A Vida de Elizabeth Ashfield escrita por Anonymous


Capítulo 21
Capítulo 21: Um Resgate


Notas iniciais do capítulo

Galero, estou aqui novamente, e disposto a postar nossos capítulos. E, saibam, ainda falta muito na nossa história e espero que vocês estejam dispostos a acompanharem ela até o fim (:
E vem cá, quem foi o infeliz que denunciou minha fanfic por postar um capítulo com as imagens? Seja lá quem for, você não tem mais o que fazer, não tem uma preocupação na vida? Não tem com o que se ocupar? Pois é, não conseguiu estragar nada, pois criei um site só pros personagens, pra postar, finalmente, em paz, as imagens. ¬¬



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Com o rápido passar daqueles dois meses, as irmãs Elizabeth e Victoria passavam por uma emocionante temporada juntas. A mais nova visitava a mais velha durante um final de semana qualquer, depois de semanas ocupada com o trabalho.

- Elizabeth, tenho muitas novidades! Posso entrar? – dizia emocionada, provavelmente ansiosa com algo que acabara de descobrir.

- Claro, venha! – chamou Elizabeth, abrindo o portão para a passagem de Victoria. – Também tenho algumas coisas para te contar.

As duas caminhavam pelo encantador e gigante jardim da mansão, relaxando em um grande banco de madeira que se encontrava próximo a um arvoredo e a um enorme lago, com uma ponte que interligava os dois lados deste. Uma belíssima paisagem.

- Pode começar, estou ansiosa para saber como a sua vida vai, querida irmã.

- Elizabeth, você não vai acreditar! Eu me sentia enjoada, sabe? Vivia tendo tonturas, minha menstruação estava atrasada, e hoje descobri que estou a espera de um filhinho! Era tudo o que eu mais queria nesse momento. – comemorava Victoria, com emoção, sem segurar as inúmeras lágrimas que escorriam de seus olhos castanhos.

- Vic... Que ótima notícia! – festejava Elizabeth, abraçando fortemente a caçula. – Eu queria te falar outra coisa. Eu também estou grávida, irmã! A inseminação deu certo! Nossos filhinhos vão nascer em épocas bem próximas.

...

As duas, empolgadas com as duas novas vidas que estavam por vir dali a alguns meses, partiram para o grande centro comercial da cidade, em uma loja de bebês.

Adentraram o grande veículo de Elizabeth, que, ao acelerar, fora seguido por outro, de modo que nenhuma das duas percebessem o que estava acontecendo.

- Essa vingança da Margareth ainda vai me ferrar mais ainda depois do que já aconteceu. Mas o que eu posso fazer se amo aquela maluca? – pensava James, enquanto não perdia de visão o carro.  Seus cabelos castanhos agora se encontravam cortados e a barba feita. Utilizava óculos escuros, tornando-se irreconhecível.

Elizabeth estacionou de frente para a grande loja, em uma vaga que se encontrava vazia, à sua espera. James parou o carro na outra calçada, observando tudo de longe.

- Loja de crianças... Deve ter acontecido o que esperávamos. Preciso me certificar do que está acontecendo e logo em seguida irei contar à Margareth. – saltou do veículo, atravessando rapidamente a grande estrada, adentrando a loja. Sentou-se em um banco próximo às duas, que se distraíam com brinquedos e roupinhas de bebês.

- Nossos filhinhos vão ser tão lindos, Vic! Sabe, eu não pretendo ter mais nenhum homem, só quero me dedicar ao meu bebê. Filho é uma coisa que a gente tem pra sempre. – garantia Elizabeth, decidida do que iria acontecer na sua vida. Seria mãe solteira, e não dependeria de nenhum marido para ser feliz, não cairia na cilada de ninguém mais. Precisa acreditar nisso, não poderia fracassar em nenhum momento. Necessitava ser forte, uma mãe batalhadora.

James, atentamente, ouvia todas as palavras pronunciadas pela futura mãe.

- Então ela vai ter um filho... Margareth necessita saber imediatamente deste novo fato. – pensava, se retirando da loja, adentrando seu elegante carro e partindo para a prisão. Coincidentemente, aquele era o dia em que a presidiária Margareth Wargrave poderia receber visitas.

- Então aquela inseminação deu certo! James, não se esqueça do nosso plano... Daqui a meses, você irá fazer tudo conforme o planejado, não é mesmo?

- Minha querida, vamos esquecer tudo isso. Olha o que acabou acontecendo com você por tentar...

