo ou dois.
— Então nós o veremos em poucos dias.
Os gêmeos o abraçaram fortemente e acenaram da janela da caminhonete, mas Edward percebia como estavam animados diante da ideia de uma viagem com o avô.
Então por que estava se sentindo abandonado?
— Por que estão olhando para mim? — Edward resmungou para Mike e Jasper, que o fitavam sorrindo. — Temos de consertar as cercas. Ao trabalho!
— Onde estão todos? — Bella perguntou ao servir o jantar.
Edward a encarou como se ela houvesse acabado de cometer um pecado capital.
— Está querendo me dizer que apenas agora notou que os gêmeos e meu pai não estão em casa?
— Claro que não — respondeu, atônita com a implicação de que não prestara atenção nas crianças. — Billy me falou que iam à feira estadual. Eu perguntei se poderia acompanhá-los.
— Queria voltar para a cidade grande, não é?
Ignorando a provocação, Bella simplesmente terminou seu relato.
— Billy falou que eu era mais necessária aqui.
— Ficou decepcionada por não ir a Vancouver?
— Irei numa outra oportunidade.
Bella parecia despreocupada. Por que não ansiava por ir a Vancouver? Talvez não fosse uma cidade grande o bastante para ela.
Não escapou a sua percepção que Bella não passara os dias de folga explorando as maiores cidades da região. Nem mesmo quando deu-lhe um final de semana inteiro de folga.
Não, passara seu tempo surfando na Internet no laptop, procurando mais lugares para distribuir e vender o Molho Para Churrasco Billy.
Ou optara por ler algum livro para as crianças e até mesmo convencera Billy a escrever algumas de suas histórias sobre Jebeddyah Cullen. Também fora cavalgar com Edward e trabalhara no jardim que ela mesma havia criado com os gêmeos.
Edward desconfiava de que agia deliberadamente, apenas para aborrecê-lo ou provar que estava errado.
Mas, no fundo de seu coração, ele sabia que essa desculpa se tornava cada vez mais frágil.
Não desistiria sem luta, porém.
Colocou comida no prato e retomou o questionário.
— Você sente falta de seu trabalho em New York?
— Não.
— Não? — repetiu, claramente espantado com a negativa tão simples.
— Decidi que meu trabalho atual pode ser tão recompensador quanto aquele que eu tinha em New York.
Edward franziu a testa.
— Como descobriu isto?
— Meu trabalho aqui faz diferença. Nega isto? — desafiou-o.
— Nada a declarar — murmurou.
— Não me falou para onde Mike e Jasper foram — lembrou-lhe enquanto lhe passava uma travessa com ervilhas.
— Foram para St. Woods passar a noite.
— Então estamos sozinhos?
— Há algo de errado nisto?
Dessa vez era ele quem a desafiava.
— Para mim não — respondeu, tentando manter a voz impassível. — E quanto a você?
— Para mim está tudo bem.
— Ótimo. Fico feliz em ouvir isto. Coma mais um pouco de carne.
— Está realmente saborosa — confessou.
— Ora, vai me deixar encabulada com tantos elogios.
Edward estreitou o olhar.
— Este é seu jeito de dizer que sou um cowboy rústico e não um homem refinado de fala mansa?
— Acho que ninguém jamais o acusaria de ter fala mansa — garantiu-lhe, sorrindo.
Por algum motivo as palavras o irritaram. Nunca se importara antes por Emmet ser o encantador da família, o charmoso. Mas atualmente gostaria de... como fora mesmo que ela colocara a questão? Gostaria de encantá-la com as palavras.
— Oh, eu não sei... Se eu tivesse inspiração apropriada, poderia surpreendê-la com minha veia lírica.
Bella o encarou. Quando aquela conversa se tornara tão pessoal? Não havia como negar o calor daquela voz ou a intensidade de seu olhar. Era um daqueles olhares pecaminosos e de um verde tão profundo capaz de ofuscar o céu.
Céus! Era ela quem estava se tornando lírica.
Olhando para baixo, ajeitou com nervosismo a bainha da camiseta branca e desejou estar usando algo mais atraente do que jeans e camiseta.
Nem se lembrava da última vez em que usara um vestido. Pelo menos a blusa não estava suja devido ao preparo do jantar.
— Quando você está ao ar livre seu cabelo é como um ouro líquido com chocolate — ele disse subitamente, chocado com suas próprias palavas — A luz do sol o atinge e torna os fios acobreados deslumbrantes. Há vezes em que parece linda demais para ser real.
— Sou real — sussurrou.
— Então prove.
— Como?
Edward balançou a cabeça, como que arrependido das próprias palavras.
— Esqueça.
— Devo esquecer do mesmo modo como devia apagar da lembrança aquele beijo no celeiro? — indagou ela.
— "Esquecer" parece mais difícil quando se está envolvido — admitiu Edward antes de afastar a cadeira e deixar a mesa. — É melhor eu ir olhar os cavalos.
Ele não havia feito aquilo na noite anterior.
— Verificar os cavalos? — repetiu, ainda atônita pelo modo como ele migrara da sedução para o distanciamento. — Para quê? O que acha que eles vão fazer?
— Tenho mais medo do que eu possa fazer — murmurou antes de colocar o chapéu e sair.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Fiquei tão feliz com os comentários que não poderia deixar vocês na mão meninas. Então, espero que gostem desse ♥
Comentem e recomendem se acharem que a história merece!
Até o próximo!