- Nem ouse me atrapalhar nisso tudo! Você sabe o quanto sou eternamente grata por tudo o que você fez esse tempo todo e te adoro, mas você não pode vacilar comigo desse jeito! Em pensar que eu voltaria a ter uma vida desgraçada como essa depois de tudo que passei...

---Flashback---

Margareth, após o malévolo ato da mãe, perdera o contato com Megan para sempre, de modo que sua vida não tivesse mais sentido. A jovem chorava nos ombros de Stéfany, uma das prostitutas mais famosas do cabaré, pela sua audácia, sua grande facilidade para seduzir os homens, porém, também uma sofrida mulher, que passara por terríveis momentos no passado. Margareth reparou que cada garota de programa que se encontrava naquele bordel possuía uma história extremamente triste e dramática.

- Não chora, querida... Vai ficar tudo bem! Se a sua irmãzinha te ama de verdade, ela não vai cair na cilada daquela velha desgraçada.

- Pior que vai, Stéfany! A Megan é uma criança muito frágil, que sofre bastante desde pequenininha. Ela vê nossa mãe como uma figura superior, que merece ser temida, obedecida e respeitada a todo custo. Aquela desgraçada tem o dom de fazer isso com as pessoas, mas comigo ela não conseguiu... E olhe a tragédia que aconteceu hoje!

As duas passaram por um longo silêncio, no aposento de Margareth, que se encontrava deitada no colo daquela que, de uma hora para outra, se tornara uma grande amiga, que estaria a qualquer momento em seu lado.

- Ainda não é o fim do mundo! Veja, você pode conseguir muito dinheiro aqui e mudar de vida, assim conquistando de novo a sua irmãzinha. Ela é muito pequena ainda, você ainda tem muito tempo. Não perca as esperanças, Margareth, não seja como eu que não vejo sentido nenhum em mais nada.

- Nossa, Stéfany, a gente nem se conhece direito, mas... Obrigada por tudo o que você está fazendo por mim. Poucos estariam dispostos a isso. – agradecia Margareth, erguendo o braço direito. – Amigas?

- Amigas. – respondia imediatamente Stéfany, apertando a mão de Margareth. Uma grande amizade entre as duas nascera e crescera naquele momento.

Mesmo contando com todo o apoio de Stéfany, Mafalda e todos os outros que trabalhavam e residiam no grande bordel, Margareth jamais conseguira superar a dor de ter perdido a confiança da irmã, devido à atrocidade cometida pela mãe. Era o tipo de mãe que nenhuma pessoa naquela cidade, naquele mundo, merecia ter.

Sua vida não tinha mais sentido algum, portanto, não faria diferença se Margareth permanecesse ou não no bordel. Decidira ficar, pois naquele lugar existiam pessoas que se importavam de verdade com ela. Aquelas pessoas eram extremamente unidas, como a jovem jamais vira em nenhum lugar. Em um diálogo com Soraya, uma das colegas de Stéfany, Margareth se desculpava pelo antigo pensamento.

- Em pensar que eu tinha uma visão completamente diferente das prostitutas antes de vir parar aqui... – afirmava, se envergonhando de si mesma, escondendo o rosto com as mãos.

- Não é nada! As pessoas desde pequenas crescem ouvindo histórias terríveis sobre a gente e acabam tendo certo preconceito quando se tornam mais velhas. É assim que funciona o mundo de hoje, essa sociedade cruel e estúpida.

O diálogo das duas prostitutas fora interrompido por Arthur Hoffman, filho de Mafalda, que se sentou ao lado de Margareth.

- Soraya, poderia nos dar um minuto? Gostaria de conversar a sós com a nossa querida Margareth.

- É claro! – respondeu Soraya, esboçando um grande sorriso, imaginando o que estava prestes a acontecer entre os dois, se apressando, em pequenos passos, a deixar o salão, que àquela hora do dia se encontrava completamente vazio, somente com os dois.

Após alguns minutos, Arthur quebrou o silêncio.

- Sabe, Margareth, eu imagino como você deve estar se sentindo nesse momento. Sua tristeza, é compreensível... Também sofri muito quando perdi meu pai e vi que minha mãe teve que se tornar mulher da vida para sobreviver e me alimentar. – pôs o braço sobre o ombro da jovem, que havia se levantado e fitado o rosto de quem a dirigia a palavra.

- Você, você também perdeu alguém precioso! Sinto muito, Arthur. Sua mãe é tão boa pessoa... Ela é a mãe que eu nunca tive.

- Com certeza, ela é muito generosa, um exemplo de pessoa a ser seguido. Pena que poucos valorizam os atos dela, e a julgam pelo modo como ela é. – lamentava Arthur, imaginando como tudo seria diferente se a sociedade aceitasse o modo como Mafalda vivia.

- Sabe, eu nunca fui de criticar ninguém, mas mesmo assim tinha muito preconceito com as mulheres que ganhavam dinheiro fazendo a vida. Agora percebo que tudo é diferente do modo como eu pensava antes...

Após a conclusão de Margareth, o silêncio novamente tomou conta do lugar por alguns segundos.

- Mas agora eu perdi a razão do meu viver...

- Marga, posso te chamar assim? – a jovem assentiu. – Queria falar algo importante com você, por isso estou aqui agora. – e fez uma pausa por poucos instantes. – A partir do momento em que vi você naquela calçada, morrendo de frio, senti algo profundo. Algo que jamais sentira por nenhuma outra pessoa. Primeiro pensei que fosse algo passageiro, algo da minha cabeça, mas o tempo foi passando, e vi que não passava, não acabava. Pelo contrário, aumentava a cada dia mais, a cada tempo que a gente conviveu aqui nesse lugar. Margareth, eu te amo, me deixa ser a razão do seu viver.

Margareth, sem palavras, simplesmente se virou para o outro lado, nervosa e tímida, pois também conseguira esconder de tudo e de todos seus verdadeiros sentimentos. O sentimento era mútuo, Margareth também sentia a mesma coisa pelo filho de Mafalda.

- Arthur, eu... eu também... – Margareth estava prestes a revelar alguma coisa, no entanto, ele fora mais rápido.

- Não fale mais nada! – interrompeu Arthur, a beijando delicadamente. O beijo fora delicado, porém, inicialmente pegara Margareth de surpresa, que depois se entregou aos braços do rapaz.

Atrás da porta que dava acesso ao corredor, Mafalda observava tudo de longe.

- Esses dois tem futuro... – sussurrou para si mesma, se apressando a subir silenciosamente os degraus da grande escada, sem chamar a atenção dos dois.

- Eu quero me casar com você! Quero que você seja minha mulher e pare imediatamente com essa vida... Vejo como você sofre dia pós dia com tudo isso. Podemos ser felizes juntos, superar todos esses problemas, essas dificuldades, formarmos uma família... É tudo o que eu mais desejo nesse mundo, Marga!

---Fim do Flashback---

- Em pensar que depois daquele casamento, que fora uma das coisas mais importantes da minha vida, que me trouxeram meus queridos filhos, tudo voltaria a acontecer... James, você não sabe o que é estar próximo à felicidade e o mundo inteiro desabar nas suas costas e você não ter forças para aguentar toda essa pressão!

- Ele foi o grande amor da sua vida né? Pelo visto eu nunca vou conseguir o seu amor mesmo... – resmungava James, indiferentemente.

- Pode até ser verdade, mas você me ajudou e provou isso! Você me ama e merece meu amor, mesmo que demore anos para isso acontecer.

...

Elizabeth, após passar o dia em lojas de crianças juntamente com a irmã, chegara exausta à mansão, tomara um rápido banho e fora dormir imediatamente. Ambas seriam mães, um grande sonho seria realizado.

Após vestir o pijama, deitou-se na cama que anteriormente dividia com Hector, distraída em pensamentos, imaginando como seria seu bebezinho, uma nova vida que estava para chegar dali a alguns meses.

- Você vai ser o maior presente que eu receberei em toda a minha vida! – pensava, emocionada, quando se assustou com o toque de seu celular, que se encontrava sobre a cabeceira, pronto para ser atendido.

- Alô? Quem é? – perguntava Elizabeth, sonolenta, sem a mínima vontade de dirigir a palavra a mais ninguém naquele dia.

- Elizabeth, sou eu. – respondia a pessoa do outro lado da linha. Era Charles, o médico responsável pela inseminação artificial. – Gostaria de conversar mais com você, sua companhia me anima... Podemos jantar amanhã?

- Oi, Charles... Claro! – respondia Elizabeth, pacientemente porém exausta. – Até mais.

- Esse Charles parece ser um homem tão bom. Tão generoso, tão delicado, tão sonhador. Pelo pouco que a gente conversou eu pude reparar isso... – e fez uma grande pausa ao reparar no que estava dizendo. – Por que eu estou falando tudo isso? Não posso mais pensar em homem nenhum! Só quero dedicar minha vida ao meu bebê que está por vir, a ninguém mais!



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Notas finais do capítulo

A leitura de vocês é muito importante para mim. E, mais uma vez, muito obrigado pela compreensão e colaboração.
Só o que resta é um review, não? (:
E desculpem o meu estresse... Passei horas fazendo aquilo pra isso.



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